sexta-feira, 24 de agosto de 2012

10 | 1 João 2:15-17 | Tudo o que há no "MUNDO" não vem de Deus

O batismo perdoa pecados?

Se estivermos falando do perdão de pecados para se obter a salvação eterna, então a resposta é não, o batismo não pode nos dar perdão. Se pudesse, quase toda a população ocidental estaria salva, já que a maioria das pessoas foi batizada e leva o nome de Cristo; são cristãos, não pagãos. Então como explicar as passagens que você apresentou?


Mar 1:4 Apareceu João batizando no deserto, e pregando o batismo de arrependimento, para remissão dos pecados.

Luc 3:3 E percorreu toda a terra ao redor do Jordão, pregando o batismo de arrependimento, para o perdão dos pecados;

Ats 2:38 E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;

Considerando que as Escrituras não podem se contradizer, deve existir uma explicação que coloque essas expressões "remissão de pecados" e "perdão de pecados" em seu devido contexto. Temos inúmeras passagens na Palavra de Deus que ensinam que a salvação é pela fé, não por obras ou pelo cumprimento a ordenanças como o batismo ou a ceia do Senhor. É o caso de João 1:12; 3:16; 3:36; 6:47; At 16:31; Rm 10:9 só para citar algumas.

Se você considerar que o ladrão na cruz foi salvo sem passar pelo batismo, que o próprio Senhor não batizou ninguém e que o apóstolo Paulo afirma ter batizado alguns poucos, é de se estranhar que Jesus e Paulo não tenham se dedicado com maior afinco a essa prática se ela fosse realmente o meio de perdão e salvação. Por que Jesus não batizou a mulher adúltera antes de dizer a ela: "Nem eu também te condeno" (Jo 8:11). Por que não levou às águas o homem curado antes de dizer a ele: "Homem, os teus pecados te são perdoados" (Lc 5:20). E onde entrou o batismo, quando na casa do fariseu, Jesus disse à prostituta arrependida: "Os teus pecados te são perdoados." (Lc 7:48).

Talvez Atos 22:16 nos dê alguma luz sobre o assunto. Repare que a exigência de que fossem batizados foi feita somente a judeus. No caso de João Batista, o batismo não era um batismo cristão, tanto é que os discípulos de João seriam batizados outra vez em Atos com o batismo cristão. Então que batismo era esse para remissão ou perdão de pecados que receberam de João Batista e depois precisaram receber novamente dos apóstolos? Era a prova visível e a declaração pública de arrependimento por tudo o que aquele povo havia feito, primeiro com os profetas de Deus (no caso do batismo de João Batista) e depois com seu Messias (no caso do batismo em Atos 22:16).

Esse mesmo povo trazia sobre si a culpa de rebelião contra Deus e sua Palavra, entregue aos israelitas séculos antes, e demonstrava esse espírito ao rejeitarem o Messias: "O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos" (Mt 27:25). Aqueles judeus no batismo de João se arrependiam e declaravam publicamente que se colocavam em uma nova posição em relação a Deus, o que faziam mediante o batismo. Os judeus em Atos se arrependiam de terem crucificado o Messias e mostravam isso publicamente sujeitando-se ao batismo em nome de Jesus, que na prática era feito em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Tendo isto em mente fica mais fácil entender as passagens de Mc 1:4, Lc 3:3 e At 2:38: eles eram batizados "para o perdão [ou remissão] dos pecados", entrando o batismo como o reconhecimento por terem sido já perdoados. Li um comentário de Ryrie que explica assim:

"Isto não significa que [eles fossem batizados] a fim de serem remidos, pois em todo o Novo Testamento vemos pecados sendo perdoados como resultado da fé em Cristo, não como resultado do batismo. Aqui significa que deviam ser batizados por causa da remissão dos pecados. A preposição grega 'eis', traduzida como 'para', tem também o significado 'por causa da', não apenas aqui mas também em passagens como Mateus 12:41, onde o único significado possível é 'porque se arrependeram [ou 'por causa de terem se arrependido'] com a pregação de Jonas'. O arrependimento foi o que trouxe a remissão dos pecados para esta multidão no dia de Pentecostes, e por causa da remissão dos pecados lhes foi pedido que fossem batizados".

É preciso entender que as diferentes classes de pessoas que se converteram em Atos receberam tratamentos distintos por causa das responsabilidades distintas em que estavam inseridas.


  • Para os judeus convertidos a Cristo, a ordem foi (1) Arrependimento, (2) Batismo nas águas, (3) Recebimento do Espírito Santo. 
  • Para os samaritanos, em At 8:14-17, a ordem foi (1) Crer, (2) Batismo nas águas, (3) Intercessão dos apóstolos, (4) Imposição de mãos dos apóstolos e (5) Recebimento do Espírito Santo. 
  • Na conversão dos gentios em At 10:44-48 a ordem foi (1) Crer, (2) Recebimento do Espírito Santo, (3) Batismo nas águas. 
  • Finalmente, para os discípulos de João Batista que se converteram a Jesus, a ordem foi (1) Crer, (2) Novo batismo nas águas, (3) Imposição de mãos do apóstolo, (4) Recebimento do Espírito Santo.


Portanto, entenda o batismo como uma expressão exterior e pública de algo já ocorrido (ele tem também outros significados, mas não vou comentá-los aqui). A prostituta que lavou os pés de Jesus com lágrimas, enxugou-os com seus cabelos e os ungiu com perfume fez aquilo como consequência do perdão que ela sabia poder contar. Repare que ela não foi batizada para receber tal perdão, e nem foi esse ato de bondade dela para com o Senhor que a fez merecedora do perdão. Ela recebeu o perdão antes disso, quando creu em Jesus.

Luc 7:47 Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, [antes de entrar ali] porque [como consequência do perdão] muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado [por consequência] pouco ama.
Luc 7:48 E disse-lhe a ela: Os teus pecados te são perdoados [confirmando aquilo que a levara a estar ali para adorar].
Luc 7:49 E os que estavam à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este, que até perdoa pecados?
Luc 7:50 E disse à mulher: A tua fé [e não o arrependimento ou o fato de ter regado os pés de Jesus com lágrimas] te salvou; vai-te em paz.

Existe ainda outro aspecto do perdão, que é o perdão fraternal ou administrativo, que é praticado individualmente entre os crentes (Mt 11:25) e também pela assembleia (2 Co 2:10), mas este é um assunto para outra ocasião.

por Mario Persona

sábado, 18 de agosto de 2012


Como encontrar descanso para a sua alma


Referência: Mateus 11.28-30
INTRODUÇÃO
1) Mateus capítulo 11 revela-nos quatro retratos distintos de Cristo:
1. Jesus, o juiz que repreende – v. 21 – Jesus tinha realizado grandes milagres em Corazin e Betsaida, mas o povo reagiu com indiferença à mensagem e às obras de Cristo. Jesus, então, os repreende com palavras severas de juízo e condenação. Ilustração: Um juiz na India estava indo para a coorte quando viu uma criança brincando sobre os trilhos de um trem que se aproxima. Ele correu e salvou o menino da morte iminente. Mas seguiu para a coorte e condenou um assassino à morte. Num pequeno espaço de tempo este calheiro foi tanto salvador como juiz.
2. Jesus, o Filho que se alegra – v. 25 – Jesus mostra aqui a inescrutável sabedoria de Deus que oculta as verdades do evangelho aos sábios e entendidos deste mundo e as revela aos pequeninos. No Reino de Deus quem não se fizer como uma criança jamais poderá entrar no céu.
3. Jesus, o Deus feito carne que revela o Pai – v. 27 – Jesus mostra aqui, que ele é Deus. Ele é o criador do universo, o Rei imortal, que veio para nos revelar quem é Deus.
4. Jesus, o Deus redentor que oferece descanso para a nossa alma – v. 28-30 – Essas palavras tem trazido calma, cura e salvação para milhões de pessoas aflitas ao longo dos séculos. Aqui nós temos a oferta do Evangelho:
I. O CONVITE DE JESUS – V. 28 
Ninguém no universo tem autoridade e competência para fazer esse convite.
Observe que você não está sendo convidado para analisar uma denominação, uma igreja, uma doutrina, mas você está sendo convidado para um encontro e uma experiência com Cristo.
Os fariseus diziam: Façam! Mas a verdadeira salvação é encontrada somente em uma Pessoa. Na Pessoa de Jesus Cristo.
1. Encontro com Cristo – “Vinde a mim”
Esse convite é dirigido a todos indistintamente. Esse convite é aberto a todos os que estão cansados e sobrecarregados com o peso do pecado ou o peso do legalismo.
Esse convite não é discutir sobre Cristo, mas para um encontro com Cristo. Não é religião. Não é moralidade. Não é rito religioso. Não é caridade. Não é misticismo. Não é legalismo. Não é fuga da realidade. É um encontro com aquele que é a vida, a paz, a alegria, a salvação.
Vir a Cristo significa confiar nele. Entregar-se a ele.
2. Experiência com Cristo – “Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei”.
Há milhares e milhares de pessoas que são controladas pelo pecado. Vivem sob a opressão do medo, do vício, do pecado.
2.1. A escravidão do pecado – “Todos vós que estais cansados”. O pecado cansa. O pecado é um fardo. O pecado destrói as pessoas. O pecado é um fardo esmagador. Muitas pessoas não aguentam mais conviver com seus vícios. São escravas. São cativas. Estão carregando um peso cruel sobre as costas.
2.2. O peso do pecado – “… e oprimidos”. O Peregrino ao ver a cruz, seu fardo caiu de suas costas e ele ficou livre. Quando vamos a Jesus encontramos descanso para a nossa alma. Jesus oferece não apenas descanso espiritual, mas descanso físico, mental e emocional. “Deixo-vos a paz e a minha vos deu”.
II. A EXIGÊNCIA DE JESUS – V. 29 
Relembre que Jesus foi um carpinteiro em Nazaré. Certamente ele fez muitas cangas para colocar debaixo do mesmo jugo os animais de trabalho. Ao usar essa metáfora, Jesus está nos falando sobre duas coisas. Esta obrigação é para:
1. Aceitar um relacionamento com Cristo – v. 29 – “Tomai sobre vós o meu jugo”.
Há muitas pessoas que buscam se deleitar nos benefícios do evangelho, mas sem compromisso de um estreito relacionamento com Cristo. Eles desejam conhecer a paz, o perdão, o poder e propósitos em suas vidas, mas não querem compromisso com Jesus.
Eles não entendem que não há cristianismo sem compromisso com Jesus. Aquele que se une com o Senhor torna-se um só espírito com ele.
Tomar o jugo de Cristo é uma profunda experiência. A escravidão de Cristo nos liberta. O jugo de Cristo é o sinal da libertade. Quanto mais escravo de Cristo você é, mais livre você se sente.
Quando você toma o jugo de Cristo você conhece a paz com Deus e a paz de Deus.
Tomar o jugo de Cristo é tornar-se discípulo. É submeter-se a Cristo.
2. Assumir uma responsabilidade com Cristo – v. “Tomai sobre vós o meu jugo”.
O jugo fala também do serviço sob o senhorio de Cristo. Assim como dois bois trabalham debaixo do mesmo jugo, o Senhor Jesus deseja que estejamos ligados a ele no serviço do Reino de Deus. Veja Marcos 16:20.
Neste apelo evangelístico de Jesus há não somente um convite dirigido ao coração e uma obrigação dirigida à vontade, mas também uma educação dirigida à mente.
III. O DESAFIO DE JESUS AO APRENDIZADO – V. 29-30 
Vir a Jesus e tomar sobre nós o jugo é algo que acontece quando cremos. Mas o aprendizado é um processo. Quanto mais nós aprendemos de Cristo, mais nós desfrutamos da sua paz.
1. Nós devemos aprender de Cristo – v. 29
Este não é um aprendizado meramente acadêmico, mas um aprendizado de uma experiência pessoal com Cristo e seu amor. Devemos buscar a intimidade com Jesus, como João buscou. Devemos auscultar o pulsar do coração de Jesus.
Devemos aprender sobre a mansidão de Cristo. Mansidão não é fraqueza, mas poder sob controle.
Devemos aprender sobre a humildade de Cristo. A palavra “humilde” significa baixo como o chão. Isto significa curvar-se até chegar aos pés de alguém. Ser humildade é fazer como Maria que se assentava aos pés de Jesus.
2. Nós devemos descansar em Cristo – v. 29
Quanto mais nós aprendemos de Cristo, mais nós descansamos nele. Quanto mais nós temos intimidade com Cristo, mais nós encontramos descanso para as nossas almas.
Paulo diz isso de outra forma: “Agora já não sou eu mais quem vive, mas Cristo é quem vive em mim”.
Devemos lançar não apenas a nossa ansiedade sobre ele, mas toda a nossa vida, a nossa alma. Cristo é o nosso descanso. Ele é a nossa paz. Ele é a nossa cidade refúgio.
A palavra fé é colocar toda a sua alma, seu peso, seu fardo, sua vida sobre Cristo. Ilustração: Quando John Paton, o missionário que viveu nas Novas Hébridas, estava traduzindo a Bíblia para a língua nativa ele estava tentando encontrar uma palavra própria para descrever fé. Um dia, depois de um tempo de trabalho árduo, chegou em sua casa cansado e jogou todo o seu peso sobre a cadeira. Instantaneamente ele gritou: Achei a palavra para descrever fé.
Por que a evangelização é imperativa?

A evangelização não é uma opção, mas um mandamento. A grande comissão foi repetida em todos os Evangelhos e também no livro de Atos. Todos aqueles que foram alcançados pelo evangelho são enviados a compartilhar o evangelho. A evangelização não deve ser apenas um programa da igreja, mas um estilo de vida de todos os crentes. Vamos, agora, analisar algumas razões pelas quais a igreja deve estar engajada na evangelização.

Em primeiro lugar, porque o homem sem Cristo está perdido. Nenhuma religião pode salvar o homem. Nenhum credo religioso pode reconciliar o homem com Deus. Nenhuma obra feita pelo homem pode atender as demandas da lei de Deus. Do religioso ao ateu e do doutor ao analfabeto, todos os homens estão irremediavelmente perdidos. A Bíblia diz que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Diz ainda que o salário do pecado é a morte. O homem está morto em seus delitos e pecados e assim como um morto não pode dar vida a si mesmo, um pecador não pode salvar a si mesmo. O nome de Jesus é o único nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos. Jesus é o único Caminho para Deus, a única Porta de entrada no céu, o único Mediador entre Deus e os homens. Jesus é o Salvador do mundo.

Em segundo lugar, porque o evangelho é a única boa nova de salvação. Há muitas religiões no mundo, cada uma com sua doutrina e sua prática. Todas elas, exceto o Cristianismo, ensinam que o homem deve abrir um caminho da terra para o céu. Mas, a salvação não é uma conquista do homem, mas uma oferta da graça. O céu não é conquistado pelo esforço das obras, mas recebido pela fé em Cristo. O evangelho é a boa nova de que Deus amou o homem não pelos seus méritos, mas apesar de seus deméritos. Amou-o a despeito de ser fraco, ímpio, pecador e inimigo. Amou-o e entregou seu único Filho para morrer pelos seus pecados. O evangelho está centrado não na obra que fazemos para Deus, mas na obra que Cristo fez por nós na cruz. O evangelho não aponta para o merecimento humano, mas para a cruz de Cristo, onde o Filho de Deus morreu por nós. O evangelho é o palco onde Deus revela seu amor e sua justiça. O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.

Em terceiro lugar, porque a evangelização é uma ordem expressa de Deus. A evangelização é uma obra imperativa, intransferível e impostergável. O Senhor Jesus morreu na cruz, ressuscitou dentre os mortos e comissionou a igreja a ir por todo o mundo, levando as boas novas do evangelho a toda criatura. O propósito de Deus é o evangelho todo, por toda a igreja, a todo o mundo. Não podemos nos calar. Não podemos sonegar aos povos o evangelho. Nenhuma outra entidade na terra tem competência e autoridade para pregar o evangelho. Essa é uma missão da igreja. Deus não tem outro método. Cabe-nos levar o evangelho por todos os meios legítimos, em todo o tempo, em todos os lugares, sob todas as circunstâncias. Devemos pregar o evangelho no púlpito e na página. Devemos pregar o evangelho pela mídia e através das redes sociais. Devemos pregar nos lares, nas escolas, nos hospitais, nas instituições públicas, nos templos, nas praças, proclamando que Cristo veio como Pão para a nossa fome, como Água viva para a nossa sede, como Luz para a nossa escuridão, como sacrifício cabal pelos nossos pecados.

Em quarto lugar, porque Deus é glorificado na salvação dos pecadores. O propósito maior da evangelização dos povos é que esses povos todos glorifiquem a Deus e exaltem seu nome. O centro da obra evangelizadora da igreja não é o homem, mas o próprio Deus. Devemos evangelizar para arrebatar os homens do fogo e também porque é ordem de Deus. Mas, sobretudo, devemos evangelizar porque a salvação do perdido traz glória ao nome de Deus. Há júbilo diante dos anjos de Deus, no céu, por um pecador que se arrepende. Os salvos serão, por toda a eternidade, verdadeiros troféus da graça de Deus e, nos salvos, Deus será glorificado para sempre e sempre!

Rev. Hernandes Dias Lopes

domingo, 12 de agosto de 2012

O Banquete de Satanás | Sermão nº 225 | C. H. Spurgeon

Francis Schaeffer

Uma mãe aos pés do Salvador



Referência: Mateus 15.21-28

INTRODUÇÃO

Este texto nos mostra uma mãe aflita aos pés do Salvador. Elas estão por todos os lados, elas estão aqui. Por que sofrem as mães? Pelos seus filhos. Essa mãe, embora gentia tinha uma grande fé. Embora chegasse abatida, saiu vitoriosa.
Isso, porque a fé vem da graça divina e não da família que se tem ou da igreja que se frequenta. Spurgeon dizia que uma pequena fé levará a sua alma ao céu, mas uma grande fé trará o céu à sua alma.

I. UMA MÃE AOS PÉS DO SALVADOR TEM DISCERNIMENTO SOBRE O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM OS FILHOS – V. 22

1. Ela discerne o problema que atinge sua filha – v. 22
Essa mãe sabia quem era o inimigo da sua filha. Ela sabia que o problema de sua filha era espiritual. Ela tem consciência que existe um inimigo real que estava conspirando contra a sua família para destruí-la.
Peter Marshal, pregou um célebre sermão no dia das mães e afirmou que elas são guardas das fontes. As mães são os instrumentos que Deus usa para purificar as fontes que contaminam os filhos.
Ilustração: Os dois homens que pescavam e viram crianças descendo afogadas. Depois da terceira criança, um saiu e disse: eu vou ver quem está jogando as crianças no rio.

2. Ela discerne a solução do problema que atinge sua filha – v. 22
Essa mãe percebeu que o problema da sua filha não era apenas uma questão conjuntural. Não era simplesmente a questão de estudar numa escolha melhor, morar num bairro mais seguro e ter mais conforto. Ela já tinha buscado ajuda em todas as outras fontes e sabia que só Jesus podia libertar a sua filha.
Ela vai a Jesus. Ela o busca. Ela o chama de Filho de Davi, seu título popular, aquele que fazia milagres. Depois o chama de Senhor. Finalmente, ela se ajoelha (v. 23). Ela começa clamando e termina adorando. Ela começa atrás de Jesus e termina aos seus pés.

II. UMA MÃE AOS PÉS DO SALVADOR TRANSFORMA A NECESSIDADE EM ADORAÇÃO

1. Seu clamor foi por misericórdia – v. 22
Ela está aflita e precisa de ajuda. Ela pede ajuda a quem pode ajudar. Ela não se conforma de ver sua filha sendo destruída.
A sua dor a levou a Jesus. Ela viu os problemas como oportunidades de se derramar aos pés do Salvador. O sofrimento pavimentou o caminho do seu encontro com Deus.
Aquela mãe transformou sua necessidade em estrada para encontrar-se com Cristo. Transformou a necessidade em oportunidade de prostrar-se aos pés do Senhor. Transformou o problema no altar da adoração.
Deus às vezes, adia a solução dos nossos problemas, para que nós nos prostremos aos seus pés (Ana).

2. Seu clamor foi com senso de urgência – v. 22
Aquela mãe não perdeu a oportunidade. Aquele foi a única vez que Jesus foi às terras de Tiro e Sidom. Ela não perdeu a oportunidade. As oportunidades passam. É tempo das mães clamarem a Deus pelos filhos. É tempo das mães se unirem em oração pelos filhos. Precisamos ter um senso de urgência no nosso clamor.
Como você se comportaria se visse seu filho numa casa em chamas? Certamente teria urgência em intervir para a sua salvação. Tem você a mesma urgência para ver seus filhos salvos?

3. Seu clamor é cheio de empatia – v. 22
O problema da filha é o seu problema. Seu clamor era: “Tem compaixão de mim”. “Senhor, socorre-me”. Era sua filha que estava possessa. Ela sofria como se fosse a própria filha. A dor da sua filha era a sua dor.
O sofrimento da filha era o seu sofrimento. A libertação da filha era a sua causa mais urgente. Ilustração: A filha que tinha vergonha da mãe por causa da mão defeituosa.

III. UMA MÃE AOS PÉS DO SALVADOR ESTÁ DISPOSTA A ENFRENTAR QUALQUER OBSTÁCULO PARA VER A FILHA LIBERTA – V. 23-27
Essa mãe é determinada. Como Jacó, ela agarra-se ao Senhor sem abrir mão da bênção. Ela não descansa nem dá descanso a Jesus. Ela enfrentou três obstáculos antes de ver o milagre de Jesus acontecendo na vida da sua filha.

1. O obstáculo do desprezo dos discípulos de Jesus – v. 23
Os discípulos não pedem a Jesus para atender essa mãe, mas para despedi-la. Não se importaram com a sua dor, mas quiseram se ver livre dela. Eles não intercedem em favor dela, mas contra ela. Eles a desprezaram em vez de ajudá-la. Eles tentaram afastá-la de Jesus em vez de ajudá-la a se lançar aos pés do Salvador.

2. A barreira do silêncio de Jesus – v. 23
O silêncio de Jesus é pedagógico. Há momentos que os céus ficam em total silêncio diante do nosso clamor.
É mais fácil crer quando estamos cercados de milagres. O difícil é continuar crendo e orando pelos filhos quando os céus estão em silêncio, quando as coisas parecem estar indo de mal a pior.

3. A barreira da resposta de Jesus – v. 24-26

a) Não fui enviado senão à Casa de Israel (v. 24) – Foram palavras desanimadoras. Ela, porém, em vez de sair desiludida e revoltada, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me! Em vez de desistir de sua causa, adora e ora!

b) Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-los aos cachorrinhos- (v. 26) – Essa mãe longe de ficar magoada com a comparação, converte a palavra desalentadora em otimismo. Transforma a derrota em vitória. Busca o milagre da libertação da filha, ainda que isso represente apenas migalhas da graça.

c) Por que Jesus agiu assim com essa mãe? – Para despertar em seu coração uma fé robusta. Deus agiu assim noutras épocas: 1) Com Abraão – 25 anos para dar-lhe Isaque. Agora depois que o menino estava grande, pede-o em sacrifício; 2) Com as irmãs de Lázaro – Está enfermo. Chega depois de quatro dias.

IV. UMA MÃE AOS PÉS DO SALVADOR, TRIUNFA PELA FÉ E TOMA POSSE DA VITÓRIA DOS FILHOS – V. 28

1. Jesus elogia a fé daquela mãe – v. 28
Mãe não desista de seus filhos. Eles são filhos da promessa. Eles não foram criados para o cativeiro.
A fé é morta para a dúvida, surda para o desencorajamento, cega para as impossibilidades e não vê nada, a não ser o seu sucesso em Deus.
A fé honra a Deus e Deus honra a fé. “Ó mulher, grande é a tua fé!”
George Muller disse que a fé não é saber que Deus pode; é saber que Deus quer.
A fé é o elo que liga a nossa insignificância à onipotência divina.

2. Aquela mãe recebeu pela vitória de sua fé a libertação da sua filha – v. 28
Jesus disse: “Faça-se contigo como queres. E desde aquele momento, sua filha ficou sã”. A fé reverteu a situação. O pedido foi atendido. A bênção chegou. A fé venceu.
Carlos Studd disse que a fé em Jesus ri das impossibilidades.
Agostinho disse que fé é crer no que não vemos e a recompensa dessa fé é ver o que cremos.
Aquela mãe voltou para a sua casa aliviada e encontrou a sua filha liberta. Ela perseverou. Ela se humilhou. Ela adorou. Ela orou. Ela prevaleceu pela fé.

CONCLUSÃO

Mãe, não desista de orar pelos seus filhos. Não desista de crer que um milagre de Deus pode fazer de seus filhos uma bênção. Não aceite passivamente a decretação da derrota em sua casa.
Lute pelos seus filhos, ore por eles. Resista qualquer obra do inimigo na vida dos seus filhos. Não descanse até ver os seus filhos salvos. Talvez alguns ainda estão perdidos fora e dentro da igreja. Derrame-se aos pés do Senhor. E não saia até que você triunfe pela fé.
Nós podemos trazer nossos filhos ao Senhor pela oração. Faça isso e você também verá o milagre na vida de seus filhos.

Fonte: Hernandes Dias Lopes

sábado, 11 de agosto de 2012

Paulo Junior - Ai dos Pastores

APOSTASIA - Paulo Junior

Cuide dos meus cordeiros - Charles Spurgeon
Nem os melhores da igreja são bons demais para esta obra. Não pense que, por você já ter outro trabalho para fazer, não deva se interessar por esta espécie de trabalho santo; ao contrário, com toda bondade, de acordo com suas possibilidades, disponha-se a ajudar os pequeninos e alegrar aqueles que têm o chamado para cuidar deles. Para todos nós vem a mensagem: "Cuide de meus cordeiros" (nvi), "Apascente os meus cordeiros" (ara). Para o pastor e para todas as pessoas que conheçam as coisas de Deus, é dada a comissão. Cuide bem das crianças que estão em Cristo Jesus. Pedro era um líder entre os crentes, contudo, ele devia alimentar os cordeiros.

Os cordeiros são os mais novos do rebanho. Por isso, devemos cuidar de modo especial daqueles que são novos na graça. Podem ser velhos em anos, mas ainda assim serem bebês na graça quanto à idade de sua vida espiritual, e por isso precisarem da tutela de um bom pastor. Assim que uma pessoa é convertida e acrescentada à igreja, ela deve tornar-se alvo do cuidado e da bondade de seus irmãos na fé. Ela acabou de chegar entre nós e não tem amigos conhecidos entre os santos, portanto, devemos ser amigáveis com essa pessoa. Mesmo que seja para deixar nossos amigos mais antigos, precisamos ser bondosos para com aqueles que são recém-escapados do mundo, e que vieram encontrar refúgio no Todo-Poderoso e no seu povo.


Vigie com cuidado incessante por esses bebês recém-nascidos que são fortes em desejos, mas em nada além disso. Eles acabam de sair das trevas, estão engatinhando, e seus olhos quase não agüentam a luz; sejamos sombra para eles até se acostumarem com a intensa claridade diurna do evangelho. Entregue-se, "vicie-se", no trabalho santo de cuidar dos fracos e abatidos. O próprio Pedro naquela manhã deve ter se sentido como um recruta, pois, em certo sentido, ele havia dado fim à sua vida cristã ao negar sua fé diante de seu Senhor e seus irmãos; e, por isso, porque foi levado dessa forma a se simpatizar com recrutas, ele foi comissionado para agir como um guardião deles. Os novos convertidos são tímidos demais para pedir a nossa ajuda; por isso mesmo eles nos são apresentados pelo nosso Senhor que, com uma palavra enfática de comando, diz: "Cuide dos meus cordeiros." E esta será a nossa recompensa: "O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram".

Por mais novo que um crente seja, ele deve fazer uma confissão aberta, uma confissão pública da sua fé e ser arrebanhado para fazer parte do rebanho completo de Cristo. Não estamos entre aqueles que desconfiam da piedade jovem. Jamais podemos duvidar daqueles que se arrependem enquanto têm pouca idade tanto quanto daqueles que se arrependeram tarde na vida. Dos dois, achamos estes últimos mais para serem questionados do que os primeiros: pois é maior a probabilidade que o medo egoísta de castigo e o temor da morte produzam uma fé falsa do que a mera infantilidade. Quanta coisa a criança deixou de ver que poderia tê-la estragado! Quanto ela não conhece que, se Deus quiser, esperamos que ela nunca conheça! Ah, quanto há de brilho e confiança em crianças quando convertidas a Deus que não é visto em convertidos mais velhos! Nosso Senhor Jesus era profundamente solidário com as crianças, e pouco se parece com Cristo quem as olha como sendo um estorvo no mundo, e quem as trata como se fossem pequenos enganadores ou tolos e simplórios. Você que leciona em nossas escolas tem esse privilégio alegre de descobrir onde estão os cordeiros verdadeiros que realmente são os cordeiros do rebanho de Cristo — e é para você que ele diz: "Cuide dos meus cordeiros"; isto é, dê instrução àqueles que são verdadeiramente cheios de graça, mas novos na idade.

É significativo que o verbo usado aqui para "cuide de meus cordeiros" é muito diferente do usado no preceito "cuide de minhas ovelhas". Não vou preocupá-los com palavras gregas, mas no segundo caso "cuidar" significa exercer o ofício de um pastor, governar, regulamentar, dirigir, orientar, fazer tudo que um pastor tem de fazer com um rebanho; mas no primeiro caso, cuidar não tem todos esses significados, mas sim o de alimentar, e dirige professores a uma obrigação que eles talvez possam negligenciar , ou seja, a de instruírem crianças na fé. Os cordeiros não precisam tanto de ser mantidos em ordem como nós, que temos tanto conhecimento e, no entanto, sabemos tão pouco, que achamos que estamos tão avançados que julgamos uns aos outros e brigamos. As crianças cristãs necessitam principalmente aprender a doutrina, o preceito e a vida do evangelho; precisam que a verdade divina lhes seja ensinada com clareza e convicção. Por que as doutrinas mais altas lhes devem ser negadas, as doutrinas da graça? Estas não são como dizem alguns, puros ossos; ou, se são ossos, estão cheios de tutano e cobertas de gordura. Se há alguma doutrina difícil demais para uma criança, é antes por culpa do conceito que o mestre tira dela, do que por falta de capacidade do pequeno para recebê-la, contanto que a criança esteja realmente convertida a Deus.

Compete a nós tornar a doutrina simples; essa será a parte principal de nosso trabalho. Ensinar aos pequenos a verdade inteira e nada senão a verdade; pois a instrução é o grande desejo da natureza da criança. Uma criança não só tem de viver como nós, como também tem de crescer; portanto, tem dupla necessidade de alimento. Quando os pais dizem de seus meninos "Que apetites eles têm!", devem lembrar-se de que nós também teríamos grandes apetites se não tivéssemos apenas que manter o funcionamento, mas também de aumentar o seu tamanho.

As crianças na graça têm que crescer, aumentando a capacidade de saber, ser, fazer e sentir, para chegar a um maior poder recebido de Deus; portanto, acima de tudo, precisam ser alimentadas. Precisam ser bem alimentadas ou instruídas porque correm o risco de que sua fome seja satisfeita com erros, perversamente. A juventude é suscetível à má doutrina. Quer ensinemos a verdade ou não aos jovens cristãos, o diabo com certeza lhes ensinará o erro. Eles o ouvirão de algum modo, mesmo que sejam vigiados pelos mais cuidadosos guardiões. O único meio de evitar que o joio entre na pequena caneca de medidas da criança é enchê-la até transbordar de trigo bom. Ah, sim, que o Espírito de Deus nos ajude a fazer isso! Quanto mais for ensinado aos jovenzinhos, tanto melhor; pois isso evitará que sejam desencaminhados.

Somos exortados especialmente a alimentar os pequenos, mesmo porque esse trabalho é muito proveitoso. Por mais que façamos com indivíduos convertidos com idade avançada, nunca podemos fazer muito por eles. Ficamos contentes com eles, mas aos 70 anos, o que lhes resta, mesmo que vivam outros dez anos? Instrua uma criança, e ela poderá ter 50 anos de serviço santo à sua frente. Ficamos contentes de receber aqueles que entram na vinha à décima primeira hora, mas quase nem empunharam sua ferramenta de poda e sua enxada antes do pôr-do-sol e já seu curto dia de trabalho termina.

O tempo gasto com treinamento daqueles que se convertem tardiamente é maior do que o tempo que o futuro reserva para o seu trabalho. Mas tome-se uma criança convertida e ensine-a bem. Como uma piedade cedo na vida muitas vezes chega a se tornar uma piedade em alto grau, e essa piedade eminente se estica por longos anos em que Deus pode ser glorificado e outros abençoados, tal trabalho é por demais proveitoso. Esse trabalho é também muito benéfico para você mesmo. Nós sabemos que exercita nossa humildade e nos ajuda a permanecer mansos e humildes. Também treina nossa paciência; que aqueles que duvidam disso façam a experiência; pois mesmo cristãos jovens põem à prova a paciência daqueles que crêem neles e que estão ansiosos por eles justificarem sua confiança. Se você quer homens ou mulheres de alma grande, de coração dilatado, procure por eles entre aqueles que estão muito ocupados entre os jovens, suportando suas tolices e condoendo-se com suas fraquezas por amor a Jesus.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012



A supremacia das Escrituras
Deus existe e ele se revelou. Revelou-se de forma multiforme: por meio da criação, através da consciência, nas Sagradas Escrituras e sobretudo, por meio de Jesus. Por isso, podemos conhecê-lo. Tudo quanto Deus quis que o homem soubesse a seu respeito está patente nas Escrituras. Devemos examiná-las, porque elas testificam acerca de Deus. Uma pergunta, porém, precisa ser feita: as Escrituras são confiáveis? Podemos ter garantia de que seu conteúdo é inerrante e infalível? As Escrituras são suficientes para termos uma fé madura e uma vida abundante? Para responder a essas perguntas, vamos considerar três verdades:

Em primeiro lugar, as Escrituras são inerrantes quanto ao seu conteúdo. As Escrituras não contêm erros. A Palavra de Deus não pode falhar. Seu conteúdo foi revelado por Deus. Seus autores foram inspirados por Deus. Seu registro foi assistido pelo Espírito Santo de Deus. Portanto, há acuracidade nas descrições, precisão nos relatos e inerrância nos ensinos. A Palavra de Deus não é fruto da lucubração humana nem mesmo resultado de elucidação vacilante da mente humana. A origem da Bíblia está no céu. Seu verdadeiro autor, o Espírito Santo, foi quem inspirou homens santos para registrar tudo quanto aprouve a Deus nos legar. A Bíblia foi escrita num período de mil e cem anos. Cerca de quarenta homens usados por Deus, de culturas diferentes, escreveram em tempos diferentes, para públicos diferentes e não há sequer uma contradição. Isso, porque o próprio Deus é o seu autor. Porque Deus é verdadeiro em seu ser, sua Palavra não pode falhar.

Em segundo lugar, as Escrituras são infalíveis em suas profecias. As profecias bíblicas são específicas, exatas, e muito bem definidas. Milhares de profecias já se cumpriram e tantas outras estão se cumprindo literal e fielmente. Nenhum livro religioso da história se compara à Bíblia neste particular. Se colocássemos o cumprimento das profecias no campo da coincidência, isso daria um número semelhante a dez elevado à décima sétima potência. A probabilidade de você cobrir todo o Estado do Espírito Santo com moedas, com uma camada de um metro, e marcar uma dessas moedas, esperando que um homem cego a encontre, é a mesma das profecias bíblicas terem se cumprido por uma mera consciência. Muitos críticos, arrotando uma sapiência arrogante, tentaram desacreditar a Bíblia, mas seus argumentos insolentes caíram no pó do esquecimento e a Bíblia, sobranceira e vitoriosamente, triunfa vitoriosa. A Bíblia é a bigorna de Deus que quebra todos os martelos dos críticos.

Em terceiro lugar, as Escrituras são suficientes quanto à doutrina e vida. Não precisamos de outras revelações extra bíblicas para conhecermos tudo quanto Deus quer que saibamos para termos uma vida plena. Aliás, Deus lança uma maldição sobre aqueles que subtraem das Escrituras o que nelas estão e sobre aqueles que acrescentam a elas o que nelas não estão. A Bíblia tem uma capa ulterior. A revelação de Deus está completa e o cânon está fechado. Não existem novas revelações. Não existem mensagens novas, vindas direto de Deus, à sua igreja. As igrejas apostólicas hoje não são aquelas que nomeiam novos supostos apóstolos, trazendo novas doutrinas forâneas às Escrituras, mas aquelas que seguem a doutrina dos apóstolos. Toda doutrina que não emana das Escrituras é falsa doutrina. Toda ética que não está calçada pela verdade das Escrituras produz um comportamento reprovável. Não precisamos correr atrás das últimas novidades do mercado da fé, em busca de conhecimento e experiência que nos levem à uma vida mais profunda com Deus. Ao contrário, devemos examinar as Escrituras, pois na Palavra de Deus temos um reservatório inesgotável e uma fonte inexaurível de todo acervo que devemos crer e praticar. A Bíblia é, de fato, nossa única regra de fé e prática: inerrante, infalível e suficiente!

Rev. Hernandes Dias Lopes