quarta-feira, 28 de dezembro de 2011


A igreja e a tribulacao - C. H. Mackintosh

Talvez não exista uma doutrina errônea que tenha sido mais prejudicial às almas dos filhos de Deus do que aquela professada pelos que supõem que a igreja de Deus passará pela "grande tribulação". Tal declaração subverte a revelação de Deus acerca da Igreja como corpo e noiva de Cristo, reduzindo o povo celestial ao nível de associações judaicas, e os priva de uma atitude de expectativa e anseio pela vinda de Cristo a qualquer momento.


Tais pessoas mergulham em um ponto de vista político da vinda do Senhor, ao olharem para os acontecimentos ao invés de olharem para a Sua Pessoa, ou ao se preocuparem mais com o aparecimento do anticristo do que com o de Cristo. Desta forma, as afeições, consciência e esperança da alma ficam seriamente danificadas por tal doutrina.

Nada pode estar mais claro nas palavras de despedida que o Senhor dirigiu aos Seus discípulos antes de subir para o Pai, do que o fato de que os deixou de posse da bendita expectativa de poderem vê-Lo muito em breve. Entre a vinda do Espírito Santo e a volta do Senhor dos céus, Ele não colocou uma série de eventos que tivessem que se cumprir. Por isso nos é dito que os primeiros cristãos esperavam pelo Filho de Deus vindo dos céus.

A parte das Escrituras que tem sido pervertida para dar base à essa doutrina é Mateus 24. Porém, um breve exame dela mostrará que a "vinda" à qual os discípulos se referem, em suas perguntas ao Senhor, não era a Sua vinda para nós, mas a Sua vinda para Jerusalém, quando viremos com Ele e quando todo olho O verá descendo sobre as nuvens dos céus com poder e grande glória (Mt 23:39; 24:3). Aqueles que são ali mencionados passarão pela tribulação. Eles são os "Seus eleitos", que é um termo aplicado por Isaías ao remanescente de judeus consagrados.

As referências feitas nos versículos que se seguem mostram com clareza que se referem ao tempo da "angústia de Jacó" (Israel), o qual ele terá que passar e do qual será livrado: "no sábado" (v.20); "na Judéia" e "fujam para os montes" (v.16); "carne se salvaria" (v.22); "a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel" (v.15); "grande aflição (tribulação), como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tão pouco há de haver" (v.21). Ela é precedida pela pregação do "evangelho do reino" (v.14), não pelo evangelho da graça, conforme é agora pregado. Trata-se da "hora da tentação" caindo sobre todo o mundo, da qual o Senhor promete nos salvar. "Como guardaste a palavra da Minha paciência, também Eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na Terra" (Ap 3:10).

É interessante observar que quando nosso Senhor fez referência à Sua rejeição pelos judeus - Judá e Benjamim, as duas tribos - Ele disse, "Eu vim em nome de Meu Pai, e não Me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis" (Jo 5:43). Esta, sabemos por outras passagens, é a forma como será introduzida a incomparável tribulação, e, em justa retribuição, as próprias tribos que rejeitaram o Messias irão passar por ela. As dez tribos só serão reunidas depois disso, quando o Senhor descer dos céus (Mt 24:31). (C. H. Mackintosh)

Soberania e responsabilidade - F. B. Hole

Que Deus é soberano e que o homem, embora caído, é uma criatura responsável, são dois fatos que estão bem claros nas Escrituras. É quando estudamos estes dois fatos em suas implicações que nos vemos diante de uma dificuldade intelectual. É fácil colocarmos todo o peso de um lado, enquanto ignoramos quase completamente o outro. Os dois extremos são conhecidos como Hiper-Calvinismo e Arminianismo.


O Hiper-Calvinismo é o pensamento religioso que enxerga nas Escrituras pouco mais do que a soberania de Deus na eleição. A responsabilidade humana é de tal maneira deixada de lado, ou até mesmo negada, que o homem acaba reduzido a um mero fantoche. O homem fica como um brinquedo nas mãos do destino. Se ele for eleito, então DEVE ser salvo, seja como for; se não for eleito, ele DEVE ser condenado, e ponto final.

O Arminianismo, por outro lado, enxerga quase que somente o fato da responsabilidade do homem, geralmente com a total exclusão da soberania de Deus e da operação de Seu Espírito em graça na alma dos homens. O homem é um ser livre e desimpedido no exercício de sua própria vontade, portanto qualquer coisa que o persuadir a ter força de vontade na direção correta é considerado válido.

O espírito do Hiper-Calvinismo é fatal para qualquer zelo e energia na obra do Evangelho. Como consequência, aqueles que pensam assim menosprezam de todas as maneiras possíveis esse tipo de energia. Se os homens estão espiritualmente mortos, para quê pregar para mortos? Por que dizer "Arrependam-se!" a pessoas que não podem se arrepender, ou "Creiam!" àqueles que não podem crer? Além do mais, acaso Deus não é capaz de cuidar daquilo que é Seu? Será que Ele requer nossa intromissão na salvação dos Seus eleitos? Ainda que venhamos a cobrir terra e o mar em nosso zelo pelas almas, nenhum além dos eleitos será salvo; e se cruzarmos os braços e não fizermos coisa alguma, nenhum dos eleitos se perderá. Portanto a inatividade é a única solução possível, e todo o esforço dos servos do Senhor não passa de pura perda de tempo e energia.

Às vezes nos perguntamos por que este tipo de argumento parece ser usado apenas contra o esforço evangelístico. Se o argumento fosse válido, ele deveria valer também para todas as demais formas de serviço cristão. Acaso Deus não é capaz de cuidar dos Seus eleitos sem nossos esforços de edificá-los? Porventura a obra soberana do Espírito não irá edificar o progresso dessas almas sem a necessidade do trabalho de pastores e mestres, ou até mesmo sem o pequeno esforço de escrever este texto? Aqueles que defendem tais idéias parecem estar cegos ao fato de que estão serrando o galho em que estão sentados.

Atualmente o extremo Arminianista talvez seja o mais professado pelas pessoas verdadeiramente cristãs. Elas percebem a necessidade dos pecadores e se regozijam nas boas novas de perdão por intermédio do Salvador crucificado e ressuscitado. A grande questão é qual a melhor maneira de se chegar aos pecadores e persuadi-los a querer aceitar a Cristo e escolher a vida. Quanto mais ansiosos são esses cristãos, maior o perigo de usarem métodos questionáveis ou até antibíblicos. Os fins que acreditam precisar atingir acabam sendo considerados como suficientes para santificar e justificar os meios empregados.

Os resultados práticos disso são muito diferentes daqueles do outro extremo. No outro, tudo é estagnação; aqui tudo é movimento e sucesso aparente no início. Todavia estamos preocupados com os resultados finais. Ao terminar uma grande missão evangelística em Londres há alguns anos, o pastor de uma grande igreja tinha uma lista de mais de 50 nomes que professaram se converter. O pastor era um cristão empenhado, mas cerca de um ano depois ele confessou com tristeza que podia considerar apenas um deles como realmente convertido. Graças a Deus por aquele um! Mas quão triste saber que cerca de cinquenta podem ter sido levados pelo caminho errado apenas para ter um no caminho certo.

Vamos, pela graça de Deus, nos apossar desses dois grandes fatos - Deus é soberano em Seus caminhos de graça: o homem, apesar de caído, é uma criatura responsável e deve ser abordada como tal. A verdade da soberania divina está claramente mostrada nas Escrituras. Leia passagens como João 6:37-44; Romanos 9:10-24; Efésios 1:4; 1 Pedro 1:2. Do mesmo modo, é bem clara a responsabilidade do homem. Leia passagens como João 3:16-18; Romanos 2:6-16; 1 Pedro 4:5-6. Aceitemos, portanto, ambas as coisas, mesmo que não sejamos capazes de enxergar o suficiente para discernir como elas se encaixam.

Podemos, todavia, discernir isto: que a vontade do homem, se deixada ao seu bel prazer, jamais se voltará para Deus. A queda tornou sua vontade totalmente contrária a Deus. Isto é declarado de forma definitiva em Romanos 3:10-12. Está declarado primeiro que "não há UM justo"; isto é, ninguém está correto diante de Deus. Podemos argumentar que isto é verdade, mas que certamente algumas pessoas são mais sinceras e compreensivas do que outras, e são essas que se convertem. Mas não é assim, pois "não há NINGUÉM que entenda". Isto torna o problema do ser humano ainda mais sério - NENHUM justo, e NINGUÉM que entenda sua posição desesperadora. Porém, mais uma vez podemos argumentar que certamente alguns terão uma percepção - uma espécie de intuição - de sua necessidade de Deus, e assim irão buscá-Lo. Todavia, mais uma vez vemos que não é assim, pois "não há NINGUÉM que busque a Deus".

As palavras nenhum e ninguém encerram qualquer possibilidade de libertação se o homem for deixado por conta própria. Deus precisa intervir. Em outras palavras, Deus precisa exercer Sua ação soberana sobre o homem. Ele precisa operar por meio de Seu Espírito nos corações dos homens se for para algum deles buscar a Ele e a salvação que Ele oferece. Isto Ele faz conforme a Sua vontade, quando o Evangelho é pregado, já que "aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação". (1 Co 1:21)

Se alguém perguntar "se Deus, em sua misericordiosa eleição, quer salvar este e aquele, por
que Ele não elege e salva a todos?", não saberemos responder. O que está por detrás de Suas decisões não nos é revelado, pois não passamos de Suas criaturas. Mas Ele Se revelou a nós em Cristo, e assim estamos certos de que o que Ele decidir é o correto, e no final todos verão o quão certo Ele sempre esteve.

Ao invés de procurarmos invadir os recônditos secretos das decisões e atos de Deus, que estão fora de nosso alcance, devemos do modo mais diligente e fervoroso possível anunciar o Evangelho, já que Ele revelou que é através deste que Ele Se agrada em salvar aqueles que crêem, como resultado da obra do Espírito de Deus em seus corações. - F. B. Hole

Mark Driscoll - Cristãos Nunca Devem Usar Palavras Duras?

John Piper - Alegria em Cristo

Guerreiro Massai - John Piper

Morra pela Verdade! - C. H. Spurgeon

C. H. SPURGEON - AMEI A JACÓ, PORÉM ODIEI A ESAÚ

Chamados para Sofrer - João Calvino (1509-1564)

Será que a Salvação não é suficiente? - Paul Washer

Combata seu Pecado - John Piper

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Varios aspectos do Reino - D. T. Grimston

Na Palavra de Deus temos mencionados vários aspectos do reino e é bom entender as diferenças entre eles. Temos o reino de Deus, o reino dos céus, o reino do Pai, o reino do Filho do Homem, o reino do Filho do Seu Amor e o reino Eterno de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.


O Reino De Deus

Somos apresentados ao primeiro em conexão com o Senhor Jesus aqui na terra, quando os fariseus interrogaram “quando havia de vir o reino de Deus” (Lucas 17.20). Ele respondeu a eles, “O reino de Deus está entre vós” (Lucas 17.21). O reino de Deus pode ser descrito como a manifestação do poder governante de Deus sob qualquer circunstância. É um estado moral que caracteriza o reino de Deus. Na pessoa de Seu Filho, Deus mostrou seu poder governante naquele tempo – Deus estava lá Nele.

O reino de Deus é também mencionado como existente no tempo presente. Lemos “o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Romanos 14,17) e outra vez, “o reino de Deus não consiste em palavras, mas em virtude” (I Coríntios 4.20). Aqui o poder governante de Deus é outra vez exibido, não no Filho, mas pelo Espírito, o qual, por meio de Sua presença na terra, produz justiça prática naqueles que crêem e dá a Seus servos poder para corrigir o mal quando preciso. O reino era visto em Cristo enquanto Ele estava na terra, mas agora é visto pelo Espírito. Até que Cristo tivesse subido, ninguém, a não ser Ele, podia estar neste reino. Deste modo o poder governante de Deus é agora manifestado naqueles que são habitados pelo Espírito Santo.

Entretanto, o termo “o reino de Deus” é também aplicado nas escrituras ao que o homem tem feito daquilo que Deus deu no início – aquilo que conhecemos como Cristandade. A “árvore” e o “fermento” de Lucas 13.18-21 nos dão sua dimensão externa e sua condição interna. O que era apenas um grão externamente, em Pentecoste, se tornou uma grande árvore que abriga até os emissários do diabo, enquanto o mal interno e a doutrina corrupta penetraram aquilo que tinha como intenção ser o alimento do crente. Que descrição da Cristandade – um vasto sistema, mas podre por dentro!

Assim Romanos 14.17 e I Coríntios 4.20 descrevem o aspecto divino do reino de Deus, enquanto Lucas 13.18-21 descreve sua condição externa.

O Reino Dos Céus

O termo “o reino dos céus” é usado só em Mateus, pois aqui a verdade é direcionada à consciência dos judeus. Em essência é o governo dos céus reconhecido aqui na terra. Os judeus estavam familiarizados com este pensamento através das escrituras do Velho Testamento. Por exemplo, foi profetizado a Nabucodonosor que seu poder iria continuar após ele ter conhecimento de que “o céu reina” (Daniel 4.26). O Senhor ensinou seus discípulos a orar para que a vontade de Deus fosse feita “assim na terra como no céu” (Mateus 6.10). Assim, quando João Batista veio para apresentar o Messias, anunciou que “é chegado o reino dos céus” (Mateus 3.2). Assim também Jesus fez a mesma afirmação (Mateus 4.17) e mais tarde os doze apóstolos (Mateus 10.7). Entretanto, o rei legítimo foi rejeitado e conseqüentemente o reino dos céus assume uma forma misteriosa – a de um reino cujo rei está ausente. O Senhor se torna um semeador e o reino dos céus toma um novo caráter que os profetas não mencionaram – uma esfera dominada pelo mal e com uma colheita misturada. Alguns são verdadeiros, enquanto outros aceitam a autoridade de Cristo só nominalmente, como professantes.

João Batista não estava no reino dos céus, pois a porta não estava amplamente aberta até que Pedro a abrisse no dia de Pentecoste. Assim “se faz violência ao reino dos céus” (Mateus 11.12) – ou seja, aqueles que realmente desejam é que alcançam o objetivo que têm buscado desde os dias de João Batista. Quanto às formas interna e externa, algumas semelhanças são aplicadas a ambos os reinos dos céus e de Deus – o grão de mostarda se tornando uma grande árvore e uma medida de farinha se tornando levedada.

Externamente, então, o reino dos céus é como um campo de joio, uma árvore e o fermento – uma mistura do povo de Deus com aqueles que são de Satanás. É a esfera de profissão cristã na terra – um sistema amplamente espalhado, externamente poderoso, mas internamente corrupto. Mas para a fé há uma forma íntima ou divina e isto é visto no “tesouro” e na “pérola” (Mateus 13.44-46). Estes dois são o reino dos céus do ponto de vista de Deus. Assim o reino dos céus é propriamente o governo dos céus sobre a terra. Foi recusado pelo homem e assim existe hoje de um modo misterioso. Naquele tempo será conhecido em parte como o reino do Pai e em parte como o reino do Filho do Homem.

O Reino do Pai e o Reino do Filho do Homem

Ambos se iniciam simultaneamente. O Reino do Pai se refere às coisas lá acima e o Reino do Filho do Homem às coisas aqui abaixo.

Os santos celestes, incluindo aqueles do remanescente judeu, “resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai” (Mateus 13.43). Do mesmo modo o Senhor, falando aos discípulos quando Ele instituía o Seu próprio memorial, pôde dizer, “não beberei deste fruto da vide até aquele dia em que o beba de novo convosco no reino de meu Pai” (Mateus 26.29). O reino do Pai é para o povo celeste.

Por outro lado, o reino do Filho do Homem é para o povo terreno, uma vez que Ele toma a liderança de tudo aqui abaixo, o lugar que Adão perdeu. Como Filho do Homem Ele exerce juízo e como Filho do Homem dá as boas-vindas para Seu reino aos benditos de Seu Pai – as ovelhas (Mateus 25.32-34) que foram fiéis a Ele em Sua ausência.

Assim o reino milenar “de nosso Senhor e do Seu Cristo” (Apocalipse 11.15) tem um aspecto celeste e um terreno. Um é a esfera da glória do Pai, o outro, o cenário do governo do Filho do Homem.

O Reino do Filho do Seu Amor

Finalmente devemos notar as expressões “o reino do Filho do Seu Amor” (Colossenses 1.13) e o “reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (II Pedro 1.11). Estes são distintos daqueles que já mencionamos e nos dão o pensamento mais de posição que de manifestação. Cada um deles é mencionado uma só vez na Escritura e podem ser mais sentidos que descritos. Cristo tem um reino presente, um que o amor do Pai conferiu a Ele, o Filho de Suas afeições e para dentro deste, nós que cremos, fomos já trasladados. É uma região de bênção na qual Cristo é o centro.

O outro, o “eterno reino de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”, está diante de nós e é um bendito contraste das coisas que estão se esvaecendo à nossa volta. É eterno e iremos compartilhar com Ele. Seu desejo é o de que entremos nele, podemos dizer, “a toda vela”. Que isto possa ser nosso para acrescentarmos à nossa fé todas as coisas que II Pedro 1.5-7 contém, de modo que uma entrada ampla àquele reino possa ser ministrada a nós.
SAUDADES...QUANTAS SAUDADES!

Quando olhamos para trás, sentimos saudades de tantas coisas pequenas, mas que eram ao mesmo tempo, tão preciosas.

Para uns, a bolinha de gude. Para outros, o jogar pião, a pipa, a amarelinha.
Também o futebol na rua, nas quadras...O sentar na calçada, e, simplesmente conversar.
Rir, sim, rir a toa. O abraço do pai, o beijo da mãe...

Agora, adultos, e, tão cheios de nós mesmos, conhecemos a Deus, fomos então a uma denominação, que, acreditavamos ser o "lugar ideal".

A gente louvava a Deus, sem pretenções, a não ser o louvar a Deus. A gente orava, para nossa familia ser salva, nossos amigos, o mundo...
As pregações falavam de arrependimento. A Palavra tinha imenso valor.

A gente se reunia para orar por uma só pessoa, buscando de Deus, resposta de salvação.
A gente estudava a Palavra de Deus, para compreendermos melhor as escrituras, e para anunciar o evangelho da graça, sim, do favor imerecido de Deus, sobre nossas vidas.

Eu me lembro que a gente chorava, pelos nossos pecados, pela nossa miséria.
Ahhh...e como doía o coração! Deus socorre-nos, ajuda-nos!
Quanto mais Deus se aproximava de nós, mais sentíamos o nosso pecado.

Havia prazer de ouvir uma pregação, que, exortava, consolava e edificava.
Como era bom ouvir Elias. Jeremias, para onde foi que não te ouvimos mais?

Ezequiel, suas palavras que vinham de Deus, aonde ficaram?
Paulo, onde estão as verdades que salvaram milhões de pessoas; pessoas que ousaram dar suas vidas por Jesus?

Pedro, Tiago e Tomés? Onde estão?
Silas, volte; suas palavras tão intensas...precisamos delas.

Saudades...quantas saudades!

Luiz Carlos

O que é Humildade - John Piper

Billy graham pregação de 1944 legenda em Pt.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Depressão - C. H. Spurgeon

O Mundo a Carne e Satanás - C. H. Spurgeon

Quando Deus Demora - C. H. Spurgeon

Spurgeon por John Piper - Não Inveje Montanhas

Conhecendo a Deus


Conhecendo a Deus

Você sabe qual é a sua maior necessidade? A mesma de todas as outras pessoas. Precisamos desesperadamente conhecer a Deus.
“Antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno.” (2 Pe 3:18)
“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (Jo 17:3)
“Ouvi a palavra do Senhor, vós, filhos de Israel, porque o Senhor tem uma contenda com os habitantes da terra; porque nela não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus.” (Os 4:1)
“Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor...” (Os 6:3a).Todos os nossos problemas espirituais são derivados de nossa falta de conhecimento de quem Deus é.
“Pois misericórdia quero, e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.” (Os 6:6)
Deus não se impressiona com todas as nossas atividades. O propósito de todo cristão deve ser conhecer a Deus para torná-lo conhecido. Conhecer a Deus é muito mais que conhecê-lo como seu Salvador, Senhor, guia e aquele que te cura. Essas são coisas elementares sobre o conhecimento de Deus.
“Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte na sua força, nem o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor, e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas cousas me agrado, diz o Senhor.” (Jr 9:23,24)
Dois fatores importantes se destacam nesses dois últimos versículos. Primeiramente, Deus faz a melhor propaganda de si mesmo, dizendo que ele faz misericórdia, juízo e justiça na terra, porque destas cousas ele se agrada. Em segundo lugar, Deus não se impressiona com o maior sábio deste mundo, nem com o homem mais rico, nem com o homem que tem a maior autoridade ou o maior poder sobre a face da terra.
Se uma pessoa humilde, bem insignificante, iletrada, sem autoridade sobre qualquer pessoa, porém, permeando-se com a Palavra de Deus, com um desejo ardente de conhecer o caráter de Deus, pedindo a Deus que se revele a ele, crendo que Deus se revelaria, uma pessoa que de fato conhecesse a Deus; então aí Deus diria: “Eu agora estou impressionado!”
Temos uma visão distorcida do que impressiona a Deus, porque nós não temos gastado tempo suficiente para receber a revelação de quem ele é (faceta por faceta do seu caráter). Se não gastarmos tempo para conhecer e estudar o caráter de Deus, faceta por faceta na sua Palavra, aí você não terá a revelação dele e se impressionará com o que os homens se impressionam.
Você conhece a Deus? O caráter de Deus? Ou apenas só conhece a respeito de Deus, só está ouvindo o que outras pessoas têm descoberto a respeito de Deus, mas você mesmo não tem uma revelação pessoal deste caráter de Deus para si mesmo? Você está mais empolgado com aquilo que Deus faz do que quem ele é? (por exemplo, culto de milagres).
São somente aqueles que têm gastado tempo diariamente, num sistema disciplinado, buscando nas Escrituras todas as facetas do caráter de Deus, escrevendo, meditando, pedindo a revelação de Deus, são os que o vêem e o compreendem e podem torná-lo conhecido.
O principal ministério do diabo é transmitir uma imagem distorcida de quem Deus é. Qual deve ser o nosso principal ministério? Chegar a conhecer a Deus como ele é e daí tornar o Senhor conhecido no poder do Espírito Santo.
Se você tivesse que enviar um embaixador para outro país, para o representar e levar o seu conhecimento a outras pessoas, quem você enviaria? Alguém que conheça o seu caráter intimamente ou que apenas leu um livro a seu respeito? Saia da classe dos buscadores casuais para a classe dos buscadores intensos.
Se você conhece o caráter de Deus não vai ficar frustrado e confuso com o que acontece na sua vida (veja: Sl 32:4; 145:17; 1 Cr 28:9). A revelação de quem Deus é, vem através de sua Palavra.
Cinco maneiras de conhecer ao Senhor:
01. Confessar para Deus o pouco que você o conhece.
02. Manifeste o desejo de conhecê-lo e creia.
03. Comece a buscar o Senhor diariamente, estudando as facetas do seu caráter, pedindo que ele se revele a você através da Palavra, crendo em Jr 29:12,13.
Veja:
Oração de Davi – Sl 42:1,2 ; 63:1,2
Oração de Moisés – Êx 33:13,18.
Oração de Paulo – Fp 3:8.
Passagens biblicas que descrevem o caráter de Deus: Is 6:1-5; Ez 1:26-28; Ap 1:12-16; Ap 4; Ap 19. 4.
Obedecer – Jo 14:21; 2 Pe 1:8. 5.
Fazer um estudo definido de cada atributo de Deus na Sua Palavra.
O povo que conhece o seu Deus se tornará forte e ativo (Dn 11:32).
Busque a Deus não somente para ter orientação sobre o que fazer, mas para conhecê-lo. ( 2 Co 2:14; 3:18).

EUDALDO FREITAS MEDRADO 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O evangelho da Ilusão - C. H. Spurgeon

Assassinos de Deus no Coração - C. H. Spurgeon

O Evangelho do Entretenimento - C. H. Spurgeon

Deus e as Calamidades - Jonathan Edwards

C.J. Mahaney - A Vida Centrada na Cruz


Beco sem Saída

Texto: Êxodo 14:1-14
1. Introdução

Encontrei uma poesia e gostaria de recitá-la:

O homem sussurrou: “Deus, fale comigo”… e um passarinho cantou. Mas o homem não ouviu.

Então, o homem gritou: “Deus, fale comigo”… E trovões e raios apareceram no céu. Mas o homem não notou.

O homem olhou em volta e disse: “Deus, deixe-me ver o Senhor”… E uma estrela brilhante apareceu. Mas o homem não percebeu.

O homem gritou: “Deus, mostre-me um milagre”… E uma vida nasceu. Mas o homem não reparou.

Então, o homem clamou em desespero: “Toque-me, Deus, e deixe-me saber que o Senhor está aqui”…Ao que Deus o tocou suavemente. Mas o homem espantou a borboleta que pousara no seu ombro.

O homem chorou: “Deus, eu preciso da sua ajuda” … E um e-mail chegou trazendo boas notícias e palavras de encorajamento. Mas o homem o deletou e continuou a chorar…

MORAL: Muitas vezes, nós não conseguimos escutar Deus e vê-lo nas coisas simples da nossa vida. Talvez tenha sido por esse motivo que Deus tenha levado o povo de Moisés até um beco sem saída, para que diante do mar, frente a uma situação difícil pudessem aprender a escutar Deus.

Muitas pessoas só escutam Deus quando as circunstâncias estão complicadas, quando estão sendo provadas. É por isso que Deus nos coloca em alguns becos sem saída.
2. Tema

O BECO SEM SAÍDA É UM LUGAR PARA ONDE DEUS NOS LEVA PARA SERMOS PROVADOS. NESTE LUGAR PODEMOS FALHAR, MAS ALÍ DEUS NOS AJUDARÁ A VENCER.
3. O que aprendemos sobre o beco sem saída:
3.1 O beco sem saída é um lugar para onde Deus nos conduz para sermos provados v.1-9

“1 Disse o SENHOR a Moisés: 2 Fala aos filhos de Israel que retrocedam e se acampem defronte de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar, diante de Baal-Zefom; em frente dele vos acampareis junto ao mar. 3 Então, Faraó dirá dos filhos de Israel: Estão desorientados na terra, o deserto os encerrou. 4 Endurecerei o coração de Faraó, para que os persiga, e serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército; e saberão os egípcios que eu sou o SENHOR. Eles assim o fizeram. 5 Sendo, pois, anunciado ao rei do Egito que o povo fugia, mudou-se o coração de Faraó e dos seus oficiais contra o povo, e disseram: Que é isto que fizemos, permitindo que Israel nos deixasse de servir? 6 E aprontou Faraó o seu carro e tomou consigo o seu povo; 7 e tomou também seiscentos carros escolhidos e todos os carros do Egito com capitães sobre todos eles. 8 Porque o SENHOR endureceu o coração de Faraó, rei do Egito, para que perseguisse os filhos de Israel; porém os filhos de Israel saíram afoitamente. 9 Perseguiram-nos os egípcios, todos os cavalos e carros de Faraó, e os seus cavalarianos, e o seu exército e os alcançaram acampados junto ao mar, perto de Pi-Hairote, defronte de Baal-Zefom.

Tento imaginar a reação do povo quando Deus os manda ficar acampados num lugar que não lhes proporcionava nenhuma defesa contra o exército inimigo. Diante do mar vermelho o povo estava indefeso. Geograficamente estavam cercados na frente pelo mar, aos lados por montanhas impossíveis de serem transpostas, e por trás pelo exército inimigo dos egípcios.

Até mesmo o Rei dos Egípcios declara no v.2, que os judeus estavam desorientados. Essa atitude do Rei ilustra a atitude de algumas pessoas quando vêem outras em situação difícil. Nessas horas, não faltam pessoas para zombar ou ridicularizar o cristão.

Mas devemos lembrar de que Deus estava ali com o seu povo. Não importa se estamos no deserto, não importa se estamos em um beco sem saída na vida. Importa é que estejamos com Deus. Alguém disse: “Se Deus resolvesse descer até o inferno, o inferno seria transformado por causa da sua gloriosa presença” Portanto, importa é que Deus esteja presente conosco.

Outro detalhe importante é que Deus diz no versículo v,4: “Serei glorificado”. Num beco sem saída, num momento difícil de nossas vidas, ou nas provações, o nome de Jesus será glorificado, Ele se revelará como Deus poderoso. Creia, não perca as esperanças, pois Deus é fiel.
3.2 O beco sem saída é o lugar onde às vezes falhamos com Deus v.10-12

“ 10 E, chegando Faraó, os filhos de Israel levantaram os olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então, os filhos de Israel clamaram ao SENHOR. 11 Disseram a Moisés: Será, por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos trataste assim, fazendo-nos sair do Egito? 12 Não é isso o que te dissemos no Egito: deixa-nos, para que sirvamos os egípcios? Pois melhor nos fora servir aos egípcios do que morrermos no deserto.” (Êxodo 14:10-12 RA)

Em situações difíceis nos evidenciamos aquilo que realmente somos e qual é a qualidade da fé que nós temos. Quando somos atingidos por alguém ou por alguma situação, temos a oportunidade de demonstrar o tipo de Cristianismo vivemos.

A Bíblia relata que o povo de Deus não teve ousadia e fé naquele momento tão difícil. Eles não usaram uma visão de fé para discernir aquela situação. O texto diz no v. 10 que “levantaram os olhos… e temeram muito”.

Muitas pessoas do povo de Deus começaram a murmurar e diziam a Moisés: “nos tiraste de lá para que morramos neste deserto” v 11. Muitos em suas lamentações começaram a desejar a vida antiga que haviam deixado para trás. Essa tem sido a estratégia do Diabo. Ele tenta provocar em nós o saudosismo do pecado, das coisas que deixamos para seguir Jesus. E nessa hora muitos falham com Deus, por não terem visão espiritual e fé que os ajude a crer na presença de Deus em momentos difíceis. No beco sem saída precisamos aprender a glorificar e crer que não seremos abandonados ou deixados para traz.

Nas horas difíceis precisamos ser como os apóstolos que não prisão adoravam a Deus em vez de reclamaram ou murmurarem Atos 16:25.
3.3 O beco sem saída é o lugar em que Deus nos ajuda v.13-14

“13 Moisés, porém, respondeu ao povo: Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do SENHOR que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. 14 O SENHOR pelejará por vós, e vós vos calareis.” (Êxodo 14:13-14 RA)

Deus permitiu que o povo fosse provado para que vislumbrassem a grande vitória que seria dada. O povo iria viajar durante 40 anos no deserto, e muitos precisavam ver um grande milagre no início daquela viagem para que pudessem renovar seus ânimos e continuar dispostos a prosseguir.

Moisés diz ao povo: “Vede o livramento que o Senhor hoje vos fará”. Talvez esta seja a palavra que você precise escutar hoje para ficar novamente animado e voltar a crê mais na providencia de Deus para tua vida. Nestas horas difíceis lembre-se que você não está sozinho.
4. Conclusão

Um famoso palestrante começou um Seminário segurando uma nota de 20 dólares. Numa sala, com 200 pessoas, ele perguntou: – Quem quer esta nota de 20 dólares?”

Mãos começaram a se erguer. Ele disse: – Eu darei esta nota a um de vocês, mas, primeiro, deixem-me fazer isto!

Então ele amassou a nota. E perguntou, outra vez: – Quem ainda quer esta nota? -As mãos continuaram erguidas.

- Bom – ele disse – e se eu fizer isto? E ele deixou a nota cair no chão e começou a pisá-la e esfregá-la. Depois pegou a nota, agora imunda e amassada, e perguntou: – E agora? Quem ainda quer esta nota? Todas as mãos permaneceram erguidas.

- Meus amigos, vocês todos devem aprender esta lição. Não importa o que eu faça com o dinheiro, vocês ainda irão querer esta cédula, porque ela não perde o valor. Ela ainda valerá 20 dólares. Essa situação também se dá conosco.

Muitas vezes, em nossas vidas estamos num Beco sem saída, somos amassados, pisoteados e ficamos sujos, por decisões que tomamos ou pelas circunstâncias que vêm em nossos caminhos. E assim, ficamos nos sentindo desvalorizados, sem importância. Porém, creiam, não importa o que aconteceu ou o que acontecerá, jamais perderemos o nosso valor ante o Universo. Quer estejamos sujos, quer estejamos limpos, quer amassados ou inteiros, nada disso altera a importância que temo para Deus. O preço de nossas vidas não é pelo que fazemos ou sabemos, mas pelo que SOMOS! Somos especiais.VOCÊ é especial para Deus. Muito especial. Jamais se esqueça disso! Deus te abençoe!

Moisés desobedece - Números 20:1-13 - Entendendo e Vivendo


Escrito por Steve Saunders   
16-Jun-2010
Nos, temos visto os fi lhos de Isra- el reclamando, murmurando e desobedecendo. A despeito do apelo de Moisés em nome do povo, apesar do apelo de Josué e Calebe ao povo concernente à terra especial, a despeito de pro- visão de Deus com segurança e alimento, e não obstante aos avisos da ira de Deus, o povo se rebelou. Mesmo na promessa de que Deus os guiaria à Terra Prometida se confi assem nele, eles fracassaram. Eles se queixaram de tudo o que estava lhes acontecendo, e de fato, queriam voltar à “boa” terra do Egito.
Os israelitas continuaram sua peregrinação pelo de- serto. Chegaram em Cades, no deserto de Zim. Este é o local onde trinta anos antes deste evento, o povo hebreu se rebela- ra, escolhendo não entrar em Canaã. Miriã, irmã de Moisés e Arão, tinha morrido. Suspeito que mesmo tendo continuado a se mover, estas pessoas teriam murmurado por todo o cami- nho. Como todos nós sabemos, o deserto é uma terra erma, embora Deus tenha providenciado comida para o povo. Mas desta vez a água está escassa. O povo tem sede. Vamos lem- brar de alguns dos eventos anteriores. Estas pessoas viram a mão de Deus trabalhar através da liderança de Moisés. Com o cajado, o poder de Deus derrotou a terra do Egito várias ve- zes. Quando o povo deixou o Egito, Deus dividiu o mar e eles atravessaram em terra seca. Eles viram a provisão de maná e codornizes vindos de lugar nenhum. Deus está no controle. Moisés orou pelo povo incansavelmente, e o Senhor ouviu as orações e poupou-lhes a vida.
A reclamação começa novamente – ou simplesmente continua. Já basta! Moisés e Arão vão diante de Deus na Tenda do Encontro e se prostram diante dele. Mais uma vez, plei- teiam com Deus em favor do povo. Deus lhes dá instruções específi cas. “Toma o bordão, ajunta o povo, tu e Arão, teu irmão, e, diante dele, falai à rocha, e dará a sua água; assim lhe tirareis água da rocha e dareis a beber à congregação e aos seus animais.” Note a instrução específi ca: “Falai à rocha...” Em sua raiva e frustração, Moisés toma a questão para si mesmo e de- clara: “Ouvi, agora, rebeldes: porventura, faremos sair água desta rocha para vós outros?” Observe o “nós”. Então Moisés fere a rocha duas vezes e a água começa a jorrar da rocha (a propósito, foi muita água, não apenas um fi lete como costu- meiramente é retratado em ilustrações).
Posso fazer uma pergunta? Você assumiu as coisas em suas próprias mãos? Já sentiu que pudesse lidar com as coisas melhor do que Deus? Já agiu precipitadamente, especialmente diante de controvérsia e frustração? Claro, as pessoas tendem à discórdia e as pessoas também têm probabilidade de recla- mar. Elas não gostam de seguir instruções e tendem a olhar para trás, para os “bons velhos tempos” e insinuam que eram tempos melhores que hoje. Elas também são incertas quanto ao futuro, no fi m o murmúrio constante vencerá os líderes. Você já viu um líder em sua igreja, talvez até um pastor, can- sando-se dos murmúrios e indo embora?
Moisés seguiu a Deus parte do caminho, obedecendo as instruções iniciais (obediência parcial é o mesmo que de- sobediência), mas quando chegou à rocha, reclamou o poder para si mesmo. Moisés não confi ou em Deus em todo o cami- nho. Não conseguiu se conter por causa de sua raiva e recla- mou a autoridade: “Vejam só. Vejam o que eu fi z por vocês.” Não importa quanto tempo seguimos a Deus, mesmo que o tenhamos seguido a vida toda, a desobediência está sempre à espreita – agindo nos bastidores.
Moisés foi um homem de Deus. Respondeu ao chama- do da sarça ardente. Encontrou-se com o Senhor nos lugares mais sagrados. Foi escolhido para receber os Mandamentos de Deus na montanha. Foi privilegiado por chegar o mais próxi- mo do Senhor que qualquer humano chegou, além de Cristo Ia consistentemente diante de Deus em oração por causa do povo. Mas, é interessante ler o resultado fi nal desta história de Moisés e a água da rocha. Este único ato de auto-indulgência resultou em sua proibição de entrar na Terra Prometida. Uma reação de raiva – uma reação de assumir o lugar de Deus – uma resposta de fracasso em confi ar em Deus. Como resulta- do, apenas Josué e Calebe tiveram essa tão valiosa oportunida- de: entrarem na Terra Prometida. Nossos pecados podem atrasar ou evitar que chegue- mos aonde Deus quer que estejamos.Nossos pecados podem fazer com que outros percam a confi ança e até tropecem dian- te de Deus. Mas nossa desobediência não impede que Deus trabalhe através de nós. Isso coloca uma imensa responsabili- dade em cada um que se declara seguidor de Deus.
Em que momento de sua vida você assumiu os louros por algo que tenha orado e pedido a Deus para conduzir? Por exemplo: você já pediu a Deus que curasse alguém e depois deu crédito aos médicos e ao hospital? “Louvado seja Deus” é uma frase somente para usar na igreja? Você já teve um dia excepcionalmente bem sucedido no trabalho e tomou toda a grandeza para si mesmo? Já teve a oportunidade de ver alguém chegar a um relacionamento pessoal com Jesus Cristo e disse, “Eu os levei a Cristo”?
É Deus quem cura. É Ele quem nos ajuda em nossas experiências diárias no trabalho, ou na escola. É Ele quem edi- fi ca, solidifi ca e mantém unida nossa família. Somos apenas servos para o cumprimento de seus propósitos.
É aqui onde o verdadeiro teste da nova natureza em Cristo começa. Ore por todos na família de Deus. Encoraje seus líderes a serem servos fi éis orando amorosamente por eles. Ore para que Cristo construa sua igreja, e depois saia do caminho, e veja o que acontece. Encontre um murmurador e mostre-lhe o abundante amor de Deus. Ensine outros sobre fé. Dê a Deus a glória por seu propósito cumprido em sua vida diária. Permita-se render-se completamente ao propósito e à vontade de Deus, assim como Jesus rendeu-se completamente à vontade de seu Pai. Busque o trabalhar do Espírito Santo em todas as suas atividades diárias. E em todas as coisas, dê a glória a Deus.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011



A arvore de natal me deixa vulneravel aos demonios? 

Você contou que recebeu um email "falando sobre arvores e enfeites de natal que são portas de entrada para demônios numa casa por ser o natal uma festa de origem pagã, e segundo esse email não devemos ter essa "porta" aberta pois através dela daremos "legalidade" ou permissão para agirem na nossa vida".


Não vá muito atrás dessas mensagens e dos pregadores que costumam coar o mosquito e engolir o camelo. Geralmente eles acabam substituindo uma superstição por outra, alguns com boas intenções, mas outros apenas para criar uma superstição e colocar medo em seus seguidores a fim de mantê-los na rédea curta.

Vivemos cercados por símbolos pagãos, mas isso não significa que ficamos vulneráveis ao diabo. Quer um exemplo? Olhe para sua carteira de identidade. O "Brasão de Armas do Brasil" traz uma grande estrela de cinco pontas, com um círculo interno contendo 27 estrelas de cinco pontas, mais as cinco estrelas que representam o Cruzeiro do Sul e mais uma estrelinha sobre fundo vermelho na base. No total são 34 estrelas de cinco pontas.

Qualquer bruxo sabe que a estrela de cinco pontas é um antigo símbolo pagão que representava a deusa romana Vênus, e também os cinco elementos: terra, fogo, água, ar e um espírito que cuidaria de tudo isso. Em rituais de magia ela também é usada para representar o diabo, pois é possível enxergá-la como a face de um bode. Se levar ao pé da letra o que o autor do email disse a você, de que um símbolo pagão em sua casa dá "legalidade" ao diabo para agir em sua vida, você jamais deveria usar uma carteira de identidade ou qualquer documento brasileiro, ou andará com o diabo no bolso.

Até mesmo o dinheiro traz a estrela de cinco pontas e se quisesse seguir à risca a separação dos símbolos pagãos você deveria livrar-se dele (Sugestão: se for jogar fora seu dinheiro, mande para mim...). Cédulas de dólar, então, são campeãs nisso, com diversos símbolos pagãos e maçons (aceito dólares também...). Se você for médica deve ter algum documento com aquela serpente entrelaçada, símbolo do deus grego Esculápio. Se for contabilista, terá algum documento com duas serpentes entrelaçadas e encabeçadas por um elmo alado, símbolo do deus romano Mercúrio.

Isso sem falar das marcas. Usa tênis Nike? A marca representa a a deusa grega alada da vitória, equivalente à deusa Vitória dos romanos (estou precisando de um Nike...). Gosta de chocolate? A palavra "cacau" vem de uma deusa maia (por favor, só mande para mim se não for ao leite...). Sua câmera é Olympus? Então você leva todo o monte dos deuses gregos com você quando sai de férias (bem que estou precisando de uma câmera nova...). Usa camisa Polo? É o nome de um deus indígena (eu uso, pode enviar se for GG). Se morar em Tupã, idem, portanto é melhor se mudar de cidade. Espero que não goste de comer Pirarucú, o deus do mal que mora no fundo das águas (vem com pirão? hmmm....!). E nem Açaí, outro nome de deusa (lá se vai o regime...).

Aquele calendário que tem na parede, então... é melhor queimá-lo! (não vá fazer isso, estou sendo sarcástico). Janeiro (Jano, deus romano), Fevereiro (Februs, deus etrusco), Março (Marte, romano), Abril (Aprus, etrusco), Maio (Maya), Junho (Juno, mulher de Júpiter), Julho (do imperador-deus romano Júlio César). Como pode ver, se quiséssemos viver sem contato com símbolos pagãos, "teríamos que sair do mundo", usando a expressão do apóstolo ao falar de como lidar com nosso convívio com pessoas incrédulas.

Quer dizer então que está tudo liberado e que posso até comer galinha e farofa de encruzilhada que não me fará mal algum? Não é bem assim. Quero apenas mostrar que alguns pregadores exageram ao encher de terror seus seguidores para manter controle sobre eles criando novas superstições. Mas faremos bem em evitar os símbolos pagãos sempre que possível, pois apesar de eles, por si só, não poderem nos fazer mal, nossa associação com eles pode escandalizar alguns irmãos mais sensíveis.

O capítulo 8 de 1 Coríntios explica bem isso. O cenário é o seguinte: os coríntios eram em sua maioria pagãos convertidos a Cristo, que continuavam vivendo em uma sociedade pagã (Corinto ficava na Grécia), cercados de parentes e amigos pagãos, templos pagãos, rituais pagãos etc.

Não é bem o que vivemos no Ocidente cristianizado, pois aqui raramente você encontra um paganismo puro como era então. Aqui os deuses e símbolos pagãos foram "cristianizados" para serem mais bem aceitos, e isso vai desde as imagens católicas até os deuses do candomblé, rebatizados com nomes de "santos" católicos. Mas se você viajar para países como Índia, Burma, Nepal, Butão etc. sentirá na pele o que é viver em um ambiente pagão.

Portanto em Corinto havia um problema: como um ex-pagão convertido a Cristo deveria agir em relação à carne que tinha sido sacrificada aos ídolos pagãos? Pense na galinha de encruzilhada ou no bode sacrificado nos rituais de macumba. Caso a carne estivesse em bom estado e fosse depois vendida no açougue ou servida em um churrasco para o qual você fosse convidado, faria mal você consumi-la sabendo sua origem? Vamos ver o que a Palavra de Deus diz:

1Co 8:4 Assim que, quanto ao comer das coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo, e que não há outro Deus, senão um só. Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele. 

Para o cristão, o ídolo (a imagem para a qual os animais foram oferecidos) não representa deus algum, pois há um só Deus. Porém atrás do ídolo existe um demônio, para o qual a carne foi apresentada em oferenda, mas esse demônio tem poder apenas sobre aqueles que consideram o ídolo alguma coisa, ou seja, os idólatras. Afinal de contas, alguém que faz suas orações a um ídolo, louva um ídolo ou adora um ídolo está acreditando que existe alguém ali para responder suas orações e corresponder à sua adoração. Esse alguém por detrás do ídolo, não importa qual o nome que a pessoa dê a ele, é um demônio.

1Co 10:19 Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus.

O verdadeiro crente em Cristo está, portanto, livre da influência do demônio que pode estar representado pelo ídolo ou pela carne sacrificada. Isto quer dizer que ele pode ter em casa símbolos ou ídolos pagãos ou comer de carnes sacrificadas a eles? Vamos continuar vendo o que nos ensina a Palavra de Deus:

1Co 8:10 Porque, se alguém te vir a ti, que tens ciência [conhecimento, que é esclarecido], sentado à mesa no templo dos ídolos, não será a consciência do que é fraco induzida a comer das coisas sacrificadas aos ídolos? E pela tua ciência [conhecimento] perecerá o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu. Ora, pecando assim contra os irmãos, e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra Cristo. Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize. 

Alguém que já tenha um bom conhecimento de que o ídolo nada é ou a carne sacrificada ao ídolo não tem influência alguma sobre si está, obviamente, imune a qualquer problema que tal ídolo ou demônio possa lhe causar. Mas se um recém convertido do paganismo, que ainda não está bem firme nas verdades do cristianismo, encontrar esse cristão comendo carne que foi sacrificada a ídolos, ele pode ficar confuso. Em sua mente ainda está muito fresca a ideia de que o ídolo é alguma coisa, que tem poder etc., e quando vê um irmão fazer isso, talvez se escandalize.

Por isso devemos evitar tudo o que venha a escandalizar um irmão. Se um cristão possui em sua cada alguma estatueta antiga representando um ídolo, mas que está ali apenas como objeto de decoração, algum irmão recém convertido que entre em sua casa pode ficar com dúvidas achando que o irmão colocou aquilo para trazer sorte ou proteção. Aí ele poderá até fazer o mesmo em sua própria casa, porém da maneira errada, ou então ficar de alguma outra maneira escandalizado com isso. Veja que isso depende muito do contexto cultural. Nenhum brasileiro ficaria chocado de encontrar na casa de um cristão um troféu, apesar de muitos deles serem estatuetas de deuses gregos ou romanos. A pessoa imediatamente identificará aquilo como um troféu, não como um ídolo.

Na carta aos Romanos Paulo tratou do mesmo assunto relacionado à comida, pois ocorriam problemas com judeus convertidos ao cristianismo. Comer presunto perto de um judeu recém convertido (os judeus não comem carne de porco) poderia escandalizá-lo e levá-lo a tropeçar. O que fazer então? Não comer de modo algum ou evitar fazê-lo na frente dele. O mesmo com o vinho na frente de um irmão que se converteu e deixou o vício da embriaguez, ou jogar cartas perto de um irmão que teve problemas com vício de jogo (já sei o que vai dizer, que o baralho também tem símbolos pagãos)... você pode imaginar aqui qualquer situação que seja. É por amor pelos irmãos que deixamos de fazer algumas coisas. O amor, e não uma lista de regras, superstições ou pavores colocados pelos líderes religiosos, é o que deve mover o cristão.

1Co_6:12; 10:23 Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma. Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam
Rom 14:14-15 Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda. Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu. 
Rom 14:19-23 Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros. Não destruas por causa da comida a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo. Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça. Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; etudo o que não é de fé é pecado. 

Mas vamos tratar agora especificamente da árvore de natal, que foi a origem de sua dúvida. O natal, como festa religiosa, foi emprestado do paganismo, portanto não se trata de uma comemoração que os cristãos devem celebrar, mesmo sob o pretexto de fazerem isso para Deus. Eu nunca tive árvore ou enfeites de natal em minha casa porque sei de suas origens pagãs e de como isso foi "cristianizado" para satisfazer os pagãos convertidos ao cristianismo.

Mas não tenho problemas com cristãos que fazem árvore de natal ou até mesmo celebram o natal de alguma maneira. Minha mãe, por exemplo, mesmo depois de convertida continuou montando a árvore de natal e promovendo um jantar para toda a família na noite de 24 de dezembro. Ela já não fazia isso como uma festa religiosa, mas apenas como uma tradição de família para reunir os filhos e netos. Muitos fazem assim e deixo a questão para a consciência de cada um. Eu mesmo já errei muito no início de minha conversão por fazer do natal um motivo de batalha que nunca levava as pessoas a buscarem a Cristo, mas só a afastá-las ainda mais dele.

Portanto, se não precisar armar uma árvore de natal por questões de família, tradição ou até de trabalho, então economize seu tempo e dinheiro nisso. Se precisar fazê-lo por um dos motivos acima e até como forma de preservar a paz na família, então peça a direção do Senhor de como deve proceder. Seja como for, como celebração religiosa, e muito menos como celebração da igreja, o natal não tem seu lugar. O problema do natal ou da árvore e enfeites utilizados não está nas coisas em si, mas no fato de serem usados como celebração cristã, o que não tem fundamento bíblico. 

Salvação: dádiva de Deus e não conquista do homem
A salvação não é um prêmio que recebemos por causa das nossas obras, mas um presente que recebemos por causa da graça. Não conquistamos a salvação pelo nosso esforço, recebemo-la pela fé. Não é resultado do que fazemos para Deus, mas do que Deus fez por nós. Falando a Nicodemos, Jesus destacou essa verdade axial no versículo mais conhecido da Bíblia: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Nesse versículo nós encontramos sete verdades preciosas acerca dessa tão grande salvação.
Em primeiro lugar, a salvação é grande pela sua procedência. “Porque Deus amou…”. O Deus Todo-poderoso, criador do universo e sustentador da vida tomou a iniciativa de nos amar, mesmo antes da fundação do mundo. Seu amor por nós é eterno, deliberado, autogerado e incondicional. Deus não nos amou por causa dos nossos méritos, mas apesar dos nossos deméritos. A causa do amor de Deus não está em nós, mas nele mesmo.
Em segundo lugar, a salvação é grande pela sua amplitude. “Porque Deus amou ao mundo…”. Deus amou as pessoas de todos os tempos, de todas as raças, de todos os lugares, de todas as classes e de todos os credos. Amou não aqueles que o amavam, mas amou-nos quando éramos fracos, ímpios, pecadores e inimigos. Amou-nos não porque correspondíamos ao seu amor, mas amou-nos apesar de nossa rebeldia.
Em terceiro lugar, a salvação é grande pela sua intensidade. “Deus amou ao mundo de tal maneira…”. Essa expressão de “tal maneira” aponta para o amor singular, incomparável e superlativo de Deus. Seu amor não foi apenas falado, mas demonstrado. Demonstrado não com cenas arrebatadoras, mas com o sacrifício supremo. O amor de Deus não foi esculpido com letras de fogo nas nuvens, mas demonstrado na cruz.
Em quarto lugar, a salvação é grande pela sua dádiva. “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito…”. Deus não deu ouro e prata nem mesmo um anjo para a nossa redenção. Deus deu tudo, deu a si mesmo, deu o seu único Filho. Deu-o para que ele se esvaziasse e vestisse pele humana. Deu-o para que seu Filho fosse rejeitado e desprezado entre os homens. Deu-o para que seu Filho suportasse o escárnio das cusparadas e suportasse a maldição da cruz. Deu-o como sacrifício para o nosso pecado.
Em quinto lugar, a salvação é grande pela sua oportunidade. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê…”. A salvação não é recebida como fruto do merecimento, mas como resultado da graça mediante a fé. A salvação não é dada àqueles que se julgam santos nem àqueles que praticam boas obras com o propósito de alcançarem o favor de Deus. A salvação é oferecida gratuitamente àqueles que crêem em Cristo. Não é crer em anjos nem em santos, mas crer em Jesus, o Filho de Deus. Jesus é o caminho para Deus, a porta do céu, o único mediador que pode nos conduzir ao Pai.
Em sexto lugar, a salvação é grande pela sua libertação. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça…”. A salvação é o livramento da ira vindoura, é a soltura das cadeias da morte, é a alforria dos grilhões do inferno. Aqueles que permanecem incrédulos perecerão eternamente. Aqueles que se mantêm rebeldes contra o Filho jamais verão a vida nem desfrutarão do paraíso de Deus. Aqueles que não beberem da Água da Vida, terão que suportar o fogo que nunca se apaga.
Em sétimo lugar, a salvação é grande pela sua oferta. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”. Deus não apenas livra da condenação os que crêem, mas também oferece a eles vida eterna. A vida eterna é uma perfeita e íntima comunhão com Deus pelo desdobrar da eternidade. A vida eterna será como uma festa que nunca mais vai acabar, no melhor lugar, com as melhores companhias, com a melhor música, com as melhores iguarias, trajando vestes alvas. Enquanto a eternidade durar, desfrutaremos dessa gloriosa vida. Bendito seja Deus por tão grande salvação!

Rev. Hernandes Dias Lopes

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O que fazer com o ciúmes doentio?

A Palavra de Deus deixa muito claro que o ciúme é pecado. Não falo aqui do santo ciúme que Deus tem pelos que são Seus, mas do ciúme da carne, que é uma mescla de zelo e inveja pelo risco de se perder (ou deixar de se obter) algo ou alguém. 


O ciúme é tão sério que Números 5:11-31 descreve em detalhes uma espécie de "detector de mentiras", que era uma oferenda que servia para detectar se o marido ciumento teria ou não razão em suspeitar da fidelidade da esposa. 

Núm 5:14-16 E [se] o espírito de ciúmes vier sobre ele, e de sua mulher tiver ciúmes, por ela se haver contaminado, ou sobre ele vier o espírito de ciúmes, e de sua mulher tiver ciúmes, não se havendo ela contaminado, Então aquele homem trará a sua mulher perante o sacerdote, e juntamente trará a sua oferta por ela; uma décima de efa de farinha de cevada, sobre a qual não deitará azeite, nem sobre ela porá incenso, porquanto é oferta de alimentos por ciúmes, oferta memorativa, que traz a iniqüidade em memória. E o sacerdote a fará chegar, e a porá perante a face do SENHOR. (Leia do versículo 11 ao 31 para entender melhor). 

A gravidade e perversidade do ciúme é demonstrada também em Provérbios 27:4, onde o ciúme é considerado pior que o furor e a ira: 

"Cruel é o furor e impetuosa a ira, mas quem poderá resistir ao ciúme?" (versão CNBB). (As diversas versões Almeida, inclusive a NVI, trazem "inveja" em lugar de "ciúme", e parece que os tradutores preferiram colocar "ciúme" nas passagens em que consideravam o sentimento positivo, e "inveja" para a conotação negativa do sentimento). 

Foi por ciúme (ou inveja) que Caim matou seu irmão Abel. Por ciúme os irmãos de José, o predileto de seu pai Jacó, o venderam como escravo, e o mesmo sentimento levou os judeus a condenarem Jesus à morte. 

At 7:9 Os patriarcas, movidos por ciúme, venderam José aos egípcios. Mas Deus estava com ele. (CNBB) 

Às vezes Deus mesmo gera ciúme como forma de juízo ou castigo, como Ele fez com seu povo Israel por terem rejeitado o Messias. Muita gente fala do ódio que os gentios nutrem pelos judeus e das perseguições que ao longo da história foram promovidas contra aquele povo, mas pouca gente se dá conta de que Deus colocou no coração dos judeus um sentimento de ciúme em relação aos cristãos. Você percebe esse sentimento quando fala do evangelho a algum Judeu. 

Rom 10:19 Mas digo: Porventura Israel não o soube? Primeiramente diz Moisés: Eu vos porei em ciúmes com aqueles que não são povo, Com gente insensata vos provocarei à ira. 

O ciúme tem seu lado interno, que é o sentimento de desapontamento por não conseguir ter ou ser o que outro é, portanto é um sentimento de auto-glorificação. Esperamos que as pessoas vejam em nós o que gostaríamos de ser, e quando elas veem isso em outro e nos deixam, sentimos ciúme. Neste sentido o ciúme não é excesso de amor por outra pessoa, mas por si mesmo. Não passa de puro egoísmo. A falta de humildade gera isso. Como era o sentimento do Senhor, o Homem perfeito? 

Fp 2:5-8 Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. 

Aquele que era tudo transformou-se em nada e não teve qualquer sentimento de inferioridade associado a isso, ou de ciúme por ter sido preterido pelo seu povo. Ele teve sim foi pena e compaixão das pessoas por ver que elas o abandonaram, mas não por sentir-se diminuído por elas, mas por saber das consequências trágicas que isso traria a elas. 

O Senhor nunca pensou em si mesmo e nem mesmo fez milagres em seu próprio benefício. Ele não transformou as pedras em pães quando estava com fome e nem fez água fluir do poço de Samaria quando teve sede. Tampouco desistiu de fazer a vontade do Pai em sua hora de angústia no Getsemani e nem invocou as mais de doze legiões de anjos que poderiam tirá-lo da cruz. 

Quando ponderamos nisso vemos quão mesquinho e interesseiro é o ciúme. Certamente é um sentimento da carne, do velho homem, mas jamais da nova vida que possui aquele que creu em Jesus como seu Salvador. É um pecado e deve ser tratado como tal. 

O ciúme também me faz achar que sou eu quem decide o que é melhor para mim e, tal qual uma criança mimada, me revolto quando não sou atendido em meus caprichos de ter total domínio sobre algo ou alguém. O ciúme é um endeusamento do ego. 

Rom1:22-23 Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível [o que inclui endeusar o próprio eu] 

Pessoas ciumentas estão sempre preocupadas consigo mesmas, com seu próprio bem estar e a satisfação de seus próprios desejos, e não exatamente com o bem estar da pessoa amada. Basta ver quantos acessos de ciúme terminam em ferimento e morte da pessoa objeto do ciúme. Será que é isso que Deus deseja para o cristão? 

1Pe_4:2 Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus. 

Joã_6:38 Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade [a qual, diga-se de passagem, era perfeita], mas a vontade daquele que me enviou. 

O ciúme traz dano sempre: à terceira pessoa que o provoca, àquela que sente ciúme e à pessoa que é objeto do ciúme. Suas consequências são tão desastrosas que existe até um termo jurídico para elas: "crime passional". 

Prv 6:27-35 Porventura tomará alguém fogo no seu seio, sem que suas vestes se queimem? Ou andará alguém sobre brasas, sem que se queimem os seus pés? Assim ficará o que entrar à mulher do seu próximo; não será inocente todo aquele que a tocar.... Porque os ciúmes enfurecerão o marido; de maneira nenhuma perdoará no dia da vingança. Não aceitará nenhum resgate, nem se conformará por mais que aumentes os presentes. 

Acredito que já ficou muito claro que ter ciúme é como viver com uma granada amarrada ao peito: cedo ou tarde ela irá explodir e destruir o ciumento e os que estiverem à sua volta, incluindo a pessoa objeto do ciúme. 

Então como evitá-lo? Querer ensinar técnicas para evitar um sentimento tão forte seria o mesmo que tentar ensinar alguém a evitar se apaixonar. Uma vez que o ciúme se instale no coração, dificilmente sairá dali, pois é um sentimento acalentado por quem o possui como se fosse um tesouro bem guardado. 

E aí está outro problema: acalentar o sentimento ou vangloriar-se de ser ciumento como se isso fosse alguma vantagem. Geralmente costumamos considerar a inveja perniciosa, mas damos um desconto ao ciúme por ele estar associado ao romantismo. Porém, quando a Palavra de Deus fala do amor genuíno do cristão, ela exclui o ciúme (que em muitas versões foi aqui traduzido como "inveja"): 

1Co 13:4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso [ciumento]; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. 

Portanto o ciúme é um sentimento carnal, da paixão, que deve ser repudiado por aquele que é nascido de novo, que é nova criação. 

1Co 3:3 Ainda agora não podeis, porque ainda sois carnais. Porquanto havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem? (Versão Brasileira) 

Não existe cura para o ciúme, a não ser que ela venha de Deus, mas para isso é preciso que se deseja ser curado e principalmente estar disposto a abrir mão, fazer concessões. O Senhor Jesus mostrou que não podia curar os judeus porque deliberadamente endureceram seus corações, taparam olhos e ouvidos, por desejarem fazer a própria vontade. 

Mat 13:15 Porque o coração deste povo está endurecido, E ouviram de mau grado com seus ouvidos, E fecharam seus olhos; Para que não vejam com os olhos, E ouçam com os ouvidos, E compreendam com o coração, E se convertam, E eu os cure. 

Mesmo um cristão que dê licença à carne, em um sentimento de indulgência para consigo mesmo, não será curado disso para produzir o fruto do Espírito que é "amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança" Gl 5:22. O remédio para qualquer desvio de comportamento é andar no Espírito, não na carne; é ocupar-se com Cristo, não consigo mesmo; é procurar fazer a vontade do Pai, não seus próprios desejos e caprichos. 

O ciúme é também incredulidade. Se eu confio que Deus cuida de mim e me dá ou conserva aquilo de que eu preciso, então não existe razão para eu me preocupar com o risco de não ter ou de perder algo ou alguém. A vontade de Deus, e não a minha própria, será soberana e sempre a melhor para mim. 

Todas as coisas que escrevi estão mais relacionadas ao ciumento ou à pessoa que é objeto de seu ciúme, porém acredito que existe um aspecto que é o mais sério relacionado ao ciúme: a idolatria. Aí estamos falando do efeito que o ciúme tem sobre Deus, e então a coisa fica ainda mais séria. 

A pessoa ciumenta tem a outra, objeto de seu ciúme, em tão alta estima que acredita ser impossível viver sem ela. Então apenas o pensamento de que alguém possa tomá-la ou de ser traído a leva a ações desesperada. A história está repleta de casos de pessoas que matam por causa do "deus" que adoram e tanto as infames Cruzadas como o "11 de Setembro" estão aí para comprovar. 

Quando o assunto é idolatria -- substituir o Deus verdadeiro por qualquer ídolo ou até por nossa concepção de Deus -- aí sim Deus é um Deus ciumento, pois não deseja ser substituído por qualquer coisa ou pessoa. Ele é o único que pode fazer isso, pois nos criou para adorá-lo e não irá admitir que sejamos desviados para outro propósito, até mesmo por nos amar e saber que qualquer outro propósito para nossa vida seria vazio, inútil e desastroso. A resposta dos discípulos ilustra bem isso: 

Joã 6:66-69 Desde então, muitos dos seus discípulos tornaram para trás e já não andavam com ele. Então, disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos? Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna, e nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de Deus. 

Se algo ou alguém além de Deus for a razão de você viver, então você é idólatra. 

Êxo 20:3-6 Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos. 

Todos estamos cientes do significado do versículo 3, mas nem sempre dos versículos seguines. Que não devemos ter outros deuses além do Deus verdadeiro está muito claro, mas não é tão clara a questão das imagens. Ficamos tão acostumados a associar os versículo 4 ao 6 às imagens de esculturas de ídolos ou pessoas usadas por algumas religiões, que nos esquecemos de que a palavra "imagem" inclui qualquer representação de valor. 

Uma cédula de cem reais não passa de um pedaço de papel impresso e você jamais daria cem reais por algum outro pedaço de papel impresso com as mesmas cores e medidas. A questão é que o valor atribuído à cédula está no que ela representa, ou seja, a garantia em ouro no Tesouro Nacional ou em valor de compra. A cédula de cem reais é uma imagem por causa do valor intrínseco que lhe é atribuído. Para a maioria das pessoas ela não é um ídolo pois seu valor não é infinito, mas está claramente limitado pelo número ali impresso. Trata-se de valor relativo. 

Uma namorada, namorado, esposo, esposa, filho ou filha também podem se transformar em imagens ou ídolos, quando atribuímos a essas pessoas um valor absoluto que jamais deveria competir com o valor que deve ser atribuído unicamente ao Senhor. Podemos viver sem dinheiro, sem um cônjuge ou sem os filhos, mas não podemos viver sem Deus. Quando alguém perde a cabeça por ciúme (confundido como amor), agindo de forma violenta ou contrária ao amor cristão, é porque a pessoa amada já conquistou uma parcela de seu coração que só deveria pertencer ao Senhor. 

Mat_10:37 Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. 

Como você pode ver, a coisa é muito mais séria do que se pode imaginar. Ciúme é pecado, e pecado grave, tão grave quanto idolatria. E, a considerar os vários exemplos que temos na Bíblia e na sociedade, o ciúme pode acabar em tragédia. 

Assim que li seu email, no qual você descreve o ciúme doentio que sente por sua bela namorada, algumas coisas me vieram à mente. A primeira tem a ver com estas passagens: 

Mat 5:28-30 Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado no inferno. 

Aqui o Senhor vinha falando do perigo do adultério, que começa com um simples olhar que irá despertar desejos pecaminosos e fatalmente levará ao pecado. A mera contemplação de algo pode despertar o desejo que pode levar a atos pecaminosos. Então o mal que há em nós precisa ser cortado pela raiz. O simples gesto de olhar ou tocar podem desencadear o processo, daí o Senhor falar figuradamente em arrancar olhos e membros. 

Prv 23:29-35 Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem as pelejas? Para quem as queixas? Para quem as feridas sem causa? E para quem os olhos vermelhos? Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando vinho misturado. Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. No fim, picará como a cobra, e como o basilisco morderá. Os teus olhos olharão para as mulheres estranhas, e o teu coração falará perversidades. E serás como o que se deita no meio do mar, e como o que jaz no topo do mastro. E dirás: Espancaram-me e não me doeu; bateram-me e nem senti; quando despertarei? aí então beberei outra vez. 

Aqui a Bíblia fala do vinho, quando este passa a ser um atrativo maior do que deveria. No primeiro caso o Senhor falava da resposta interna a um estímulo externo, e agora ele fala da própria coisa que gera esse estímulo e uma resposta ou concupiscência interna. O cristão que detecta esse risco e possibilidade, deve evitar aquilo que possa ser uma ponte para pecar, e não são apenas coisas ilícitas, mas também as lícitas que devem ser levadas em conta. 

1Co_6:12; 10:23 Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma... todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam. 

Alguém que tem propensão a beber jamais deverá trabalhar em uma loja de bebidas; alguém com propensão a comer deve evitar ter guloseimas em casa; quem deixou de fumar deve evitar ambientes com fumantes; quem tem problemas com pornografia deve guardar seu olhar de fotos, sites e programas que o induzam a pecar. 

Enfim, pessoas com problemas com os efeitos nocivos de qualquer coisa ou atividade deve evitar a causa. Como respondeu aquele médico da anedota ao paciente que reclamou que doía quando ele apertava um determinado lugar do corpo. "Então não aperte", respondeu o doutor. 

Um enfermo ou viciado deve sempre vigiar contra o que pode levá-lo a cair em seu hábito, ou às vezes precisa até ser vigiado. Em casos extremos a pessoa não pode nem sequer ficar só, precisando da companhia de alguém o tempo todo para evitar ser vencida por seu hábito. Já ouvi o caso de uma mãe que trancou seu filho alcoólatra em casa e ele bebeu todos os perfumes e desodorantes que encontrou. 

Mas o que fazer quando o ciúme é pela namorada, como é o seu caso? Eu diria que seu caso é mais simples de resolver agora do que depois que se casar. Primeiro, porque ainda não existe um vínculo matrimonial que não deverá ser rompido depois. Cristãos também trazem temperamentos diferentes, e algumas dessas diferenças foram pelo pecado transformadas em verdadeiras aberrações. 

Veja Pedro, por exemplo. Seu temperamento era de uma pessoa pronta para toda obra, o que é bom, mas esse temperamento distorcido pelo pecado na carne fazia de suas atitudes um problema, como quando arrancou a orelha de um dos que foram prender Jesus. Mas sua prontidão dirigida pelo Espírito pode ser vista também em seu ministério. O temperamento dócil do apóstolo João, normalmente visto como antagônico e positivo quando comparado ao impulsivo Pedro, não era menos maléfico quando controlado pela carne. Pessoas assim costumam ser depressivas. 

Quando um cristão se vê incapaz de controlar um temperamento ele pode até ser levado a tomar medicamentos, receber tratamento ou nos casos mais graves precisa ser mantido isolado, como ocorre em alguns casos mais graves de doenças mentais. A doença mental é um dos efeitos que o pecado teve no corpo humano. O cristão que sofre de uma doença mental pode ser obrigado a se abster de certas coisas, assim como o cristão que sofre do coração irá se abster de certos alimentos e esforços. Cada um deve ter bem claro em sua mente se deve ou não afastar-se das pessoas que ama quando percebe que seu temperamento virou doença e está além de sua capacidade de controle. 

Você repetiu duas vezes a palavra "neurose" em seu email, o que pode significar que seu caso realmente está tomando um rumo doentio com consequências imprevisíveis. Pessoas que sofrem de alguma neurose às vezes são obrigadas a se afastar por um tempo daquilo que as leva a perder a cabeça, para o bem de si mesmas e dos outros ao redor. 

Um outro aspecto que me veio à mente relacionado ao que você contou, é que esse ciúme doentio que agora sente por sua namorada enquanto ela é jovem e bonita, pode dar lugar ao tédio e desinteresse quando ela estiver velha e feia, e você descobrir que o que amava mesmo era o que sua namorada tinha enquanto era bela, e não o que ela era como pessoa. 

Conheço casos assim, de homens que foram extremamente ciumentos quando namoravam, e poucos anos depois de casados perderam completamente o interesse pela esposa e foram atrás de amantes mais jovens. Nunca existiu amor, apenas um sentimento de propriedade, como o que temos pelo carro. Quando é novo cuidamos bem, quando está velho e quebrado, descartamos e compramos outro. Caberá a você detectar se é isto o que está ocorrendo com você agora quando o carro é novo. 

Finalmente, como você descreveu que sua namorada já conhece seu ciúme e procura fazer tudo para deixar você contente, evitando as coisas que você diz a ela para evitar, poderá chegar um momento (e parece que você está detectando isso) quando ela não mais evitará, mas apenas irá mascarar as coisas para evitar que você veja e fique magoado. 

Isso naturalmente acontecerá sem que ela mesma perceba, pois acabará se tornando um hábito. Então ela involuntariamente passará a omitir de você informações, ou até mesmo a mentir e usar de outros subterfúgios que evitem despertar o ciúme. Do ponto de vista da pessoa que ama, ela acreditará estar fazendo isso por amor e até para o seu bem, mas isso é pecado de qualquer maneira.