A idolatria é a deturpação
da verdadeira adoração ao único Deus, que é digno de receber toda admiração,
reverência e culto.
Certamente, o grande mentor
da ideia de idolatria foi Satanás que desde a queda procura de todas as
maneiras rasurar ou fragmentar diante e através dos homens a glória de Deus.
O objetivo primário e
ultimo de Satanás em tudo que planeja e executa pode ser detectado na tentação
de Jesus no deserto –“e lhe disse: Tudo
isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te
Satanás, por está escrito: Ao Senhor, teu Deus adorarás, e só a ele darás
culto.” (Mateus 4.9,10). De modo que, o objetivo de satanás é sempre o
mesmo – obter ou deturpar aquilo que pertence somente a Deus – a adoração.
Porém, a idolatria não está
relacionada somente na deturpação do destino do culto, mas também na forma do
culto, ou seja, o individuo pode afirmar que adora somente a Deus, enquanto
que, o seu relacionamento com o Divino é semelhante a de um idolatra.
A caracterização clássica
de relacionamento com Deus no formato de idolatria se manifesta quando o individuo
troca a comunhão e o relacionamento com Deus por outras coisas da vida, uma vez
que, o idolatra não tem dificuldade alguma em substituir a qualquer momento um
ídolo pelo outro, desde que, o mesmo não frustre suas ambições.
De modo que, podemos
observar este evento dentro do contexto bíblico histórico, quando Israel
substitui Deus por um bezerro de ouro (Êxodo 32.1), evidenciando que, o relacionamento
de Israel com Deus naquele momento não era de verdadeira adoração, mas antes,
de idolatria.
Principalmente no mundo
moderno, onde a imagem humana é a principal entidade ou a moeda mais valorizada
para a comercialização de interesses, utopias e autoengano, a idolatria
ultrapassa o seu significado clássico histórico (imagens de deuses feitos de
madeira ou metal), e atinge a subjetividade da geração contemporânea, onde o
deus ou o objeto de culto torna-se cada vez mais o próprio individuo adoecido pelo
seu próprio egoísmo, atestando assim aquilo Alvaro Granha afirma – “Os
humanos são dados a idolatria, a começar pelo espelho.” (Ou seja,
autoveneração)
Deste modo, da mesma
maneira que Deus extirpou a idolatria objetiva do coração de Abraão– quando disse-
“…Sai-te da tua terra, da tua parentela
e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.” (Gênesis 12:1), também
trabalhou provavelmente na idolatria subjetiva que poderia se manifestar no
apego exagerado ao seu filho Isaque – “…toma
te filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá,;
oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei.”
(Gênesis 22.2)
De modo que, a manifestação
da idolatria pode-se caracterizar desde a veneração, culto e adoração a ídolos
de madeira ou metal (idolatria objetiva), ou até mesmo no formato de
sentimentos (idolatria subjetiva) que cultivamos a um objeto, pessoa ou ideais
de vida.
Não seria nenhuma novidade
encontrarmos pessoas idolatrando filhos, ministérios, pais, lideres, pessoas,
ou bens materiais, em inúmeras comunidades cristãs.
Sendo assim, qualquer
individuo que declarar verbalmente ou mentalmente – “não posso viver sem
aquilo…”, provavelmente estará declarando – “sou um idolatra”. Podendo
assim, ser salvo de sua própria idolatria disfarçada, quando obedecer a voz de
Deus, que certamente anunciará: “….vai-te
à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto.”
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