quarta-feira, 19 de outubro de 2011
domingo, 9 de outubro de 2011
As manifestacões espirituais nas igrejas são reais?
Sua dúvida não é no sentido de manifestações ou profecias que falam de eventos futuros que virão sobre o mundo, ou de revelações doutrinárias que muitos alegam ter como se falassem da parte de Deus. Sua pergunta é mais específica para os casos de manifestações, revelações ou profecias testemunhadas em algumas denominações conhecidas como pentecostais.
Você deu o exemplo de casos que testemunhou, de pessoas capazes de falar detalhes secretos da vida de alguém (os quais obviamente deixam de ser secretos ao serem revelados publicamente), de previsões de perda de emprego, doença ou morte de determinadas pessoas, presentes ou não nas reuniões onde isso acontece.
Primeiro é preciso entender que esse tipo de coisa não é exclusividade da esfera da profissão cristã. Manifestações assim sempre existiram em todas as crenças. Você as encontra entre monges tibetanos, índios americanos, nativos africanos, povos das ilhas do Pacífico etc. Não é preciso investigar muito para ver que todos esses estão sendo enganados por demônios, pois não são pessoas que professam a fé cristã e seus cultos são cheios de figuras horrendas representando tais seres espirituais.
Mas o que dizer de manifestações assim que ocorrem com pessoas que professam ser cristãs e em ambientes cristãos? Primeiro é preciso observar se não estamos diante de casos clássicos de manipulação, como o do pastor denunciado em vídeos no YouTube, que "revelava" informações que ele colhia no Orkut dos membros de sua igreja (veja aqui), ou os truques psicológicos e de indução, que às vezes são demonstrados em programas de TV (veja aqui), ou ainda de pura coincidência pela repetição, deliberada ou não, de uma mesma informação.
Para este último caso dou o exemplo de um dos milhares de golpes que os estelionatários aplicam. Um sujeito dizia ser capaz de adivinhar o resultado das corridas de cavalos em um páreo, com, digamos, 10 cavalos. Ele pegava uma lista de mil apostadores, dividia em grupos de cem e enviava mil cartas, dizendo para cem delas que ia dar o cavalo A, para outras cem o cavalo B, para outras cem o cavalo C etc. Obviamente um grupo de cem pessoas concluía que o sujeito sabia mesmo do resultado.
Então ele pegava os endereços das cem que que receberam o palpite correto e dividia em grupos de dez, fazendo o mesmo: cavalo A para um grupo, cavalo B para outro etc. Agora ele tinha dez pessoas acreditando que ele acertou duas vezes. Ele fazia o mesmo enviando agora dez cartas individuais e uma pessoa acabava plenamente convicta da capacidade de adivinhação do sujeito, pois testemunhou três vezes que ele acertou. Nesse momento o estelionatário entrava em contato com a vítima propondo uma aposta milionária conjunta: ele entrava com o palpite para o Grande Prêmio e a vítima com o dinheiro, que acabava entregando na confiança.
Todos os dias em milhares de "igrejas" em todo o país alguém avisa que uma pessoa ali irá morrer. Considerando que somos mortais, a probabilidade de isso ocorrer em algumas dessas "igrejas" é grande. Basta um acerto por pura coincidência e o resto do trabalho de divulgação fica por conta do boca-a-boca do povo crédulo e dependente de "ver para crer". Troque o "morrer" por "encontrar emprego", "ser demitido", "fechar um ótimo negócio", "ser curado de uma doença mortal", "sofrer um acidente"... e você tem uma gama enorme de possibilidades para depois serem exploradas pelos pregadores desses locais para atrair mais público com base nos famosos "testemunhos".
Mas e os muitos casos de revelações que não se concretizam? Bem, para isso tenho outra história de estelionatário que demonstra que não somos tão exigentes em investigar a fundo aquilo que sai barato para nós, como é o caso de alguma "profetada" não cumprida. O sujeito tinha um cavalo que morreu. Todo mundo sabia que ele tinha um cavalo, mas ninguém sabia que tinha morrido. Então ele rifou o cavalo, cobrando, digamos, um real por bilhete. Logo seus duzentos amigos compraram todos os números e um foi premiado. Você quer saber se o ganhador não reclamou por não receber o cavalo? Reclamou e o rapaz simplesmente devolveu o dinheiro para o único que reclamou.
Mas e os casos que realmente mostram ter uma origem espiritual? Obviamente Deus tem o poder de revelar certas coisas a certas pessoas quando ele tem um propósito para isso, do mesmo modo como ele também permite que pessoas sejam enganadas (e na Bíblia vemos que até enviou espíritos maus com esta missão), quando também quer ensinar algo. Por isso é preciso sempre perguntar não só se aquilo vem de Deus, mas se não é um engano enviado por meu coração ter se afastado dele.
Apesar de em algumas "igrejas" uma pergunta assim ser rechaçada como "pecado contra o Espírito" ou "incredulidade" por aqueles que se consideram "mais espirituais", julgar os espíritos para ver se procedem de Deus é uma ordem dada pelo próprio Espírito Santo de Deus:
1Jo_4:1 Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.
É incrível o número de cristãos que parece ler a Bíblia às carreiras e não percebe que estamos mergulhados em um mundo espiritual que inclui anjos caídos e demônios, também chamados de espíritos malignos. Trata-se de um inumerável exército de estelionatários tentando enganar os seres humanos com mentiras. O próprio Senhor advertiu contra a existência dos ministros e falsos profetas a serviço de Satanás no meio do povo de Deus, fazendo-se passar por ministros de Deus:
Mat 7:15-23 Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores... Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.
Ele não está falando ali de monges tibetanos, índios americanos, nativos africanos ou povos idólatras de ilhas remotas. Ele está falando de pessoas que chamam a Jesus de Senhor. Basta ligar a TV a qualquer hora do dia ou da noite para encontrar pessoas assim. Enquanto alguns são meros cobiçosos de riquezas, há aqueles que efetivamente estão a serviço direto das trevas, incorporados por demônios e com poderes de adivinhar, não necessariamente o futuro, mas fatos sobre as pessoas. Mas como eles podem estar fazendo isso e ao mesmo tempo promovendo o evangelho? Podem, e a jovem que perseguia Paulo é um exemplo disso, pois ela também parecia estar promovendo o evangelho:
Ats 16:16-18 E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo. E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu.
O cuidado de um cristão sincero deve ser redobrado quando entendemos que a Palavra de Deus avisa que essas manifestações demoníacas dentro da esfera da cristandade aumentariam muito nos últimos tempos. É o que o apóstolo Paulo adverte em suas epístolas:
1Tm_4:1 Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios;
2Tm_4:3-4 Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.
Diferentes versões trazem, além de "fábulas", as palavras "mitos" ou "lendas". Se você entrar numa livraria e pedir livros de fábulas, mitos e lendas, sairá de lá com uma sacola cheia de histórias de fadas, duendes, lobisomens, vampiros, zumbis, fantasmas etc. Ou seja, personagens de uma outra esfera, de um submundo povoado por criaturas que, nas histórias, podem tanto ser benignas como malignas. O diabo está fazendo um trabalho bem feito neste sentido, pois hoje qualquer adolescente adoraria namorar um vampiro.
O problema é que, no mundo real da espiritualidade... "o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz... [e] os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça" 2 Co 11:14-15. No versículo anterior a este Paulo se referia àqueles que dizem ser apóstolos, porém não passam de uma fraude.
Se você der uma festa e não colocar seguranças na porta, deixando o acesso livre para quem quiser chegar, logo terá em sua casa não só seus convidados, mas toda espécie de pessoas, principalmente aqueles que irão querer tirar proveito da "boca livre". Ou seja, o submundo é rápido em farejar oportunidades assim.
Se um grupo de pessoas começa a flertar com o mundo espiritual e passa a se encantar e a maravilhar-se com manifestações espirituais sem qualquer discernimento ou juízo, está escancarando as portas para que miríades de demônios venham satisfazê-las com revelações surpreendentes e profecias mirabolantes. O desvio da verdade sempre deixa a casa limpa e arrumada para as hostes demoníacas participarem da festa. Embora os demônios não sejam capazes de prever o futuro, eles podem adivinhar o futuro com base na experiência.
Todos os dias vemos na TV o homem ou a mulher do tempo adivinhando o clima de amanhã com base na experiência dos meteorologistas. Também lemos os comentaristas financeiros fazendo previsões das ações que sobem ou descem. Se meros seres humanos, com uma bagagem de dez ou vinte anos na observação do clima ou do mercado financeiro, são capazes de acertar muitas de suas previsões, o que dizer de seres que estão por aí há milhares de anos adquirindo experiência na observação do comportamento humano, da política, das finanças, do clima, e até da saúde das pessoas? Você acha que poderia ser enganado por eles? Certamente.
Além dos anjos que se rebelaram contra Deus seguindo Lúcifer, e que têm a capacidade de assumir a forma humana, existem também os demônios ou espíritos malignos. Provavelmente são os espíritos desencarnados daqueles que nasceram do cruzamento de anjos com humanos descrito em Gn 6 e 2 Pd 2:4, ou talvez de alguma criação anterior àquela descrita a partir do versículo 2 do capítulo 1 de Gênesis, quiçá contemporâneos dos dinossauros. Seja qual for sua origem, sua existência é real e, apesar de sua incapacidade de assumir a forma humana, eles são capazes de influenciar e possuir os corpos de homens e animais para cumprirem seus propósitos de engano. Veja uma lista deles:
Espíritos surdos-mudos (Mc 9:17), espíritos maus (Lc 7:21, espíritos de adivinhação (1 Sm 28:7, At 16:16), espíritos mentirosos (2 Cr 18:21), espíritos perversos (Is 19:14), espíritos enganadores (1 Tm 4:1), espíritos imundos (Lc 4:33), espírito do anticristo (1 Jo 4:3), espíritos escravizadores (Rm 8:15), espíritos destruidores (1 Co 10:10), espíritos de erro (1 Jo 4:6), espíritos de enfermidade (Lc 13:11), espíritos de luxúria (Os 4:12).
É importante notar que mesmo os espíritos imundos estão sujeitos a Deus e, assim como ocorre com Satanás, só podem agir dentro de certos limites, como foi o caso de Satanás com Jó. Esses espíritos reconhecem a autoridade de Jesus e se submetem a ele (Mc 1:27, Lc 4:36), tremendo diante dele (Tg 2:19). Deus pode usá-los para cumprir seus propósitos, como vemos em Sl 78:49 e Jz 9:23.
Mas agora vem a parte que concerne os cristãos, que devem vigiar para que as portas de sua festa não estejam escancaradas, como no exemplo que dei. Quando um grupo de pessoas fica extasiada em busca de milagres e maravilhas, e não na busca do Senhor e sua Palavra, elas se tornam vulneráveis a toda espécie de erro e manipulação da parte desses espíritos, mesmo que muitas delas sejam realmente convertidas. Isso quando já não estão sendo manipuladas por "pastores" ávidos por dinheiro e prontos a promover todo tipo de entretenimento espiritual na forma de manifestações milagrosas.
Embora o trigo, que são os verdadeiros crentes, não possam ser possuídos por demônios, o joio que convive em seu meio e às vezes até dirige congregações pode ser um instrumento do diabo. Apartar-se da verdade abre as portas para o erro, como aconteceu com Saul em 1 Sm 16:14:
1Sm 16:13-15 ...desde aquele dia em diante o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi... E o Espírito do SENHOR se retirou de Saul, e atormentava-o um espírito mau da parte do SENHOR. Então os criados de Saul lhe disseram: Eis que agora o espírito mau da parte de Deus te atormenta;
Observe que no Antigo Testamento os crentes não tinham ainda o Espírito Santo habitando em si, mas apenas sobre si, influenciando-os e guiando-os. É neste sentido que o Espírito do Senhor se retirou de Saul, já que aqueles na atual dispensação que são habitados pelo Espírito Santo não podem perdê-lo.
Mesmo assim, quando somos advertidos em Efs 4:27 "Não deis lugar ao diabo" isso é porque Deus sabe que se começarmos a flertar com o mundo espiritual, interessados em manifestações, adivinhações, profecias e sinais mirabolantes, logo o diabo vai perceber nossa porta aberta e enviará um bando de demônios penetras para nossa festa. E eles certamente serão capazes de promover uma festa de arromba, com muito entretenimento espiritual para nos manter presos ao engano.
Concluindo, deixarei para você discernir se os casos que mencionou são realmente vindos de Deus ou do diabo. O que vem de Deus exalta a Cristo e leva nosso olhar para ele. O que vem do diabo exalta o homem e, como um vício, deixa sempre o desejo de consumir mais dessas manifestações. Nem preciso dizer que hoje há muitos cristãos que são viciados em manifestações espirituais, como se a sua fé não se contentasse em ter a Cristo diante de si, mas precisasse constantemente estar cercado de testemunhos emocionantes. São como viciados em algum tipo de droga espiritual que causam visões e êxtases, sem o que acham que não podem viver.
Para esses Jesus apenas já não satisfaz.
Sempre que estiver diante de manifestações espirituais, procure julgar se aquilo está sendo feito com algum proveito. Alguém que adivinhe particularidades da vida de uma pessoa não está trazendo proveito algum a ela, a não ser torná-la dependente de sua capacidade de adivinhação e colocando-se como alguém com super-poderes aos olhos delas. Isso não passa de exaltação da carne.
O Senhor não fazia seus sinais e milagres como um mágico faz seus truques para arrancar aplausos e "Oh!" da platéia. Cada milagre, sinal ou palavra que ele falava tinha um objetivo claro e definido de bênção (ou às vezes de condenação) de seu interlocutor. Não eram tampouco coisas que tinham o objetivo de alisar o ego do outro, como algumas "profetadas" que costumo ouvir ou até ler em emails e mensagens deixadas nas redes sociais. Coisas do tipo, "Deus tem uma grande obra para você!", "Estou vendo que Deus fará de você um pregador famoso!" etc.
No espiritismo isso é muito usado para atrair e segurar noviços. Tem espíritas que são loucos para dizer aos recém chegados: "Você tem mediunidade, precisa desenvolver!". Pronto, prato cheio para o ego de quem vai atrás dessa conversa e ótima isca para fisgar incautos com problemas de baixa auto-estima.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
As dez virgens
Em Mateus 25:1-13, encontramos a parábola das dez virgens.
Esta parábola, da continuidade a expectativa da vinda de Cristo, e, o estado de vigilância que se exige de nós.
Porém, não basta ficar esperando, é preciso lançar-se e arriscar, para a manifestação e frutificação dos dons que nós foi concedido, para o crescimento
do reino, e, para a honra e glória do Senhor Jesus (Mt. 14-30).
A bela história das dez virgens, foi extraída dos costumes relacionados ao casamento daquele tempo. Uns dizem que as virgens representam os membros
da igreja à espera de Cristo. Outros, aplicam aos judeus remanescentes na tribulação.
O tema central é: a vigilância, que se aplica aos dois grupos. Porém, a última interpretação vai de encontro ao conteúdo e do contexto.
v.1---"Então...", coloca a parábola dentro do quadro mencionado em Mt. 24:29 e 24:40. "Reino dos céus", leia com Mt. 3:2; 13:11.
Dez virgens...saem a encontrar-se com o noivo. O casamento judeu tinha duas
etapas: 1-o noivo ia à casa da noiva buscar a prometida. 2- levava a noiva para sua casa, onde começava a festa.
A parábola não dá a entender que as virgens(plural), esperassem casar-se com o noivo. Não é um casamento polígamo. No fim da Tribulação, Cristo volta a terra (seu domínio) depois de tomará igreja por esposa no céu(seu lar durante
a Tribulação). Esta explicação é refletida no texto oriental desta passagem que, que diz: "para se encontrarem com o noivo e a noiva".
Confira Lc. 12:35-36, "que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas".
Então, a igreja não está aqui como tal. O texto centraliza-se nas virgens que querem participar da festa do casamento, este é o remanescente judeu professo(Ap. 14:1-4).
v.3--As néscias(estúpidas). Lâmpadas. Tochas, contia um pavio e espaço para o
azeite. Não levaram azeite consigo. Azeite, geralmente símbolo do Espírito Santo nas escrituras(Zc. 4; Is. 61:1). Aqui refere-se à posse do Espírito Santo,
na regeneração(Rm. 8:9-11, Paulo não deixa dúvidas em sua declaração; aquele que não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo).
Todas tinham a mesma aparência exterior, mas cinco não participavam do Espírito Santo, que fora concedido a Israel para que os judeus estivessem prontos para a vinda do Messias(Zc. 12:10---Deus derrama de seu Espírito sobre os judeus, que fazem orações de arrependimento, pois contemplam o Messias Absoluto, ao Senhor Jesus, que foi transpassado pelos seus pecados).
v.5--Foram tomadas de sono e adormeceram. A parábola não alia culpa a este detalhe, e sim, descreve a certeza do remanescente em esperar o noivo, e não o seu descuido; porém no caso das "loucas", era uma certeza falsa.
v.6-7--Prepararam as suas lâmpadas. Limparam os pavios, ascenderam e ajustaram as chamas. Caminhar pelas ruas do Oriente a noite, era preciso de uma tocha. Por isso as virgens se prepararam para se juntarem a procissão quando o noivo vinha se aproximando.
v.8--As nossas lâmpadas estão se apagando. As virgens tolas que não proveram azeite, viam seus pavios secos se apagarem. Ter somente um pouco de azeite não é o suficiente(25:3) Sua estupidez é demonstrada por não providenciarem nenhum azeite.
v.9--Comprai-o. Figura de linguagem. O Espírito Santo é um dom gratuito de Deus, no entanto, pode ser descrito por essa metáfora(Is.55:1--é um dom gratuito a todos os que se arrependem). Cada um deve obter seu próprio fornecimento.
v.10-12--As loucas se foram a procura de azeite, o noivo chega e a festa começa. As loucas retornam, não conseguiram azeite..., então ouvem...vos não conheço(Mt.7:23).
"Cristo Jesus rejeitará todo relacionamento com pessoas que são apenas professos".
Que não sejamos como as "loucas", que acreditavam que o pouco azeite contido na lâmpada, era o suficiente.
Que não sejamos apenas "crentes professos", mas homens e mulheres, de corações verdadeiramente arrependidos.
E, que, possamos realmente dizer, não somente com os lábios, mas com a alma, com o espírito de coração. MARANATA! Ora vem, Senhor Jesus!
Luiz Carlos Euzebio
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Rosto descoberto (por Luiz Carlos)
"E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito." (II Co. 3:18)
Do v.7 ao 18, Paulo fala da velha e nova aliança. A velha aliança era passageira e apresentava a morte, pois, denunciava o pecado, mas, não dava forças para vencê-lo.
Paulo diz, que o mesmo véu(Ex.34:29-35), cobre o rosto dos judeus, que não compreendem ser Cristo Jesus, a fonte de libertação, e vida. Mas, não só os judeus, e sim, todo aquele que desvia seus olhos de Cristo Jesus.
É preciso tirar o véu, para poder contemplar a glória do Senhor, manifesta na vida, morte e na ressurreição, através do Espírito Santo.
A nova dispensação nos oferece:
Liberdade -- com rosto desvendado.
Intimidade -- contemplando...a glória do Senhor.
Eficácia -- somos transformados...na sua própria imagem.
Perfeição -- de glória em glória.
A última declaração, iguala Cristo e o Espírito na obra cooperativa da salvação. II Co. 3:17, "Ora, O Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, ai há liberdade".
Como caminhamos em direção a vida? Com o rosto coberto, por véus e máscaras?
Quais os nossos conceitos? Dirigimos, ou somos dirigidos?
O que posso fazer? O que se pode esperar de mim?
Ao apresentar-se para enfrentar o gigante, Davi sabia muito bem, quem era, e, onde podia chegar.(I Sm.17:33-40,49)
Sem disfarces, sem arrogância, mas, com uma coragem que lhe era própria, venceu.
Quando um homem se contempla pela parte inferior e terrena, este conceito tão baixo, produz ações vis. (Sl .49:20--"O homem, revestido de honrarias mas, sem entendimento é, antes, como os animais que perecem".)
Mas, quando um homem se contempla pela parte superior, este conhecimento pode tornar-se em inchação e soberba. (Ez. 28:17--"Perdeste a tua sabedoria por causa da tua formosura".)
O homem mais poderoso de todo universo disse: "Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e, encontrareis descanso para vossa alma".
Judaísmo (em hebraico: יהדות, Yahadút) é uma das três principais religiões abraâmicas, definida como a "religião,filosofia e modo de vida" do povo judeu.[1] Originário daBíblia Hebraica (também conhecida como Tanakh) e explorada em textos posteriores, como o Talmud, é considerado pelos judeus religiosos como a expressão do relacionamento e da aliança desenvolvida entre Deus com os Filhos de Israel. De acordo com o judaísmo rabínicotradicional, Deus revelou as suas leis e mandamentos aMoisés no Monte Sinai, na forma de uma Torá escrita eoral.[2] Esta foi historicamente desafiada pelo caraítes, um movimento que floresceu no período medieval, que mantém vários milhares de seguidores atualmente e que afirma que apenas a Torá escrita foi revelada.[3] Nos tempos modernos, alguns movimentos liberais, tais como ojudaísmo humanista, podem ser considerado não-teísta.[4]
O judaísmo afirma uma continuidade histórica que abrange mais de 3.000 anos. É uma das mais antigas religiões monoteístas[5] e a mais antiga que sobrevive até os dias atuais.[6][7] Os hebreus/israelitas já foram referidos como judeus nos livros posteriores aoTanakh, como o Livro de Ester, com o termo judeus substituindo a expressão "Filhos de Israel."[8]Os textos, tradições e valores do judaísmo foram fortemente influenciados mais tarde por outrasreligiões abraâmicas, incluindo o cristianismo, o islamismo e a Fé Bahá'í.[9][10] Muitos aspectos do judaísmo também foram influenciados, direta ou indiretamente, pela ética secular ocidental e pelodireito civil.[11]
Os judeus são um grupo etno-religioso[12] e incluem aqueles que nasceram judeus e foram convertidos ao judaísmo. Em 2010, a população judaica mundial foi estimada em 13,4 milhões, ou aproximadamente 0,2% da população mundial total. Cerca de 42% de todos os judeus residem emIsrael e cerca de 42% residem nos Estados Unidos e Canadá, com a maioria dos vivos restantes naEuropa.[13] O maior movimento religioso judaico é o judaísmo ortodoxo (judaísmo haredi e o judaísmo ortodoxo moderno), o judaísmo conservador e o judaísmo reformista. A principal fonte de diferença entre esses grupos é a sua abordagem em relação à lei judaica.[14] O judaísmo ortodoxo sustenta que a Torá e a lei judaica são de origem divina, eterna e imutável, e que devem ser rigorosamente seguidas. Judeus conservadores e reformistas são mais liberais, com o judaísmo conservador, geralmente promovendo uma interpretação mais "tradicional" de requisitos do judaísmo do que o judaísmo reformista. A posição reformista típica é de que a lei judaica deve ser vista como um conjunto de diretrizes gerais e não como um conjunto de restrições e obrigações cujo respeito é exigido de todos os judeus.[15][16] Historicamente, tribunais especiais aplicaram a lei judaica; hoje, estes tribunais ainda existem, mas a prática do judaísmo é na sua maioria voluntária.[17] A autoridade sobre assuntos teológicos e jurídicos não é investida em qualquer pessoa ou organização, mas nos textos sagrados e nos muitos rabinos e estudiosos que interpretam esses textos.[18]
Etimologia
Este artigo contém texto em hebraico. Sem suporte multilingual apropriado, você verá interrogações, quadrados ou outros símbolos em vez de letras hebraicas. |
O termo "judaísmo" veio ao português pelo termo grego Ιουδαϊσμός (transl. Iudaïsmós), que, por sua vez, designava algo ou alguém relacionado ao topônimo Judá - em grego Ιούδα (transl. Iúda), e em hebraico יהודה (transl. Yehudá).
Origem e história do judaísmo
A história do judaísmo é a história de como se desenvolveu a religião principal da comunidade judaica que, ainda que não seja unificada (ver Religiosidade judaica), contém princípios básicos que a distingue de outras religiões. De acordo com a visão religiosa o judaísmo é uma religião ordenada pelo Criador através de um pacto eterno com o patriarca Abraão e sua descendência. Já os estudiosos creem que o judaísmo seja fruto da fusão e evolução de mitologias e costumes tribais da região do Levante unificadas posteriormente mediante a consciência de um nacionalismo judaico.
Ainda que seja intimamente relacionada à história do povo judeu, a história do judaísmo se distingue por enfatizar somente a evolução da religião e como esta influenciou o povo judeu e o mundo.
Ramificações do judaísmo
Nos dois últimos séculos, a comunidade judaica dividiu-se numa série de denominações; cada uma delas tem uma diferente visão sobre que princípios deve um judeu seguir e como deve um judeu viver a sua vida. Apesar das diferenças, existe uma certa unidade nas várias denominações.
O judaísmo rabínico, surgido do movimento dosfariseus após a destruição do Segundo Templo, e que aceita a tradição oral além da Torá escrita, é o único que hoje em dia é reconhecido como judaísmo, e é comumente dividido nos seguintes movimentos:
- Judaísmo ortodoxo - considera que a Torá foi escrita por Deus que a ditou a Moisés, sendo as suas leis imutáveis. Os judeus ortodoxos consideram o Shulkhan Arukh (compilação das leis doTalmude do século XVI, pelo rabino Yosef Karo) como a codificação definitiva da lei judaica. O judaísmo ortodoxo exprime-se informalmente através de dois grupos, o judaísmo moderno ortodoxo e o judaísmo haredi. Esta última forma é mais conhecida como "judaísmo ultraortodoxo", mas o termo é considerado ofensivo pelos seus adeptos. O judaísmo chassídico é um subgrupo do judaísmo haredi.
- Judaísmo conservador - fora dos Estados Unidos é conhecido por judaísmo Masorti. Desenvolveu-se na Europa e nos Estados Unidos no século XIX, em resultado das mudanças introduzidas peloIluminismo e a Emancipação dos Judeus. Caracteriza-se por um compromisso em seguir as leis e práticas do judaísmo tradicional, como o Shabat e o cashrut, uma atitude positiva em relação à cultura moderna e uma aceitação dos métodos rabínicos tradicionais de estudo das escrituras, bem como o recurso a modernas práticas de crítica textual. Considera que o judaísmo não é uma fé estática, mas uma religião que se adapta a novas condições. Para o judaísmo conservador, a Torá foi escrita por profetas inspirados por Deus, mas considera não se tratar de um documento da sua autoria.
- Judaísmo reformista - formou-se na Alemanha em resposta ao Iluminismo. Rejeita a visão de que a lei judaica deva ser seguida pelo indivíduo de forma obrigatória, afirmando a soberania individual sobre o que observar. De início este movimento rejeitou práticas como a circuncisão, dando ênfase aos ensinamentos éticos dos profetas; as orações eram realizadas na língua vernácula. Hoje em dia, algumas congregações reformistas voltaram a usar o hebraico como língua das orações; a brit milá é obrigatória e a cashrut, estimulada.
- Judaísmo reconstrucionista: formou-se entre as décadas de 20 e 40 do século XX por Mordecai Kaplan, um rabino inicialmente conservador que mais tarde deu ênfase à reinterpretação do judaísmo em termos contemporâneos. À semelhança do judaísmo reformista não considera que a lei judaica deva ser suprema, mas ao mesmo tempo considera que as práticas individuais devem ser tomadas no contexto do consenso comunal.
Para além destes grupos existem os judeus não praticantes, ou laicos, judeus que não acreditam em Deus mas ainda assim mantêm culturalmente costumes judaicos; e o judaísmo humanístico, que valoriza mais a cultura e história judaica.
Doutrinas do judaísmo
Surgiram variadas formulações das crenças judaicas, a maioria das quais com muito em comum entre si, mas divergentes em vários aspectos. Uma comparação entre várias dessas formulações mostra um elevado grau de tolerância pelas diferentes perspectivas teológicas. O que se segue é um sumário das crenças judaicas. Uma discussão mais detalhada destas crenças, acompanhada por uma discussão sobre as suas origens, pode ser encontrada no artigo sobre os princípios de fé judaicos.
Monoteísmo
O princípio básico do judaísmo é a unicidade absoluta de YHWH como Deus e criador, onipotente, onisciente, onipresente, que influencia todo o universo, mas que não pode ser limitado de forma alguma (o que carateriza em idolatria, o pecado mais mortal de acordo com a Torá). A afirmação da crença no monoteísmo manifesta-se na profissão de fé judaica conhecida como Shemá. Assim qualquer tentativa de politeísmo é fortemente rechaçada pelo judaísmo, assim como é proibido seguir ou oferecer prece a outro que não seja YHWH.
Conforme o relacionamento de YHWH com Israel, o judaísmo enfatiza certos aspectos da divindade chamando-o por títulos diferenciados (ver Nomes de Deus no Judaísmo).
O judaísmo posterior ao exílio no entanto assumiu a existência de uma corte espiritual na qual Deusseria uma espécie de rei, o qual controlaria seres para execução de sua vontade (anjos). Esta visão era aceita pelos fariseus e passada para o posterior judaísmo rabínico, mas no entanto desprezada pelos saduceus.
A Revelação
O judaísmo defende uma relação especial entre Deus e o povo judeu, manifesta através de uma revelação contínua de geração a geração. O judaísmo crê que a Torá é a revelação eterna dada por Deus aos judeus. Os judeus rabinitas e caraítas também aceitam que homens através da história judaica foram inspirados pela profecia, sendo que muitas das quais estão explícitas nos Neviim e nosKethuvim. O conjunto destas três partes formam as Escrituras Hebraicas conhecidas como Tanakh.
A profecia dentro do judaísmo não tem o caráter exclusivamente adivinhatório como assume em outras religiões, mas manifestava-se na mensagem da Divindade para com seu povo e o mundo, que poderia assumir o sentido de advertência, julgamento ou revelação quanto à Vontade da Divindade. Esta profecia tem um lugar especial desde o princípio do mosaísmo, seguindo pelas diversas escolas de profetas posteriores (que serviam como conselheiros dos reis) e tendo seu auge com a época dos dois reinos. Oficialmente se reconhece que a época dos profetas encerra-se na época do exílio babilônico e do retorno a Judá. No entanto o judaísmo reconheceu diversos profetas durante a época do Segundo Templo, e durante o posterior período rabínico.
Metafísica
Conceitos de vida e morte
O entendimento dos conceitos de corpo, alma e espírito no judaísmo varia conforme as épocas e as diversas seitas judaicas. O Tanach não faz uma distinção teológica destes, usando o termo que geralmente é traduzido como alma (néfesh) para se referir à vida e o termo geralmente traduzido como espírito (ruakh) para se referir a fôlego. Deste modo, as interpretações dos diversos grupos são muitas vezes conflitantes, e muitos estudiosos preferem não discorrer sobre o tema.
Ressurreição e a vida além-morte
O Tanach, excetuando alguns pontos poéticos e controversos, jamais faz referência a uma vida além da morte, nem a um céu ou inferno, pelo que os saduceus posteriormente rejeitavam estas doutrinas. Porém após o exílio em Babilônia, os judeus assimilaram as doutrinas da imortalidade da alma, da ressurreição e do juízo final, e constituíam em importante ensino por parte dos fariseus.
Nas atuais correntes do judaísmo, as afirmações sobre o que acontece após a morte são postulados e não afirmações, e varia-se a interpretação dada ao que ocorre na morte e se existe ou não ressurreição. A maioria das correntes crê em uma ressurreição no mundo vindouro (Olam Habá), incluindo os caraítas, enquanto outra parcela do judaísmo crê na reencarnação, e o sentido do que seja ressurreição ou reencarnação varia de acordo com a ramificação.
Cabalá
Cabalá é o nome dado ao conhecimento místico esotérico de algumas correntes do judaísmo, que defende interpretação do universo, de Deus e das escrituras através de suas naturezas divinas.
Quem é considerado judeu
A lei judaica considera judeu todo aquele que nasceu de mãe judia ou se converteu de acordo com essa mesma lei, segundo o judaísmo rabínico. Algumas ramificações como o Reformismo e oReconstrucionismo aceitam também a linhagem patrilinear, desde que o filho tenha sido criado e educado em meio judaico.
Um judeu que deixe de praticar o judaísmo e se transforme num judeu não-praticante continua a ser considerado judeu. Um judeu que não aceite osprincípios de fé judaicos e se torne agnóstico ou ateutambém continua a ser considerado judeu.
No entanto, se um judeu se converte a uma outra religião, ou ainda, que se afirme "judeu messiânico" (ramificação protestante que defende Jesus como o messias para os judeus) perde o lugar como membro da comunidade judaica tradicional e transforma-se num apóstata. Segundo a tradição, a sua família e amigos tomam luto por ele, pois para um judeu abandonar a religião é como se morresse (nem sempre isto ocorre, mas a pessoa é tida como alguém não pertencente à comunidade). Esta pessoa, caso pretenda retornar ao judaísmo, não precisa se converter, de acordo com a maior parte das autoridades em lei judaica, mas abjurar das antigas práticas relativas às outras fés.
As pessoas que desejam se converter ao judaísmo devem aderir aos princípios e tradições judaicas. Os homens têm de passar pelo ritual do brit milá (circuncisão). Qualquer converso tem de passar ainda pelo ritual da mikvá ou banho ritual. Os judeus ortodoxos reconhecem apenas conversões feitas por seus tribunais rabínicos, seja em Israel ou em outros locais. As comunidades reformistas e liberais também exigem a adesão aos princípios e tradições judaicos, o brit milá e a mikvá, de acordo com os critérios estipulados em cada movimento.
Enquanto as conversões autorizadas por tribunais rabínicos ortodoxos são aceitas como válidas por todas as correntes do judaísmo, aquelas feitas de acordo com as correntes Reformista ou Conservadora são aceitas apenas no Estado de Israel e nas comunidades judaicas não-ortodoxas no mundo inteiro (mais de 80% dos judeus do planeta), mas rejeitadas pelo movimento ortodoxo.
Ciclo de vida judaico
- Brit milá - As boas-vindas dos bebés do sexo masculino à aliança através do ritual da circuncisão.
- Zeved habat - As boas-vindas dos bebés do sexo feminino na tradição sefardita.
- B'nai Mitzvá - A celebração da chegada de uma criança à maioridade, e por se tornar responsável, daí em diante, por seguir uma vida judaica e por seguir a halakhá.
- Casamento judaico
- Shiv'á - O judaísmo tem práticas de luto em várias etapas. À primeira etapa (observada durante uma semana) chama-se shiv'á, à segunda (observada durante um mês) chama-se sheloshim e, para aqueles que perderam um dos progenitores, existe uma terceira etapa, a avelut yod bet chódesh, que é observada durante um ano.
Vida comunitária
Vida comunitária judaica é o nome dado à organização das diferentes comunidades judaicas no mundo. Há variações de locais e costumes mas geralmente as comunidades contam com um sistema de regras comunais e religiosas, um conselho para julgamento e um centro comunal com local para estudo. No entanto, a família é considerada o principal elemento da vida comunitária judaica, o que ao lado do mandamento de Crescei e multiplicaileva ao desestímulo de práticas ascéticas como o celibato apesar da existência através da história de algumas seitas judaicas que promovessem esta renúncia.
Sinagoga
A sinagoga é o local das reuniões religiosas da comunidade judaica, hábito adquirido após a conquista de Judá pela Babilônia e a destruição doTemplo de Jerusalém. Com a inexistência de um local de culto, cada comunidade desenvolveu seu local de reuniões, que após a construção do Segundo Templo tornou-se os centros de vida comunitária das comunidades da Diáspora. Na estrutura da sinagoga destaca-se o rabino, líder espiritual dentro da comunidade judaica e o chazan (cantor litúrgico).
Cherem
O Chérem é a mais alta censura eclesiástica na comunidade judaica. É a exclusão total da pessoa da comunidade judaica. Excepto em casos raros que tiveram lugar entre os judeus ultra-ortodoxos, o cherem deixou de se praticar depois do Iluminismo, quando as comunidades judaicas locais perderam a autonomia de que dispunham anteriormente e os judeus foram integrados nas nações gentias em que viviam.
Cultura judaica
Cultura judaica lida com os diversos aspectos culturais das comunidades judaicas, oriundos da prática do judaísmo, de sua integração aos diversos povos e culturas no mundo, assim como assimilação dos costumes destes. Entre os principais aspectos da cultura judaica podemos enfatizar os idiomas, as vestimentas e a alimentação (Cashrut).Vestimentas
O judaísmo possui algumas tradições religiosas e culturais em relação à vestimentas, dentre as quais podemos destacar:
Calendário judaico
Baseados na Torá a maior parte das ramificações judaicas segue o calendário lunar. O calendário judaico rabínico é contado desde 3761 a.C. O Ano Novo judaico, chamado Rosh Hashaná (em hebraico ראש השנה, literalmente "cabeça do ano") é o nome dado ao ano-novo no judaísmo)., acontece no primeiro ou no segundo dia do mês hebreu de Tishrei, que pode cair em setembro ou outubro. Os anos comuns, com doze meses, podem ter 353, 354 e 355 dias, enquanto os bissextos, de treze meses, 383, 384 ou 385 dias. o calendario judaico começa a ser contado em 7 de outubro de 3760 a.C.que para os judeus foi a data da criação do mundo.
Diversas festividades são baseados neste calendário: pode-se dar ênfase às festividades de Rosh Hashaná, Pessach, Shavuót, Yom Kipur e Sucót. As diversas comunidades também seguem datas festivas ou de jejum e oração conforme suas tradições. Com a criação do Estado de Israel diversas datas comemorativas de cunho nacional foram incorporadas às festividades da maioria das comunidades judaicas.
Língua hebraica
O hebraico (também chamado לשון הקודש Lashon haKodesh ("A Língua Sagrada") ) é o principal idioma utilizado no judaísmo utilizado como língua litúrgica durante séculos. Foi revivido como um idioma de uso corrente no século XIX e utilizado atualmente como idioma oficial no Estado de Israel. No entanto diversas comunidades judaicas utilizam outros idiomas cuja origem em sua maioria surgem da mistura do hebraico com idiomas locais (ver Línguas judaicas).Crença messiânica e escatologia judaica
Escatologia judaica refere-se às diferentes interpretações judaicas dadas aos temas relacionados ao futuro: ainda que se acreditarmos na Torá este tema não seja tão desenvolvido no judaísmo primitivo após o retorno do Exílio em Babilônia desenvolveu-se baseado no profetismo e no nacionalismo judaico conceitos que iriam formar a base da escatologia judaica. Entre estes temas principais podemos nomear os conceitos sobre o Messias e o Olam Habá (mundo vindouro) no qual todas as nações submeter-se-iam a YHWH e a Torá e na qual Israel ocuparia um lugar de proeminência.Messias
Dentro do judaísmo, a doutrina do Messias é um assunto que pode variar de ramificação para ramificação. Historicamente diversos personagens foram chamados de Messias, do hebraico ungido, que não assume o mesmo sentido habitual do cristianismo como um "ser salvador e digno de adoração" . Até mesmo o conceito do Messias não aparece na Torá, e por isto mesmo recebe interpretações diferentes de acordo com cada ramificação.
A maior parte dos judeus crê no Messias como um homem judeu, filho de um homem e de uma mulher, (em algumas ramificações é considerado que viria da tribo de Yehudá e da descendência do rei David, uma herança do sentimento nacionalista que regulou a vida judaica pós-exílio) que reinará sobre Israel, reconstruirá a nação fazendo com que todos os judeus retornem à Terra Santa e unirá os povos em uma era de paz e prosperidade sob o domínio de YHWH.
Algumas ramificações judaicas (reformistas) creem no entanto que a era messiânica não envolva necessariamente uma pessoa, mas sim que se trate de um período de paz, prosperidade e justiça na humanidade. Dão por isso particular importância ao conceito de "tikkun olam", "reparar o mundo", ou seja, a prática de uma série de actos que conduzem a um mundo socialmente mais justo.
Literatura do judaísmo
Os diversos eventos da história judaica levaram a uma valorização do estudo e da alfabetização dos membros da comunidade judaica. Na Diáspora a busca de conexão com o judaísmo e a busca de não-assimilação com os costumes gentílicos levaram a uma ênfase na necessidade da educação e alfabetização desde a infância, pelo que na maior parte das comunidades judaicas o analfabetismo é praticamente inexistente. Este pensamento levou à criação de uma vasta literatura principalmente de uso religioso.
Dentro do judaísmo, a escritura mais importante é a Torá, que seria o livro contendo o conjunto de histórias da origem do mundo, do homem e do povo de Israel, assim como os mandamentos de obediência a Deus. Para a maior parte das ramificações judaicas, acrescenta-se a história de Israel e as palavras dos profetas israelitas até a construção do Segundo Templo, com sua literatura relacionada, que compiladas na época do retorno deBabilônia, constituíram o que conhecemos como Tanakh, conhecido pelos não-judeus como Antigo Testamento.
Os judeus rabinitas creem que Moisés recebeu além da Torá escrita, uma tradição oral que serviria como um complemento da primeira, e que seria passada de geração à geração desde Moisés, e que viria a ser compilada no século IV d.C. como o Talmude. Os judeus caraítas recusam estes textos .
Cada ramificação tem seus próprios textos e livros.
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