sábado, 26 de janeiro de 2013

Descubra se seu pastor tem uma queda pelo charlatanismo



Por Renato César


Existe um ponto de partida que pode ajudar o membro leigo a discernir se seu líder está de acordo com as Escrituras ou é mais um impostor.

Robert. H. Srour, em seu livro Poder, Cultura e Ética nas Organizações, argumenta que a legitimidade do líder pode repousar em três bases fundamentais, segundo a clássica tipologia de Max Weber: a tradição; a conjunção da legalidade e da racionalidade; e o carisma.

A legitimidade tradicional funda-se, segundo o autor, na crença da santificação dos costumes e das convenções que regeram desde sempre as condutas. Aqui, as fontes do mando são a herança, a concessão régia ou a cooptação. Seria, a meu ver, algo próximo do papado católico, muito embora este apresente traços do que vem a seguir.

Para Srour, na legitimidade racional-legal, o título é conferido a quem seguir os rituais de admissão e de capacitação. Assim, a competência técnica precisa ser comprovada, de forma que prevalecem os critérios de objetividade, impessoalidade e universalidade, oferecendo a todos os agentes sociais iguais oportunidades de acesso às posições de comando. Este tipo pode ser facilmente visualizado nas igrejas históricas, que exigem de seus pastores, com raras exceções, formação teológica e vocação, avaliada mediante critérios objetivos, para o sagrado ministério.

O último tipo de legitimidade, e mais importante para nós no momento, é a legitimidade carismática, cuja conceituação do autor irei repetir integralmente: “Fixa-se na crença de que um agente e suas ordenações têm caráter providencial, heroico e exemplar. Caracteriza-se pela devoção dos seguidores à causa do líder, pela veneração de sua pessoa e pela imensa confiança depositada nele e nas suas qualidades prodigiosas”. Alguma semelhança encontrada?

Olhando para a bíblia, vemos que a mesma apresenta em suas páginas os três tipos de líderes. Os reis de Israel, por exemplo, enquadram-se dentro do primeiro tipo: legitimidade tradicional. Davi, como exceção, está dentro do segundo grupo de líderes (sua habilidade como líder e guerreiro o credenciou diante de seu povo para ser rei). Por fim, Moisés foi claramente o tipo de líder cuja legitimidade era carismática.

No Novo Testamento há também exemplos de líderes nestes três grupos. Obviamente, o que mais nos interessa é o tipo de líder encontrado em Jesus. Sua legitimidade é, incontestavelmente, carismática. Meu argumento, e por que não dica, parte desse ponto: Jesus Cristo foi o último líder carismático nas páginas da Bíblia, e depois dele não houve nenhum outro em toda a história do Cristianismo.

Talvez alguém argumente que os apóstolos foram também líderes carismáticos, mas esta é uma conclusão equivocada, se tomamos como critério as características apresentadas por Srour. Segundo o autor, os seguidores do líder carismático o veem como alguém especial e extraordinariamente agraciado por Deus. Este líder é dotado de grandeza e é capaz de infundir sua virtude a todos aqueles que quiserem segui-lo para remodelar a ordem constituída.

Embora os apóstolos pudessem ser vistos como seres especialmente dotados por Deus, faziam um caminho contrário em seu discurso, deixando claro, por vezes, que eram tão somente homens, pecadores e carentes da graça de Deus. Não se julgavam, logo, possuidores de alguma virtude a qual poderiam transmitir segundo sua vontade pessoal aos recém-conversos.

Jesus, por outro lado, dispensava a modéstia, que em seu caso seria realmente falsa, e não negociava quando se tratava de sua natureza e poder para perdoar pecados, por exemplo. Ele não apenas pregava a vinda do reino, mas também colocava-se como ponto central dessa mensagem, ao afirmar que era “o caminho, a verdade e a vida”, o “pão vivo” ou a “porta” para a vida eterna. Creio que ninguém em sã consciência acredita que algum discípulo ousasse referir-se a si mesmo de forma semelhante.

Entretanto, nos últimos dias (permita-me esse trocadilho) tem aparecido no meio evangélico um sem número de líderes carismáticos. Obviamente, nenhum deles é estúpido ao ponto de referir-se a si mesmo com as mesmas palavras de Jesus. Na verdade, são pessoas bastante inteligentes, a ponto de fazerem uso da imagem e palavras de Jesus para legitimarem sua autoridade. O fazem, porém, arrogando para si exclusividade sobre as divinas revelações.

A atuação desses líderes, em sua maioria pastores neopentecostais, há muito é objeto de piadas e críticas em sites, e tratar desse assunto aqui é praticamente chover no molhado. No entanto, a contribuição que quero deixar para os leitores é de como identificar esses picaretas que todos os dias surgem no meio "gospel evangélico" brasileiro, usando, para isso, os critérios apresentados por Srour.

1. Tome cuidado quando seu líder revelar ter recebido visões celestiais. Ele provavelmente está buscando uma maneira de justificar alguma decisão ou atitude que já tenha tomado ou irá tomar. Para conferir credibilidade à visão, fará uso de um texto bíblico descontextualizado.

2. Preste atenção se seu líder inventa práticas/rituais, buscando diferenciar aqueles que estão em seu curral das ovelhas de outros pastos. Esse é o método do terrorismo, em que todo aquele que se recusa a participar das novas práticas e rituais é tido como herege, endemoninhado ou desviado. Novamente, ele poderá fazer uso de passagens bíblicas fora de seu contexto.

3. Desconfie de alguém que faz promessas condicionadas a certos compromissos que você assumir (em geral financeiros), sejam elas de prosperidade financeira, sejam relacionadas a dons espirituais. Ninguém pode prometer qualquer coisa em nome do Senhor. Se as promessas já constam na Bíblia, e a própria não estabelece nenhuma condição específica para sua concretização, então não aceite a suposta revelação especial.

4. Abra bem o olho quando seu pastor passar a se envolver com movimentos evangélicos duvidosos. Em seguida vem o ecumenismo doutrinário, e finalmente os passos acima mencionados.

5. Por fim, para saber se seu pastor tem inclinações para o tipo de líder carismático, tente usar como critério de comparação o comportamento apresentado pelo fariseu e pelo publicano, na parábola contada por Jesus em Lc 18.10-14. É pouco provável que o líder carismático de hoje faça a oração do publicano, pois isso demonstraria excessiva fraqueza. Se seu pastor tem o hábito de contar sobre seus longos momentos de oração, milagres alcançados e revelações divinas privilegiadas, ele está mais para fariseu e, logo, o típico líder carismático.

Atenciosamente,

Renato César

"Senhor... não rogo por saúde nem por doença, vida ou morte, mas que possa usar minha saúde e minha doença, minha vida e minha morte em tua glória" Blaise Pascal

Adoração ou idolatria


A idolatria é a deturpação da verdadeira adoração ao único Deus, que é digno de receber toda admiração, reverência e culto.
Certamente, o grande mentor da ideia de idolatria foi Satanás que desde a queda procura de todas as maneiras rasurar ou fragmentar diante e através dos homens a glória de Deus.
O objetivo primário e ultimo de Satanás em tudo que planeja e executa pode ser detectado na tentação de Jesus no deserto –“e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te Satanás, por está escrito: Ao Senhor, teu Deus adorarás, e só a ele darás culto.” (Mateus 4.9,10). De modo que, o objetivo de satanás é sempre o mesmo – obter ou deturpar aquilo que pertence somente a Deus – a adoração.
Porém, a idolatria não está relacionada somente na deturpação do destino do culto, mas também na forma do culto, ou seja, o individuo pode afirmar que adora somente a Deus, enquanto que, o seu relacionamento com o Divino é semelhante a de um idolatra.
A caracterização clássica de relacionamento com Deus no formato de idolatria se manifesta quando o individuo troca a comunhão e o relacionamento com Deus por outras coisas da vida, uma vez que, o idolatra não tem dificuldade alguma em substituir a qualquer momento um ídolo pelo outro, desde que, o mesmo não frustre suas ambições. 


De modo que, podemos observar este evento dentro do contexto bíblico histórico, quando Israel substitui Deus por um bezerro de ouro (Êxodo 32.1), evidenciando que, o relacionamento de Israel com Deus naquele momento não era de verdadeira adoração, mas antes, de idolatria.
Principalmente no mundo moderno, onde a imagem humana é a principal entidade ou a moeda mais valorizada para a comercialização de interesses, utopias e autoengano, a idolatria ultrapassa o seu significado clássico histórico (imagens de deuses feitos de madeira ou metal), e atinge a subjetividade da geração contemporânea, onde o deus ou o objeto de culto torna-se cada vez mais o próprio individuo adoecido pelo seu próprio egoísmo, atestando assim aquilo Alvaro Granha afirma – “Os humanos são dados a idolatria, a começar pelo espelho.”  (Ou seja, autoveneração)
Deste modo, da mesma maneira que Deus extirpou a idolatria objetiva do coração de Abraão– quando disse- “…Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.” (Gênesis 12:1), também trabalhou provavelmente na idolatria subjetiva que poderia se manifestar no apego exagerado ao seu filho Isaque – “…toma te filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá,; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei.” (Gênesis 22.2)

De modo que, a manifestação da idolatria pode-se caracterizar desde a veneração, culto e adoração a ídolos de madeira ou metal (idolatria objetiva), ou até mesmo no formato de sentimentos (idolatria subjetiva) que cultivamos a um objeto, pessoa ou ideais de vida.
Não seria nenhuma novidade encontrarmos pessoas idolatrando filhos, ministérios, pais, lideres, pessoas, ou bens materiais, em inúmeras comunidades cristãs.
Sendo assim, qualquer individuo que declarar verbalmente ou mentalmente – “não posso viver sem aquilo…”, provavelmente estará declarando – “sou um idolatra”.  Podendo assim, ser salvo de sua própria idolatria disfarçada, quando obedecer a voz de Deus, que certamente anunciará: “….vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto.”

Fonte: Gospel Prime

NUNCA É TARDE E NADA ESTÁ PERDIDO

Lucas: 23.39-43
Um dos criminosos que ali estavam dependurados lançava-lhe insultos: “Você não é o Cristo? Salve-se a si mesmo e a nós! ” Mas o outro criminoso o repreendeu, dizendo: “Você não teme a Deus, nem estando sob a mesma sentença? Nós estamos sendo punidos com justiça, porque estamos recebendo o que os nossos atos merecem. Mas este homem não cometeu nenhum mal”. Então ele disse: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino”. Jesus lhe respondeu: “Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso”. 
 NUNCA É TARDE E NADA ESTÁ PERDIDO
Jesus em Seu ministério não se limitou a ensinar a respeito do perdão, em diversas ocasiões colocou em prática o que pregava, como no caso do  ladrão que estava prestes a morrer e pediu para que fosse lembrado e Jesus não o rejeitou, pelo contrário, o aceitou e fez a promessa de que, ainda naquele dia, aquele criminoso estaria com Ele no paraíso.
Nesse artigo poderíamos tomar o caminho de focar na liberação do perdão ensinado e praticado por Jesus, porém gostaríamos de escrever esse texto a partir da perspectiva do bandido e nos ensinamentos deixados pela sua atitude.
O primeiro grande ensinamento que podemos tirar desse evento é que nunca é tarde para nos arrependermos e nos voltarmos para Deus.
Aquele ladrão estava prestes a morrer, já não havia nenhuma perspectiva de salvação para ele e, diferentemente do outro, que esbravejava, murmurava, e insultava a Jesus, ele se voltou para o Mestre e pede para ser lembrado, ou seja, em outras palavras demonstrou todo o seu arrependimento, pediu perdão e teve como recompensa a resposta que, ainda naquele dia, estaria entrando com Jesus no Paraíso.
A outra grande lição é que a grande maioria das pessoas que seguiam Jesus achara que tudo tinha acabado e ficara muito triste, como comprova o que está escrito em Lucas 24.21, quando um de seus discípulos diz: “E nós esperávamos que era ele que ia trazer a redenção a Israel. E hoje é o terceiro dia desde que tudo isso aconteceu”, ou seja, um total desânimo e descrédito com tudo.
Não contramão disso aquele ladrão viu que o Reino não tinha chegado ao fim, pelo contrário, por isso ele pede para ser lembrado quando Jesus chegasse lá, numa demonstração de fé sem limites. 
Precisamos refletir a respeito do comportamento desse bandido, da percepção que ele teve daquilo que poderia alcançar, de como percebeu quem era Aquele que estava ao seu lado, da visão que teve de que nada estava perdido, apesar da sua situação naquele momento, e da coragem e vontade em procurar se redimir, mesmo nos últimos minutos de sua vida. Nunca é tarde e nada está perdido.

Dominando o Medo


E, atemorizado, escondi na terra o teu talento... (Mt. 25.25) 
Por vezes, deixamos de fazer muitas coisas importantes por causa do medo. O medo silencia nosso testemunho, anestesia nossa consciência e enfraquece nossa fé. Ele nos impede de produzir... 
A possibilidade de algum acontecimento ruim tolhe a nossa liberdade, inibe o nosso potencial, tirando-nos o sono e a nossa paz. 
Sentir medo é normal, mas ser dominado por ele é desastroso. Por isso a ordem bíblica mais repetida é não temas . 
A Bíblia cita várias pessoas fracas e limitadas como Josué e Calebe, todavia por serem decididas e corajosas, foram vencedoras. 
Davi venceu Golias, (1 Sm. 17.41-49). 
Gideão, com apenas trezentos homens, derrotou um exército de cento e trinta e cinco mil midianitas armados, (jz. 7.20-25). 
Elias derrotou, sozinho, quatrocentos profetas de Baal no alto do monte Carmelo, (l Rs. 18.20-39) . 
Daniel, na cova dos leões, ficou toda a noite no meio das feras, mas saiu ileso (Dn. 6.16-23).
Pedro, um humilde pescador, enfrentou os membros do Sinédrio dos judeus, que tinha o poder de entregá-lo à morte como antes fizeram com o seu Senhor. (At. 4.1-13). 
Paulo testemunhou diante de reis e governadores (At. 24.22-27). 

Homens, como nós, sujeitos às mesmas paixões e problemas, fizeram coisas extraordinária; foram mais do que vencedores; realizaram grandes feitos, deixaram seus nomes registrados nas páginas da História. 
Pessoas controladas, impulsionados ou paralisados pelo medo, agem com a motivação errada e, produzem resultados desastrosos.. Tornarmo-nos acuados, inseguros, agressivos. 
Para Deus, pessoas com medo excessivo, demonstram falta de confiança nele. “Eu, eu sou aquele que vos consola; quem, pois, és tu, para que temas o homem, que é mortal, ou filho do homem, que não passa de erva? Quem és tu que te esqueces do Senhor que te criou, que estendeu os céus e fundou a terra, e temes continuamente todo o dia o furor do tirano, que se prepara para destruir? Onde está o furor do tirano?” (Is. 51.12,13).  

O segredo do sucesso dos heróis bíblicos não estava na falta de medo, eles conheciam muito bem as suas fraquezas e, ficavam mais próximo de si mesmo e do Deus todo poderoso. “Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte. (2 Co. 12.9,10). 
O Antídoto: o amor “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo aquele que teme não é aperfeiçoado no amor” (1 Jo. 4.18). 
O medo nos fecha dentro de nós mesmos, o amor nos move na direção de Deus e do próximo. 
O medo nos faz recuar diante das ameaças, o amor nos faz enfrentar qualquer perigo, para proteger ou ajudar aos que amamos. 
O medo nos torna egoístas, o amor nos faz úteis.

O medo frusta, o amor realiza. 
O medo escraviza, o amor liberta. 
O amor e o medo lutam um contra o outro, mas o amor é mais forte. O amor lança fora o medo, portanto, o remédio para quem quer amar e tem medo é não amar menos, e, sim, amar mais. 
Se olharmos para nós mesmos, ficaremos desanimados com nossas limitações, se fixarmos os olhos no inimigo, ficaremos amedrontados com sua força. A vitória é sempre daqueles que contemplam o Senhor. 
No dia em que eu temer, hei de confiar em ti (Sl. 56.3). Se confiarmos em Deus como nosso Salvador, protetor e provedor, só a ele temeremos. Mas se nos rendermos às ameaças, estaremos dando ao inimigo uma posição que só a Deus é devida, estaremos destronizando-o do nosso coração. Assim, afirmemos confiadamente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem? (Hb. 13.6).

Das Escrituras eu aprendo que... por J. N. Darby


Das Escrituras aprendo que há um Deus vivo [1], que nos é completamente revelado em Cristo [2], e conhecido por intermédio dEle como Pai, Filho e Espírito Santo [3], na unidade da Divindade [4], porém revelados como tendo vontade [5] e ações [6] distintas, enviando e sendo enviados [7], vindo [8], distribuindo [9] etc., ou, como se costuma dizer entre os cristãos, três Pessoas em um só Deus, ou Trindade em Unidade. Deus é o Criador de todas as coisas, mas o ato de criar é atribuído pessoalmente ao Verbo e ao Filho, e à operação do Espírito de Deus [10].

[1] 1 Tm 2:5; 4:10; [2] Jo 1:18; [3] Mt 3:16-17; 28:19; Ef 2:18; [4] Jo 5:19; 1 Co 12:6; [5] Jo 6:38-40; 5:21; 1 Co 12:11; [6] Jo 5:17; 1 Co 12:11; [7] Jo 14:26; 15:26; 5:24,37; 1 Pe 1:12; 1 Jo 4:14; [8] Jo 15:26; 16:7-8,13; 1 Co 12:11; Gn 1:1-2; Jó 26:13; Jo 1:1,3; Cl 1:16; Hb 1:2.



Aprendo que o Verbo, que estava com Deus e era Deus, se fez carne e habitou entre nós [11], tendo o Pai enviado o Filho para ser o Salvador do mundo [12]; que Ele, como Cristo*, nasceu de uma mulher [13] pelo poder do Espírito Santo que cobriu a virgem Maria [14], um verdadeiro Homem [15], sem pecado [16], em Quem habita corporalmente toda a plenitude da Divindade [17], o qual é a descendência prometida de Davi segundo a carne [18], Filho do Homem [19] e Filho de Deus [20], declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação pela ressurreição dentre os mortos [21], uma Pessoa bendita, Deus e Homem [22], o Homem Jesus Cristo [23], o Homem ungido [24], Jeová o Salvador [25].

[11] Jo 1:1-2,14; [12] Jo 4:14; [13] Gl 4:4; [14] Lc 1:35; [15] Fp 2:7; Hb 2:14,17; 1 Jo 4:2; 2 Jo 7; [16] Lc 1:35; 1 Jo 3:5; [17] Cl 2:9; [18] Rm 1:3; At 2:30; 13:23; 2 Tm 2:8; [19] Mt 16:13; [20] Jo 1:18,34; [21] Rm 1:4; [22] Fp 2:6-10; 2 Co 5:19-21; Hb 1-2; 1 Jo 2:23-3:3; 5:20; Ap 22:12-13; Jo 1:1,14; 8:58, etc.; [23] 1 Tm 2:5; [24] At 10:38; [25] Mt 1:21. *A palavra "Cristo" ou "Messias" significa "ungido", e "Jesus" ou "Joshua" significa "Jeová" ou "Jah o Salvador".

Aprendo que Ele morreu por nossos pecados conforme as Escrituras [26], tendo Se manifestado uma vez na consumação dos séculos para aniquilar o pecado pelo sacrifício de Si mesmo [27]; que Ele levou nossos pecados em Seu próprio corpo no madeiro, sofrendo pelos pecados, o Justo pelo injusto, para nos levar a Deus [28], e que Ele é nossa justiça perante Deus [29].

[26] 1 Co 15:3; [27] Hb 9:26; [28] 1 Pe 2:24; 3:18; [29] 1 Co 1:30; Hb 9:24

Aprendo que Ele ressuscitou dentre os mortos [30], tendo sido ressuscitado por Deus, por Si mesmo, pela glória do Pai [31], e ascendeu às alturas [32], havendo feito por Si mesmo a purificação de nossos pecados, assentando-Se à destra de Deus [33].

[30] 1 Co 15:20; Mt 28:6 etc.; [31] At 3:15; Jo 2:19; Rm 6:4; Ef 1:20; [32] Mc 16:19; Lc 24:51; Ef 4:8-10 etc.; [33] Hb 1:3; 10:12; Ef 1:20-21 etc.

Aprendo que após a ascensão de Cristo o Espírito Santo foi enviado ao mundo para habitar em Seu povo, individual e coletivamente, de modo que de ambos os modos estes são o templo de Deus [34]. Somos selados [35] e ungidos com esse Espírito [36], havendo o amor de Deus sido derramado em nossos corações [37], somos guiados por Ele [38], e Ele é penhor (garantia) da nossa herança [39]; e clamamos Aba, Pai, sabendo que somos filhos [40].

[34] Jo 16:7; 7:39; Rm 8:9; o Pai envia, Jo 14:26; Cristo envia a partir do Pai, Jo 14:16-17,26; Ro 8:11; 1 Co 6:19; 3:16; Ef 2:22; 1 Co 12:13; Ef 5:30; 1:23; [35] Ef 1:13; 2 Co 1:22; [36] 2 Co 1:21; 1 Jo 2:20,27; [37] Rm 5:5; [38] Rm 8:14 [39] Ef 1:14; 2 Co 1:22; 5:5; [40] Rm 8:15; Gl 4:6.

Aprendo que Cristo voltará para nos receber para Si mesmo [41], ressuscitando aqueles que são Seus, ou transformando os que estiverem vivos - transformando seus corpos à semelhança do Seu corpo glorioso, conforme o poder pelo qual Ele é capaz de sujeitar todas as coisas a Si mesmo [42]; e que aqueles que morrem antes disso partem para estar com Ele [43].

[41] Jo 14:3; [42]1 Ts 4:16-17; 1 Co 15:23,51-52; Fp 3:20-21; [43] 2 Co 5:8; Lc 23:43; At 7:59.

Aprendo que Deus determinou um dia em que irá julgar este mundo habitável em justiça por meio dAquele que ordenou, do que deu certeza a todos os homens ressuscitando-O dentre os mortos [44], e que no final Ele irá assentar-Se no grande trono branco e julgar os mortos, pequenos e grandes [45].

[44] At 17:31; [45] Ap 20:11-12.

Aprendo que cada um de nós deverá dar contas de si para Deus [46] e receber conforme o que tiver feito no corpo, seja o bem ou o mal [47], e assim como os justos herdarão a vida eterna (48], os ímpios serão punidos com a eterna destruição da presença do Senhor, sendo lançados no castigo eterno, no lago de fogo preparado para o diabo e seus anjos, e quem não for achado no livro da vida será lançado no lago de fogo [49].

[46] Rm 14:12; [47] 2 Co 5:10; [48] Rm 6:22-23; Mt 25:46; [49] 2 Ts 1:7-9; Mt 25:46; Ap 20:15.

Aprendo que este Ser bendito, o Senhor Jesus Cristo, morreu por todos, entregando-Se a Si mesmo como um resgate por todos, para servir de testemunho a seu tempo [50], que Ele fez propiciação por nossos pecados, e não apenas pelos nossos, mas pelos de todo o mundo.

[50] 2 Co 5:14; 1 Tm 2:6; 1 Jo 2:2.

Aprendo que Cristo conquistou assim uma eterna redenção [51], e que pela única oferta de Si mesmo de uma vez para sempre purificou todos os pecados de todos os que nEle creem [52], e que pela fé nEle suas consciências são também purificadas [53], e que Deus não se lembra mais de seus pecados e iniquidades [54], e tendo sido chamados por Deus, recebem a promessa da herança eterna [55], sendo aperfeiçoados para sempre, de modo que temos intrepidez para entrar no santuário pelo Seu sangue, pelo novo e vivo caminho que Ele abriu para nós [56].

[51] Hb 9:12; [52] Hb 1:3; 9:22; 10:2; [53] Hb 9:14; 10:2; [54] Hb 10:17; [55] Hb 9:15; [56] Hb 10:14,19-20.

Aprendo que para entrar no reino de Deus devemos nascer da água e do Espírito, nascer de novo [57], por estarmos naturalmente mortos em pecados, e sendo por natureza filhos da ira [58]. Que aquilo que Deus usa para nos fazer nascer de novo é a Sua Palavra [59]. Portanto é pela fé que nos tornamos Seus filhos [60].

[57] Jo 3:3,5; [58] Ef 2:1,3; 2 Co 5:14; [59] Tg 1:18; 1 Pe 1:23; [60] Gl 3:26.

Aprendo que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nEle crê tenha a vida eterna [61], mas que para isso Deus, sendo um Deus santo e justo, precisou que o Filho do Homem fosse levantado na cruz [62], onde Ele levou nossos pecados sobre Seu próprio corpo no madeiro [63] e foi feito pecado por nós, para que nós pudéssemos ser feitos justiça de Deus nEle [64].

[61] Jo 3:16; [62] Jo 3:14-15; [63] 1 Pe 2:24; [64] 2 Co 5:21.

Aprendo que Ele amou a igreja e Se entregou por ela, para santificá-la e purificá-la pelo lavar de água pela Palavra, para poder apresentá-la a Si mesmo igreja gloriosa, sem mancha ou defeito de qualquer espécie [65].

[65] Ef 5:25-27.

Aprendo que o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo nos escolheu nEle antes da fundação do mundo, para que fossemos santos e sem ofensa diante dEle em amor [66].

[66] Ef 1:4.

Aprendo que aqueles que creem são selados com o Espírito Santo, que é o penhor da nossa herança até a redenção da Sua possessão [67]; que por intermédio dEle o amor de Deus é derramado em nossos corações [68], que não recebemos o espírito de escravidão para voltarmos a temer, mas o Espírito de adoção, pelo qual clamamos, Aba, Pai [69]; que aqueles que receberam esse Espírito não apenas clamam Aba, Pai, mas sabem que estão em Cristo e Cristo neles; que assim não apenas Cristo entra na presença de Deus por eles, mas eles se encontram nEle que está assentado à destra de Deus, aguardando até que todos os Seus inimigos sejam colocados como estrado de Seus pés [70]; que os que são dEle estão mortos para o pecado aos olhos de Deus, e que assim se consideram havendo se despido do velho homem, e tendo vestido o novo; vivos para Deus por intermédio de Jesus Cristo (Cristo é sua nova vida); crucificados para o mundo, e mortos para a lei (71].

[67] Ef 1:13-14; 2 Co 1:22; [68] Rm 5:5; [69] Rm 8:15; Gl 4:6; Jo 14:20; [70] Ef 2:6; Hb 9:24; 10:12-13; [71] Cl 3:3-4,9-10; Rm 6:6,11; Gl 2:20; 6:14.

Aprendo assim que se eles estão em Cristo, Cristo está neles e eles são chamados a manifestarem a vida de Jesus em seus corpos de carne mortal [72] e a andar como Ele andou [73], tendo sido colocados por Deus no mundo como epístolas de Cristo [74], cuja graça é suficiente para eles, e cuja força é aperfeiçoada em suas próprias fraquezas [75].

[72] Jo 14:20; Rm 8:10; 2 Co 4:10; [73] 1 Jo 2:6; [74] 2 Co 3:3; [75] 2 Co 12:9.

Aprendo que eles são convertidos para esperar o Filho de Deus vindo dos céus [76] e são ensinados a viverem assim, e que eles têm a promessa de que jamais perecerão, nem qualquer homem poderá arrebatá-los da mão de Cristo [77], mas que Deus irá confirmá-los até o fim, para que sejam sem ofensa no dia de nosso Senhor Jesus Cristo [78].

[76] 1 Ts 1:10; Tt 2:12-13; Lc 12:35-37; [77] Jo 10:28; [78]; 1 Co 1:7-9.

Aprendo que eles têm parte nesses privilégios pela fé em Cristo Jesus, em virtude do que lhes é imputada justiça [79]; que Cristo, que obedeceu até a morte e efetuou uma obra perfeita na cruz para eles [80] é agora a justiça deles, feito assim por Deus [81], e que somos feitos justiça de Deus em Cristo [82]; que assim como o Seu precioso sangue nos purifica de todo pecado, também somos pessoalmente aceitos no Amado [83], para que assim como pela desobediência de um só homem muitos foram feitos pecadores, também pela obediência de Um muitos serão feitos justos [84].

[79] Rm 5:1-2; Gl 3:24-26; 3:11,14; Rm 4:16; Ef 2:8; 2 Co 5:7; Gl 2:20; Hb 11:4; At 13:39; Gl 3:6,9; Rm 4:24-25 etc.; [80] Fp 2:8; Jo 17:4; Hb 7:27; 9:25-28; 10:12,18; [81] 1 Co 1:30; [82] 2 Co 5:21; [83] Ef 1:6; [84] Rm 5:19.

Aprendo que somos santificados -- ou separados para Deus -- por Deus Pai por intermédio da oferenda de Jesus Cristo feita de uma vez para sempre, e pela operação e poder do Espírito Santo através da verdade, de modo que todos os cristãos são santos [85]; e que em nossa condição prática devemos buscar a santidade [86] e crescer à medida da estatura da plenitude de Cristo, sendo transformados à Sua imagem, ao qual seremos feitos perfeitamente conformes na glória [87].

[85] Jd 1; Hb 10:10; 2 Ts 2:13; 1 Co 6:11; Jo 17:17,19; 1 Pe 1:22; Rm 1:7; 1 Co 1:2; Ef 1:1; [86] Hb 12:14; 2 Pe 3:14; [87] Ef 4:13,15; 2 Co 3:18; 1 Jo 3:2-3; Ef 4:1; Col. 1:10; 1 Ts 2:12; 5:23.

Aprendo que o Senhor deixou dois rituais ou ordenanças, ambas significando Sua morte; uma iniciatória, a outra para ser continuamente observada na igreja de Deus: o batismo e a ceia do Senhor [88].

[88] Mt 28:19; Mc 16:16; At 2:38; 8:12,16,36; 9:18; Ef 4:5; 1 Co 1:17; 1 Pe 3:21; Rm 6:3; Col. 2:12; Mt 26:26-28; Mc 14:22-23; Lc 22:19-20; 1 Co 11:23-26; 10:3-4.

Aprendo que quando Cristo ascendeu às alturas Ele recebeu dons para os homens, para o aperfeiçoamento dos santos, para o trabalho do ministério, para a edificação do corpo de Cristo, e para que todo o corpo de Cristo, devidamente unido e ligado por toda e qualquer junta, cresça para a edificação de si mesmo em amor [89].

[89] Ef 4:6-13; At 2:33; 1 Co 12:28; Rm 12:6; 1 Pe 4:10-11; Mt 25:14; Lc 19:13.

Aprendo que, assim como a graça e o soberano amor de Deus são a fonte e origem de toda bênção [90], também é pela contínua e diligente dependência dessa graça que podemos andar após Ele e para a Sua glória, o qual nos deixou exemplo para seguirmos os Seus passos [91].

[90] Jo 3:16,27; 1 Co 2:12; 4:7; Ef 2:7-10; Titus 2:11; [91] Jo 15:5; Fp 2:12-13; 1 Ts 5:17; Rm 12:12; Lc 18:1; 2 Pe 1:5-10, e muitos outros. Jo 8:12; 10:4; 12:26; 17:10; 2 Co 5:15; 1 Co 6:19-20; Rm 14:7-8; 1 Co 10:31; Col. 3:17; 1 Jo 2:6; 1 Pe 2:2.

Aprendo, pelo exemplo e autoridade do Senhor e de Seus apóstolos, que as Escrituras do Antigo e Novo Testamentos são inspiradas por Deus, e devem ser recebidas como a Palavra de Deus, estando nelas a autoridade divina, e que elas efetivamente operam naqueles que creem [92], e que o testemunho do Senhor é seguro, tornando o simples sábio, discernindo os propósitos e pensamentos do coração, sendo entendida, não pela sabedoria humana, mas pelo ensino de Deus, sendo espiritualmente discernida; elas são reveladas, comunicadas e discernidas pelo Espírito [93].

[92] Mt 4:4,7,10; Lc 24:25-27,44-46; Jo 5:39; 10:35; Mt 5:17-18; Jo 20:9; Mt 1:23, e muitas outras passagens. Mt 26:54; 2 Pe 1:20-21; Gl 3:8; 2 Tm 3:14-17; 1 Ts 2:13; 1 Co 15:2-3; 2:13; 14:36-37; Rm 16:26, onde a tradução correta é "escrituras proféticas" e não "escrituras dos profetas", pois ali não está chamando de Escrituras o Antigo Testamento, mas o Novo; 2 Pe 3:16; [93] Sl. 19:7; Hb 4:12-13; Lc 24:45; 1 Co 2:10; 1 Jo 2:20,27; Jo 6:45; 1 Co 2:12-14.

Aprendo que, apesar de somente Deus ser imortal em Si mesmo e por Si mesmo [94], os anjos não estão sujeitos à morte [95], e que a morte do homem não afeta a vida de sua alma, seja ele ímpio ou renovado, mas que toda vida pertence a Deus, inclusive os mortos [96], e que os ímpios ressuscitarão tanto quanto os justos [97].

[94] 1 Tm 6:16; [95] Lc 20:36; [96] Lc 12:4-5; Mt 10:28; Lc 16:23; 20:38; [97] Jo 5:28-29; At 24:15.

Aprendo que toda assembleia de Deus é ligada pelo exercício da disciplina, em conformidade com a Palavra, para se manter pura na doutrina e em um piedoso andar [98].

[98] Hb 12:15-17; 1 Tm 3:15; Titus 3:10-11; 1 Co 5:7,13.

Por que os jovens evangélicos estão se desviando na universidade?


Por Renato Vargens


As estatísticas são sombrias. Alguns chegam a afirmar que em média, 60% dos jovens evangélicos que adentram a universidade se afastam da comunhão dos santos e da igreja. Ora, seria simplista da minha parte afirmar de modo absoluto os reais motivos para a apostasia de nossos jovens, todavia, acredito que algumas razões são preponderantes para o esfriamento da fé da juventude cristã:

1- Nossos jovens não estão sendo preparados pela igreja para enfrentar as demandas sociais, comportamentais e filosóficas na universidade.  Na verdade, afirmo sem a menor sombra de dúvidas de que a igreja não está oferencendo a sua juventude ferramentas necessárias para a desconstrução de valores absolutamente anticristãos. Por exemplo, as universidades públicas estão repletas de conceitos marxistas. Volta e meia eu recebo a informação de professores que em sala de aula zombam de Cristo, ridicularizando  publicamente todos aqueles que se dizem cristãos. 

2- Nossos jovens não estão sendo preparados pelos pais com vistas ao enfrentamento cultural. Vivemos numa sociedade multifacetada, cujo os valores relacionados a sexo, família, trabalho, sucesso e moral foram relativizados. Nesta perspectiva não são poucos aqueles que ao longo dos anos tem sucumbido diante da avalanche de conceitos extremamente antagônicos aos pressupostos bíblicos-cristãos.

3- Nossos jovens não tem sido preparados pela igreja para responder as perguntas de uma sociedade sem Deus como também oferecer respostas àqueles que lhes questionam a razão da sua fé.  Nesta perspectiva os conceitos "simplistas" de alguns dos nossos rapazes e moças  tem sido facilmente descontruídos num ambiente onde o cetiscismo e a incredulidade se fazem presentes.

4- Nossos jovens tem sido influenciados negativamente pelo secularismo, hedonismo e satisfação pessoal. Sem sombra de dúvidas acredito que o secularismo é um grave problema em nossos dias. A Europa por exemplo transformou-se num continente secularista onde o que mais importa é o bem estar comum e a ausência de Deus. Nesta perspectiva vive-se para o prazer, nega-se uma fé transcendente quebrando todo e qualquer paradigma que nos faça lembrar de Cristo ou da igreja.

Diante deste funesto quadro surge a pergunta: O que fazer então?

1-  A Igreja precisa fortalecer a família oferecendo aos casais ferramentas para a edificação de lares sólidos cujo fundamento é infalível Palavra de Deus.

2- A Igreja precisa preparar os seus jovens para responder as perguntas da sociedade. Nessa perspectiva, deve-se investir numa formação apologética, cujo foco deve ser oferecer a juventude "armas" espirituais capazes de anular sofismas.

3- A Igreja precisa investir em universitários promovendo grupos de comunhão, debates, além de discussões teológicas, sociológicas e filosóficas, oferecendo a estes condições de responder aos seus inquiridores o porque da sua fé.

4- A Igreja precisa estudar teologia com os universitários. Questões relacionadas ao pecado, juízo eterno, salvação, morte e sofrimento além de tantos outros conceitos relacionados aos nossos dias precisam ser explicados e entendidos pelos nossos jovens.

5- A Igreja precisa preparar os seus jovens para se relacionarem com a cultura. O problema é que em virtude do maniqueísmo que nos é peculiar satanizamos o mundo bem como todas as suas vertentes culturais. Por outro lado, existem aqueles que em nome da contextualização "mundanizaram" a Igreja, levando o povo de Deus a um estilo de vida ineficaz cujos frutos não tem sido muito bons.

6- A Igreja precisa fomentar em seus jovens o desejo de conhecer a Deus e se relacionar com Ele. Jovens que se relacionam com Deus através da oração e das Escrituras Sagradas tornam-se mais fortes diante dos embates desta vida.

Que Deus nos ajude diante hercúlea missão e que pela graça do Senhor nossa juventude possa ser bênção da parte do Senhor na universidade.

Soli Deo Gloria,

Renato Vargens

Fonte: Blog do autor

Deus tem um plano


Por Loraine Boettner

É impensável que um Deus de sabedoria e poder infinitos criasse um mundo sem um plano definido para aquele mundo. E porque Deus é assim infinito Seu plano deve extender-se a cada detalhe da existência do mundo. Se nós pudéssemos enxergar o mundo em todas as suas relações, passado, presente, e futuro, veríamos que segue um curso pré-determinado com precisão exata. Entre as coisas criadas, podemos procurar onde quisermos, tanto quanto o microscópio e o telescópio possibilitam nossos olhos a ver, encontramos organização em todo lugar. Grandes formas resolvem-se em partes, e estas partes, por sua vez, são nada menos que organizadas em partes menores, até onde possamos infinitamente perceber.

Cada ser humano, que nada mais é que a criatura de um dia e sujeito a todas formas de erros, desenvolve um plano antes de agir; e um ser humano que age sem planejamento e propósito é considerado tolo. Antes de iniciarmos uma viagem ou empreendermos qualquer tipo de trabalho, todos nós estabelecemos nosso objetivo e então trabalhamos para alcançá-lo, tanto quanto sejamos capazes para tanto. Independentemente de como algumas pessoas possam opor-se à Predestinação em teoria, todos nós em nossas vidas diárias somos "predestinarianos" práticos. Como E. W. Smith diz, um homem sãbio "primeiro determina o objetivo que deseja atingir, e então as melhores maneiras de fazê-lo. Antes que o arquiteto comece seu edifício, ele desenha as plantas e forma seus planos, até os mínimos detalhes da construção. Na cabeça do arquiteto, o edifício já está completo, em todas as suas partes, mesmo antes que a primeira pedra seja assentada. Assim também com o comerciante, o advogado, o fazendeiro, e todos os homens inteligentes e racionais. Suas atividades seguem a linha de propósitos previamente formados, tanto quanto suas capacidades finitas o permitirem, de planos pré-concebidos."

Quanto maior for a nossa jornada, o mais importante é que deveremos ter um plano; caso contrário todo o nosso trabalho acabará em fracasso. Alguém poderia ser considerado mentalmente desarranjado se se propusesse a construir um navio, ou uma estrada de ferro, ou governar uma nação sem um plano. Aprendemos que antes que Napoleão começasse a invasão da Rússia, ele tinha um plano detalhado, mostrando que linha de marcha cada divisão de seu exército deveria seguir, onde deveria estar a determinado tempo, que equipamentos e provisões deveriam ter, etc. O que quer que fosse que ele quisesse naquele plano, era devido às limitações de poder e sabedoria humanos. Tivesse a visão de Napoleão sido perfeita e seu controle sobre os eventos sido absoluto, seu plano - ou podemos dizer seus pré-comandos - teriam sido extendidos a cada ato de cada soldado que fêz aquela marcha.

E se tal é fato para o homem, quanto mais é verdadeiro para Deus! "Um universo sem decretos", diz A. J. Gordon. "seria tão irracional e horrível como seria um trem expresso à noite sem farol nem maquinista." Nós não podemos conceber Deus trazendo à existência um universo sem um plano que se extendesse a tudo o que fosse feito naquele universo. Como as Escrituras ensinam que o controle providencial de Deus se extende a todos eventos, mesmo o menor; elas assim ensinam que Seu plano é igualmente compreensível. É uma das Suas perfeições que Ele tenha o plano melhor possível, e que Ele conduza o curso da história para o seu final já apontado. E admitir que Ele tem um plano o qual ele controla é admitir Predestinação. "O plano de Deus é mostrado ser um em sua efetuação," dis Dabney. "Causa é ligada ao efeito, e o que era efeito torna-se causa; as influências de eventos no inter relacionamento de eventos entre sí, e descendendo em correntes cada vez mais descêntricas para eventos subseqüentes; de maneira que o resultado do complexo todo seja através de cada parte. Como os astrônomos supõem que a remoção de um planeta do nosso sistema modificaria mais ou menos o equilíbrio e a órbita dos demais, assim a falha de um evento neste plano prejudicaria o todo, direta ou indiretamente."

Se Deus não tivesse de antemão ordenado o curso de eventos mas esperasse até que uma condição indeterminada fosse ou não cumprida, Seus decretos não poderião ser nem eternos nem imutáveis. Nós sabemos, contudo, que Ele é incapaz de erro, e que Ele não pode ser surpreendido por quaisquer inconveniências imprevistas. Seu reino está nos céus e Ele rege sobre tudo. Seu plano deve, portanto, incluir cada evento no âmbito completo da história.

Que mesmo os menores eventos tenham seu lugar neste plano, e que eles devem ser como são, é facilmente percebido. Todos nós sabemos de certos "acontecimentos ao acaso" que tem realmente mudado o curso de nossas vidas. Os efeitos destes extendem-se através de toda a história posterior, com influências cada vez mais abrangentes, causando outros "acontecimentos ao acaso". É dito que certa vez Roma foi salva pelo grasnado de alguns gansos. Se historicamente verdade ou não, serve como uma boa ilustração. Não tivessem os gansos acordado os guardas que fizeram soar o alarme e levantado o exército defensor, Roma teria caído e o curso da história daquele momento em diante teria sido radicalmente diferente. Tivessem aqueles gansos permanecido em silêncio, quem pode imaginar que impérios poderiam existir atualmente, ou onde os centros de cultura poderiam estar? Durante a batalha, uma bala não acerta o general por apenas uma polegada. Sua vida é poupada, ele segue comandando suas tropas, vence uma vitória decisiva, e é feito o governador supremo de seu país por muitos anos, -como foi o caso de George Washington. Assim mesmo, que curso diferente a história teria seguido se o soldado do outro lado tivesse mirado um pouquinho só mais para cima ou para baixo! O grande incêndio de Chicago em 1871, que destruiu mais da metade da cidade, começou, somos informados, quando uma vaca deu um coice num lampião. Quão diferente teria sido a história de Chicago se aquele movimento tivesse sido ligeiramente diferente! "O controle dos maiores deve incluir o controle dos menores, pois não somente as grandes coisas são feitas de pequenas coisas, mas a história mostra o quão verdadeiramente aqueles mínimos traços estão continuamente provando serem pivôs das importantes consequências nas quais os eventos se revolvem. A persistência de uma aranha encorajaram um homem extremamente desanimado, quase apático, a atitudes e esforços laboriosos que formaram o futuro de uma nação. O Deus que predestinou o curso da história Escocesa deve ter planejado e presidido sobre movimentos daquele pequenino inseto que salvou Robert Bruce do desespero." 3 Exemplos deste tipo poderiam multiplicar-se indefinidamente.

Os Pelagianos negam que Deus tenha um plano; os Arminianos dizem que Deus tem um plano geral mas não específico; mas os Calvinistas dizem que Deus tem um plano específico, que engloba todos os eventos em todas as épocas. Em reconhecendo que o Deus eterno tem um plano eterno no qual está pré-determinado cada evento que venha a acontecer, os Calvinistas simplesmente reconhecem que Deus é Deus, e O liberam de quaisquer limitações humanas. As Escrituras representam Deus como uma pessoa, tal como outras pessoas alí. Seus atos são cheios de propósitos, mas diferentemente de outras pessoas alí. Ele é onisciente em Seus planos e onipotente em Sua performance. Eles vêem o universo como o produto do Seu poder criativo, e como o teatro no qual são apresentadas Suas perfeições gloriosas, e o qual deve em toda sua forma e toda sua história, até o menor detalhe, corresponder com o Seu propósito em construi-lo.

Num artigo muito iluminado sobre "Predestinação", Dr Benjamin B. Warfield, quem na opinião do presente escritor emergiu como destacado teólogo desde João Calvino, nos diz que os escritores das Escrituras viram o plano divino como "largo o bastante para conter todo o universo de coisas, e pequeno o bastante para relacionar-se com os menores detalhes, e atualizar-se com certeza inevitável na ocorrência de cada evento." "Na sabedoria infinita do Senhor de toda a terra, cada evento cai com precisão exata em seu próprio lugar no desdobramento de Seu plano eterno; nada, mesmo pequeno, mesmo estranho, acontece sem a Sua ordem, ou sem a capacidade de caber, de amoldar-se ao seu lugar devido, para a ocorrência dos Seus propósitos; e o fim de tudo deverá ser a manifestação da Sua glória, e a acumulação do Seu louvor. Esta é a filosofia tanto do Velho como do Novo Testamentos, da visão terrestre dos universos, a qual atinge unidade concreta em um decreto absoluto, ou propósito, ou plano do qual tudo o que vem a passar é o desenvolvimento no tempo." 

A própria essência de teísmo consistente é que Deus teria um plano exato para o mundo, conheceria antecipadamente as ações de todas as criaturas que Ele propôs-se a criar, e através de Sua ôni-abrangente providência controlaria o sistema inteiro. Se ele previamente ordenara somente certos eventos isolados, a confusão seria introduzida no sistema em ambos, no mundo natural e nas atividades humanas e Ele precisaria estar constantemente desenvolvendo novos planos para atingir o que desejasse. Seu governo no mundo então seria um trabalho caprichoso de novos expedientes que no máximo governaria somente de uma maneira geral, e seria tanto quanto ignorante acerca do futuro. Mas ninguém com idéias próprias sobre Deus crê que Ele tenha de mudar de opinião a cada alguns dias para acomodar acontecimentos inesperados os quais não estavam incluídos em Seu plano original. Se a perfeição do plano divino for negada, nenhum ponto consistente de parada será encontrado em que não haja o ateísmo.

Em primeiro lugar não havia a necessidade de Deus criar tudo. Ele agil com perfeita liberdade quando ele trouxe este mundo à existência. Quando Ele escolheu criar havia à sua frente um número infinito de possíveis planos. Mas a bem da verdade nós achamos que Ele escolheu este plano particular no qual nos encontramos agora. E desde que ele sabia perfeitamente todos eventos de todas espécies os quais estariam envolvidos nesta específica espécie de mundo, Ele muito obviamente pr-determinou cada evento que aconteceria quando ele escolhesse este plano. Sua escolha do plano, ou Sua certeza de que a criação devesse ser nesta ordem, nós chamamos Sua prévia ordenação ou sua predestinação.

Mesmo os atos pecaminodos dos homens estão incluídos neste plano. Eles são previstos, permitidos, e têem seu exato lugar. Eles são controlados e a glória divina prevalece sobre os mesmos. A crucificação de Cristo, que admitidamente é o pior crime em toda a história da raça humana, teve, foi expressivamente dito, seu exato e necessário lugar no plano (Atos 2:23; 4:28). Esta maneira particular de redenção não é um expediente para o qual Deus foi levado depois de ter sido derrotado e desapontado pela queda do homem. Antes, é "segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor," (Efésios 3:11). Pedro nos diz que Cristo como um sacrifício pelo pecado foi "conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo,..." (I Pedro 1:20). Crentes foram escolhidos "...nele, antes da fundação do mundo,..." (Efésios 1:4). Nós somos salvos não pelas nossas próprias e temporárias obras, "..., mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos." (II Timóteo 1:9). E se a crucificação de Cristo, ou Sua oferta de Si mesmo como sacrifício pelo pecado, era parte do plano eterno, então também a queda de Adão e todos os demais pecado que tornaram aquele sacrifício necessário eram parte do plano, não importando o quão indesejável parte do plano eles possam ter sido.

A história em todos os seus detalhes, até o mais ínfimo minuto, nada mais é que os propósitos eternos de Deus. Seus decretos não são sucessivamente formados quando surge a emergência, mas são todos partes de um só "oni-compreensivo" plano, e nós nunca deveríamos pensar em Deus como se Ele de repente estabelecesse um plano ou fizesse qualquer coisa a qual Ele não tivesse pensado antes.

O fato de as Escrituras muitas vezes falarem de um propósito de Deus como dependente do resultado de outro ou das ações dos homens, não constitui objeção contra estra doutrina. As Escrituras estão escritas na linguagem cotidiana de homens, e eles muitas vezes descrevem um ato ou uma coisa como parece ser, ao invés de como realmente é. A Bíblia fala "...desde os quatro confins da terra." (Isaías 11:12), e de "...os fundamentos da terra,..." (Salmo 104:5); ainda assim ninguém entende tais textos como a terra sendo quadrada, ou que ela realmente repousa sobre uma fundação. Nós falamos do sol nascendo e pondo-se, ainda assim nós sabemos que não é o movimento do sol, senão a da terra, quando revolve-se sobre seu próprio eixo causa tal fenômeno. Similarmente, quando as Escrituras falam do arrependimento de Deus, por exemplo, ninguém com idéias próprias de Deus entende como se Ele vê que tenha tomado um caminho errado e muda de opinião. Simplesmente significa que Suas ações, quando vistas sob a ótica do ser humano, parecem ser como as de alguém que se arrepende. Em outras partes as Escrituras falam das mãos, ou braços, ou olhos de Deus. Estes são conhecidos como "antropoformismos", exemplos nos quais Deus é referrido como se Ele fosse um homem. Quando a palavra "arrepender-se", por exemplo, é usada no sentido estrito, nunca foi dito que Deus tenha se arrependido: "Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa." (Números 23:19); e novamente, "...a glória de Israel não mente, nem se arrepende, porquanto não é homem, para que se arrependa." (I Samuel 15:29).

A contemplação deste grande plano deve redundar em louvor da sabedoria insondável e do poder ilimitado dAquele quem o idealiza e executa. E o quem pode dar ao Cristão mais satisfação e alegria do que saber que a trajetória inteira do mundo é ordenada com referência ao estabelecimento do Reino dos céus e a manifestação da glória Divina; e que ele (o Cristão) é o objeto sobre o qual amor e misericórdia infinitos são derramados em profusão?

PROVAS NAS ESCRITURAS

01. O plano de Deus é eterno

II Timóteo 1:9: "que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos."

Salmo 33:11: "O conselho do Senhor permanece para sempre, e os intentos do seu coração por todas as gerações."

Isaías 37:26: "Não ouviste que já há muito tempo eu fiz isso, e que já desde os dias antigos o tinha determinado?"

Isaías 46:9, 10: "...que eu sou Deus, e não há outro; eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antigüidade as coisas que ainda não sucederam;..."

II Tessalonicenses 2:13: "...Deus vos escolheu desde o princípio para a santificação do espírito e a fé na verdade,"

Mateus 25:34: "Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;"

I Pedro 1:20: "[Cristo] o qual [como sacrifício pelo pecado], na verdade, foi conhecido ainda antes da fundação do mundo,..."

Jeremias 31:3: "...o Senhor me apareceu, dizendo: Pois que com amor eterno te amei, também com benignidade te atraí."

Atos 15:18: "diz o Senhor que faz estas coisas, que são conhecidas desde a antiguidade."

Salmo 139:16: "Os teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no teu livro foram escritos os dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim, quando ainda não havia nem um deles."

02. O plano de Deus é imutável

Tiago 1:17: "Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação."

Isaías 14:24: "O Senhor dos exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará."

Isaías 46:10, 11: "...O meu conselho subsistirá, e farei toda a minha vontade; ... sim, eu o disse, e eu o cumprirei; formei esse propósito, e também o executarei."

Números 23:19: "Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele dito, não o fará? ou, havendo falado, não o cumprirá?"

Malaquias 3:6: "Pois eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos."

03. O plano divino inclui os atos futuros do homem

Daniel 2:28: "mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de suceder nos últimos dias. ..."

João 6:64: "... Pois Jesus sabia, desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de entregar."

Mateus 20:18, 19: "Eis que subimos a Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas, e eles o condenarão à morte, e o entregarão aos gentios para que dele escarneçam, e o açoitem e crucifiquem; e ao terceiro dia ressuscitará.

(Todas as profecias das Escrituras que são predições de eventos futuros são também arroladas neste tópico. Veja especialmente: Miquéias 5:2 - comparando com Mateus 2:5,6 e Lucas 2:1-7; Salmo 22:18 - comparando com João 19:24; Salmo 69:21 - comparando com João 19:29; Zacarias 12:10 - comparando com João 19:37; Marcos 14:30; Zacarias 11:12, 13 - comparando com Mateus 27:9, 10; Salmo 34:19, 20 - comparando com João 19:33, 36).

04. O plano divino inclui os eventos fortuitos ou acontecimentos ao acaso

Provérbios 16:33: "A sorte se lança no regaço; mas do Senhor procede toda a disposição dela."

Jonas 1:7: "E dizia cada um ao seu companheiro: Vinde, e lancemos sortes, para sabermos por causa de quem nos sobreveio este mal. E lançaram sortes, e a sorte caiu sobre Jonas."

Atos 1:24, 26: "[24] E orando, disseram: Tu, Senhor, que conheces os corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido [26] Então deitaram sortes a respeito deles e caiu a sorte sobre Matias, e por voto comum foi ele contado com os onze apóstolos."

Jó 36:32: "Cobre as mãos com o relâmpago, e dá-lhe ordem para que fira o alvo."

I Reis 22:28, 34: "[28] Replicou Micaías: Se tu voltares em paz, o senhor não tem falado por mim... [34] Então um homem entesou o seu arco, e atirando a esmo, feriu o rei de Israel por entre a couraça e a armadura abdominal."

Jó 5:6: "Porque a aflição não procede do pó, nem a tribulação brota da terra;"

Marcos 14:30: "Replicou-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes tu me negarás." (comparando com Gênesis 37:28 e 45:5; também comparando com I Samuel 9:15, 16 e 9:5-10).

05.  Eventos são gravados ou fixados com certeza inevitável

Lucas 22:22: "Porque, na verdade, o Filho do homem vai segundo o que está determinado; mas ai daquele homem por quem é traído!"

João 8:20: "Essas palavras proferiu Jesus no lugar do tesouro, quando ensinava no templo; e ninguém o prendeu, porque ainda não era chegada a sua hora."

Mateus 24:36: "Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai."

Gênesis 41:32: "Ora, se o sonho foi duplicado a Faraó, é porque esta coisa é determinada por Deus, e ele brevemente a fará."

Habacuque 2:3: "Pois a visão é ainda para o tempo determinado, e até o fim falará, e não mentirá. Ainda que se demore, espera-o; porque certamente virá, não tardará."

Lucas 21:24: "E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos destes se completem."

Jeremias 15:2: "quando te perguntarem: Para onde iremos? dir-lhes-ás: Assim diz o Senhor: Os que para a morte, para a morte; e os que para a espada, para a espada; e os que para a fome, para a fome; e os que para o cativeiro, para o cativeiro."

Jó 14;5: "Visto que os seus dias estão determinados, contigo está o número dos seus meses; tu lhe puseste limites, e ele não poderá passar além deles."

Jeremias 27;7: "Todas as nações o servirão a ele, e a seu filho, e ao filho de seu filho, até que venha o tempo da sua própria terra; e então muitas nações e grandes reis se servirão dele."

05. Mesmo os atos pecaminosos dos homens estão incluídos no plano e são controlados para o bem.

Gênesis 50:20: "Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim (José); Deus, porém, o intentou para o bem, ..."

Isaías 45:7: "Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu sou o Senhor, que faço todas estas coisas."

Amós 3:6: "...Sucederá qualquer mal à cidade, sem que o Senhor o tenha feito?"

Atos 3:18: "Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia anunciado que o seu Cristo havia de padecer."

Mateus 21:42: "Disse-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular; ..."

Romanos 8:28: "E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito."

Andando com Jesus no Espírito

Bebe-andando


Texto: Romanos 8:1-6

Introdução:

Há duas maneiras de viver: na carne e no Espírito. "Carne" significa a natureza humana com toda a sua fraqueza e pecaminosidade. É a natureza humana separada de Deus. É a carne que dá a Satanás uma chance conosco.

Paulo escreve aos cristãos como aqueles que estavam na carne previamente. Romanos 7:5. Em Romanos 8, ele adverte que, os que estão na carne não podem agradar a Deus. 8:8. Sendo que a inclinação da carne é a morte, porque é inimizade com Deus. 8:6, 7. Nós não estamos na carne. 9. "Se você viver de acordo com a natureza pecaminosa, você vai morrer" v. 13.

As obras da carne são listadas em Gálatas 5:19-21
A outra maneira de viver é segundo o Espírito. A palavra espírito é "pneuma" e também é traduzida como "vento". Ele sempre carrega a ideia de poder além do homem. Possivelmente, o vento foi o fenômeno mais poderoso visto pelas pessoas da época de Jesus. A palavra foi usada para se referir à presença e o poder de Deus. Assim, andar no Espírito é andar na presença e poder de Deus.

Jesus é o nosso maior exemplo. Andar com Jesus é andar no Espírito, e não na carne.

I. Vemos isso desde o início do Seu ministério público:

A. João batizava no rio Jordão. Mateus 3:1-6
1. Uma figura marcante, ele veio com a mensagem de Deus e atraiu a muitos.
2. Sua tarefa: pregar uma mensagem de juízo e preparar para a vinda de Jesus.
3. Embora muitos foram batizados, não há nenhuma menção do Espírito Santo até que Jesus chegou.
B. Quando Jesus foi batizado, o Espírito Santo desceu. Isto parece misterioso.
1. Quem pode duvidar de que Ele já tinha o Espírito. Ele foi gerado pelo Espírito.
2. Esta é uma manifestação particular do Espírito para o nosso benefício. Não há outra razão para o Espírito se tornar visível.
3. Aqui está uma lição para nós o dom do Espírito Santo é dado no batismo.

II. Tendo recebido o Espírito, Jesus vai imediatamente para o deserto. Mateus 4:1

A. Observe que, o Espírito o levou ali.
1. O propósito: para ser tentado.
2. Nós geralmente pensamos que somos tentados quando nos afastamos de Deus.
3. Este prova foi uma parte do desenvolvimento pessoal humano de Jesus.
4. E era arriscado.
B. Ilustração: Imagine um cristão que tenta ajudar um viciado que repetidamente retorna aos velhos tempos.
1. Ele ajuda, acreditando que um dia a vida será transformada pelo poder de Deus.
2. Outros não ajudam, talvez porque eles não acreditam no poder de Deus para salvar.
3. O ponto: mesmo que não possa ser tentado com as drogas, pode ser tentados a perder a fé em Deus e Seu povo. Existe sempre um risco.
4. Daí a advertência em Gálatas 6:1
C. O cristão pode ser levado a lugares onde pode ser tentado a duvidar de Deus.
1. Assim como aconteceu com Jesus.
2. Pode ser o plano de Deus para nos provar desta forma. Pode ser a direção do Espírito Santo, não tenha medo de ir.
3. Mas, lembre-se, o conhecimento das Escrituras sustentou Jesus em cada tentação.
4. Se pretendemos caminhar com Jesus no Espírito, temos de estar preparados para a batalha contra Satanás.
5. Daí a importância de estudo bíblico, oração e comunhão com o povo de Deus.

III. Após sua tentação, Jesus embarcou em uma vida de serviço.

A. O início do Seu ministério público: Mateus 4:17, 23
1. Ele começou a ministrar na Galiléia e reunir seus discípulos.
2. Ele pregou o Reino e ministrou aos que sofrem.
3. Ele viveu uma vida totalmente altruísta, comprometida com a vontade de Deus.
B. Muitas boas obras são feitas à parte de Deus:
1. O homem, criado à imagem de Deus. Ainda tem algo de bom nele.
2. Os não cristãos, por vezes, fazem sacrifícios reais.
3. Organizações não cristãs, como a Cruz Vermelha, Boa Vontade, e etc. fazem muitas boas obras.
C. Qual é a diferença entre boas obras e boas obras cristãs?
1. O ministério de Jesus foi diferente, porque foi motivado e capacitado pelo poder do Espírito Santo.
2. As obras cristãs pelo mesmo espírito e poder de Jesus.
3. Ele trabalha em nome de Deus por gratidão pelo que Deus tem feito.
4. Ele pode fazer mais, porque Deus trabalha nele e com ele.
5. Além disso, o que ele faz dura para a eternidade e em parceria com Deus.

IV. Sua luta final consigo mesmo: Mateus 26:36-46

A. Parece que esta foi sua última grande luta.
1. Suas palavras no verso 38 devem ser tomadas literalmente. Ele não exagera naquele momento.
2. Ele leva seus 3 amigos mais próximos. Nós vemos o valor da companhia em tais momentos de estresse.
3. Mas, vemos também a necessidade de estar sozinho com o pai.
4. Ele encontra força e resolução em rendição à vontade do pai.
B. Todos nós temos o nosso Getsêmani:
1. Aqueles que seguem Jesus devem dar suas vidas em rendição à vontade do pai.
2. Temos de decidir por Deus ou o eu.
3. Os amigos não podem ajudar, mas pode encorajar e orar por nós se eles se importam. Alguns não.
4. A canção diz: "Você tem que caminhar nesse vale solitário sozinho"
5. Você só pode sair vitorioso através do Espírito de Deus.
6. Andar com Jesus no Espírito é viver uma vida de renúncia.

V. Ele ganhou a vitória final na manhã da Páscoa.

A. Foi pelo poder do Espírito Santo. Romanos 1:4
1. Os soldados romanos se certificaram que não havia vida em sua carne.
2. Mãos amorosas que o tirou da cruz teria detectado o menor pulso, menor movimento, menor calor.
3. O Espirito Santo entrou em seu corpo e nenhum selo romano ou espada poderia ter evitado isso.
B. Isso mesmo o Espirito Santo nos ressuscitará. Romanos 8:11
1. Em nossa carne não há vida. Romanos 8:10,13
2. Mas, é impossível matar uma alma em que vive o Espírito de Deus.
3. Glória além da comparação está chegando. Romanos 8:18.

Conclusão:

Leia Gálatas 5:22-25. De fato, há duas maneiras de andar, duas fontes de poder e orientação. A carne e o Espírito. O caminho da carne leva à morte. Andar com Jesus no Espírito é encontrar a paz e a vida eterna.