domingo, 9 de fevereiro de 2025

Uma Verdade que Perturba

 O Ódio de Deus — Uma Verdade que Perturba  


Enquanto o amor de Deus é proclamado incessantemente nos púlpitos, Seu ódio é tratado como tabu. Quando mencionado, é rapidamente neutralizado pelo clichê: “Deus odeia o pecado, mas ama o pecador!”. Mas essa frase, repetida como mantra, corresponde à revelação bíblica? A resposta exige coragem para confrontar textos que muitos preferem ignorar.  



1. Deus Odeia o Pecado? Sim, Mas Não Apenas Isso  

Hebreus 1:8-9 declara sobre Cristo: “Amas a justiça e odeias a iniquidade”. Os Salmos reforçam essa verdade: “Há seis coisas que o Senhor odeia, sete que Ele detesta” (Provérbios 6:16-19). A lista inclui mentira, violência e coração perverso — não apenas atos, mas intenções. Portanto, a Bíblia é clara: Deus odeia o pecado.  



2. Deus Ama o Pecador? Não Sempre  

O salmista revela: “Tu detestas todos os malfeitores. Destróis os mentirosos; o Senhor odeia sanguinários e traiçoeiros” (Salmos 5:5-6). Note: não é apenas o “pecado” abstrato, mas os pecadores que praticam maldade. 

Salmos 11:5 amplia: “O Senhor põe à prova o justo, mas odeia o ímpio”.  

Romanos 9:13 é ainda mais direto: “Amei Jacó, mas odiei Esaú”. Aqui, o ódio divino precede qualquer ação humana — é uma escolha soberana, não uma reação ao comportamento.  


A máxima “Deus odeia o pecado, mas ama o pecador” desaba diante desses textos. É uma mentira piedosa que dilui o caráter santo de Deus.  



3. Reações ao Ódio Divino: Entre a Revolta e a Submissão  

A revelação do ódio de Deus provoca reações:  

- Revolta: “Como um Deus de amor pode odiar?”  

- Angústia: “E se eu sou alvo desse ódio?”  

- Ilusão: “Sou bom demais para Deus me odiar”.  


Porém, a Bíblia não oferece concessões. Romanos 9:20 silencia o questionador: “Quem és tu, ó homem, para discutir com Deus?”. O ódio divino não é irracional, mas justo, direcionado àqueles que rejeitam Sua santidade e se comprazem no mal.  



4. A Linha que Separa o Ódio do Amor: Jesus Cristo  

A distinção entre “amados” e “odiados” não está na perfeição humana — “todos pecaram” (Romanos 3:23) —, mas em Cristo. Seu sacrifício na cruz justifica os eleitos: “Somos salvos da ira por meio dEle” (Romanos 5:9).  

Efésios 1:4-5 revela: “Deus nos escolheu nEle antes da fundação do mundo [...] nos predestinou para sermos filhos”. Mesmo mortos em pecado, “Deus, rico em misericórdia, pelo Seu grande amor, nos deu vida com Cristo” (Efésios 2:4-5).  



Conclusão: Uma Escolha Eterna  

Deus odeia os ímpios, mas ama os redimidos em Jesus. Essa verdade não é motivo de orgulho, mas de temor e gratidão. Para os eleitos, é esperança; para os rebeldes, um alerta solene.  


A cada pessoa cabe perguntar:  

Estou em Cristo, sob o amor redentor, ou persisto sob a ira divina?  

A resposta define não apenas a vida presente, mas a eternidade.  


Pois, como está escrito:  

“Quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se recusa a crer no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (João 3:36).


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