quinta-feira, 27 de junho de 2024

CRUCIFICADO COM CRISTO

 CRUCIFICADO COM CRISTO (Gl. 2:20) 


I. INTRODUÇÃO 

No contexto escriturístico, cruz significa sacrifício. 

Fala também de abnegação, obediência e renúncia 

(Lc. 9:23).  


Paulo não diz estar crucificado como Cristo, mas "com Cristo" (Gl. 2:20). 


Somos desafiados e tentados a descermos muitas vezes da cruz (Mt. 27:40), mas é exatamente nela que está o nosso triunfo (Jo. 19:30). 


Somente pode gloriar-se na cruz de Cristo, quem está de fato crucificado com Ele (Gl. 6:14). 


Vamos observar quatro lições que nos dá um crucificado: 


II. O CRUCIFICADO NÃO TEM PODER SOBRE SI 

1. Não faz mais o que quer (Rm. 6:6-8). 

(Mais claro que isso, impossível. Nosso velho modo de viver foi pregado na cruz com Cristo, um fim decisivo para aquela vida miserável de pecado. 

Não estamos mais à mercê do convite do pecado! Cremos que, se estamos incluídos na morte de Cristo, que venceu o pecado, estamos incluídos também em sua ressurreição, que nos traz vida.)


2. Está morto para o mundo (Cl. 3:3). 

(A velha vida de vocês está morta. A nova vida é a vida real — ainda que invisível aos espectadores — com Cristo em Deus.)


3. É nova criatura (2 Co. 5:17). 

(Agora olhamos para dentro, e o que vemos é que qualquer um, unido ao Messias, tem a chance de um novo começo e é criado de novo. A velha vida se foi. Uma nova vida floresce! )


4. Pertence a Cristo (Gl. 5:24). 

(E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.)


III. O CRUCIFICADO NÃO TOCA SEUS PÉS NA TERRA 

1. Teologicamente, salvação é libertação com elevação 

(Sl. 40:1-3). 

(Eu esperei, esperei e esperei pelo Eterno. Finalmente, ele olhou para mim; finalmente, ele me ouviu. 

Ele me ergueu do fosso, tirou-me do fundo da lama. 


Ele me pôs sobre uma rocha sólida para se assegurar de que eu não escorregaria, 

Ele me ensinou a cantar sua mais nova canção, uma canção de louvor ao nosso Deus. 


Cada vez mais pessoas estão vendo isso. Elas entendem o mistério, abandonando-se nos braços do Eterno.)


2. Somos elevados às regiões celestiais em Cristo, pelo poder da ressurreição de Cristo (Ef. 2:6). 

(Ele nos tomou para si e nos concedeu um lugar nos altos céus, na companhia de Jesus, o Messias. Não é demais?)


3. Para o sábio, subir é melhor ((Pv. 15:24; ). 

(Para quem é sensato a vida é uma subida só — e não pega a descida que leva direto à morte.)


Sl. 91:1

(Você, que se senta na presença do Deus Altíssimo e passa a noite à sombra do Todo-poderoso, Diga assim: “Deus, tu és meu refúgio. Confio em ti e estou seguro!” )


4. Paulo exortou os Colossenses a pensarem nas coisas de cima (Cl. 3:1,2). 

(Então, se vocês estão falando sério sobre viver a nova vida da ressurreição com Cristo, ajam de acordo com ela. Busquem as coisas norteadas por Cristo. 


Não fiquem se arrastando por aí, cabisbaixos, absorvidos com o que está à frente de vocês. 

Olhem para cima e observem o que acontece ao redor de Cristo. É por aí que devem seguir. 

Vejam as coisas da perspectiva dele.)


IV. O CRUCIFICADO NÃO PODE OLHAR PARA TRÁS 

1. Olhar para trás traduz retrocesso espiritual 

(2 Pe. 2:21-22). 

É melhor não conhecer o caminho de Deus que andar nele e depois retornar, repudiando a experiência e o mandamento santos. 

Eles comprovam o provérbio: “O cachorro volta ao seu vômito”; ou este: “O porco lavado procura a lama”.


2. A mulher de Ló ilustra bem este ponto (Gn. 17:19,26; 

Lc. 17:32-33). 

Lembrem-se do aconteceu com a mulher de Ló! 

Se vocês se agarrarem demais à vida, irão perdê-la, 

mas, se a perderem, vocês irão ganhá-la de acordo com Deus.


3. O perigo de voltar atrás (Hb. 10:38) 

Qualquer um que esteja firme comigo descansa em leal confiança; mas, se desistir e me abandonar, não ficarei satisfeito.


4. Olhemos para frente e para cima 

Hb. 12:1,2 

Percebem o que isso significa — todos esses pioneiros iluminando o caminho, todos esses veteranos nos encorajando? Significa que o melhor a fazer é continuar. Livres dos acessórios inúteis, comecem a correr — e nunca desistam! Nada de gordura espiritual extra, nada de pecados parasitas. 


Mantenham os olhos em Jesus, que começou e terminou a corrida de que participamos. Observem como ele fez. Porque ele jamais perdeu o alvo de vista — aquele fim jubiloso com Deus. 

Ele foi capaz de vencer tudo pelo caminho: a cruz, a vergonha, tudo mesmo. Agora, está lá, num lugar de honra, ao lado de Deus.


Lc. 21:38. 

Todo o povo chegava bem cedo no templo para ouvi-lo.


V. O CRUCIFICADO É LEVANTADO POR QUEM O CRUCIFICOU 

1. Os mesmos que crucificaram a Jesus, o elevaram. 


2. As mesmas lutas e aflições que te machucam, te exaltarão no devido tempo - 


Rm. 5:2-5 

Mais ainda, abrimo-nos para Deus e descobrimos, ao mesmo tempo, que ele já se abriu para nós e nos achamos no lugar que ele queria que estivéssemos — perante a graça e a glória de Deus, na presença dele, expressando nosso louvor.


Mas ainda há muito mais. Continuamos a expressar nosso louvor, mesmo que estejamos cheios de problemas, porque sabemos que os problemas podem desenvolver em nós paciência e como a paciência, por sua vez, forja o aço temperado da virtude, mantendo-nos atentos quanto ao que Deus pretende fazer; desse modo, passamos a ter esperança. 


Com essa expectativa, jamais nos sentiremos enganados. 

A verdade é que nem temos como reunir todas as vasilhas necessárias para encher com tudo que Deus generosamente derrama sobre nossa vida, por meio do Espírito Santo!


3. Jó é um exemplo maravilhoso - (Gn. 41:38-57). 


NOTAS ADICIONAIS 

Leoni Kasef disse com inspiração: "A realeza do céu é, para os que não tiveram na terra outro trono, senão cruz". 


Paul H. Holdcraft disse que a cruz deve ser o nosso projeto de vida cristã: 

"A cruz é um programa de vida, e não apenas o centro da Teologia". 


Paulo nos ensina, em Gálatas 2:20, que a renúncia é o imperativo divino para uma vida vitoriosa em Deus. 


Gálatas 2:20

De fato, fui crucificado com Cristo. Meu ego não ocupa mais o primeiro lugar. 

Pouco me importa parecer justo ou ter um bom conceito entre vocês: não estou mais tentando impressionar Deus. 

Agora Cristo vive em mim. 

A vida que vivo não é “minha”, mas é vivida pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. 

E eu não volto mais atrás.


Horácio foi quem escreveu: 

"quanto mais o homem renuncia a si mesmo, mais se aproxima de Deus". 


George McDonald, falando da escravidão do homem pelo pecado, disse: 


"O homem está escravizado a tudo aquilo que ele não pode abandonar, a menos que abandone a si mesmo". 


Em Lc. 24:26, Jesus disse aos dois no caminho de Emaús: 

"Porventura não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?" 


A nossa tendência natural, como mortais pecadores, é querer a glória sem padecimento; é pretender a coroa sem passar pela cruz. 


William Penn traduz com precisão esta verdade, no seguinte pensamento: 


"Nenhuma dor, nenhuma palma; 

nenhum espinho, nenhum trono; 

nenhuma amargura, nenhuma glória; 

nenhuma cruz, nenhuma coroa!" 

Façam isto em memória de mim!!

A família da igreja foi adquirida a um preço incalculável. 

A Ceia do Senhor serve como um convite solene à memória e um chamado à recordação profunda. 

Jesus enfatizou a importância dessa cerimônia duas vezes, ao referir-se ao pão e ao cálice, destacando a necessidade de seus seguidores continuamente rememorarem seu sacrifício..


1. A Ceia como Mandamento de Jesus

Celebrar a Ceia do Senhor é um mandamento de Jesus para que Seus seguidores a realizem continuamente.

Através dessa cerimônia, Deus concede bênçãos à Sua congregação.


2. A Profundidade da Ceia (1 Coríntios 11:23-34)

Versículos 23-24: Na noite em que foi traído, Jesus tomou o pão, agradeceu, partiu-o e disse: "Este é meu corpo, que é entregue por vocês. Façam isto em memória de mim."


Versículos 25-26: Da mesma forma, depois da ceia, tomou o cálice e disse: "Este cálice é a nova aliança, confirmada com meu sangue. Façam isto em memória de mim, sempre que o beberem."

Cada vez que comemos do pão e bebemos do cálice, anunciamos a morte do Senhor até que Ele venha.

 3. Reflexões e Autoexame (1 Coríntios 11:27-32)


Quem come e bebe indignamente é culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor.

Devemos nos examinar antes de participar, pois comer e beber sem honrar o corpo de Cristo traz julgamento sobre nós.

Olhando para Diferentes Direções em Memória de Cristo


1. Olhando para Trás: Lembrando a Paixão e Ressurreição de Cristo

Relembramos a graça do Filho ao refletir sobre Seu sacrifício e vitória sobre a morte.


2. Olhando para Cima: Ações de Graças a Deus Pai

Agradecemos a Deus pelo amor demonstrado na entrega de Seu Filho.


Isaías 53:6,10: O Senhor fez cair sobre Ele os pecados de todos nós; fazia parte do plano do Senhor esmagá-lo e causar-lhe dor.


3. Olhando para Dentro: Autoexame e Confissão

Examinamos nossos corações para evitar viver em duplicidade, como alertado em 1 Coríntios 10:21-22.


2 Coríntios 13:5: Testem-se para saber se estão firmes na fé. Não se enganem, pensando que tudo está garantido.


4. Olhando em Volta: Comunhão com o Corpo de Cristo

Asseguramos que estamos em comunhão com o corpo de Cristo, evitando divisões e escândalos.


1 Coríntios 11:29: Quem come e bebe sem honrar o corpo de Cristo, come e bebe julgamento contra si mesmo.


5. Olhando para Fora: Alcance aos que Não Estão à Mesa

Buscamos aqueles que ainda não fazem parte da comunhão, evangelizando e trazendo-os para Cristo.


1 Coríntios 11:26: Anunciam a morte do Senhor até que Ele venha.


6. Olhando para Frente: Aguardando a Segunda Vinda de Jesus

Celebramos a Ceia com a esperança da segunda vinda de Cristo e da ressurreição.


Tito 2:12-13: Somos instruídos a viver com sabedoria, justiça e devoção, aguardando esperançosamente a revelação da glória de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo.


1 Tessalonicenses 4:13-18: Animem uns aos outros com a esperança da ressurreição.


Conclusão

Ao nos reunirmos para a Ceia do Senhor, devemos:

Olhar para Trás: Lembrando o sacrifício e ressurreição de Cristo.

Versículo: 1 Coríntios 11:24-26 - "E, tendo dado graças, o partiu e disse: 'Isto é o meu corpo que é dado por vós; fazei isto em memória de mim'. Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice, dizendo: 'Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim'. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha."


Olhar para Cima: Agradecendo a Deus Pai pelo Seu amor.


Versículo: 1 Tessalonicenses 5:18 - "Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco."


Olhar para Dentro: Examinando-nos e confessando nossos pecados.

Versículo: 1 Coríntios 11:28 - "Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice."


Olhar em Volta: Mantendo a comunhão com o corpo de Cristo.

Versículo: 1 Coríntios 10:16-17 - "Porventura, o cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão."


Olhar para Fora: Buscando e evangelizando aqueles que não estão à mesa.

Versículo: Marcos 16:15 - "E disse-lhes: 'Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura'."


Olhar para Frente: Aguardando a segunda vinda de Jesus com esperança.

Versículo: Tito 2:13 - "Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo."


Que ao participarmos da Ceia do Senhor, possamos ser lembrados dessas verdades e viver uma vida que glorifique a Deus em todas as áreas.


O Que Entendemos Por Avivamento?


Texto Base: Habacuque 3:1-2


"Uma oração do profeta Habacuque sob a forma de cântico. Senhor, ouvi falar da tua fama; tremo diante dos teus atos, Senhor. Realiza de novo, em nossa época, as mesmas obras; faze-as conhecidas em nosso tempo; em tua ira, lembra-te da misericórdia."


Introdução:

A Definição de Avivamento


Avivamento é um tempo de renovação espiritual, onde há um retorno à vitalidade espiritual, frequentemente marcado por um profundo arrependimento e uma busca renovada por Deus.

É uma obra do Espírito Santo que desperta os corações adormecidos para uma vida de santidade e serviço fervoroso.

Contexto Histórico de Habacuque


Habacuque viveu em tempos de crise e decadência espiritual em Judá.

Ele clama a Deus para restaurar a obra de Seus dias antigos e pede um novo derramamento de Sua presença e poder.


1. Reconhecimento da Grandeza de Deus 

(Habacuque 3:1-2)

1 Oração do profeta Habacuque sobre Sigionote.

2 Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia.


- Habacuque começa sua oração reconhecendo a fama e os atos poderosos de Deus.

- Este reconhecimento é o primeiro passo para o avivamento — lembrar-se das grandes obras de Deus no passado inspira esperança e fé para o presente.


2. O Clamor por Renovação


- Habacuque pede que Deus "realize de novo" Suas obras em sua época.

- O avivamento começa com um profundo desejo no coração dos crentes de ver Deus agindo poderosamente em seus dias, assim como fez no passado.


3. A Busca pela Misericórdia de Deus


- "Em tua ira, lembra-te da misericórdia" é um pedido para que, mesmo em meio ao julgamento, Deus demonstre Sua misericórdia.

- O verdadeiro avivamento é caracterizado por um reconhecimento do pecado e uma dependência da graça e misericórdia de Deus para a transformação.


4. Elementos do Avivamento


- Arrependimento Profundo: O avivamento começa com um quebrantamento genuíno e confissão de pecados.


- Renovação da Adoração: Um retorno à adoração sincera e apaixonada a Deus.


- Obediência à Palavra de Deus: Um avivamento traz uma renovada fome e sede pela Palavra de Deus, resultando em obediência.


- O verdadeiro avivamento promove restauração.


1. Apetite pela Palavra de Deus. 

Jeremias 15:16

16 Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos.


a. O prazer de lê-la; de examiná-la; ouvi-la.

b. A Palavra de Deus é como mel, leite, fogo, espada, martelo, pão, luz...


- Impacto na Comunidade: O avivamento não fica confinado às quatro paredes da igreja, mas se estende à comunidade, trazendo transformação social e moral.


5. O Impacto de um Avivamento Verdadeiro


- Mudança de Vidas: Vidas são transformadas e há um renovado compromisso com a santidade.


- Crescimento da Igreja: A igreja experimenta crescimento numérico e espiritual.


- Testemunho Poderoso: A comunidade testemunha o poder de Deus de maneira tangível através de milagres, sinais e maravilhas.


Conclusão:

O avivamento é uma necessidade urgente em nossos dias, assim como foi no tempo de Habacuque.

Devemos clamar a Deus para que Ele realize novamente Suas grandes obras entre nós.


Que possamos nos humilhar, buscar Sua face e confiar em Sua misericórdia para ver uma renovação espiritual em nossas vidas, igrejas e comunidades.

Não Desista Agora!

 Números 11:1-25


Não Desista!


Introdução :  

Neste texto, vemos o desânimo de Moisés, um dos maiores líderes da história, ao enfrentar pesados fardos a ponto de querer desistir. 

A passagem oferece insights sobre esse momento e ensina verdades para enfrentar o desânimo diário. 

Exploraremos o tema "É isso, eu desisto!" e o que Deus diz sobre isso, encontrando esperança na Palavra de Deus para o coração aflito.


1-10 Os Problemas alegados por Moisés


(Moisés se desanimou por tentar carregar todos os fardos enquanto conduzia os israelitas à terra de Canaã. 

Os problemas aumentaram e ele perdeu o ânimo no meio do caminho.  Devemos buscar compreender o que Moisés estava enfrentando.)


v.1-3 Moisés enfrentou um problema popular - 


1 E aconteceu que, queixou-se o povo falando o que era mal aos ouvidos do SENHOR; e ouvindo o SENHOR a sua ira se acendeu; e o fogo do SENHOR ardeu entre eles e consumiu os que estavam na última parte do arraial.


2 Então o povo clamou a Moisés, e Moisés orou ao Senhor, e o fogo se apagou.


3 Pelo que chamou aquele lugar Taberá, porquanto o fogo do Senhor se acendera entre eles.


Os israelitas nunca se contentavam com nada! 

Com o tempo, isso teria levado qualquer pessoa ao limite. 


(Observação: Todos nós enfrentamos “problemas pessoais” de vez em quando! 

Sempre num relacionamento entre duas pessoas, há potencial para problemas! 


Como disse um escritor: 

“Viver acima com os santos que amamos, ah, isso é glória! 

Mas amar abaixo com os santos que conhecemos, bem, isso é outra história.”) 


Um plano de três etapas nos ajudará a superar problemas com qualquer pessoa!


1.) Ame-os como Jesus os ama, Mateus. 22:39. 

39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.


2.) Perdoe por tudo e qualquer coisa que você acha que  fizeram com você, 

Ef. 4:32. 

32 Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.


3.) Ore por eles todos os dias! 

Os perdoando em seu coração eliminando assim ódio!


v. 4-9 Moisés enfrentou um desafio de provisão. 

4 E o vulgo, que estava no meio deles, veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar, e disseram: Quem nos dará carne a comer?


5 Lembramo-nos dos peixes que no Egito comíamos de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos porros, e das cebolas, e dos alhos.


(1. A Nostalgia e o Esquecimento das Dificuldades:

Os israelitas lembravam dos alimentos do Egito, mas esqueciam das duras condições de escravidão. 


Muitas vezes, nossa memória seletiva faz com que lembremos apenas das partes boas do passado, 

ignorando as dificuldades que enfrentamos.


Quantas vezes idealizamos o passado e esquecemos os problemas que enfrentávamos? 

Precisamos lembrar que Deus nos chamou para uma nova vida, livre da escravidão do pecado.)



6 Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos.

7 E era o maná como semente de coentro, e a sua cor como a cor de bdélio.


8 Espalhava-se o povo e o colhia, e em moinhos o moía, ou num gral o pisava, e em panelas o cozia, e dele fazia bolos; e o seu sabor era como o sabor de azeite fresco.

9 E, quando o orvalho descia de noite sobre o arraial, o maná descia sobre ele.


Moisés liderava milhões de pessoas pelo deserto, onde o povo tinha apenas o maná para comer e reclamava constantemente, mesmo após tentativas de melhorar o sabor. 

Isso nos lembra que enfrentamos problemas temporários. 


Deus não chamou Moisés para alimentar os israelitas, mas para liderá-los. 

Devemos confiar em Deus, que cuidará de nossas necessidades.

Ele é Jeová-Jireh, o provedor, Ele também alimenta, 

Leia Mateus 6:25-33; 


(Concentrem-se no que Deus está fazendo agora e não se preocupem com o amanhã.  Quando enfrentarem dificuldades, Deus estará lá para ajudá-los.)


Filipenses 4:6-7. 

6 Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.

7 E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.


Eles não gostaram do que o Senhor lhes deu, mas nenhum deles morreu de fome!


2. A Ingratidão e a Falta de Fé:

Ao olhar para trás, os israelitas estavam mostrando ingratidão pelo maná que Deus lhes fornecia diariamente. Eles estavam focados no que tinham perdido, não no que Deus estava providenciando.


Aplicação: Devemos ser gratos pelas provisões de Deus em nossas vidas, mesmo que elas não pareçam tão satisfatórias quanto esperamos. Nossa fé deve estar firmada na fidelidade de Deus, que sempre cuida de nós.


3. O Perigo de Desejar Voltar ao Egito:

Desejar o Egito simboliza querer voltar aos antigos modos de vida, mesmo que isso signifique voltar à escravidão. 

O desejo de voltar atrás pode ser uma grande tentação quando enfrentamos dificuldades no presente.


Aplicação: Precisamos estar vigilantes contra o desejo de retornar aos velhos hábitos e pecados. Deus nos chamou para uma vida nova e abundante em Cristo, e devemos seguir em frente com essa nova esperança.


4. A Promessa da Terra Prometida:

Deus tinha um destino preparado para os israelitas – a Terra Prometida. Apesar das dificuldades no deserto, o futuro que Deus planejou era cheio de bênçãos e prosperidade.


Aplicação: Assim como os israelitas, estamos em uma jornada rumo à nossa Terra Prometida. Devemos manter nossos olhos fixos nas promessas de Deus, sabendo que Ele tem um plano maravilhoso para nossas vidas.


v.10 Moisés enfrentou um problema pessoal - 

10 Então Moisés ouviu chorar o povo pelas suas famílias, cada qual à porta da sua tenda; e a ira do Senhor grandemente se acendeu, e pareceu mal aos olhos de Moisés.


Moisés enfrentou uma carga excessiva e permitiu-se ficar completamente desanimado. 

A palavra “descontente” significa estar “despedaçado, totalmente destruído”. Moisés teve um colapso! 


Precisamos nos cuidar, os problemas que enfrentamos na vida podem gerar essa atitude em nossos corações. 

Isso aconteceu com Moisés, Elias (1 Reis 19) e Jonas 

(Jonas 4). 

Pode acontecer comigo e com você.


(Moisés enfrentou um grande desafio e deixou que seus problemas parecessem maiores que Deus. 

Quando fazemos isso, corremos o risco de um colapso emocional. 

Cada problema pode nos sobrecarregar, mas devemos manter nosso foco em Deus, que luta nossas batalhas.)



v. 11-15 A Oração de Moisés

11 E disse Moisés ao Senhor: Por que fizeste mal a teu servo, e por que não achei graça aos teus olhos, visto que puseste sobre mim o cargo de todo este povo?


1. O Desespero de Moisés

    (- Moisés expressa sua frustração e questiona por que Deus colocou sobre ele a responsabilidade do povo.

    - Em momentos de grande carga, é normal sentir-se sobrecarregado e questionar o propósito de Deus.)


12 Concebi eu porventura todo este povo? Dei-o eu à luz? para que me dissesses: leva-o ao teu colo, como a ama leva a criança que mama, à terra que juraste a seus pais?


2. A Carga Injusta

(  - Moisés usa uma metáfora forte, comparando-se a uma ama de leite, para destacar a natureza pesada e injusta da responsabilidade que lhe foi dada.

    

   - Às vezes, as responsabilidades que carregamos podem parecer desproporcionais e injustas.)


13 De onde teria eu carne para dar a todo este povo? Porquanto contra mim choram, dizendo: Dá-nos carne a comer;


3. A Impossibilidade de Suprir as Necessidades

(- Moisés reconhece sua incapacidade de atender às demandas do povo, especialmente quando estas são impossíveis de cumprir com recursos humanos.

   - Reconhecer nossas limitações é um passo crucial para depender da provisão divina.)


14 Eu só não posso levar a todo este povo, porque muito pesado é para mim.


4. O Peso Insuportável da Liderança

( - Moisés admite que a responsabilidade é demais para ele carregar sozinho.

    - Admitir nossa fraqueza e necessidade de ajuda é fundamental para uma liderança saudável e dependente de Deus.)


15 E se assim fazes comigo, mata-me, peço-te, se tenho achado graça aos teus olhos, e não me deixes ver o meu mal.

5. O Clamor pela Libertação

(- Em sua angústia, Moisés prefere a morte a continuar suportando o fardo insuportável.

    - Em momentos de desespero, devemos clamar a Deus por alívio, lembrando que Ele é nosso refúgio e força.)


(Nessas palavras, Moisés revela a condição de seu coração, mostrando-se irado e sem reverência para com Deus. 

Ele nos exemplifica como não devemos orar em tempos de crise.



v.11-12a - Moisés fez uma oração confusa - 


Ele pergunta a Deus "Por quê?" 

Ele parece dizer ao Senhor: "Este é o seu povo! 

Eu não os concebi! Eles são problema seu e não é meu! Por que estou tendo que carregar eles e seus fardos?"


Moisés não compreendia por que estava passando por certas situações, esquecendo que os detalhes eram responsabilidade de Deus, e não dele. 

Deus o chamou para liderar o povo, não para alimentá-lo. 


Da mesma forma, muitos enfrentam problemas perguntando "Por que eu?" e questionam líderes religiosos sobre suas dificuldades. 

É necessário adotar uma mentalidade diferente em relação aos problemas que enfrentamos.


1. Pergunte-se: "Por que não eu?" - 

Jesus disse que teríamos problemas nesta vida, 

João 16:33 . 

33 Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo


Jó disse que poderíamos esperar problemas nesta vida, Jó 14:1 . 

O homem é tão frágil! Sua vida é curta e cheia de angústia.


Por que esperamos viver uma vida livre de problemas e provações? 

Quando os problemas chegarem, não pergunte “Por quê?”, em vez disso, aprendamos a dar graças em meio aos problemas, 


1 Tes. 5:18 .

18 Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.

(deem graças a Deus, não importa o que aconteça.)


2. Perguntemos:  “O quê?” - 

Quando enfrentarmos problemas na vida, lembremo-nos 

de que isso deve fazer parte do plano Dele para nós, 


Rom. 8:28 . 

28 E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.

(Pode ter certeza de que cada detalhe em nossa vida de amor a Deus é remodelado em algo muito bom.)


O propósito de Deus nos vales pelos quais Ele nos envia é nos mudar para que nos tornemos semelhantes a Ele! 


(Thomas Watson disse: “A aflição é a fornalha na qual Deus prova Seu ouro!” ) 

Portanto, perguntemos a Deus: 

“Senhor, qual é a lição que devo aprender aqui? " 


v.12b-14 Moisés fez uma oração de confissão - 

Moisés chegou ao lugar onde todos nós precisamos estar! 

No lugar onde reconhecemos e confessamos nossas fraquezas, 


Moisés entendia que a tarefa era difícil e seus recursos eram inadequados. 

Ele se comparou a um pai tentando amamentar um filho, sem ter capacidade de fornecer nada para quase 3 milhões de pessoas! 


(Quem sabe Paulo se sentiu assim ao sentir a dor daquele 

"espinho na carne". 

No entanto, Paulo foi capaz de se alegrar em sua dificuldade porque sabia que sua fraqueza apenas abriu a porta para o poder de Deus entrar, 2 Coríntios 12:7-10 . 


( Nota : É difícil, muito difícil mesmo chegar a um lugar de total fraqueza e dependência do Senhor. 

Mas quando chegarmos lá O conheceremos! 

E conheceremos Seu poder em nossos problemas, onde saberemos que Ele pode tudo!) 



v.15 Moisés fez uma oração de rendição - 

Ele diz: "Ou me tire dessa bagunça ou me mate!" 

Moisés confessa o fato de que não consegue suportar a ideia de enfrentar o fracasso total de suas esperanças, planos e sonhos. 


Moisés chegou ao ponto em que está pronto para renunciar. Ele está desistindo! 


(Quantos de nós já caminhou assim? 

Muitos de nós já enfrentamos problemas avassaladores e fardos enormes, a ponto de desejar alívio, até mesmo pela morte. 


Ei, está tudo bem chegar ao fim da linha, mas nunca está certo simplesmente desistir de Deus. 


Não há lugar para escapar; decida permanecer fiel a Deus, independentemente das ações dos outros, 

1 Coríntios 15:58

58 Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.)


(Pessoal, mantenham-se firmes e fortes. 

Não se desanimem! Invistam completamente ao trabalho do Senhor, pois nada do que fazem para Ele será em inútil.)


v.16-25 O Preço pago por Moisés

16 E disse o Senhor a Moisés: Ajunta-me setenta homens dos anciãos de Israel, que sabes serem anciãos do povo e seus oficiais; e os trarás perante a tenda da congregação, e ali estejam contigo.

17 Então eu descerei e ali falarei contigo, e tirarei do espírito que está sobre ti, e o porei sobre eles; e contigo levarão a carga do povo, para que tu não a leves sozinho.


18 E dirás ao povo: Santificai-vos para amanhã, e comereis carne; porquanto chorastes aos ouvidos do Senhor, dizendo: Quem nos dará carne a comer? Pois íamos bem no Egito; por isso o Senhor vos dará carne, e comereis;


19 Não comereis um dia, nem dois dias, nem cinco dias, nem dez dias, nem vinte dias;


20 Mas um mês inteiro, até vos sair pelas narinas, até que vos enfastieis dela; porquanto rejeitastes ao Senhor, que está no meio de vós, e chorastes diante dele, dizendo: Por que saímos do Egito?


    - Deus ordena ao povo que se preparem, pois Ele responderá suas reclamações.

    - A necessidade de santificação e preparação para receber a provisão de Deus.

    

    - Deus promete fornecer carne até que estejam saturados dela, como resposta ao descontentamento e rejeição deles.

    - As queixas e a ingratidão do povo têm consequências; devemos ser gratos pelo que Deus nos provê.



21 E disse Moisés: Seiscentos mil homens de pé é este povo, no meio do qual estou; e tu tens dito: Dar-lhes-ei carne, e comerão um mês inteiro.


22 Degolar-se-ão para eles ovelhas e vacas que lhes bastem? Ou ajuntar-se-ão para eles todos os peixes do mar, que lhes bastem?

23 Porém, o Senhor disse a Moisés: Teria sido encurtada a mão do Senhor? Agora verás se a minha palavra se há de cumprir ou não.


24 E saiu Moisés, e falou as palavras do Senhor ao povo, e ajuntou setenta homens dos anciãos do povo e os pôs ao redor da tenda.

25 Então o Senhor desceu na nuvem, e lhe falou; e, tirando do espírito, que estava sobre ele, o pôs sobre aqueles setenta anciãos; e aconteceu que, quando o espírito repousou sobre eles, profetizaram; mas depois nunca mais.


(Quando permitimos que os problemas da vida obscureça a face de Deus, sempre pagamos um preço.

 Moisés pagou...e nós também pagaremos se permitirmos que os problemas se tornem maiores do que Deus. )


v.16-17 Moisés pagou um preço no reino da autoridade - Em vez de ser o único líder, Moisés agora tinha que compartilhar a liderança com outros 70 homens. 

Isso significa que a responsabilidade pelas pessoas ficou cada vez mais longe. 


(O ideal é compartilhar a liderança, evitando ditadores ou governantes autoritários na igreja. 

Quando não pudermos mais cumprir nosso dever, Deus encontrará outros para continuar Sua obra..)



v. 25 Moisés pagou um preço no reino da habilidade - 

Os versículos 17 e 25 nos dizem que Deus também ungiu esses 70 anciãos para a tarefa que Ele os estava designando. 


Você percebeu de onde Deus conseguiu a unção que Ele lhes deu? 


Deus tirou do espírito que havia dado a Moisés e deu aos 70! 

Moisés não conseguiu reconhecer, o que as ações do Senhor apontaram.

Moisés já possuía tudo o que precisava para realizar o trabalho para o Senhor! 


(Quando consideramos desistir de Deus, devemos estar preparados para a possibilidade de Ele retirar Sua bênção de nossas vidas.


Você pode pensar que não consegue, mas Deus já o equipou com tudo que você precisa para lutar essa batalha. 


Saul tentou dar a Davi sua armadura; mas... 

Davi tinha, sua funda, algumas pedras lisas e a presença de Deus, o suficiente para vencer o gigante! 


Se Deus o colocou nessa batalha, Ele te preparou para lidar com ela. 

Se desistirmos, Ele dará a honra e a bênção a quem permanecer e fizer Sua vontade perfeita! 

Foi assim com Moisés...será assim comigo e com você!)


Conc: 

Moisés enfrenta uma crise de liderança, expressando sua frustração e incapacidade diante das demandas do povo. 


Sua oração sincera revela sua total dependência de Deus.

Em momentos de sobrecarga e desespero, devemos reconhecer nossas limitações e buscar a ajuda e provisão de Deus, confiando que Ele nos capacitará para as tarefas que nos dá.


Deus responde ao clamor de Moisés, proporcionando ajuda na liderança e suprindo as necessidades materiais do povo, demonstrando Seu poder e fidelidade.


Temos ai um desafio: Confiar em Deus para suprir nossas necessidades e capacitar-nos para as tarefas que Ele nos dá, mesmo quando enfrentamos desafios aparentemente insuperáveis.


 Venha até Ele, conte-Lhe tudo o que se passa e confie Nele para cuidar disso! 


Largue tudo aos pés do Senhor, descanse nos braços de um Deus que é capaz de sustentá-lo, 

enquanto Ele resolve os problemas da sua vida.


terça-feira, 25 de junho de 2024

Busque Perdão!!

 Perdão!!

Introdução

Olá, hoje vamos examinar o impacto transformador do perdão, explorando como pode libertar tanto o ofensor quanto a pessoa ofendida, e como cultivar uma mentalidade de perdão. 

Essa escolha emocional possibilita seguir adiante sem o peso do passado, 

promovendo cura e paz tanto para quem perdoa quanto para quem é perdoado.

A excelência do perdão

Perdoar: a suprema forma de liberação.

(Mt. 18.21-22)                                          “Nesse instante, Pedro teve a coragem de perguntar: ‘Mestre, quantas vezes tenho de perdoar o irmão que me prejudica? 

Sete?’ 

Jesus respondeu: 

‘Sete é pouco. Tente setenta vezes sete’”

Introdução

O perdão é um assunto intrigante: fácil de pregar, difícil de praticar!

No evangelho de Mateus, Pedro quis fazer algo que ainda nos tenta hoje: agradar, impressionar Jesus!

Alguns rabinos, querendo se destacar dos demais, ensinavam a perdoar quatro vezes!

Pedro pensa em superá-los: sete vezes! Jesus, porém, o surpreende: setenta vezes sete! 

Pedro queria um limite? 

Então receberá o ilimitado do amor!

“Setenta vezes sete” significa mais do que sempre! 

Significa que o perdão é o princípio da vida, não uma ocasião rara. 

Muitas pessoas sofrem por não saberem perdoar.

Procuram, como Pedro, algum “motivo” para se vingarem...para não perdoar. 

Quando não perdoamos a alma adoece . 

O perdão é um remédio para a alma. Você se livra de cargas, angústias no peito. 

É bom saber que o perdão nos liberta de pesos que não são nossos!

A palavra “perdoar”, em nossa língua, já tem o sentido de “doar”. Perdoar é soltar, deixar ir!

Edith Eva Eger diz que:                                  “o perdão não é algo que se dá a alguém.  É como você se liberta”. 

O perdão é um alívio para o nosso coração. 

Quando não perdoamos sofremos anos com essa dor apertando o peito.  

O rosto sempre exausto, nenhuma alegria nos anima, o semblante sempre carregado.

Muitos se derramam em lágrimas, sem saber por quê, mas só no fundo da alma é que entendemos as razões do choro exterior.

Precisamos aprender a perdoar. 

O perdão é um aprendizado contínuo. Não é fácil, mas com o apoio do Espírito Santo, a gente supera!

O rancor prejudica você. 

Acumular ressentimentos nos faz adoecer da alma, o fracasso dos sonhos. 

Também é essencial saber que perdoar não é apagar, mas recordar sem dor.

A oração do Pai Nosso contém essa verdade: "perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos..." (Mt. 6. 12). 

O perdão é possível! O texto nos mostra que é assim! Eu quero te fazer uma pergunta: Por que se sobrecarregar com pesos que não são seus?

Procure a ajuda do Pai e você ficará leve! 

Você não tem que guardar ódio, sofrimento, injustiças dentro de você.

Quando se livrar de tudo isso, sentirá a felicidade de viver sem prisões, sem amarras.

Vai experimentar o sabor do novo, da casa arrumada, da confiança alegre de que é bom ser livre.

O ressentimento é uma das grandes causas das nossas crises, que, na verdade, significa “repetir o sentimento”.

É viver com um tipo de lembrança persistente que não quer desaparecer. 

Muitas pessoas vivem como cativas do ressentimento, do rancor, do rosnar de dentes.

Quanto mais tempo você dedicar a nutrir ódios, mais raízes de amargura crescerão na sua alma.

Cuidado para não se tornar um reservatório de angústias. Uma pessoa amarga, fria, dolorosa, rancorosa é sempre mortal para as relações.

Não permita que a alegria seja apenas uma pálida lembrança em sua alma. 

Quantas pessoas já esqueceram como é sorrir de verdade!

Muitos sofrem um mar de lágrimas. Sem perdão você anula a vida do futuro.

Vamos pensar sobre o perdão como a maior liberdade:

1. A quebra do ciclo de vingança

Apenas o perdão tem o poder de interromper o ciclo de vingança fatal.

Aquele que perdoa quebra o elo de raiva, mentira e morte. 

Uma pessoa que perdoa se torna um agente de mudança.

Quando alguém opta pelo perdão, a espiral da vingança perde sua força. 

Não busque vingança.

Um ditado antigo afirma: “quem busca vingança precisa abrir dois túmulos”.

Confie que Deus cuida de tudo.

Romanos 12. 19 diz: 

“Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: ‘minha é a vingança; eu retribuirei’, diz o Senhor”. 

Nesse texto, Paulo cita Deuteronômio 32. 35 e ensina uma grande verdade para aquela comunidade, em Roma, bem familiarizada com o assunto da vingança. Perdoe e seja liberto da compulsão da vingança.

2. Perdoe e se livre do impulso da vingança.

Perdão é pura Graça!                            Ninguém perdoa isolado! 

Isso não é algo que fazemos facilmente, sem sacrifício.

Afinal, sacrifício sem sofrimento não é sacrifício. 

Perdoar é sempre um gesto da graça. 

É pela graça de Deus que podemos conceder o perdão.

Sem a graça de Deus, só colecionamos frustrações. 

Foi pela graça de Deus que José teve a capacidade de perdoar seus irmãos. (Gn. 45. 3-5). 

Apesar de saber que seus irmãos o detestavam, ele deu o seu melhor: perdão.

Perdoar é dar ao outro uma nova oportunidade. 

Um novo começo. 

Os rabinos afirmam que o mandamento “Não matarás” (Dt. 5. 17) não é só a regra racional que evita algum homicídio, pois muitas pessoas não têm coragem de matar.

Assim, eles entendem que esse mandamento é mais do que isso – é o Mandamento do Perdão!

Não deixe que a pessoa que te magoou desapareça da sua história!

Dê a ela o recomeço, a nova chance, o renascer!

Quantas vezes você já escutou alguém falando: “Fulano morreu para mim!” 

Essa frase é muito arriscada, pois a vida tem seus retornos.

O adversário é especialista em cavar túmulos nas nossas relações.

O perdão é a restauração das relações falecidas!

A graça é a dádiva não merecida de Deus para nós. 

Somos indignos, mas Ele, por sua imensa bondade, nos ama! 

Esse é o motor do perdão.

• Apenas as pessoas que receberam amor podem amar; 

• Só as pessoas que foram libertadas podem anunciar libertação.

• Só as pessoas saradas oferecem cura; 

• Apenas as pessoas perdoadas podem perdoar! 

É a graça que faz o milagre de acolhermos em nossas vidas pessoas que nos machucaram.

Confie: a graça de Deus é para você! 

É possível perdoar o imperdoável, pois Deus já perdoou o imperdoável em você!

3. Perdoar não é “apagar tudo” 

Uma folha manchada: isso é o máximo que a borracha pode fazer.

Quantas vezes você já escutou alguém falar: “vamos esquecer isso”.

Esse é o erro mais frequente quando se fala de perdão. 

Isso só aumenta as recordações. Você não vai esquecer.

As páginas da sua memória não se limpam com uma mera borracha na ponta do lápis do rancor.

O que fazer, então? 

Apenas o fogo do Espírito Santo pode, realmente, “eliminar” as memórias dolorosas.

É permitir que a chama do Espírito apague completamente, destrua a força do pecado. 

Se o perdão não for completo, não será perdão, apenas o pobre acordo de uma paz.

Quando você perdoa faz uma descoberta valiosa: 

solta um cativo: você!

Nunca mais a submissão ao outro. Quem não perdoa convive com o adversário.

Concentra todas as energias planejando ataques contra o outro. Manchando as folhas da própria história.

Vivendo de juntar humilhação. Carregando pesos, malas pesadas que machucam a alma.

Segundo um provérbio popular: “ressentimento é você beber um cálice de veneno esperando que a pessoa que te magoou pereça”.

O ressentimento causa dores profundas que o tempo não consegue curar.

O fundo da existência fica com odor de bolor. 

O caminho da resolução dos conflitos nunca é um caminho simples.

Por isso Jesus decide passar por Samaria. 

Em João 4. 4, o texto diz: 

“Ele tinha que passar por Samaria”.

Samaria é o lugar do conflito, da luta entre judeu e samaritano. Jesus foi até lá. 

Cruzou o solo do rancor. 

Como cristãos, esse ainda é o nosso desafio!

Não podemos alterar o passado. 

Cada um de nós gostaria de ter a oportunidade de entrar em uma espécie de “máquina do tempo” e ter direito a uma nova chance, mas a realidade é cruel.

Alguém falou que “a vida é como uma moeda, 

você pode usá-la como quiser, mas só poderá usá-la uma vez”.

Entenda:

Não quero te fazer sentir mais culpado com isso – isso não te ajuda em nada – estou apenas te oferecendo apoio para que cada um de nós reconheça a verdade de que acusar os outros não soluciona o problema.


Não passe uma borracha, lave sua alma no sangue do Cordeiro! 


(I João 1. 7)

Mas, se andarmos na luz, como o próprio Deus é luz, 


vamos experimentar também uma vida de comunhão uns com os outros, enquanto o sangue derramado de Jesus, o Filho de Deus, nos purifica de todo o nosso pecado.


4. O auto perdão é essencial 

Muitas pessoas perdoam aos outros, mas não a elas mesmas.

Padecem em silêncio por anos. Muitas vestem a máscara da felicidade,  mas rindo por fora, ferem-se por dentro.

Ainda não viveram a maravilhosa experiência do auto perdão. 

O que é “auto perdão”?

É você compreender que, se Deus já te perdoou, você está totalmente livre! 

A Bíblia afirma que “não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Rm. 8. 1). 

Com a vinda de Jesus, o Messias, o problema fatal foi solucionado. 

Os que estão em Cristo não têm mais que viver numa sombra negra e abatida.

É quando você se aceita também. Não queira superar Deus!

Se Deus já te absolveu, absolve-se! Sem o autoperdão me torno indiferente.

Sem perceber formo uma crosta de insensibilidade com todos.

Como não me aceito, também não consigo perdoar ninguém, 

pois começo a pensar que o meu sofrimento é o mais intenso de todos.

Em I João 3. 19, 20 está escrito que “se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração”. 

Só assim podemos descobrir se a nossa vida está alinhada com a verdade de Deus. 

É a forma de superar as críticas internas que nos diminuem, mesmo que tenham fundamento. 

Deus é superior à nossa inquietação e nos conhece melhor do que nós mesmos.

Nada que a nossa mente nos acuse pode nos separar do amor de Deus.

Deus nos ama.

Deus te ama como se você fosse sua filha querida, seu filho amado. Receba essa verdade pela graça.

Romanos 8. 35-39, na versão “A Mensagem” deve estar em sua mente para sempre:

“Acham que alguém será capaz de levantar uma barreira entre nós e o amor de Cristo por nós? Não há como! 

Nem problemas, nem tempos difíceis, nem ódio, nem fome, nem desamparo, nem ameaças de poderosos, nem punhaladas nas costas, nem mesmo os piores pecados listados nas Escrituras: 

‘Eles nos matam a sangue frio, porque odeiam a ti. 

Somos vítimas fáceis: eles nos pegam, um a um’. 

Nada disso nos intimida, porque Jesus nos ama. 

Estou convencido de que nada – vivo ou morto, angelical ou demoníaco, atual ou futuro, alto ou baixo, pensável ou impensável – absolutamente nada pode se intrometer entre nós e o amor de Deus quando vemos o modo com que Jesus, nosso Senhor, nos acolheu”. 

É tempo de se perdoar, de oferecer perdão e de viver livre! 

O perdão é a libertação por excelência!

A Culpa Não é Minha!!

Não é Minha Culpa

Esta é uma das desculpas mais esfarrapadas oferecidas para qualquer má ação ou pecado.

Introdução
    • Isso começou no jardim do Éden.  
Adão, disse isso a Deus depois de ter comido do fruto proibido.

Sua resposta foi: A mulher que você me deu me fez pecar; "Não é minha culpa".
Isso se tornou uma frase e uma prática padrão.

Sejamos realistas: provavelmente não existe hoje um homem ou uma mulher viva que não tenha pronunciado estas palavras pelo menos uma vez na vida e, para muitas pessoas, estas palavras são pronunciadas repetidamente.

    • Émais facil dizer isso a reconhecer o pecado, a iniqüidade e, as deficiências em suas vidas.  

É tão difícil para muitos dizer que “eu estava errado”.
“Fiz o que não devia fazer” ou “Não fiz o que devia fazer”.

   
• Só temos que ter cuidado para não sermos culpados do mesmo pecado.

1. A Culpa não foi minha

    • Imagine todas as “vítimas” da sociedade colocando a culpa de tudo em outra pessoa, que elas não são responsáveis pelos crimes.

    •  O triste é que grande parte da sociedade não responsabiliza as pessoas pelo que fazem.
Eles sempre podem culpar alguém ou alguma outra coisa.

Um grande problema no nosso mundo é que as pessoas colocam a culpa em alguém ou em alguma coisa, em vez de resolverem os problemas.

2. O problema é o pecado.
    • Tudo começou quando Adão tentou afirmar que não era culpa dele ter quebrado a ordenança de Deus.

    • É assim que muitas pessoas parecem justificar suas próprias ações e, assim, não se sentem culpadas de pecar ou de infringir a lei.

    • Deus sabia desde o princípio que o homem iria pecar

(Romanos 3:23).
²³ Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;

Deus fez uma provisão antes da fundação da terra para ajudar o homem a fazer algo para corrigir a sua situação.

    • Deus sabia que o pecado separaria uma alma Dele.

(Isaías 59:2).  
² Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.

Deus sabia que a maioria dos pecadores tentaria colocar a culpa em outra coisa ou em outra pessoa.

    • Essa é a razão pela qual Deus não apenas nos deu a morte através do pecado de Adão, mas também nos deu o julgamento que estava por vir.

(Hebreus 9:27).
²⁷ E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,

    • A única maneira de evitar um julgamento negativo seria confessar a Cristo como sendo o fiel Filho de Deus e viver como Deus exige da melhor maneira possível.

3. O problema é que a maioria das pessoas não quer viver como Deus exige
    • Eles preferem satisfazer seus desejos e paixões.

    • As pessoas precisam aprender a confessar os seus pecados em vez de tentar transferir a culpa.
O conflito que cada pessoa enfrenta vem de dentro.

(Tiago 1:14-15).
¹⁴ Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.
¹⁵ Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.

    • Gálatas 5:16 nos diz que nossa alma e espírito estão em constante guerra.
¹⁶ Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.

    • Se quisermos ter comunhão com Deus, somos ordenados a obedecer ao evangelho de Cristo

(Marcos 16:15-16)
¹⁵ E disse-lhes: Ide por todo omundo, pregai o evangelho a toda criatura.
¹⁶ Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.

Para entrar nesta comunhão, e devemos confessar os nossos pecados

(1 João 1:9).
⁹ Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.

Conclusão
    • O bem lutando contra o mal sempre fez parte da história humana.

    • Parece que o mal está começando a triunfar atualmente, mas devemos lembrar que Jesus, o Cordeiro, terá a vitória final.

 • Todos aqueles que estão ao Seu lado também experimentarão esta vitória final.

    • O que todos precisam fazer é parar de culpar os outros e confessar os seus próprios pecados.

Recompensa da Fidelidade

Apocalipse 2:8-11
(A Mensagem) 


8-Escreva a Esmirna, ao Anjo da igreja. Assim diz o Início e o Fim, o Primeiro e o Último, Aquele Que Uma Vez Morreu e Depois Ressurgiu — Vivo: 

9-“Posso ver sua dor e pobreza — dor constante, pobreza terrível —, mas vejo também sua riqueza. Ouço a mentira nas alegações daqueles que fingem ser bons judeus, mas de fato pertencem à comunidade de Satanás. 

10-“Não tenha medo do que você está para sofrer — mas fique atento! Não tenha medo de nada! O Diabo está para pôr alguns de vocês na cadeia por um período de teste — dez dias. Isso não vai durar para sempre. “Não desista, ainda que isso custe sua vida. Continue crendo. Tenho a Coroa da Vida sob medida preparada para você. 

11-“Seus ouvidos estão abertos? Então ouça. Ouça as Palavras do Vento, o Espírito soprando através das igrejas. Os vencedores por Cristo estão livres da morte e do Diabo”.

INTRODUÇÃO: 


Deixemos claro que: Ser fiel a Jesus gera tribulações, mas, traz a confiança, a vida eterna e comunhão com Deus. Em Esmirna havia um templo dedicado a Tibério.  

Domiciano exigia adoração. Uma vez por ano queimavam incenso e diante do altar adoravam o imperador como Senhor. Os cristãos se recusavam. Seria infidelidade a Jesus. A cidade era entregue a idolatria. Do ponto de vista humano não se podia esperar uma igreja forte e fiel em Esmirna. Havia ali Perigo de vida. Fé tentada a sucumbir, mas não havia problema dentro da igreja. Ela não é censurada. O problema estava fora da igreja: O desafio de dizer não ao culto pagão e a blasfêmia do povo (v 9). 

“Posso ver sua dor constante...pobreza terrível —, mas vejo também sua riqueza" Adonai, vê teu presente, e contempla teu futuro...

AS RECOMPENSAS DA FIDELIDADE 


 I – A RECOMPENSA DA CONFIANÇA “Não temas o que hás de padecer...” (v. 10). 


A fidelidade não é fácil. Sofremos discriminação, provações e tentações. A prova tem a finalidade de fortalecer o caráter cristão. Em João 16:33 diz que “no mundo tereis tribulações, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”. 

Jesus tem todo interesse em que entendamos a razão dos sofrimentos em nossas vidas. As tribulações são oportunidades para crescermos espiritualmente; e não amargar em derrotas. 

 Em At 14:22, Paulo diz: ”por muitas tribulações nos é necessário entrar no Reino dos Céus”.

Todo que está a caminho do Reino de Deus enfrentará tempos difíceis. A fidelidade traz confiança. A confiança nos torna crentes firmes para enfrentar qualquer situação.  

II – A RECOMPENSA DA VIDA ETERNA 


A vida eterna já conquistamos pela fé em Cristo. O desafio aqui é ser fiel “até a morte” para receber a “coroa da vida”. 

Coroa da vida é sinônimo de vida eterna. Isso quer dizer que devemos ser fiéis até o ponto de precisar morrer pela fé em Cristo Jesus. A morte não era uma suposição. Era possibilidade real para os crentes de Esmirna. Contudo, fidelidade a Deus estava acima de tudo. 

 Ilustração: “Policarpo, pastor da igreja de Esmirna, em 155 d.C. foi martirizado na fogueira. Quando lhe perguntaram se queria voltar atrás na sua fé e adorar o imperador, ele respondeu: “Tenho 86 anos servindo a Cristo e Ele nunca falhou, não irei negá-Lo agora”. 

Pagou a sua fidelidade com a morte, mas recebeu vida. Ser fiel é ser estável. Deus mesmo é fiel (Dt 7:9 - A Mensagem). "Entendam isto: O Eterno, o seu Deus, é Deus de fato, um Deus em quem vocês podem confiar. Ele é fiel por mil gerações à sua aliança de amor leal para com os que o amam e obedecem aos seus mandamentos". 

III – A RECOMPENSA DA COMUNHÃO COM DEUS 

 Os que suportam as tribulações terão comunhão com Deus. O fiel receberá a coroa da vida. A imagem da coroa é tirada das olimpíadas. O vencedor recebia uma coroa de louros. O vencedor na fé recebe uma coroa incorruptível (I Co 9:25). 

25 "E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível". 

 Eles fazem isso por uma medalha de ouro, que perde o brilho e o valor, por uma taça vazia...mas nós estamos atrás da medalha que nunca envelhecerá...Diante da Plenitude da glória do Senhor 

CONCLUSÃO 

 A fidelidade não está condicionada ao ambiente. Esmirna estava sob a pressão do Maligno, mas foi fiel. Também estamos sob pressão. Sejamos fiéis... firmes. Nossa mensagem é bastante poderosa para enfrentar qualquer situação. 

Temos a garantia, pelo exemplo de Jesus, de que vale a pena ser fiel. Jesus é o modelo. Olhe para a cruz! 

 Fidelidade é fruto do Espírito Santo. A fidelidade é algo central na experiência cristã. Fidelidade é a base para ter Confiança, Vida e Comunhão com Deus. 

 

INFERNO

Apocalipse 14

Introdução:

O capítulo 14 do Apocalipse apresenta eventos fascinantes e cruciais. Deus aborda questões fundamentais relacionadas à Tribulação.
Nos versículos 1-5, vemos o destino dos 144.000, um grupo de pregadores judeus que, salvos e selados divinamente, viajam pelo mundo proclamando o Evangelho da graça.

Protegidos enquanto cumprem seu ministério, eventualmente serão martirizados pelo Anticristo.
Esses versículos os retratam em casa, no Céu, na presença do Senhor Jesus Cristo.

Nos versículos 14-20, é descrita a terrível batalha do Armagedom, que ocorrerá no final da Tribulação.
Focaremos nos versículos 6-13, que delineiam o futuro de duas classes distintas de pessoas.

Os versículos 6-11 abordam o destino do pecador perdido, enquanto os versículos 12-13 descrevem o futuro do santo fiel.

Embora esses versículos tratem de eventos futuros, sua relevância para nós hoje é inegável.
Todos nós, sem exceção, chegaremos ao fim de nossa jornada terrena algum dia.

Cada um de nós enfrentará o fim da estrada!
Embora não gostemos de pensar nisso, é vital compreender o que nos aguarda para estarmos devidamente preparados para esse momento.

Quando o fim chegar, não haverá mais tempo para se preparar.
A forma como deixarmos este mundo determinará como entraremos na eternidade.

Em Eclesiastes 11:3, diz assim: “... se a árvore cair para o sul, ou para o norte, no lugar onde a árvore cair, ali estará."
O mesmo se aplica à sua e à minha vida .
Não importa como o fim nos encontre – salvos ou perdidos – é assim que a eternidade nos manterá.
Devemos estar prontos!

Apocalipse 14
9 E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão,
10 Também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.
11 E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome.

v. 9-11 UM RETRATO TEMEROSO              

A.   Um terceiro anjo aparece. Ele prega uma mensagem de julgamento a todos aqueles que recebem a marca da Besta e que adoram a Besta.
Este anjo revela o que acontecerá com todos aqueles que se recusarem a receber o Evangelho da salvação através de Jesus Cristo.
Este anjo prega uma mensagem terrível, mas é uma mensagem que precisamos tomar nota hoje.

B.   Somos informados no versículo 10 que “ Este beberá do vinho da ira de Deus, que se derrama sem mistura no cálice da sua indignação; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos, e diante do Cordeiro: “

Que quadro horrível! Vamos dissecar esse versículo, uma frase de cada vez.

1.   “ O vinho da ira de Deus ” – A palavra “ ira ” traduz a palavra “ thumos ”. É uma palavra que retrata
“ uma explosão de ira; uma explosão repentina;
uma demonstração apaixonada de raiva. ”

Quando a ira de Deus for derramada sobre este mundo, será um momento de julgamento repentino do qual não haverá escapatória.

2.   “ Derramado sem mistura ” – Quando a ira de Deus vier sobre este mundo, ela será pura e não diluída.
Pecadores e Satanás nunca experimentaram a fúria pura de um Deus ofendido, mas um dia irão,

Heb. 10:31;
31 Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.

12:29.
29 Porque o nosso Deus é um fogo consumidor.

3.   “ O cálice da Sua indignação ” – A palavra “ indignação ” traduz a outra palavra do Novo Testamento que é frequentemente traduzida como “ ira ”.

É a palavra “ orge ”. A palavra fala de uma “ raiva que cresce lentamente ”.
Foi usado para se referir à seiva que sobe em uma árvore.
É a imagem da água subindo atrás de uma represa, até que a pressão da água se torna muito grande e a represa rompe.

É a imagem de uma pessoa contendo sua raiva, ficando com o rosto vermelho, até explodir de raiva.
Um dia a represa da ira de Deus romperá e todos aqueles que estão fora de um relacionamento com Jesus estarão condenados!

4.   “ Na presença dos santos anjos e na presença do Cordeiro ” –
A hoste celestial e o Cordeiro de Deus permanecerão como um lembrete constante ao pecador perdido de que eles não precisavam chegar a este lugar horrível.
Eles teriam sido salvos se tivessem se voltado para Jesus Cristo pela fé.

            O mais horrível de tudo é que temos um vislumbre dos horrores que aguardam o pecador perdido nas chamas do Inferno.

O versículo 11 é muito claro; O inferno é um lugar de tormento interminável e inimaginável para o pecador perdido.
Quando morrerem sem Jesus, irão para o Inferno.
Uma vez lá, eles nunca terão um segundo de descanso ou alívio.
Eles irão para um lugar onde nunca morrerão!
Eles sofrerão por toda a eternidade enquanto suportam a ira de Deus no Inferno.

C.   Não precisava terminar assim para essas pessoas. Não precisa terminar assim para você!
Quando Jesus Cristo morreu na cruz, Ele levou nossos pecados em Seu corpo,

1 Ped. 2:24 .
24 Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.

De alguma forma, na economia de Deus, Jesus literalmente se tornou nossos pecados na cruz,
2 Cor. 5:21 .
21 Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.

Durante aquele tempo na cruz, Deus julgou Jesus como se Ele fosse você ou eu.

Ele derramou Sua ira sobre o corpo de Seu Filho.
O julgamento foi tão completo que Jesus até gritou em Sua angústia por ter sido abandonado pelo Senhor,
Mateus. 27:46 .
46 E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?

Jesus já experimentou a ira pura de Deus na cruz.
Ele sofreu naquele madeiro porque você e eu somos pecadores.
Ele tomou nosso lugar na cruz e sofreu a ira de Deus para que não precisássemos fazê-lo,

Isa. 53:4-6 .
Mas o fato é que ele levou nossas doenças, nossas deformidades, tudo que há de errado em nós. Pensamos que ele era culpado de tudo isso, que Deus o estava castigando por sua culpa. Mas foram nossos pecados que caíram sobre ele, que o feriram, dilaceraram e esmagaram — nossos pecados!
Ele recebeu o castigo, e isso nos restaurou. Por meio das feridas dele, somos curados. Somos como ovelhas que se desviaram e se perderam. Cada um de nós fez o que quis, cada um escolheu um caminho próprio. E sobre ele o Eterno descarregou todos os nossos pecados, tudo que fizemos de errado.

Agora, a única esperança de salvação é Jesus Cristo. Aqueles que crerem Nele pela fé serão salvos e passarão a eternidade no Céu.

Aqueles que O rejeitarem passarão a eternidade no Inferno.
O versículo 11 será o futuro deles.
Onde estaremos cinco segundos após a morte?
Tudo depende do que você faz com Jesus,

João 3:18, 36;
18 Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
36 Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.

1 João 5:12
12 Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.

O Evangelho é a única mensagem que salvará a alma humana da ira de Deus e de uma eternidade no Inferno, João 14:1-6;
1-4 "Não permitam que esta situação os aflija. Vocês confiam em Deus, não confiam? Confiem em mim.
Há muitos lugares na casa do meu Pai. Se não fosse assim, acham que eu teria dito que vou preparar lugar para vocês? Mas, se vou preparar lugar para vocês, significa que vou retornar e levá-los comigo, para que possam viver onde eu vivo. Vocês já sabem o caminho que vou tomar”.

5 Tomé disse, então: “Senhor, não temos ideia de para onde o senhor vai. Por que pensa que sabemos o caminho?”.

6-7 Jesus disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e também a Vida. Ninguém chega ao Pai sem mim.

Atos 4:12
12 E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.

domingo, 23 de junho de 2024

O MODELO DE LIDERANÇA DE JESUS


Por uma Liderança Relevante e Inspiradora 

(II Co. 3.1-6)

¹ Porventura começamos outra vez a louvar-nos a nós mesmos? Ou necessitamos, como alguns, de cartas de recomendação para vós, ou de recomendação de vós?

² Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens.

³ Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração.

⁴ E é por Cristo que temos tal confiança em Deus;

Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus,

⁶ O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica. 


Nesta segunda carta, o apóstolo Paulo responde a um ataque à sua liderança. 

Ele questiona: "Por que eu precisaria de uma carta, quando fui eu mesmo quem gerou vocês?" (I Co. 4.15). 

A liderança envolve autoridade, mas também pode facilmente se transformar em abuso de poder.


Princípio 1: Raízes no Coração**


Paulo desafia os impostores a mostrarem suas obras. 

Um líder relevante e inspirador é aquele cujo ministério tem raízes profundas no coração. 

Isso se reflete em um caráter santo e genuíno

A verdadeira liderança vai além do poder e busca impactar vidas de maneira positiva.


Paulo invoca dois grandes profetas: Ezequiel e Jeremias! 

O coração é terra sagrada onde só Deus caminha

Se o seu coração não for fiel, seu ministério será uma tragédia!


1. Que o seu ministério seja dependente de Deus: "A nossa capacidade vem de Deus." 

A liderança precisa ser dependente de Deus, 

baseada em Cristo e desenvolvida através do Espírito! Confie em Deus!


2. Que o seu ministério sinalize para o tempo das coisas novas: 

Novos tempos, eternas verdades! 

Antes que seja tarde demais! 


2. Jesus: o maior! (Rm. 11.36)

³⁶ Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém. 


A NATUREZA DA LIDERANÇA DE JESUS


A Divindade de Jesus


É impossível — e, de certa forma, seria incorreto — pensar nas obras de Jesus sem considerar quem Ele é. Por isso, antes de ser feita uma análise sobre o modelo de liderança deixado por Jesus, é imprescin­dível que se faça uma reflexão a respeito da sua natureza.


No Evangelho escrito por João, encontram-se apenas sete milagres de Jesus, e cada um deles é acompanhado da expressão “Eu sou”, feita pelo próprio Senhor, o que indica que as suas obras resultam da sua essência, isto é, de quem Ele é.


Mas, afinal, quem é Jesus e qual a sua natureza? Como fruto da revelação divina, Pedro respondeu a essa pergunta e afirmou que Jesus é “o Cristo, o Filho do Deus vivo”            (Mt 16.16,17). 

Essa declaração foi um reconhecimento público da divindade de Jesus (Jo 14.5-11).

Por isso, todas as obras de Jesus decorrem e refletem o seu caráter divino, inclusive as suas ações como líder, razão por que o modelo de liderança que Ele deixou deve ser o padrão máximo de referência e ideal a ser alcançado, pois Jesus retrata perfeitamente aquilo que o Senhor Deus espera de um líder.


A Autoconsciência de Jesus


Uma das marcas mais visíveis e perceptíveis nas atitudes de Jesus é a plena consciência de que Ele sempre teve de ser o Filho de Deus (Mt 11.25-27). 

Por diversas vezes, a Bíblia registra o Senhor Jesus, quer fosse pregando, quer orando, reafirmando a sua natureza — ou seja, Ele não tinha dúvida de onde veio e nem de quem o enviou (Jo 16.28; 17.18-25).

A serenidade e a segurança com que Jesus enfrentou o interrogatório de Pilatos é de impressionar, e isso se deu justamente pela convicção do Mestre acerca de si mesmo, de quem o enviou e de que Ele estava sob os cuidados do seu Pai (Jo 18.36; 19.10,11). 

É essa mesma certeza que deu a Jesus as condições necessárias para lidar com equilíbrio e tranquilidade com Judas Iscariotes, que haveria de traí-lo (Jo 13.18,19).

Jesus deixa o exemplo de que o líder cristão deve ter plena cons­ciência da natureza do seu chamado e de quem o enviou.

Jesus e a Consciência de sua Missão

Ciente da sua natureza e de quem o enviou, Jesus pôde ter clareza sobre a sua missão, ou seja, do que Ele veio fazer no mundo. 


Essa consciência Ele teve desde muito cedo, conforme se vê nas firmes e convictas palavras que dirigiu aos seus pais quando estes o encontra­ram entre os doutores da Lei, conforme se lê: “[…] 

Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lc 2.49).


A verdade é que, em cada etapa da sua trajetória na terra, Jesus teve muita clareza acerca da sua missão, quer fosse sobre o seu mi­nistério como pregador (Mc 1.38), quer fosse da sua responsabilidade em servir e não ser servido (10.45), do momento em que Ele voltaria para o Pai (Jo 16.28), da certeza de que veio salvar os perdidos      (Lc 19.10) e de que daria a vida pelas suas ovelhas (Jo 10.11).


O conhecimento e a compreensão da sua missão terrena deram a Jesus as condições necessárias para lograr êxito em muitas frentes da sua liderança, dentre as quais se destacam duas aqui: 

I) Cumprir o seu papel mesmo diante das afrontas dos fariseus          (Lc 5.20-26); 


II) Manter-se fiel à mensagem a ser pregada, mesmo sabendo que a multidão iria rejeitá-lo e abandoná-lo (Jo 6.60-69). Assim como Jesus, o líder cristão deve ter consciência a respeito da sua missão e, assim, cumpri-la com fidelidade.


O MODELO DE LIDERANÇA DE JESUS


Uma Liderança Fundamentada no Amor


Do ponto de vista bíblico, nenhuma obra terá valor algum se não tiver o amor como a sua fonte. Em outras palavras, é o amor que valida e dá autenticidade a toda e qualquer ação da Igreja (1 Co 13). 

A igreja que estava em Éfeso é um exemplo de que nada adianta ser zeloso na doutrina, ter boas qualidades e ser dedicado ao trabalho pelo Reino de Deus se não tiver o amor          (Ap 2.1-7).


Tudo o que Jesus realizou no seu ministério terreno — como, por exemplo, os seus milagres, as suas pregações, os seus ensinamentos e o modelo de liderança que deixou — 

só foi possível porque Ele foi enviado pelo Pai, e isso aconteceu “porque Deus amou o mundo de tal maneira” (Jo 3.16). 

Desse modo, a base do ministério de Jesus, inclusive a sua liderança, é o amor.

Toda a trajetória de Jesus na terra foi, portanto, permeada pelo amor, só que nada traduz isso melhor do que a entrega da sua vida na cruz por amor da humanidade (Rm 5.6-8). 

Biblicamente, amor NÃO é sentimento e nem mesmo se demonstra em palavras, mas é traduzido em obras, assim como Deus provou o seu amor (1 Jo 3.11,16-19; 4.7-21).

O amor moveu e autenticou tudo o que Jesus fez, e assim devem ser aqueles que visam seguir o seu modelo de liderança.


Uma Liderança Sacrificial


Partindo do princípio da natureza divina de Jesus, qualquer análise a respeito da sua obra em favor da humanidade, inclusive a sua li­derança, deve começar com base na sua disposição em sacrificar-se em favor do outro; 

afinal de contas, o cumprimento da sua missão começou com a sua renúncia em ser igual a Deus,  a sua decisão em fazer-se servo e em tornar-se homem, para que finalmente pudesse padecer e morrer de forma humilhante (Fp 2.6-8).


Em Atos 10.38,39, está registrado o testemunho de Pedro acerca da disposição que Jesus teve durante o seu ministério terreno em movimentar-se em direção às pessoas para fazer-lhes o bem, mesmo sabendo que isso lhe custaria a própria vida, pois Ele viria a ser maltratado, humilhado e crucificado. 


Jesus liderou sob o modelo da liderança sacrificial.


Uma Liderança em Favor do Próximo


Depois de ter verificado a natureza divina da liderança de Jesus e o seu modelo sacrificial de liderança, 

esta lição volta-se para o fato de que o olhar do Mestre sempre esteve voltado para o outro e nunca para si mesmo. 

Firmado no princípio apresentado a Abraão de que nele todas as famílias da terra viriam a ser abençoadas (Gn 12.3), o Senhor Jesus replicou o que foi previsto pelo profeta Isaías e disse ter recebido a unção divina com vistas a abençoar outras pessoas; 

ou seja, Ele reconheceu estar cheio do Espírito Santo não para fins pessoais, mas, sim, para “evangelizar os pobres […], curar os quebrantados do coração […], apregoar liberdade aos cativos […], dar vista aos cegos […], pôr em liberdade os oprimidos”.                                (Is 61.1-3; Lc 4.18-19).


Destacam-se aqui dois acontecimentos relacionados ao ministério de Jesus: 

I) Aquele vez em que, depois de ter jejuado quarenta dias e de ter sido tentado pelo Diabo no deserto, Jesus teve fome, e o Diabo sugeriu-lhe que Ele transformasse pedras em pães, mas Jesus repreendeu-o ao dizer que o homem não vive só de pão, mas de ou­vir a palavra de Deus (Lc 4.3,4); 

e II) Aquela vez em que Jesus usou o seu poder para multiplicar cinco pães e dois peixes para saciar a fome de uma grande multidão. (Jo 6.1-15).


Eis a pergunta: Por que Jesus não transformou as pedras em pães para saciar a sua fome de quarenta dias sem comer, mas multiplicou os pães e peixes para saciar a fome de uma multidão que estava há horas sem comer?

Eis a resposta: Jesus nunca usou o seu poder para beneficiar-se a si mesmo, mas sempre se disponibilizou dEle para abençoar outras pessoas.

Jesus sempre liderou em favor dos seus liderados.


JESUS, UM LÍDER PRÁTICO


Um Líder Próximo de seus Liderados


Jesus não foi um líder de “gabinete”, mas sempre esteve entre os seus liderados, viveu entre eles, comeu com eles, conversou com eles, conheceu os seus dramas e atendeu-os nas suas necessidades (Hb 4.14-16). 

Jesus não esperava que as pessoas fossem a Ele, mas Ele mesmo se dirigia a elas com a finalidade de pregar-lhes o evangelho do Reino. (Lc 13.22).


Um exemplo significativo de que Jesus foi um líder que fez questão de estar entre os seus liderados e buscou liderar a partir da realidade de cada um deles é o seu ministério como pregador. 


Um dos métodos mais usados pelo Mestre foi a parábola, cujo termo significa “estar ao lado” e que objetivou facilitar a compreensão dos ouvintes ao transmitir verdades eternas e espirituais por meio de exemplos do cotidiano, como a agricultura, a dona de casa, a relação de pais e filhos, o cuidado do pastor com as suas ovelhas, a relação dos senhores com os seus servos e tantos outros.


Jesus pregava a partir da realidade dos seus ouvintes, como de­monstração de interesse por eles e de que compreendessem o que efetivamente Ele quis ensinar. 

Desse modo, o Mestre foi um líder que trabalhou entre os seus liderados e espera que os que por Ele foram chamados a exercer a liderança cristã sigam este mesmo modelo.


Uma Liderança Pautada na Oração


Não há um momento sequer nos registros bíblicos acerca do minis­tério terreno de Jesus no qual Ele não esteja em oração; aliás, Jesus não ensinou os discípulos a pregar e nem a liderar — pelo menos não teoricamente —, mas ensinou-os a orar (Lc 11.1-4).


Jesus orou em cada momento da sua passagem pela terra, como se vê: 

I) No início e durante todo o seu ministério (Mt 14.23; Lc 9.28);

II) Orou durante uma noite inteira para escolher os que seriam os seus apóstolos (Lc 6.12-16);

III) Orou antes de ser crucificado (Mc 14.32-42); 

IV) Orou durante a sua crucificação (15.34-35); 

V) Orou pelos discípulos que estavam com Ele e por aqueles que ainda viriam a ser os seus discípulos(Lc 22.32; Jo 17.20-21).

Sendo assim, um dos principais legados de Jesus como líder é, sem dúvida, a sua vida de oração, que deve ser imitada por aqueles que são chamados a atuar na liderança cristã na atualidade.


Uma Advertência à Liderança Cristã


Outra marca da liderança de Jesus que deve nortear a vida dos líderes cristãos na atualidade foi a sua discrição. 

Essa característica do ministério de Jesus assume um aspecto que ultrapassa o modelo a ser seguido e 

assume uma natureza exortativa e de advertência, pois não são poucos os que têm entrado pelo caminho da busca por popularidade e tem-se perdido e levado outros a perderem-se também.

Em primeiro lugar, Jesus não foi movido pela busca de populari­dade, mas sempre buscou manter-se fiel à missão que recebeu do Pai (Jo 6.60-71). 

Em segundo lugar, Jesus nunca investiu na sua imagem; aliás, Ele sempre se afastava quando a multidão era muito grande  (Lc 5.1-3,15,16). 


Se, no entanto, Ele não investiu na sua própria imagem, dedicou-se a investir no bom nome, como se vê no exemplo do cego de Jericó, que, embora não tivesse condições de conhecer a sua face em virtude da sua deficiência visual, conhecia bem o seu nome (Mc 10.46-52).

Deus prometeu engrandecer o nome de Abrão, mas não a Abraão, e isso porque pessoas passam, mas o nome permanece (Gn 12.2). 


Diante disso, o modelo deixado por Jesus e a ser seguido adverte a cada um dos que militam na liderança cristã a investir naquilo que realmente importa, isto é, no bom nome, e não na própria imagem.

Definitivamente, Jesus é o maior líder que já existiu, e o seu mo­delo de liderança deve ser perseguido por todos os líderes cristãos.


CONCLUSÃO


Ao término dessa jornada, ficam várias questões a ser respondidas a partir de uma reflexão profunda, sincera e per­manente sobre a necessidade de líderes cristãos fiéis, bem preparados, compromissados com a verdade do evangelho, capazes de dialogar com a sociedade atual sem corromper-se com o mundo e o seu siste­ma. 


Para que isso seja possível, faz-se necessário: 

I) Ter consciência da natureza do chamado, isto é, saber com clareza e firmeza quem o escolheu para liderar — em alguma medida — sobre a igreja; 


II) Conhecer os métodos deixados pelo Senhor como meios e instrumentos para a execução do trabalho da liderança cristã; 


e III) Estabelecer bem e com precisão os objetivos a ser alcançados no exercício da liderança cristã.


Tendo a certeza de que foi Deus quem o escolheu para trabalhar e cooperar com o que Ele está realizando no mundo por meio da sua Igreja, conhecer os métodos bíblicos e os objetivos preestabele­cidos por certo fará de você um líder cristão bem-sucedido, 


cujos frutos colhidos serão doces, não obstante os momentos amargos a ser enfrentados, assim como duradouros, ainda que para isso é preciso o aprofundamento das raízes, o que demanda tempo, dedicação e treinamento, incluindo leitura bíblica e oração.


Siga, portanto, os bons exemplos aqui expostos e dependa de Deus, e certamente o Senhor fará com que você triunfe sobre todas as adversidades inerentes ao exercício da liderança cristã.

Dostoievski escreveu: Se me dissessem que Cristo não é a verdade, eu diria:                     vai-te, verdade, pois tudo o que eu quero é Cristo!”

Jesus enfrentou, no deserto, as tentações do **ter** (fazer das pedras, pães); 

do **fazer** (atirar-se no vazio sem o risco de se ferir) 

e do **poder** (possuir os reinos do mundo).


Uma liderança completa


1. A difícil liderança da humildade

Jesus vivia uma humildade total

Se Jesus Cristo é o nosso supremo modelo de liderança, então nenhuma arrogância, prepotência, “nariz empinado”, postura de chefe, pode ser a nossa marca!


Jesus exerceu um ministério curto de três anos, ousou reformular a lei de Moisés,  fez-se pobre entre os pobres, pregou em aramaico e jamais escreveu uma linha! 

E nunca foi esquecido!

Jesus teve humildade suficiente para passar despercebido. Precisamos sair da vitrine! 

Voltemos à liderança da humildade!


2. A arriscada liderança do servir

Jesus nos mostrou a virtude do servir radical.  Ele mudou o conceito de poder, fazendo-o servir. 

Essa liderança do servir radical só é viável para aqueles que ainda levam uma cruz!

Infelizmente, a liderança do êxito muitas vezes abafa a liderança do servir. 

Jesus valorizava a pedra bruta, em vez da bem polida.


3. A admirável liderança da total dependência

Renunciar à tentação do domínio é fundamental. 

A liderança da total dependência se baseia no relacionamento. 

Jesus é o Deus dos relacionamentos, e não há lugar no ministério para “o lobo isolado”.


Vamos voltar à liderança da total dependência de Jesus.