Por Renato Vargens
As
estatísticas são sombrias. Alguns chegam a afirmar que em média, 60%
dos jovens evangélicos que adentram a universidade se afastam da
comunhão dos santos e da igreja. Ora, seria simplista da minha parte
afirmar de modo absoluto os reais motivos para a apostasia de nossos
jovens, todavia, acredito que algumas razões são preponderantes para o
esfriamento da fé da juventude cristã:
1-
Nossos jovens não estão sendo preparados pela igreja para enfrentar as
demandas sociais, comportamentais e filosóficas na universidade. Na
verdade, afirmo sem a menor sombra de dúvidas de que a igreja não está
oferencendo a sua juventude ferramentas necessárias para a desconstrução
de valores absolutamente anticristãos. Por exemplo, as universidades
públicas estão repletas de conceitos marxistas. Volta e meia eu recebo a
informação de professores que em sala de aula zombam de Cristo,
ridicularizando publicamente todos aqueles que se dizem cristãos.
2-
Nossos jovens não estão sendo preparados pelos pais com vistas ao
enfrentamento cultural. Vivemos numa sociedade multifacetada, cujo os
valores relacionados a sexo, família, trabalho, sucesso e moral foram
relativizados. Nesta perspectiva não são poucos aqueles que ao longo dos
anos tem sucumbido diante da avalanche de conceitos extremamente
antagônicos aos pressupostos bíblicos-cristãos.
3-
Nossos jovens não tem sido preparados pela igreja para responder as
perguntas de uma sociedade sem Deus como também oferecer respostas
àqueles que lhes questionam a razão da sua fé. Nesta perspectiva os
conceitos "simplistas" de alguns dos nossos rapazes e moças tem sido
facilmente descontruídos num ambiente onde o cetiscismo e a
incredulidade se fazem presentes.
4-
Nossos jovens tem sido influenciados negativamente pelo secularismo,
hedonismo e satisfação pessoal. Sem sombra de dúvidas acredito que o
secularismo é um grave problema em nossos dias. A Europa por exemplo
transformou-se num continente secularista onde o que mais importa é o
bem estar comum e a ausência de Deus. Nesta perspectiva vive-se para o
prazer, nega-se uma fé transcendente quebrando todo e qualquer paradigma
que nos faça lembrar de Cristo ou da igreja.
Diante deste funesto quadro surge a pergunta: O que fazer então?
1-
A Igreja precisa fortalecer a família oferecendo aos casais
ferramentas para a edificação de lares sólidos cujo fundamento é
infalível Palavra de Deus.
2-
A Igreja precisa preparar os seus jovens para responder as perguntas da
sociedade. Nessa perspectiva, deve-se investir numa formação
apologética, cujo foco deve ser oferecer a juventude "armas" espirituais
capazes de anular sofismas.
3-
A Igreja precisa investir em universitários promovendo grupos de
comunhão, debates, além de discussões teológicas, sociológicas e
filosóficas, oferecendo a estes condições de responder aos seus
inquiridores o porque da sua fé.
4-
A Igreja precisa estudar teologia com os universitários. Questões
relacionadas ao pecado, juízo eterno, salvação, morte e sofrimento além
de tantos outros conceitos relacionados aos nossos dias precisam ser
explicados e entendidos pelos nossos jovens.
5-
A Igreja precisa preparar os seus jovens para se relacionarem com a
cultura. O problema é que em virtude do maniqueísmo que nos é peculiar
satanizamos o mundo bem como todas as suas vertentes culturais. Por
outro lado, existem aqueles que em nome da contextualização
"mundanizaram" a Igreja, levando o povo de Deus a um estilo de vida
ineficaz cujos frutos não tem sido muito bons.
6-
A Igreja precisa fomentar em seus jovens o desejo de conhecer a Deus e
se relacionar com Ele. Jovens que se relacionam com Deus através da
oração e das Escrituras Sagradas tornam-se mais fortes diante dos
embates desta vida.
Que
Deus nos ajude diante hercúlea missão e que pela graça do Senhor nossa
juventude possa ser bênção da parte do Senhor na universidade.
Soli Deo Gloria,
Renato Vargens
Fonte: Blog do autor
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