sábado, 30 de março de 2013

Tende bom ânimo


Desemprego, salários baixos, saúde precária, governantes corruptos, destruição do meio ambiente, traficantes de drogas de plantão, violência, manifestações, agressão dos manifestantes... A palavra de Deus nos diz que: “por se multiplicar a injustiça, o amor de muitos esfriará" - Mateus 24.12

É exatamente isso vemos no mundo o qual vivemos, o amor de muitos se esfriando. Hoje as pessoas ficam em dúvida quando alguém lhes pede socorro, pois, existem muitos charlatões, enganadores que não precisam de ajuda coisa nenhuma.

Esse mundo nos dá muitos motivos para desanimar, mas Jesus nos declara: “No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo  - João 16.33

Mas da onde vamos tirar esse ânimo? A Palavra de Deus nos ensina acerca disso. 


a) Devemos nos animar, renovando nossas forças
1 Reis 19:4-8
4 - e entrou no deserto, caminhando um dia. Chegou a um pé de giesta, sentou-se debaixo dele e orou, pedindo a morte. "Já tive o bastante, Senhor. Tira a minha vida; não sou melhor do que os meus antepassados. "
5 - Depois se deitou debaixo da árvore e dormiu. De repente um anjo tocou nele e disse: "Levante-se e coma".
6 - Elias olhou ao redor e ali, junto à sua cabeça, havia um pão assado sobre brasas quentes e um jarro de água. Ele comeu, bebeu e deitou-se de novo.
7 - O anjo do Senhor voltou, tocou nele e disse: "Levante-se e coma, pois a sua viagem será muito longa".
8 - Então ele se levantou, comeu e bebeu. Fortalecido com aquela comida, viajou quarenta dias e quarenta noites, até que chegou a Horebe, o monte de Deus.
Elias tinha desanimado e pediu a morte para si, mas Deus mandou um anjo para o alimentar porque a caminhada seria longa. O Senhor providenciou a renovação das forças de Elias para que não desistisse. 

Quantas vezes nos sentimos fracos, desanimados? Não seria a hora de renovarmos nossas forças? Saiba que o Senhor nosso Deus pode renovar as nossas forças.

Mas como Ele age nesse sentido? A palavra de Deus nos diz que “os que esperam no Senhor renovam suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam” - Isaías 40.31

Precisamos renovar as nossas forças, entregando nossos problemas a Ele em oração e esperando NEle, assim nos fortaleceremos.

b) Devemos nos animar, firmando nosso propósito
1 Reis 19:15-16
15 -  O Senhor lhe disse: "Volte pelo caminho por onde veio, e vá para o deserto de Damasco. Chegando lá, unja Hazael como rei da Síria.
16 -  Unja também Jeú, filho de Ninsi, como rei de Israel, e unja Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, para suceder a você como profeta.
Deus ainda tinha um propósito para a vida do profeta Elias. Mesmo que Elias tenha dito anteriormente (verso 4) "- Basta, [chega eu não quero mais viver], toma a minha alma”, Deus tinha planos estabelecidos. Então o profeta, já consciente de que Deus ainda tinha uma tarefa para ele, parte para cumpri-la.


Pode ser que nos encontremos na situação de Elias, pode ser que estejamos precisando firmar nosso propósito, tomar a consciência de que o Senhor nos deu uma tarefa e que temos que cumpri-la a qualquer custo.

Em Isaías 26.3 nós lemos: “Tu, Senhor, conservará em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; por que confia em Ti”. Estamos em perfeita paz? Se não estamos, será que nosso propósito não anda tão firme? Será que nós possuímos algum propósito?

É necessário refletir, pensar na nossa tarefa, no nosso projeto de vida! O mundo pode estar desabando sobre nossas cabeças, mas, se estivermos firmes no nosso objetivo e confiando no Senhor, Deus nos dará ânimo e dará paz ao nosso coração.

Há um hino que diz em sua letra (Hino 109 - O bom pastor)
Confiado no Senhor
Protegido em seu amor
Seguirei o meu caminho
Sem tristezas e nem dor.
O autor desse hino diz isso, não porque as aflições não existem para nós cristãos, mas sim pelo fato da nossa confiança no Senhor, de que estamos protegidos no amor divino que nos capacita a continuar o nosso caminho sem amargura.

c) Devemos nos animar, lembrando que não estamos sozinhos
1 Reis 19:10
10 -  Ele respondeu: "Tenho sido muito zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos. Os israelitas rejeitaram a tua aliança, quebraram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada. Sou o único que sobrou, e agora também estão procurando matar-me".
Elias estava desanimado com a situação a qual se encontrava o povo. Concluiu que estava sozinho, que todos tinham se afastado do Senhor. Mas isso não era verdade:
1 Reis 19:18
18 -  No entanto, fiz sobrar sete mil em Israel, todos aqueles cujos joelhos não se inclinaram diante de Baal e todos aqueles cujas bocas não o beijaram".
O profeta Elias não estava sozinho. O próprio Senhor informa que sete mil pessoas se conservaram fies e não adoraram a Baal.

Corremos o risco de agir como Elias, pensando que estamos sozinhos que todos se desviaram, que ninguém se preocupa mais em trabalhar na seara do Senhor. Mas a palavra de Deus nos diz: “Também Isaías exclama acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo - Romanos 9. 27

A palavra remanescente significa o resto, no caso o apóstolo Paulo quer dizer que o povo de Israel pode ser muito grande, mas haverá um resto do povo que será salvo. São poucos os judeus que receberam a Jesus como seu salvador até hoje, a grande maioria ainda espera um outro messias.

Às vezes nos preocupamos com quantidade de pessoas que estão dentro da Igreja, o nosso desejo é que ela esteja completamente cheia, mas pode ser que apenas um resto seja salvo. Uma coisa é certa: “não estamos sozinhos”, sempre existirá um remanescente fiel!

E mesmo que não houvesse um restante fiel, Deus estará conosco! Diz o salmista: "ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque Tu estás comigo. (...)” - Salmo 23.4. Precisamos dessa mesma convicção do salmista, o Senhor está conosco, isso nos dá ânimo.

d) Devemos nos animar, porque a vitória é certa
1 Reis 19:18
18 -  No entanto, fiz sobrar sete mil em Israel, todos aqueles cujos joelhos não se inclinaram diante de Baal e todos aqueles cujas bocas não o beijaram.
Baal, o falso deus não prevaleceu, não venceu. Deus conservou sete mil que não adoraram a Baal. A Igreja no decorrer de sua existência passou por sérias crises, mas nunca foi derrotada. Jesus disse que "(...) [as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja]" - Mateus 16.18

Inspirado pelo Espírito Santo, o apóstolo Paulo afirma que “(...) em todas as coisas somos mais que vencedores (...)”. O verbo "ser" aparece neste verso no plural e no tempo presente, ou seja, agora somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou.

Muitos dizem que Deus vai nos dar a vitória. A realidade é mais completa que esta concepção. Deus já nos deu a vitória! Jesus já pagou o alto preço pelas nossas almas. 

Concluindo
Certa vez um homem sonhou que tinha assumido um compromisso com Cristo, e nesse compromisso Jesus estaria sempre caminhando junto dele. Quando ele estava caminhando na areia, olhava para trás e enxergava quatro pegadas, mas nos momentos difíceis ele só via duas pegadas.

Então ele disse a Jesus:
- O Senhor descumpriu o trato, nos momentos mais difíceis eu só vejo minhas pegadas.

E Jesus lhe respondeu:
- Nos momentos difíceis, quando olha para trás, são as minhas pegadas que você vê, pois eu estou sempre a te carregar em meus braços.

Que Deus esteja nos renovando as forças, nos ajudando a firmar nosso propósito, enfim que Ele nos dê bom animo para caminharmos a linda estrada que leva ao céu. Até aqui nos ajudou o Senhor (I Sm 7.12), certamente nos ajudará até o final.

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Danilo Cassemiro de Campos é pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil.

A Gloria de Deus Visitou este Mundo


A primeira visita da glória de Deus a este mundo foi quando Deus escolheu uma família para tornar-se um povo, para tornar-se uma nação - a nação de Israel. Deus tratou pessoalmente com aquela nação. A este povo Ele Se exibiu em poder (Dt 4:37). 



Ele os tirou do Egito com Sua grande força e poder. 

Ele os guiou e alimentou por quarenta anos através de um grande deserto, e os introduziu na terra prometida com Seu poder (Sl 105:39-45). 

A glória de Deus apareceu no mais magnífico templo com que esta Terra já foi agraciada, nos dias do grande rei Salomão (2 Cr 7.1). 

Mas pela indiferença à presença de Deus em poder e glória em seu meio; pela desobediência às Suas leis escritas pessoalmente por Ele; pelo desprezo à terra aprazível (Sl 106:24); e por virarem as costas a Deus e se voltarem a ídolos pagãos (Os 1:6), a glória de Deus voltou ao céu (Ez 1:1-25,28). 

Essa volta não foi forçada, mas por não poder encontrar repouso nesta terra corrompida, a glória voltou ao céu. 

Seguiu-se um intervalo de 500 anos. 

Então a glória voltou a esta Terra na Pessoa de Jesus Cristo, o próprio Deus. Esta foi uma visita da graça! A glória e a graça encontravam-se em humilde bondade e amor. A única esperança do mundo está em o Filho de Deus fazer-Se Homem (Is 4:5-6; 7:14). E Ele assim o fez! 

Mas, oh! aquela glória em Cristo foi também rejeitada. E mais: desta vez expulsa à força deste mundo, na vergonha, rejeição e violência da cruz. Mais uma vez Deus foi-Se embora e voltou ao céu. 

O céu tem estado misteriosamente silencioso por já 1900 anos. 

Então haverá um terceiro retorno da glória, formalmente na Pessoa do Senhor Jesus. Desta vez retornará para reinar sobre esta Terra em poder judicial, prosperidade e paz - os 1000 anos, ou milênio. Céus e Terra estarão ligados como que por uma escada, e a justiça reinará (Os 2:19-23). 

Todavia, maravilha das maravilhas, há um grande mistério entre a segunda e a terceira visitas a esta Terra; uma vinda invisível, secreta e pessoal daquela glória, a Pessoa do Espírito Santo vinda ao coração e corpo, hoje, de cada crente no Senhor Jesus Cristo. 

Por meio da morte, do sangue derramado, da ressurreição e ascensão do Filho de Deus, foi aberto o caminho para que o conjunto dos crentes redimidos desfrutem hoje, em sua plenitude, a habitação do Espírito Santo, individualmente e coletivamente. 

E há mais! A qualquer momento, nós, crentes em Cristo, juntamente com o Espírito Santo, seremos arrebatados, trasladados para aquela mesma glória, juntamente e semelhantemente ao amado Filho de Deus, para sermos banhados para sempre pelo fulgor daquela imaculada e eterna glória (1 Cr 29:10-13). 

N.Berry 

A alegria do crente



Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos - Filipenses 4:4

O consumismo, programas de humor na televisão, os chamados “agitos”, dentre tantas outras coisas prometem nos dar alegria. Humoristas, animadores de auditório e até locutores de rádio, tentam passar uma alegria ao público que muitas vezes eles mesmos não possuem. 

Um amigo que trabalhava como locutor em uma rádio me disse que mesmo estando triste não se pode demonstrar na rádio. Segundo ele, quando os ouvintes ligam o aparelho de som, já o fazem para se alegrar.

Agora imaginem se ao ligarem o rádio as pessoas encontrassem alguém falando com ar de desânimo ou de tristeza. Esta é a vida dos “alegres profissionalmente”: precisam sorrir por fora, enquanto choram por dentro.

Por outro lado temos a “alegria cristã”, alegria essa que é verdadeira, pois é fruto do Espírito conforme nos diz o Apóstolo Paulo em Gálatas 5.22. Mas no que consiste essa alegria?

Essa alegria consiste primeiramente na execução da justiça. O justo se alegra quando age da forma correta e de conformidade com a vontade do Senhor. "Quando se faz justiça, o justo se alegra, mas os malfeitores se apavoram" - Provérbios 21.15. Ele não apenas se alegra, mas recebe do próprio Deus a felicidade: "Ao homem que o agrada, Deus recompensa com sabedoria, conhecimento e felicidade" - Eclesiastes 2.26. 

As mulheres que engravidam pensam em grandes coisas para seus filhos e se alegram nestes planos, fico imaginando a alegria de Maria quando soube que conceberia o Salvador, sendo Ele o próprio Deus encarnado. Que felicidade ela deve ter sentido. Mas Jesus ensina que até o simples ato sincero de ouvir e guardar a Palavra de Deus gera uma felicidade ainda maior na vida do justo. "Feliz é a mulher que te deu à luz e te amamentou. Ele respondeu: Antes, felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e lhe obedecem".

A alegria cristã também se expressa no servir. O apóstolo Paulo ensina, recordando as palavras de Jesus, que "mais [feliz] é aquele que pode ajudar do que aquele que precisa ser ajudado" - Atos 20.35. Sem dúvida, está em melhor condição aquele que ajuda o necessitado, porque Deus já tem suprido a sua necessidade. Ajudar alguém não é um fardo, é uma alegria!

Há alegria também no servir a Deus. Davi, por exemplo, disse: "Alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor" - Salmo 122.1. O mesmo tom está presente noutro salmo: "Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os habitantes da terra. Servi ao Senhor com alegria, e apresentai-vos a ele com cântico" - Salmo 100.1,2. Essa alegria partiu de um coração grato pelas vitórias conseguidas em Deus. Da mesma forma nós devemos nos alegrar ao servi-lo, pois Jesus nos trouxe a maior alegria de todas: a de ser salvo, a de não haver mais condenação para os que nEle estão.

Por fim, a alegria cristã também se manifesta na esperança. "Alegrem-se na esperança", afirma Paulo em Romanos 12.12. Do que se trata esta esperança? Certa vez ouvi a seguinte frase: Não diga a Deus que você tem um grande problema, diga ao problema que você tem um grande Deus.

Esta esperança é a de receber o auxílio de Deus nas tribulações, “esperar paciêntemente sua ajuda, perseverar na oração” - Romanos 12.12. É também a esperança da Segunda Vinda de Cristo, pois todos verdadeiros cristãos já têm os seu nomes "escritos no céu" - Lucas 10.17 a 20

E você, tem experimentado a verdadeira alegria?

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Danilo Cassemiro de Campos é pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil.

CONFISSÃO E PERDÃO




No filme “A procura da felicidade” o ator Will Smith interpreta a história de Chris Gardner, empresário no ramo de corretagem de ações. Para Gardner a procura da felicidade foi um caminho de sofrimento e humilhação, mas ela chegou 'vestida' de uma porta de emprego que ele soube aproveitar muito bem. 

A bíblia garante que a felicidade está em Deus; depende de Deus, mas depende também de nós. Enquanto no filme a conquista da felicidade estava em uma vida financeiramente equilibrada, na vida espiritual essa conquista passa pela confissão de pecado. “Feliz aquele cujas maldades Deus perdoa e cujos pecados ele apaga! Feliz aquele que o Senhor Deus não acusa de fazer coisas más e que não age com falsidade”(Sl.32:1-2).

O pior mau não são os males sociais, ou as guerras, ou a violência doméstica (muito embora essas coisas sejam más). O pior mal que pode existir é a ausência de Deus na vida. 

Isaías profetiza e diz: “Vocês estão pensando que o Senhor perdeu a força e não pode nos salvar? Ou pensam que ele está surdo e não pode nos ouvir? Pois são os pecados de vocês que os separam do seu Deus, são as suas maldades que fazem com que ele se esconda de vocês e não atenda as suas orações” (Is.59:1-2). 

O rei Davi considera que enquanto ele não confessou o seu pecado sua vida se tornou pesada demais, suas lágrimas eram constantes, além de sentir que a mão de Deus pesava sobre ele. (Salmo 32:3-4). Mas, no dia em que confessou o seu pecado o Senhor o perdoou imediatamente (v.5). Sentindo-se livre do pecado Davi proclama: “Tu és o meu esconderijo; tu me livras da aflição, Eu canto bem alto a tua salvação, pois me tens protegido”. (v.7).

“Todos vocês que são corretos, alegram-se e fiquem contentes por causa daquilo que o Senhor tem feito! Cantem de alegria, todos vocês que são obedientes a ele!” (Salmo 32:11).

Não seja uma pessoa sem juízo, a felicidade está em Deus e não fora da presença dEle! 

Prazer partilhar com você,

Pr. Luiz Carlos Leite

Por Litrazini

A Maldição do Homem Moderno - A.W. Tozer



Existe uma maldição antiga que permanece conosco até hoje — a disposição da sociedade humana de ser completamente absorvida por um mundo sem Deus.

Embora Jesus Cristo tenha vindo a este mundo, este é o pecado supremo dos incrédulos, o qual levou o homem a não sentir — nem sentirá — a presença dEle que permeia todas as coisas. O homem não pode ver a verdadeira Luz, tampouco pode ouvir a voz do Deus de amor e verdade.

Temos nos tornado uma sociedade “profana” — completamente envolvida em nada mais do que os aspectos físico e material desta vida terrena. Homens e mulheres se gloriam do fato de que são capazes de viver em casas luxuosas, vestir roupas de estilistas famosos e dirigir os melhores carros que o dinheiro pode comprar — coisas que as gerações anteriores nunca puderam ter.


Esta é a maldição que jaz sobre o homem moderno — ele é insensível, cego e surdo em sua prontidão de esquecer que existe um Deus. Aceitou a grande mentira e crença estranha de que o materialismo constitui a boa vida. Mas, querido amigo, você sabe que o seu grande pecado é este: a presença eterna de Deus, que alcança todas as coisas, está aqui, e você não pode senti-Lo de maneira alguma, nem O reconhece no menor grau? Você não está ciente de que existe uma grande e verdadeira Luz que resplandece intensamente e que você não pode vê-la? Você não tem ouvido, em sua consciência e mente, uma Voz amável sussurrando a respeito do valor e importância eterna de sua alma, mas, apesar disso, tem dito: “Não ouço nada?”

Muitos homens imprudentes e inclinados ao secularismo respondem: “Bem, estou disposto a agarrar minhas chances”. Que conversa tola de uma criatura frágil e mortal! Isto é tolice porque os homens não podem se dar ao luxo de agarrar as suas chances — quer sejam salvos e perdoados, quer sejam perdidos. Com certeza, esta é a grande maldição que jaz sobre a humanidade de nossos dias — os homens estão envolvidos de tal modo em seu mundo sem Deus, que recusam a Luz que agora brilha, a Voz que fala e a Presença que permeia e muda os corações.

Por isso, os homens buscam dinheiro, fama, lucro, fortuna, entretenimento permanente ou apego aos prazeres. Buscam qualquer coisa que lhes removam a seriedade do viver e que os impeça de sentir que há uma Presença, que é o caminho, a verdade e a vida.

Eu mesmo fui ignorante até aos 17 anos, quando ouvi, pela primeira vez, a pregação na rua e entrei numa igreja onde ouvi um homem citando uma passagem das Escrituras: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim… e achareis descanso para a vossa alma” (Mt 11. 28,29).

Eu era realmente pouco melhor do que um pagão, mas, de repente, fiquei muito perturbado, pois comecei a sentir e reconhecer a graciosa presença de Deus. Ouvi a voz dEle em meu coração falando indistintamente. Discerni que havia uma Luz resplandecendo em minhas trevas.

Novamente, andando pela rua, parei para ouvir um homem que pregava, em um cantinho, e dizia aos ouvintes: “Se vocês não sabem orar, vão para casa, ajoelhem-se e digam: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador”. Isso foi exatamente o que eu fiz. E Deus prometeu perdoar e satisfazer qualquer pessoa que estiver com bastante fome espiritual e muito interessado, a ponto de clamar: “Senhor, salva-me!”

Bem, Ele está aqui agora. A Palavra, o Senhor Jesus Cristo, se tornou carne e habitou entre nós; e ainda está entre nós, disposto e capaz de salvar. A única coisa que alguém precisa fazer é clamar com um coração humilde e necessitado: “ó Cordeiro de Deus, eu venho a Ti; eu venho a Ti!”

É possível, o crente, perder a salvação? Mais uma refutação ao Pr. Ciro Zibordi.


Por Denis Monteiro


Mais uma vez o pr. Ciro Sanches começa bem e termina mau. 

No Facebook o pastor postou um breve artigo, tentando mostrar que o crente perde a salvação. Em seu primeiro parágrafo ele foi enfático em dizer que o descrente será condenado eternamente. Mas quando vai explicar Apocalipse 13.8; 17.8 comete um erro infantil, vejamos o seu comentário:

Pr. Ciro: Quando um nome é inserido no Livro da Vida? O que é o Livro da Vida? É o registro de todos os salvos, de todas as épocas (Dn 12.1; Ap 13.8; 21.27). Alguns teólogos têm afirmado que Deus inseriu nesse livro apenas os nomes de supostos indivíduos eleitos antes da fundação do mundo e contestam a oração que alguns pregadores fazem pelos pecadores arrependidos: “Pai, em nome de Jesus, escreva os seus nomes no livro da vida”. Mas é importante observar que, em Apocalipse 17.8, está: escrito que os nomes têm sido relacionados no Livro da Vida "desde a", e não "antes da" fundação do mundo.

Há uma enorme diferença entre "antes da" e "desde a". No grego, o termo "apo" significa "a partir de". Segue-se que a expressão "desde a fundação do mundo" denota que os nomes dos salvos vêm sendo inseridos no Livro da Vida desde que o homem foi colocado na Terra fundada ou criada por Deus (Gn 1), e não que haja uma lista previamente pronta antes que o mundo viesse a existir. 

A expressão "desde a fundação do mundo" foi empregada também em Apocalipse 13.8 para denotar que todos os cordeiros mortos desde o princípio apontavam para o sacrifício expiatório do Cordeiro de Deus (Is 53; Jo 1.29). Isto é, os sacrifícios de animais realizados antes de Cristo tipificam a sua definitiva obra redentora.

Bem, a sua analise ao termo grego apo foi correta, dizendo ser "a partir de". Mas isso não significa que desde a fundação do mundo Deus vem escrevendo os nomes. O texto é claro em mostrar que Deus escreveu os nomes desde a fundação do mundo. Como eu afirmo isso? O texto reza assim: "foram escritos no Livro da Vida  desde a fundação  do mundo..." Ou seja, mesmo que o texto diz que a partir (desde), a palavra "foram" mostra que este ato já ocorreu. Segundo a gramática portuguesa  "foram" indica estar na terceira pessoa do plural no pretérito, ou seja, está ação está no passado. 

O mesmo ocorre com Ap 13.8. Segundo ele os cordeiros mortos desde a fundação do mundo, retrata a morte de Cristo expressa nos cordeiros. Mas o texto afirma que Cristo foi morto e não que está sendo ou que estava sendo morto desde a fundação do mundo (1Pe 1.20). A firmação do pastor faz com que seu argumento se enquadre a tradição católica romana que Cristo, a cada missa, morre. 

E ele continua sua analise incorreta das Escrituras:

Pr. Ciro - É possível ter o nome riscado do Livro da Vida? De acordo com a Palavra de Deus, existe a possibilidade de pessoas salvas, que não perseverarem até ao fim, terem os seus nomes riscados do Livro da Vida do Cordeiro (Ap 3.5). Em Êxodo 32.32,33 vemos essa verdade na intercessão de Moisés pelo povo: "Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito. Então, disse o Senhor a Moisés: Aquele que pecar contra mim, a este riscarei eu do meu livro".

Quando o Pr. Ciro diz, citando a Bíblia, que quem não perde a salvação são aqueles que vencem dar-se a entender que o crente tem que estar em constante luta para não se perder e ser o "vencedor" (Ap 3.5). Só que há uma implicação a qual não podemos esquecer, como diz Lutero que se um ponto está difícil de entender em outro lugar da Escritura ele será esclarecido. Então, como entender Ap 3.5? Da seguinte forma, o cristão é um vencedor porque Deus nos ama, logo, o cristão é o vencedor de Apocalipse 3.5 porque "em todas estas coisas somos mais do que vencedores". 

O livro mencionado em Êxodo 32:33 não é o Livro da Vida descrito em Filipenses 4:3, e mais tarde em Apocalipse (13:8; 17:8; 20:12, 15; 21:27). Pelo contrário, refere-se ao livro dos vivos, o registro daqueles que estão vivos (cf. Sl. 69:28). A ameaça, então, não é a condenação eterna, mas a morte física.[1]

Pr. Ciro - Serão riscados os que permanecerem desviados do Senhor e em uma vida de pecado (cf. Ap 3.3-5; 21.27). Em Lucas 10.20, Jesus disse aos discípulos da missão dos setenta (v.1), bem como aos doze (que sempre estavam com Ele) e a toda a sua Igreja, por extensão: "alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus". Judas, porém, um dos doze apóstolos do Senhor, desviou-se do Caminho. Por isso, o apóstolo Pedro afirmou: "[Judas, que] foi contado conosco e alcançou sorte neste ministério... se desviou, para ir para o seu próprio lugar" (At 1.17,25).

O pastor comente um erro sério de interpretação. Segundo ele o texto de Lucas 10:20 faz menção aos doze discípulos que fora escolhido no principio. Mas vamos analisar o texto, porque este assunto sobre missões vem desde o capitulo 9 que diz assim: "E, convocando os seus doze discípulos, deu-lhes virtude e poder sobre todos os demônios, para curarem enfermidades." (vs 1 - negrito acrescentado). Mas no capitulo 10 versículo 1 diz assim: "E depois disto designou o Senhor ainda outros setenta, e mandou-os adiante da sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir."(negrito acrescentado). O termo outros no grego é bem claro para mostrar a distinção. O termo grego para outros éheteros (próximos; usado para diferenciar de alguma pessoa ou coisa anterior), ou seja, estes setenta discípulos não era os doze que fora escolhido no princípio (Mt 4.18ss). Como provei anteriormente que os setenta não era os doze que fora escolhido antes, logo, Judas não estava entre os setenta. Quando o pastor cita Atos 1.17, 25 ele quer mostrar que uma pessoa pode perder a salvação. Mas o que ele não percebeu foi que o verso 25 diz que Judas foi "para o seu próprio lugar", ou seja, como disse Jesus a Judas: "O que fazes, faze-o depressa" (João 13:27). Logo, Judas foi destinado para tal ofício como descrito em João 17.12: "Nenhum deles se perdeu, a não ser aquele que estava destinado à perdição, para que se cumprisse a Escritura."

Entendamos uma coisa. A morte de Cristo foi e é eficaz para salvar o pecador. Na morte de Cristo não há hipótese de o pecador ser salvo. Por quem Cristo morre, este é salvo. E este que é salvo recebe o dom do Espírito e seu penhor, o selo o qual é a confirmação que somos filhos de Deus para testificarmos no último dia (Rm 8.14;Ef 1.14). 

Paulo é claro em dizer que quem nos separará do amor de Cristo? (Romanos 8:35). Ou como disse Jesus: "E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão." (Jo 10.28). Mas para não ficar nenhuma dúvida, vejamos alguns termos gregos para enfatizar e provar que o quinto ponto do calvinismo é bíblico. 

Jesus disse em João 10.28: "nunca hão de perecer...". A palavra nunca no grego é ou me que significa nunca, certamente que não, de modo nenhum, de forma alguma. 

"...perecer...": No grego apollumi, ou seja: destruir, sair inteiramente do caminho.

"... ninguém as arrebatará...": O termo ninguém (tis) significa nenhuma pessoa.

"... arrebatará...": O termo arrebatará no grego harpazo significa: pegar, levar pela força.

Ou seja, Jesus diz que por aqueles que Ele morreu "nenhuma pessoa (das ovelhas que Ele morreu) pode ser destruído ou sair do caminho e nem levar a força"

Como diz J. Blanchard:

"A razão pela qual nenhum cristão pode ser arrebatado da mão do Pai é que o próprio Pai o colocou ali." [2].
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Notas:
[2] Pérolas para a vida; Ed. Vida Nova; p. 367.

Divulgação: Bereianos

AS ESTRATÉGIAS SATÂNICAS CONTRA A IGREJA DE CRISTO



“… para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios.” (2Coríntios 2.11).

Como os melhores generais da história, Satanás planeja bem e ataca quando e como menos se espera. Devido a um problema na igreja de corinto, havia perigo de Satanás armar ciladas para destruí-la. Por isso, Paulo ordenou que os coríntios perdoassem e restaurassem o irmão disciplinado pela igreja (2Co 2.5-11). O termo “desígnios” significa “propósitos”, no sentido mal de “tramas”, “ardis”. Quando ele tentou Adão e Eva, ele colocou a mentira acompanhada por uma apresentação atraente (ler Gn 3.5-6). É importante notar que a bondade e inocência do casal não os protegeram de Satanás.

Paulo declara que satanás enganou Eva com sua astúcia (2Co 11.3). A palavra “enganou” sugere não simplesmente iludir, mas enganar totalmente. É verdade que Adão não foi enganado (1Tm 2.14) quanto aos efeitos imediatos, mas certamente não procurou saber as consequências globais de sua desobediência. Satanás é mentiroso (Jo 8.44). Propaga falsas ideias com astúcia para alcançar seus objetivos. Ele se faz de anjo de luz para iludir os mais instruídos (cf 2Co 11.14). Ele veste roupagem santa para iludir o povo de Deus. Por isso, Paulo ordena, que na igreja de Corinto falem apenas dois ou três profetas e outros julguem (1Co 14.29). Se Satanás não tivesse acesso ao culto, não teria necessidade de avaliar as mensagens. Conforme o verso 37 havia o perigo de alguém ser porta-voz do inimigo. Por isso também João diz para as igrejas discernirem se vem de Deus ou do diabo a mensagem (1Jo 4.1).

A apostasia das igrejas acontece porque não se reconhece que os espíritos enganadores espalham suas doutrinas demoníacas sem que os fiéis percebam a falsidade: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios,” (1Tm 4.1). 

Ignorância e Cegueira – Ele mantém os homens ignorantes acerca de seus métodos de atuação. Os incrédulos são mantidos em cegueira espiritual (cf 2Co 4.4). Mas não somente no mundo, pessoas dentro da igreja também. E estas precisam de disciplina (ler 2Tm 2.25).

Engano, Ilusão e Valores Invertidos – Satanás emprega ideias “universalmente aceitas” para convencer os homens de que as suas sugestões astuciosas são válidas. Considere o exemplo de Pedro, que emprestou sua mente e língua ao diabo, tornando-se pedra de tropeço para Jesus (Mt 16.23). Convencido, como todos nós, de que salvar a vida do seu amado Mestre era o supremo bem, Pedro caiu na armadilha (v.22). Pedro cogitava as coisas dos homens e não as de Deus. Por isso foi alvo das palavras de Jesus (ler: Mc 8.33). Se tivesse compreendido melhor as profecias (Sl 22; Is 53; Zc 13), o apóstolo teria resistido mais eficazmente à investida de Satanás. 

Alguns meses depois, Pedro caiu novamente na mesma armadilha do diabo. A advertência do Senhor, que Satanás o tinha em mira para peneirá-lo como trigo, nem sequer penetrou em sua cabeça (Lc 22.31). Não vigiou nem orou (Lc 22.40). Então negou o Senhor (Lc 22.56-58). Minutos antes, ele estava pronto para defender Jesus (Jo 18.10). Judas Iscariotes foi vencido por uma armadilha semelhante (Jo 13.2; cf Lc 22.3).

Hoje, Satanás vence facilmente pessoas que valorizam a opinião da maioria. “Todos estão fumando maconha”. “Todos colam na prova, eu também vou”. “É burrice pagar o imposto de rendo integralmente”. “Quem não leva a namorada para um motel?”

Ananias e sua mulher Safira se entregaram à sugestão de Satanás com certa facilidade (At 5.1-9). O diabo encheu-lhes o coração. Em suas mentes, os apóstolos ficariam gratos, pela “generosidade” que demonstravam com a igreja. Eles acreditavam que a “mentirinha” que contariam não iria de forma alguma ser um erro.

Satanás encoraja este tipo de racionalização. Quando os benefícios são grandes e a mentira soa prejudica o próximo (“não mentistes aos homens”) engoli-se o veneno com pouca resistência. 

Escrituras Torcidas – Outra armadilha – Satanás usa a Bíblia como arma para derrubar os fiéis. Temos o exemplo notável na tentação de Jesus (Mt 4.1-11). Satanás sugeriu que Ele se atirasse do pináculo do templo, um prodígio que convenceria a população judaica a confiar nEle como o Messias. O diabo logo citou Salmo 91.11s., onde se encontra a promessa de que Deus ordenará aos Seus anjos que guardem os justos. Não protegeria muito mais Seu Filho? Além do mais, iria desmoralizar todo o império Romano. Mas aí está: o salmista não ousou dizer que os que creem em Deus devem se atirar dos penhascos, beber veneno ou pular numa cova de leões (cf Sl 91.13). Há um tempo assisti a um documentário em que mostra um pastor americano que agarra serpentes venenosas nos cultos para provar que crê literalmente em Marcos 16.18.

Se o demônio achou que Jesus cairia em sua interpretação distorcida das Escrituras, quanto mais os crentes que lêem pouco a Bíblia e a entendem menos ainda. Em Corinto, os falsos apóstolos e obreiros fraudulentos, que Paulo tachou de “ministros de satanás” (2Cr 11.13-15), empenhavam-se em distorcer a Escritura de acordo com o modelo de seu tutor, o diabo. Havia muitos “pregadores” que “mercadejavam (lucrar com negócio desonesto - ler Is 1.22) a Palavra de Deus”(2Co 2.17). Alguns judeus munidos de “cartas de recomendação” com nomes ilustres de Jerusalém conseguiram se infiltrar na igreja de Corinto, como anjos de luz (cf 2Co 11.14). Outros se apresentavam como apóstolos, mas sua mensagem, ao invés de salvar, condenava (2Co 11.15).

Há casos em que “colaboradores” plantados na congregação fingem doenças graves ou se apresentam como aleijados. Na hora de mensagem e da oração são “curados” e, assim, apelos por contribuições são recebidos muito mais favoravelmente.Se o crente não conhecer as Escrituras, e não confiar plenamente nelas será um alvo fácil para Satanás. Testemunhas de Jeová citam textos da Bíblia, como se eles fossem os próprios autores dela. Mas nem por isso escapam da armadilha satânica de distorcer aquilo que realmente diz o texto. Assim também é o livro de Mórmon. Na idade média, a igreja de Roma chegou a proibir seus fiéis a lerem a Bíblia. Satanás tem muita facilidade em impor seus ensinos, pois o homem não quer conhecer a Bíblia (ler 1Tm 4.1). Satanás é aquele que tira a palavra do coração do homem (Mc 4.15). 

As Armadilhas dos prodígios, do poder e da prosperidade – O poder de satanás se faz presente na falsidade. O que é real pode ser falsificado, seja dinheiro, sejam pinturas ou assinaturas. O diabo também falsifica os dons do Espírito Santo, especialmente os dons de línguas e curas. Os milagres nem sempre são operações graciosas de Deus, a despeito da teologia popular (Jo 9.16,33). Paulo profetiza acerca da vinda do iníquo, “segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios da mentira”(2Ts 9.2). Essa força sobrenatural demoníaca convence o mundo incrédulo com maior eficiência.  Satanás engana com seus milagres mentirosos (2Ts 2.10). Provavelmente é o mesmo “iníquo” que João descreve, em Apocalipse 13, como “a besta que emerge da terra”, o falso profeta. Parecia um cordeiro, mas falava como o dragão. Ele opera grandes sinais para seduzir a terra (Ap 13.13s). Os espíritos imundos que saem da boca do falso profeta também operam milagres (“sinais” , Ap 16.13s).  

Devemos tomar cuidado para não tirarmos o foco do que é real. A tolerância religiosa de nossos dias abre portas para a aceitação de heresias vindas do diabo. Um pastor americano disse: “o homem foi criado para ser o deus deste mundo”. O diabo se orgulha em dividir essa posição com os homens (cf 2Co 4.4). Toda aberração teológica, assim como escândalos morais e transgressões da lei de Deus apontam para uma vitória de Satanás.

Satanás abraça os que não estão atentos diante das tentações que acompanham a prosperidade. A Jesus ele ofereceu toda a autoridade e glória dos reinos  do mundo (Lc 4.6). As “riquezas e deleites da vida” são tão eficazes em sufocar a semente que caiu entre os espinhos, assim como as perseguições e oposições de inimigos (Lc 8.14).


Por Rev. Ronaldo P Mendes 

O que significa "trevas exteriores"

A expressão aparece ao menos três vezes no evangelho de Mateus e significa a condenação eterna. "E os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes" (Mat_8:12); "Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes" (Mat_22:13) e"Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes" (Mat_25:30). 



Judas 1:13 também fala de trevas como sinônimo de condenação eterna (embora não especifique "exteriores"): "Ondas impetuosas do mar, que escumam as suas mesmas abominações; estrelas errantes, para os quais está eternamente reservada a negrura das trevas". Sabemos que Deus é luz e nele não há trevas (1 Jo_1:5), portanto trevas na Bíblia sempre indicam a ausência de Deus. Assim estava o Universo depois do cataclismo que envolveu a queda do diabo e antes que Deus trouxesse à tona a luz (Deus não criou a luz, ela sempre existiu, daí a diferença entre o "haja luz" e as coisas que Deus efetivamente faz em Gênesis 1). 

O homem em seu estado natural é trevas internamente, pois Deus não pode conviver com o pecado que habita na velha natureza. Porém a luz está disponível ao ser humano fora dele, em Cristo, e quando ele se crê todo o seu corpo fica luminoso. Já não há trevas internas permanentes, embora eventualmente ele possa, por desobediência, andar em trevas e não na luz. 

2 Co_4:6 Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 

Col_1:13 O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor; 

1 Pe_2:9 Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 

1 Jo_1:6 Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. 

Na cruz Jesus foi lançado nas trevas da ausência de Deus por ter sido feito ali pecado por nós. Deus voltou sua face e o abandonou ali como jamais abandonou um ser humano em vida, já que até o pior dos pecadores tem Deus ao seu lado pronto para intervir se ele clamar por salvação. Jesus precisou sofrer só o juízo divino e ali, do ponto de vista dele, não apenas Deus colocou sobre ele os nossos pecados, fazendo-o pecado por nós, mas também o cercou de trevas, do mesmo modo como ficará por toda a eternidade o pecador que não se converter. Estará imerso em "trevas exteriores"

O incrédulo, que hoje está cheio de trevas em si mesmo, mas que pode ter acesso à luz a qualquer momento, deixará de ter este privilégio se morrer sem Cristo, sendo lançado nas "trevas exteriores". Ali ele não apenas terá trevas dentro de si mas também ao redor de si, já que trevas significam a ausência de Deus. O pecador condenado ficará, por assim dizer, mergulhado em trevas e encharcado nelas. Já não haverá como recorrer a Deus pois ele estará abandonado como Cristo ficou abandonado na cruz, com a diferença de que para ele já não haverá salvação. 

Cristo entrou nas trevas para nos livrar delas. O incrédulo entrará nas trevas para nunca mais sair. Daí a urgência de se crer em Jesus agora. 

por Mario Persona