Perdão!!
Introdução
Olá, hoje vamos examinar o impacto transformador do perdão, explorando como pode libertar tanto o ofensor quanto a pessoa ofendida, e como cultivar uma mentalidade de perdão.
Essa escolha emocional possibilita seguir adiante sem o peso do passado,
promovendo cura e paz tanto para quem perdoa quanto para quem é perdoado.
A excelência do perdão
Perdoar: a suprema forma de liberação.
(Mt. 18.21-22) “Nesse instante, Pedro teve a coragem de perguntar: ‘Mestre, quantas vezes tenho de perdoar o irmão que me prejudica?
Sete?’
Jesus respondeu:
‘Sete é pouco. Tente setenta vezes sete’”
Introdução
O perdão é um assunto intrigante: fácil de pregar, difícil de praticar!
No evangelho de Mateus, Pedro quis fazer algo que ainda nos tenta hoje: agradar, impressionar Jesus!
Alguns rabinos, querendo se destacar dos demais, ensinavam a perdoar quatro vezes!
Pedro pensa em superá-los: sete vezes! Jesus, porém, o surpreende: setenta vezes sete!
Pedro queria um limite?
Então receberá o ilimitado do amor!
“Setenta vezes sete” significa mais do que sempre!
Significa que o perdão é o princípio da vida, não uma ocasião rara.
Muitas pessoas sofrem por não saberem perdoar.
Procuram, como Pedro, algum “motivo” para se vingarem...para não perdoar.
Quando não perdoamos a alma adoece .
O perdão é um remédio para a alma. Você se livra de cargas, angústias no peito.
É bom saber que o perdão nos liberta de pesos que não são nossos!
A palavra “perdoar”, em nossa língua, já tem o sentido de “doar”. Perdoar é soltar, deixar ir!
Edith Eva Eger diz que: “o perdão não é algo que se dá a alguém. É como você se liberta”.
O perdão é um alívio para o nosso coração.
Quando não perdoamos sofremos anos com essa dor apertando o peito.
O rosto sempre exausto, nenhuma alegria nos anima, o semblante sempre carregado.
Muitos se derramam em lágrimas, sem saber por quê, mas só no fundo da alma é que entendemos as razões do choro exterior.
Precisamos aprender a perdoar.
O perdão é um aprendizado contínuo. Não é fácil, mas com o apoio do Espírito Santo, a gente supera!
O rancor prejudica você.
Acumular ressentimentos nos faz adoecer da alma, o fracasso dos sonhos.
Também é essencial saber que perdoar não é apagar, mas recordar sem dor.
A oração do Pai Nosso contém essa verdade: "perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos..." (Mt. 6. 12).
O perdão é possível! O texto nos mostra que é assim! Eu quero te fazer uma pergunta: Por que se sobrecarregar com pesos que não são seus?
Procure a ajuda do Pai e você ficará leve!
Você não tem que guardar ódio, sofrimento, injustiças dentro de você.
Quando se livrar de tudo isso, sentirá a felicidade de viver sem prisões, sem amarras.
Vai experimentar o sabor do novo, da casa arrumada, da confiança alegre de que é bom ser livre.
O ressentimento é uma das grandes causas das nossas crises, que, na verdade, significa “repetir o sentimento”.
É viver com um tipo de lembrança persistente que não quer desaparecer.
Muitas pessoas vivem como cativas do ressentimento, do rancor, do rosnar de dentes.
Quanto mais tempo você dedicar a nutrir ódios, mais raízes de amargura crescerão na sua alma.
Cuidado para não se tornar um reservatório de angústias. Uma pessoa amarga, fria, dolorosa, rancorosa é sempre mortal para as relações.
Não permita que a alegria seja apenas uma pálida lembrança em sua alma.
Quantas pessoas já esqueceram como é sorrir de verdade!
Muitos sofrem um mar de lágrimas. Sem perdão você anula a vida do futuro.
Vamos pensar sobre o perdão como a maior liberdade:
1. A quebra do ciclo de vingança
Apenas o perdão tem o poder de interromper o ciclo de vingança fatal.
Aquele que perdoa quebra o elo de raiva, mentira e morte.
Uma pessoa que perdoa se torna um agente de mudança.
Quando alguém opta pelo perdão, a espiral da vingança perde sua força.
Não busque vingança.
Um ditado antigo afirma: “quem busca vingança precisa abrir dois túmulos”.
Confie que Deus cuida de tudo.
Romanos 12. 19 diz:
“Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: ‘minha é a vingança; eu retribuirei’, diz o Senhor”.
Nesse texto, Paulo cita Deuteronômio 32. 35 e ensina uma grande verdade para aquela comunidade, em Roma, bem familiarizada com o assunto da vingança. Perdoe e seja liberto da compulsão da vingança.
2. Perdoe e se livre do impulso da vingança.
Perdão é pura Graça! Ninguém perdoa isolado!
Isso não é algo que fazemos facilmente, sem sacrifício.
Afinal, sacrifício sem sofrimento não é sacrifício.
Perdoar é sempre um gesto da graça.
É pela graça de Deus que podemos conceder o perdão.
Sem a graça de Deus, só colecionamos frustrações.
Foi pela graça de Deus que José teve a capacidade de perdoar seus irmãos. (Gn. 45. 3-5).
Apesar de saber que seus irmãos o detestavam, ele deu o seu melhor: perdão.
Perdoar é dar ao outro uma nova oportunidade.
Um novo começo.
Os rabinos afirmam que o mandamento “Não matarás” (Dt. 5. 17) não é só a regra racional que evita algum homicídio, pois muitas pessoas não têm coragem de matar.
Assim, eles entendem que esse mandamento é mais do que isso – é o Mandamento do Perdão!
Não deixe que a pessoa que te magoou desapareça da sua história!
Dê a ela o recomeço, a nova chance, o renascer!
Quantas vezes você já escutou alguém falando: “Fulano morreu para mim!”
Essa frase é muito arriscada, pois a vida tem seus retornos.
O adversário é especialista em cavar túmulos nas nossas relações.
O perdão é a restauração das relações falecidas!
A graça é a dádiva não merecida de Deus para nós.
Somos indignos, mas Ele, por sua imensa bondade, nos ama!
Esse é o motor do perdão.
• Apenas as pessoas que receberam amor podem amar;
• Só as pessoas que foram libertadas podem anunciar libertação.
• Só as pessoas saradas oferecem cura;
• Apenas as pessoas perdoadas podem perdoar!
É a graça que faz o milagre de acolhermos em nossas vidas pessoas que nos machucaram.
Confie: a graça de Deus é para você!
É possível perdoar o imperdoável, pois Deus já perdoou o imperdoável em você!
3. Perdoar não é “apagar tudo”
Uma folha manchada: isso é o máximo que a borracha pode fazer.
Quantas vezes você já escutou alguém falar: “vamos esquecer isso”.
Esse é o erro mais frequente quando se fala de perdão.
Isso só aumenta as recordações. Você não vai esquecer.
As páginas da sua memória não se limpam com uma mera borracha na ponta do lápis do rancor.
O que fazer, então?
Apenas o fogo do Espírito Santo pode, realmente, “eliminar” as memórias dolorosas.
É permitir que a chama do Espírito apague completamente, destrua a força do pecado.
Se o perdão não for completo, não será perdão, apenas o pobre acordo de uma paz.
Quando você perdoa faz uma descoberta valiosa:
solta um cativo: você!
Nunca mais a submissão ao outro. Quem não perdoa convive com o adversário.
Concentra todas as energias planejando ataques contra o outro. Manchando as folhas da própria história.
Vivendo de juntar humilhação. Carregando pesos, malas pesadas que machucam a alma.
Segundo um provérbio popular: “ressentimento é você beber um cálice de veneno esperando que a pessoa que te magoou pereça”.
O ressentimento causa dores profundas que o tempo não consegue curar.
O fundo da existência fica com odor de bolor.
O caminho da resolução dos conflitos nunca é um caminho simples.
Por isso Jesus decide passar por Samaria.
Em João 4. 4, o texto diz:
“Ele tinha que passar por Samaria”.
Samaria é o lugar do conflito, da luta entre judeu e samaritano. Jesus foi até lá.
Cruzou o solo do rancor.
Como cristãos, esse ainda é o nosso desafio!
Não podemos alterar o passado.
Cada um de nós gostaria de ter a oportunidade de entrar em uma espécie de “máquina do tempo” e ter direito a uma nova chance, mas a realidade é cruel.
Alguém falou que “a vida é como uma moeda,
você pode usá-la como quiser, mas só poderá usá-la uma vez”.
Entenda:
Não quero te fazer sentir mais culpado com isso – isso não te ajuda em nada – estou apenas te oferecendo apoio para que cada um de nós reconheça a verdade de que acusar os outros não soluciona o problema.
Não passe uma borracha, lave sua alma no sangue do Cordeiro!
(I João 1. 7)
Mas, se andarmos na luz, como o próprio Deus é luz,
vamos experimentar também uma vida de comunhão uns com os outros, enquanto o sangue derramado de Jesus, o Filho de Deus, nos purifica de todo o nosso pecado.
4. O auto perdão é essencial
Muitas pessoas perdoam aos outros, mas não a elas mesmas.
Padecem em silêncio por anos. Muitas vestem a máscara da felicidade, mas rindo por fora, ferem-se por dentro.
Ainda não viveram a maravilhosa experiência do auto perdão.
O que é “auto perdão”?
É você compreender que, se Deus já te perdoou, você está totalmente livre!
A Bíblia afirma que “não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Rm. 8. 1).
Com a vinda de Jesus, o Messias, o problema fatal foi solucionado.
Os que estão em Cristo não têm mais que viver numa sombra negra e abatida.
É quando você se aceita também. Não queira superar Deus!
Se Deus já te absolveu, absolve-se! Sem o autoperdão me torno indiferente.
Sem perceber formo uma crosta de insensibilidade com todos.
Como não me aceito, também não consigo perdoar ninguém,
pois começo a pensar que o meu sofrimento é o mais intenso de todos.
Em I João 3. 19, 20 está escrito que “se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração”.
Só assim podemos descobrir se a nossa vida está alinhada com a verdade de Deus.
É a forma de superar as críticas internas que nos diminuem, mesmo que tenham fundamento.
Deus é superior à nossa inquietação e nos conhece melhor do que nós mesmos.
Nada que a nossa mente nos acuse pode nos separar do amor de Deus.
Deus nos ama.
Deus te ama como se você fosse sua filha querida, seu filho amado. Receba essa verdade pela graça.
Romanos 8. 35-39, na versão “A Mensagem” deve estar em sua mente para sempre:
“Acham que alguém será capaz de levantar uma barreira entre nós e o amor de Cristo por nós? Não há como!
Nem problemas, nem tempos difíceis, nem ódio, nem fome, nem desamparo, nem ameaças de poderosos, nem punhaladas nas costas, nem mesmo os piores pecados listados nas Escrituras:
‘Eles nos matam a sangue frio, porque odeiam a ti.
Somos vítimas fáceis: eles nos pegam, um a um’.
Nada disso nos intimida, porque Jesus nos ama.
Estou convencido de que nada – vivo ou morto, angelical ou demoníaco, atual ou futuro, alto ou baixo, pensável ou impensável – absolutamente nada pode se intrometer entre nós e o amor de Deus quando vemos o modo com que Jesus, nosso Senhor, nos acolheu”.
É tempo de se perdoar, de oferecer perdão e de viver livre!
O perdão é a libertação por excelência!
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