sexta-feira, 22 de abril de 2011

Martírios


Martírios

O martírio de Policarpo.

Ao prenderem Policarpo, e o levarem diante do pro cônsul, este tratou de persuadi-lo, dizendo-lhe que pensasse em sua avançada idade, e que, adorasse o Imperador.

Quando Policarpo negou-se a fazê-lo, o juiz pediu que gritasse: "Abaixo os ateus". 
Ao sugerir isto, o juiz se referia aos cristãos, que eram tidos por ateus.

Mas, Policarpo apontando em direção a multidão de pagãos disse: "Sim, abaixo os ateus"!
O juiz insistiu, dizendo-lhe que se jurasse pelo Imperador e maldissesse a Cristo ficaria livre.

Mas, Policarpo respondeu: " Vivi 86 anos servindo-lhe, e nenhum mal me fez. Como poderia eu maldizer ao meu Rei que me salvou"?

Quando por fim o juiz o ameaçou, 1º com as feras, depois com ser queimado vivo, Policarpo respondeu, que o fogo que o juiz podia acender, duraria somente um momento, e logo se apagaria, mas, que o castigo eterno nunca se apagaria.

O martírio de Perpétua e Felicidade.

Perpétua era uma mulher jovem e de boa posição social, e ainda amamentando seu filho recém nascido.
Quando Perpétua foi presa seu pai tratou de convencê-la a abandonar sua fé, e assim salvar sua vida, e ela lhe respondeu que, assim como cada coisa tem seu nome, e é inútil tratar de mudá-lo, ela tinha o nome de cristã, e não podia mudá-lo.

Felicidade que estava grávida, ao queixar-se das dores do parto, seus carcereiros perguntaram como ela esperava ter a coragem necessária para enfrentar as feras, sua resposta foi:

"Agora os meus sofrimentos são só meus. Mas quando tiver que enfrentar as bestas, haverá outro que viverá em mim, e sofrerá por mim, posto que eu estarei sofrendo por ele".

Anunciaram a Perpétua e Felicidade que lhes haviam preparado uma vaca furiosa que as chifra-se.

Quando Perpétua foi chifrada e lançada ao alto, simplesmente cingiu seu vestido desfeito sobre as carnes expostas, pediu que lhe permitissem recolher sua cabeleira, porque sua cabeleira solta como haviam deixado era sinal de luto, e para ela este era um momento de felicidade.

Logo foi onde jazia Felicidade, também ferida, levantou sua companheira, e perguntou em voz alta que espantou a todos: " Onde está a famosa vaca"?

Por fim, desgarradas e sangrando, as mártires se reuniram no centro do anfiteatro, se despediram com o ósculo da paz e se dispuseram a morrer a espada.

Quando chegou a vez de Perpétua, seu carrasco tremia e não acertava ferida de morte, e ela tomou-lhe a mão e a dirigiu para que a ferisse na garganta.

Ao chegar a esse ponto, o "martírio" comenta: "Talvez o demônio a temesse tanto, que não se atrevia a matá-la, sem que ela o quisesse".


Pr. Luiz Carlos Euzebio

Jesus está voltando!!


Jesus está voltando!!

Jesus Cristo é o centro da nossa fé, esperança, e, amor.
Jesus Cristo é o centro do plano de salvação.
Por Ele, Deus veio religar a humanidade à Si. Remindo-a de seus pecados, de uma vez por todas.

No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus..., fez-se carne, habitou entre os homens. Morreu, ressuscitou ao terceiro dia, foi recebido acima nos céus.
Mas, a história não acabou. Este mesmo Jesus que subiu, voltará para buscar seu povo.

A segunda vinda de Jesus, é fato. Hebreus 9:27-28, diz: "E como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disto o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá a segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação".

Jesus sofreu a morte física, assim Ele morreu de uma vez por todas. Tomou sobre si, os pecados de muitos; virá segunda vez não para assumir o pecado, e sim para se encontrar com os pecadores, cujos pecados foram lavados em Seu sangue expiador.

Estes são os redimidos de Deus que o aguardam. Redimidos que experimentarão a salvação total, e a verdadeira presença de Deus. Os que conhecem a alegria da salvação, podem também conhecer a esperança da vinda do Senhor. 

Sem entrar em detalhes de diversas teorias, vejamos algumas passagens, que nos falam deste tremendo evento.
Atos 1:10-11 diz: "E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto ele ia subindo, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco, os quais disseram:
Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Este Jesus, que dentre vós foi recebido no céu, há de vir assim como para o céu o viste ir".

Jesus partiu, mas um dia retornaria a terra da mesma maneira visível e gloriosa. A esperança da Sua volta corporal é o centro da fé cristã.

Em I tessalonicenses 4:16 temos: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro".

Alarido--convocação como a de um oficial aos seus soldados, provavelmente dada pelo Senhor.
Voz de arcanjo--tanto voz como arcanjo são indefinidos no grego, a idéia é provavelmente de uma voz como a de um arcanjo (Milligan).
Trombeta de Deus--uma trombeta dedicada ao serviço de Deus (Milligan); I Co.15:52, é mencionado duas vezes uma trombeta em conexão com a Segunda Vinda, (Joel 2:1;      Is. 27:13; Zc. 9:14).São frases que demonstram o esplendor da cena, a majestade e a autoridade do Senhor Jesus. 

II Pedro 3:13 fala assim: "Porém, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça. Pelo que, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz".

Segundo a sua promessa--esta era a palavra na boca dos profetas, (Is. 2:4; 11:6-9; Mq. 4:1-5). Eperança e visão, partilhada por Abraão e os patriarcas, (Hb. 11:10). Os cristãos em todos os tempos, tornam-se "peregrinos e estrangeiros", (Rm. 8:9,25).
Assim como Ló em Sodoma, gememos pelo pecado que prevalece, e por seus resultados degradantes.  

Ouçamos agora Tiago 5:7-8: "Sede, pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; por que já a vinda do Senhor está mais próxima".

Devemos exercitar a paciência, Tiago cita o lavrador que espera o precioso fruto da terra.
Na Palestina, as primeiras...chuvas (outubro/novembro), vinha depois da semeadura e as ultimas chuvas (abril/maio), quando os campos já estavam amadurecendo. Ambas eram muito importantes para o sucesso da colheita.

Não devemos perder a paciência diante das adversidades, mas estabelecer um coração firme, a vista do fato que a vinda do Senhor está próxima.

Claro, também lemos o seguinte em Apocalipse 22:12: "E, eis que presto venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra".

Apocalipse 22:11--Encontra-se aqui uma verdade solene, chamada por vezes de "permanência de caráter"; "Além de ser verdade", que as "perturbações dos ultimos dias terão tendência de fixar o caráter de cada indivíduo segundo os hábitos que ele já tenha formado, haverá um tempo em que uma mudança será impossível----quando não haverá mais oportunidade de arrependimento de um lado, ou de apostasia do outro" (Swete).

Os acontecimentos da segunda vinda de Cristo acontecerão tão depressa, que alguns serão tomados de surpresa.
A Bíblia não revela o dia e a hora em que Jesus voltará. Mas, ela afirma em muitas passagens que Ele voltará.

João 14:3 Jesus diz: "E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também".
Voltarei---denota a certeza da vinda e a natureza iminente do acontecimento. Não enfatiza o Céu, mas a reunião de Jesus Cristo e Seu povo.

João 14:18 Jesus diz: "Não vos deixarei orfãos; voltarei para vós".
Orfãos---desamparados, a necessidade dos discípulos seria atendida, na benção da ressurreição. Assim como o Espírito estaria com eles e neles, Cristo também estaria.
Seria impossível diferenciar os dois, assim como o Pai e o Filho são indivisíveis, (II Co.3:17).  O Senhor Jesus não estava falando de uma vinda futura, como no v.3, mas sim, que atenderia uma necessidade imediata.   

Mateus 26:64: "..., que vereis em breve o filho do homem assentado à direita da majestade divina, e vindo sobre as nuvens do céu".


Jesus está voltando!!
Bendita certeza da esperança.

Pr. Luiz Carlos Euzebio


terça-feira, 5 de abril de 2011

Dons do Espírito Santo


Dons do Espírito Santo

por Paulo S. Santos
São Paulo, 28 de novembro de 2001
Trabalho exigido como parte de avaliação semestral da matéria Epístolas, do Seminário Batista Esperança.
Sob supervisão do Prof. Pr. Ricardo Pereira.

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO


PARTE I - O que são dons espirituais?
PARTE II - Qual foi o propósito dos dons espirituais?
PARTE III - A necessidade dos dons na igreja primitiva
PARTE IV - Lista dos dons e suas respectivas classificações
PARTE V - Conclusão
GRÁFICO - De Efésios cáp. 4
BIBLIOGRAFIA

INTRODUÇÃO
Um dos maiores problemas que uma igreja pode enfrentar, sem dúvidas, é quando uma liderança não se posiciona em relação a ondas e excessos doutrinários. Em dias de extremos, ora na avalanche neo-pentecostal que o Brasil vem sofrendo, ora no efeito avestruz (que enterra a cabeça alheio ao o que acontece no mundo exterior), o recheio da igreja vai cada dia ficando mais insípido (no que se refere ao homem, nunca ao Espírito Santo).
Se por um lado o medo aliena, o liberalismo extrapola. Qual será, então, o ponto de equilíbrio, o meio termo? – A Bíblia. Que aliás, não é meio termo, mas termo absoluto.
Para se abordar o assunto dos dons é preciso verificar o propósito e a necessidade deles e quais as suas conseqüências registradas na Bíblia e na história secular. Entender o que são dons passageiros (ou temporais) e dons permanentes. Usaremos tais definições, apesar de não bíblicas quanto a terminologia; porém corretas quanto ao significado.
O que são os dons? Quais são os dons para nossos dias? Teriam alguns dons cessado? Por que? Essas são algumas perguntas que, geralmente, têm surgido nas mentes dos crentes. Este breve estudo pode servir não como a resposta definitiva, mas, humildemente, como uma introdução; algo como o sentir o gostinho de se aprofundar em um assunto, tendo momentos prazerosos retirados de um imenso mar de bênçãos que é o estudo bíblico.
Neste compêndio, tomamos posições. Nunca tivemos a pretensão de esgotar o assunto por aqui. Porém, ao final de todo estudo realizado, sobre qualquer assunto, requer-se considerações no mínimo relevantes, sejam elas pró ou contra. Essas considerações firmam as posições tomadas para tudo em nossas vidas, dia após dia. Não que sejam eternamente imutáveis, sim, que não sejam esquecidas, ou pior ainda, negligenciadas. Se as páginas a seguir não trouxerem respostas, que ao menos fomentem o desejo de prosseguir, por si só, em busca das verdades contidas, como que tesouros, na palavra de Deus.
Boa leitura.






PARTE I
O QUE SÃO DONS ESPÍRITUAIS

“Mas a cada um de nós foi dada a graça conforme a medida do dom de Cristo.
... E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres,
tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;
até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo”
Efésios 4: 7; 11-13

Para começar, nada melhor que uma citação bíblica para ajudar a compreensão desta palavra. O dom, presente ou “qualquer talento potencializado pelo Espírito Santo, usado no ministério da igreja”1 para propósitos espirituais e para contribuição singular no corpo de Cristo, está presente nas páginas do Novo Testamento, ora como descritivo ora como pessoas desempenhando uma atividade. Em resumo compreendemos que dom é uma capacitação como que especial que Deus dá àqueles que têm nascido de novo. Vimos, no texto citado acima, que os dons são dados conforme a medida do Dom de Jesus e que há uma finalidade específica nessa doação, a qual falaremos mais à frente.
Há na Bíblia descrição de dons que parecem “naturais” (ensino, pregação, etc.), assim como dons “miraculosos” (curas e línguas), os quais trataremos logo mais na questão de permanência destes dons na igreja, em nossos dias. Muitos têm também confundido talento natural, paixão ou estilo pessoal com dons espirituais que o Senhor é quem dá. Há muitos que buscam o dom como que se pudesse tomá-lo à livre escolha, porém a palavra orienta que o dom é dado conforme o querer do Senhor, distribuído pelo Espírito Santo (Efésios 4:8).
Ainda em nossos tempos, vemos as pessoas tentando dar atribuições a esses dons que não conferem com a descrição bíblica. Como, sinal de plenitude do Espírito Santo, sinal de salvação e outras. Geralmente, ao se confundir um talento natural com um dom, é perfeitamente possível alguém em plena carnalidade, ocupar o lugar no púlpito, falar com toda eloqüência, mas sem nada ter a ver, aquele momento na carne, com o Espírito Santo. Por isso o propósito dos dons não pode ser confundido. Se é assim, temos visto que o significado dos dons não tem sido bem compreendido.
Concluindo, o dom não é um talento especial, como por exemplo aprender a tocar um instrumento de difícil aprendizado, como o piano, em pouquíssimo tempo – se bem que Deus tudo pode. É uma capacitação para desempenhar mecanismos de edificação para a igreja, do ministério e para edificação pessoal: “E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo” ( Efésios 4:11 a 13). Não se apropria de um dom, pois que esse é distribuído pelo Espírito Santo: “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer” (I Cor 12:11), referindo-se à distribuição dos dons. Compreende-se, à luz dos textos citados, que o dom é dado por Cristo e distribuído pelo Espírito Santo. Um talento natural, ou paixão por alguma área, são capacitações naturais, já se nasce com elas; porém, o dom espiritual, é dado ao nascer de novo, o nascimento espiritual, pela palavra de Deus, o qual Jesus instruiu o mestre Nicodemos (João 3). Ninguém que não tenha passado pela experiência do nascer de novo, pode ter um dom espiritual legitimamente dado por Deus.
Por causa do desconhecimento do assunto, muitas igrejas têm aceitado erros e mais erros doutrinários, alguns muito sérios, em nossos dias. Há a necessidade de abordar o assuntos com clareza e posicionamento. Ficar em cima do muro, sem posição teológica, não irá contribuir para a edificação do corpo, a igreja, nem muito menos para edificação pessoal, onde o propósito é parecer, refletir, a cristo para esse mundo perdido.

PARTE II
QUAL FOI O PROPÓSITO DOS DONS ESPIRITUAIS

“E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;
até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo; para que não mais sejamos meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pela fraudulência dos homens, pela astúcia tendente à maquinação do erro; antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo ,do qual o corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para edificação de si mesmo em amor”.
Efésios 4:11-16

Como vemos, na melhor explicação: a bíblica, os dons são dados visando o bem comum do corpo de Cristo. “Deus concede os dons espirituais para melhor servirmos uns aos outros. Uma grande prova do uso correto dos dons espirituais é o resultado que redunde na glória de Deus e na edificação do outros (I Co 12:7) “2. Vemos, no texto citado, que Deus trata de forma intrigante dois temas: A singularidade, onde cada crente é habilitado ou capacitado para um serviço específico no corpo de Cristo, ou seja é nomeado um membro (parte) desse corpo e com a nomeação recebe a habilidade e capacidade para desempenhá-lo (cf.: I Co 12:7, 11, 18). O outro tema é a diversidade, na qual vemos Deus planejando as diferenças nomeando cada um para um lugar específico e diferente (I Co 12:8-10). Paralelamente entendemos que é propósito de Deus que sejamos como uma moeda, quanto a sua dupla face: A igreja tem um mesmo propósito, age por um mesmo motivador, o Espírito Santo, segundo Sua vontade, mas, ao mesmo tempo, cada um singularmente tem sua própria função e área de desempenho. Paradoxalmente as crentes são iguais porém diferentes.
Ainda no texto de Efésios, vemos que há um propósito especial: Ele (Jesus) designou... deu dons, com a finalidade de preparar os santos para a obra do ministério... para que o corpo de Cristo seja edificado... até que... alcancemos a unidade da fé e o conhecimento do filho de Deus... cheguemos à maturidade... atingindo a medida do filho de Deus... para que... não mais sejamos como crianças... levados por ondas, jogados de lá para cá por ventos de doutrina...astúcia de homens que induzem ao erro... antes... seguindo a verdade em amor... do qual todo corpo bem ajustado... unido... cresce e edifica-se a si mesmo em amor... na medida em que cada um realiza sua função (veja tabela na página 14). Em suma, Jesus ao subir deu essas funções especiais para que a igreja seja equipada, preparada, treinada para desempenhar o ministério que cabe a ela (evangelizar, visualizar a presença de Deus na terra, testemunho do Deus vivo); também é propósito dos dons que todos sejam um só na fé, ensinados na doutrina dos apóstolos, em tudo que o Senhor Jesus ensinou a respeito dEle mesmo e das outras coisas; e ainda, Deus se preocupou em fornecer, através dos dons, um mecanismo de crescimento que leva a maturidade (plenitude de Cristo) ou seja, através dos dons, Cristo estará pleno na igreja, logo o crente será totalmente cheio de Cristo. No v.16, todo o corpo ajustado e unido, cresce e edifica a si mesmo em amor, na medida que (quando) cada parte realiza sua função. Podemos então dizer que, quanto ao propósito, se os dons são negligenciados, não há a plenitude de Cristo na igreja local. Se não há pastores e mestres que ensinem, pelo Dom do Espírito Santo, a doutrina de Cristo, Ele não está pleno na igreja; se a igreja não evangeliza, não pode estar plena de Cristo. Sem a presença dos dons, não há como haver plena edificação, pois este é o modo que Deus estabeleceu. Este é o propósito dos dons.

PARTE III
A NECESSIDADE DOS DONS NA IGREJA PRIMITIVA

“Então chegaram a ele os fariseus e os saduceus e, para o experimentarem, pediram-lhe que lhes mostrasse algum sinal do céu”.
MT 16:1

Desde os primeiros homens chamados, da parte de Deus, para testemunharem ou mesmo para realizarem alguma obra em especial, sempre Deus os autenticou através de sinais. Assim foi com Abraão, ao dar um filho fora de época; com Moisés, entre tantos outros, abrindo o Mar Vermelho; Elias, quando desceu fogo do céu e consumiu o holocausto; e muitos outros que poderiam ainda serem citados. Os sinais tornaram-se a maior marca autenticadora de um ministério vindo de Deus. Os Judeus durante sua jornada de fé tornaram-se igualmente caçadores de sinais vindos de Deus, acerca do que fazer, aceitar e estabelecer.
Foi assim na época do Velho Testamento. Porém este faz-se o pano de fundo para se começar a entender os dons no Novo Testamento. A existência de falsos mestres, falsos escritos e falsas doutrinas não são registradas apenas na época neo-testamentária, infelizmente, isso vem de muito mais tempo atrás. Muitos erros foram evitados pelo simples fato de não haver comprovação do destino celestial. Os próprios textos apócrifos são a melhor prova disso. Sem conter as autenticações que validariam estes textos como sendo, de fato, inspirados, foram simplesmente desprezados, quanto a canonicidade, porém aceitos como históricos, ou fontes de informação extra.
Assim o foi na Igreja primitiva. Os sinais são um porção marcante nas páginas do Novo Testamento. Em Atos, vemos uma seqüência incrível desses tais sinais: A descida do Espírito Santo, homens falando em línguas antes não dominadas, conversões imensas, curas, previsões, transformações instantâneas de vidas... seriam muitos os sinais a citar aqui. Porém, o que se pode referir é que Deus operava sinais maravilhosos aos olhos de todos, afim de que não houvesse dúvida de que Ele mesmo é quem estava por trás daqueles inegáveis fatos. Concorda com essas afirmações o testemunho de Nicodemos, ao se achegar, à noite, ao Senhor: “Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele” (Jo 3:2). Em verdade, muitos sinais acompanharam as vidas dos apóstolos e seus discípulos.
A partir desse comentário, passemos a observar dois pontos a respeito da necessidade dos dons na igreja primitiva:
1.Os sinais: Curas, milagres, ressurreição da morte, línguas, exorcismo, etc. A igreja era recém nascida. A promessa do Senhor, uma vez cumprida (MT 16:18), cheirava a novo. Os Judeus da época crucificaram Jesus por causa de sua pregação. Não aceitaram os sinais que o acompanhavam. Não aceitariam, de igual modo, a pregação da igreja, uma vez que pregavam a mesma mensagem do Mestre. Logo se levantariam também contra ela. Porém Deus, ainda assim, lhes oferece mais sinais, para que creiam (MT 10:8), apesar de muitos dos sinais de maravilhas serem dados exclusivamente aos 12 apóstolos alistados (MT 10:2-8), também outros discípulos o receberam (I Co 12:28). Os sinais, porém, segundo o verso citado, vinha junto de uma mensagem: “o Reino dos céus está próximo” (MT 10:7). Os sinais vinham confirmando a mensagem pregada. E aos que não eram apóstolos, os dons de socorro, governo e variedade de línguas, eram muito úteis para um povo (igreja) perseguido, para se organizarem na ausência dos apóstolos ou mesmo para testemunharem, em sinais, a presença de Deus.
2.A profecia: O último profeta na qualidade de Velho Testamento foi João Batista. Os profetas do Novo Testamento foram homens capacitados a falar dos mistérios de Deus revelados naqueles dias. Pedro começou a revelar esse mistério quando no pentecostes bradou: “Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel” ( Atos 2:16), ao explicar porque aqueles homens demonstravam uma atitude, sinal, tão estranho ou diferente. Homens como Pedro, Paulo e outros, entendiam a lei e os profetas como que por ação de Deus e muito estudo também. O fato é que os fariseus da época também eram grandes estudiosos da lei e dos profetas, mas por que não podiam compreender? Porque não tinham aquela capacitação de Deus acerca das escrituras. Na verdade, bem poucas pessoas tinham. Como entenderiam por si só, aquelas coisas agora feitas por Deus? Através dos dons de profecia, que não só podiam ver e prever as coisas de Deus, mas conseguiam trazer à compreensão os mistérios da palavra de Deus já escrita. A função básica dos profetas dessa época era trazer ao conhecimento público as revelações que Deus, na plenitude dos tempos, permitiu vir aos homens. Paulo confirma ao dizer: “mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado” (I Co 13:10), referindo-se a algo ( a Bíblia perfeita), não a alguém (Cristo), essa qualidade de profecia, sinal, seria aniquilada, deixaria de existir a medida que as revelações desses profetas fossem compiladas e o cânon fechado. Eis a revelação perfeita, a Bíblia (Hb 1:1 e 2).
3.Serviço: Os dons, segundo Efésios 4, trazem edificação. Em uma hora de revelação dos mistérios de Deus, muitas seriam as doutrinas de desvio da verdade. Era preciso um serviço qualificado por Deus para que os crentes não se perdessem nas falsas doutrinas. Para que os crentes fossem preparados para o ministério e edificação da igreja, em uma só fé no Filho de Deus e na Sua doutrina que revelava o conhecimento dEle próprio. Afim de proporcionar maturidade, a plenitude de Cristo. Graças a esse plano de Deus, a igreja ,vitoriosa, chegou até nossos dias. Graças a verdade de Deus, sua palavra perfeita, ela cresceu naquele que é a sua própria cabeça, Cristo. A igreja primitiva em seus vários dons temporais ou permanentes, teve em Cristo a cabeça de um corpo bem ligado, onde cada um em sua função edificou o corpo em amor, o amor de Cristo. Essa, sem a menor sombra de dúvida era uma necessidade vital da igreja.
Dessa forma entendemos as necessidades da igreja primitiva. Tendo levado em conta seu contexto histórico e pré-histórico; seu contexto contemporâneo, político e social. Dessa forma conseguimos entender que os dons foram dados pelo cabeça da igreja, Cristo, aquele que tudo sabe, para o serviço e edificação do corpo, a igreja. Conforme a necessidade da igreja, o seu provedor todo poderoso há de trabalhar. Temos, então, que compreender que as necessidades da igreja primitiva não são as mesmas da igreja de hoje em dia. Hoje não temos uma igreja em perseguição, muito pelo contrário, no brasil e no mundo há muito pouca perseguição se comparado com a atual abertura que o mundo hoje tem para o evangelho3. Temos hoje, também, uma revelação já completa, a Bíblia, o que nos supre a necessidade de uma revelação especial vinda diretamente da parte de Deus. E por fim, a igreja está estabelecida e reconhecida mundialmente, ainda que com sérios erros da parte dos homens, o que não deixa lugar para sinais e prodígios da mesma qualidade dos acontecidos na época da igreja primitiva. Hoje o maior sinal e milagre que o mundo, se quiser, pode contemplar é a regeneração de um indivíduo, morto em seus delitos e pecados. Antes um caído pecador sem motivos nem razão, depois um servo de Deus, qualificado para contribuir com a causa da razão de sua existência, em verdade. Refeito e restaurado para que o mundo saiba que Deus vive, e lhe separa um povo exclusivamente para si.

PARTE IV
LISTA DOS DONS E SUAS RESPECTIVAS CLASSIFICAÇÕES

Muitos têm sido os dons alistados pelos autores de obras que se propõem a tratar o assunto. Primeiro vamos alistar os dons que encontramos na Bíblia de uma forma geral, depois vamos dividir esta listagem em três partes:
1.Dons gerais
2.Dons temporais
3.Dons permanentes

1. Lista geral dos dons

I Co 12:28 – Apóstolo, Profeta, mestre, milagres, socorros, administração e línguas.
I Co 12: 8 a 10 – Palavra da sabedoria e conhecimento, fé, curas, milagres, profecia, discernimento de espíritos, línguas, interpretação de línguas.
Efésios 4:11 – Apóstolo, profeta, evangelista, pastor-mestre
Romanos 12: 6 a 8 – profecia, serviço, ensino, encorajamento, contribuição, liderança, misericórdia.
I Co 7:7 – Casamento, celibato
I Pedro 4:11 – Todo aquele que fala, todo aquele que serve (abrange vários dons).
Êxodo 31:3 – Artesanato
I Tim. 2:1 a 2 - Intercessão
Salmo 150: 3 a 5 – Comunicação criativa
Podem, dependendo do intérprete, ser alistados ainda: aconselhamento, exorcismo, mártir e pobreza voluntária.

Neste trabalho, há o cuidado de se notar que tudo que foi alistado acima, é referenciado como um dom. De fato assim se encontra descrito na Bíblia. Porém nós sabemos que há dons que foram dados para uma tarefa em especial, não necessariamente tendo de serem dados novamente hoje, conforme já posto aqui. Se não onde estão os homens dotados de força descomunal, como que de dez ou mais homens, a exemplo de Sansão; ou ainda quantos irmãos conhecemos que já matou um leão com as próprias mãos ? E um urso? Nem todos são como Davi, não é mesmo? Muitos têm talento suficiente para ornamentar uma igreja em um dia de festa ou casamento, e deixarem tão bela que os olhos mal podem acreditar. Com certeza não seria preciso que Deus desse o Dom de artesanato para tal. Cremos que se Deus tem o propósito, tudo é possível a Ele. Porém, nem tudo desse possível é para todos ou é coletivo.
A partir dessa definição, de que nem todas as funções que aparecem qualificadas como dons na Bíblia são dons permanentes, assim como o lembrando o capítulo onde vimos o propósito dos dons na igreja primitiva, passemos então a dividir os dons alistados acima em categorias.

a. Serviço

Socorro, administração, palavra de sabedoria, palavra de conhecimento, discernimento espiritual, serviço, ensino, encorajamento, contribuição, liderança, misericórdia, fé, casamento, celibato, aquele que fala/serve, comunicação criativa, intercessão, aconselhamento, exorcismo, mártir, pobreza, artesanato.
b. Função
Apóstolo, profeta, evangelista e pastor-mestre.
c. Sinais
Milagres, curas, línguas, profecia, interpretação de línguas.
Uma vez alistados e divididos por categorias, temos uma visão geral dos dons, suas particularidades, significado conforme a forma de operação e seus periféricos. Passando adiante, vejamos as classificações desses dons.
2.Os dons temporais
Tratando agora de especificações, a lista geral dos dons deve ser desprezada e substituída por uma lista já bem menor. São os dons temporais e permanentes. Falaremos em primeiro lugar dos dons temporais:
. Apóstolado
. Milagres
. Curas
. Línguas
. Profecia
. Interpretação de línguas
Ao citarmos o Dom de milagres, obviamente ninguém diria que os milagres são temporais, afirmamos que temos crido que Deus pode todas as coisas, efetua quando e quantos milagres o desejar, porém como forma de dons, só mesmo se for passageiro. Não se conhece alguém que o tenha como dom permanente. Milagres o tempo todo acontecem, porém como algo certo ou como alguém que domine essa “arte”, nada há na palavra de Deus que comprove tal coisa. O mesmo entenda-se quanto a curas. Quem não conhece alguém que já provou uma cura maravilhosa de Deus? È um conforto saber que Deus pode faze-lo, porém quando quiser, há endereços de pessoas que dizem poder curar, porém, certamente não da parte de Deus, não como Dom permanente.
Ao citarmos a profecia, nos referimos ao Dom do profeta “roé”4, do Velho Testamento. Adivinho, revelador de segredos outrora ocultos, desvendador de mistérios ou vidente. Mesmo ainda, aquele profeta que Deus se achegava a ele, alistava a uma missão especial que podia até mesmo durar o resto da vida (como Jeremias). Profetas que ouviam de Deus e anunciavam, solitários no serviço, a todo o povo ouvinte.
Esses dons, de acordo com o propósito do Novo Testamento, tinham de desaparecer. Os motivos são claros e já bem definidos: Os sinais já não tinham razão de ser, pois a igreja já caminhava alheia a aceitação ou não de quem a via. Não havia mais a necessidade dos sinais. Ao correr dos anos, as cartas neo-testamentárias viravam documentos de poder e autenticação em lugar dos dons de sinais. A profecia já não faria sentido, uma vez que tais cartas contendo toda revelação de Deus circulavam em grande êxtase pelas igrejas da época. Verifica-se tudo isso ao relevar que ao passar dos anos, o relato bíblico fala cada vez menos da permanência desses dons sinais, enquanto ao mesmo tempo os relatos mais antigos, inclusive dos dias do Senhor, são altamente recheados com narrações desses maravilhosos milagres e sinais. Com o passar do tempo os dons de sinais deveriam cessar.

3.Os dons permanentes
Uma boa parte dos dons alistados na categoria serviço, estão em permanência nos dias de hoje. Efésios 4, diz que os dons são para a edificação da igreja. Há muito trabalho a fazer para que a igreja seja edificada. São os dons permanentes:
. Profeta (entenda-se o pregador, proclamador da palavra de Deus)
. Evangelista
. Pastor-mestre
Temos acima as funções e baixo o serviço a desempenhar:
. Administração
. Serviço
. Ensino
. Liderança
. Misericórdia
. Fé
. Intercessão
. Exortação, aconselhamento
. Socorro
. Amor
Desta forma temos crido. Os dons permanentes tem por objetivo levar os crentes a uma maturidade espiritual, levar a igreja a gozar da plenitude de Cristo. Maturidade que é organizada, onde cada um tem sua parte a contribuir por necessidade. Onde o ensino da verdade é uma segurança contra falsos mestres. A liderança busca a vontade de Deus e dirige a todos para lá. A igreja se importa uns com os outros, o dedo mindinho quando com uma unha encravada faz o corpo todo mancar. Faz a igreja toda interceder, clamar a Deus por sua recuperação, aos faltos de sabedoria e instrução existe conselho e bom ânimo para continuar a caminhada. E, se cair, a igreja está prepara para socorrer aquele que assim quiser. Tudo isso, funcionando bem só pode demonstrar uma coisa: Amor. Deus demonstra seu amor para com seu povo, ao dar os dons para os homens. Os homens demonstram amor a executar os dons em edificação mútua. Essa é a igreja do Deus vivo, àqueles que quiseram ver e ouvir. Com certeza nunca jamais em coração natural humano entrou sequer uma gota daquilo que Deus tem preparado para aqueles que se dispuserem a amar esse Deus maravilhoso.
PARTE V
CONCLUSÃO

A dificuldade de se achar material que aborde o tema profundamente é, talvez, a maior testemunha da freqüência de inúmeros erros doutrinários que se encontram hoje nas igrejas dos nossos dias. De fato o assunto é controverso para muitos. Liberais tudo aceitam de acordo com suas próprias, as vezes forçadas, interpretações da Bíblia. Já os hiper tradicionais caem no erro da omissão, por tamanho medo de errar. Os extremos seja de que lado for estão sempre igualmente errados. Este compêndio não tem a mínima intenção de esgotar o assunto nem muito menos calar os controversos, mas limita-se a por as claras algo que parece coerente com mais rica fonte: A Bíblia. Se teólogos não se afinam quanto a um resultado comum, o melhor sempre é recorrer a Ela.
Na nossa conclusão dizemos apenas que os dons são presentes ou capacitações especiais que Deus deu a igreja conforma seu propósito e conforme a necessidade dela. Em cada tempo da história vimos Deus fazendo o mesmo, conforme a época da história, seu relacionamento e revelação progressiva. Entendemos que com o passar dos anos, cada época teve sua particular necessidade. Vemos nas dispensações como Deus se relacionou com seu povo e ao mesmo tempo a necessidade do homem em cada era. Se temos nisso uma verdade unânime, então pensamos se Deus iria estabelecer uma só forma de tratamento indiferente as necessidades contidas no desenrolar dos seus planos. Deus não é Deus de confusão, logo, que sentido faria haver dons que hoje simplesmente não há a menor necessidade? Se Deus não é homem para que minta, por que diria que os dons de sinais desapareceriam conforme a vinda daquilo que é perfeito, a palavra de Deus? Cremos que a Bíblia está completa e perfeita? Então não podemos crer que revelações extra bíblicas são verdadeiras. Cremos que a igreja de Jesus Cristo está firmada e estabelecida, então não precisamos de sinais para testificar isso. Cremos que o Senhor pode todas as coisas? Então por que afirmar que Ele tem de faze-lo através de pessoas? Não teria Ele mesmo poder para fazer isso diretamente? Nós temos crido que sim.
Deus deixou uma tarefa para a igreja. Pregar, ensinar e batizar. Esse é o propósito da igreja. Para tal é preciso a igreja trabalhar. È preciso que haja ensino abundante, homens e mulheres profundos conhecedores das riquezas contidas na palavra de Deus. É preciso que alguém se levante e organize, lidere, anime, cuide, esforce, ore, aconselhe, se importe, abra os olhos da fé e ame esse povo. Esse é o propósito dos dons. Egoísmo, glória própria, soberba, carnalidade, engano, indiferença e conformismo não entram nos planos dos dons para a igreja. As portas do inferno não prevalecerão contra ela, prometeu o Senhor.
Nos dias atuais, os dons soam como erro doutrinário. Muitas coisas são tituladas como dons, deixando o propósito preeminente para trás. A edificação do corpo é o que há de fazer a igreja caminhar triunfante porque é a manifestação de Cristo na terra.
- Que Deus nos ajude a entender melhor, ensinar e viver os dons para os nossos dias; e a fazer a obra do ministério, afim de que a plenitude de Cristo na igreja seja incontestável por todos. Amém.

BIBLIOGRAFIA

Carson, D.A. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1977.Bruce, Bugbee; Cousins, Don; Hybels, Bill. Rede Ministerial. São Paulo: Ed. Vida, 1998.Ribeiro, Rômulo Weden. Línguas e o Movimento Pentecostal Carismático. Goiás: Delta, 1999.Grudem, Wayne. Teologia Sistemática. São paulo: Vida Nova, 1999.
A Bíblia. Revista e atualizada no Brasil.
O Novo Testamento. NVI.

O autor é seminarista e membro da Igreja Batista Esperança, onde exerce a função de professor de EBD da classe de jovens.

A Religião da opinião pública


A RELIGIÃO DA OPINIÃO PÚBLICA




Rev. Charles G. Finney

"Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus"João 12:43.

Estas palavras foram ditas com referência a certos indivíduos que recusaram que Jesus era o Cristo, porque era um extremo impopular entre os escribas e fariseus e gente principal de Jerusalém.

Há uma distinção clara entre o amor a si mesmo, ou seja, o simples desejo da felicidade, e o egoísmo. O amor a si mesmo, o desejo da felicidade e o temor da desgraça, é constitucional; é uma parte do marco mental dentro do qual Deus nos fez e é tal como se espera que sejamos; e podemos mover-nos nele dentro dos limites da lei de Deus, sem que seja pecaminoso. Sempre que nos permitimos algo contrário à lei de Deus, incorremos em pecado. Quando o desejo de felicidade e o temor a desgraça passam a ser o princípio que controla nossa vida, e preferimos nossa satisfação a outros interesses mais importantes, somos egoístas. Quando para evitar a dor ou procurar nossa felicidade sacrificamos outros interesses maiores, infringimos a lei maior da benevolência desinteressada, e já não se pode falar de amor a alguém, senão de egoísmo.

Descrevi em uma conferência anterior aos que professam religião que são movidos a executar sua atividade religiosa por esperança e temor. Eles são movidos por amor a si mesmos, e algumas vezes por egoísmo. Seu objetivo supremo não é glorificar a Deus, senão o assegurar sua própria salvação. Lembremos que esta classe, e os verdadeiros amigos de Deus e do homem se parecem em muitas coisas, e que caso se olhe só as coisas em que estão de acordo não se pode distinguir uns de outros. É só quando se observam de perto naquelas coisas em que diferem que se vê que o desígnio principal desta classe não é a glória de Deus senão assegurar sua própria salvação. Desta forma podemos ver seu objetivo supremo desenvolvido, e vemos que quando fazem as mesmas coisas que fazem aqueles cujo objetivo supremo é glorificar a Deus, o fazem por motivos inteiramente diferentes, e por conseguinte os atos mesmo são de caráter distinto também, à vista de Deus.

Vamos ver agora as características da terceira classe de cristãos professos, os que "amam mais a glória dos homens do que a glória de Deus".

Não estou dizendo que o que tem conduzido a esta gente para a religião é a mera consideração de sua reputação. A religião sempre foi impopular entre as grandes massas da humanidade para que isto possa ser um incentivo. Senão que quero dizer que quando não é geralmente impopular o professar religião, e não diminuirá a popularidade e alguém, senão que vai aumentá-la, em muitos opera um motivo complexo: a esperança de assegurar a felicidade no mundo futuro, e de aumentar a reputação aqui. Assim muitos são levados a professar religião quando, na realidade, caso se lhes examina com cuidado, se verá que seu objetivo principal é a boa opinião que merecem de seus próximos. Se tivessem que perder esta boa opinião, prefeririam não ser cristãos. Por isso, ainda que professam ser, o que conta mais para eles é não perder a boa opinião que os demais têm deles. Não encontram a oposição e reprovação que encontrariam caso se dessem a desarraigar o pecado do mundo.

Observe-se que os pecadores impenitentes sempre estão influenciados por uma dessas duas coisas, em tudo o que se refere a religião. Ou bem o fazem com objetivo aos meros princípios naturais, como amor a si mesmo ou autocompaixão, princípios que são constitucionais deles, ou por egoísmo. O fazem ou bem com objetivo a sua própria reputação ou felicidade, ou para a satisfação de algum princípio natural neles, sem caráter moral; e não por amor a Deus. Amam "mais a glória dos homens do que a glória de Deus".

Vou mencionar várias coisas por meio das quais se pode averiguar o verdadeiro caráter desta classe de pessoas das que estou falando, que fazem da glória dos homens um ídolo, apesar de que professam amar a Deus de modo supremo. E são coisas pelas quais se pode ver eu verdadeiro caráter.

1. Fazem o que o apóstolo Paulo disse que faziam certas pessoas em seus dias, e por cuja razão permaneciam na ignorância das verdadeiras doutrinas; "se medem a si mesmos e se comparam entre si."

Há um grande número de indivíduos que, em vez de fazer de Jesus Cristo o critério de comparação e da Bíblia a regra de vida, evidentemente, seguem outro critério. Mostram que nunca tinham pensado seriamente em fazer da Bíblia seu critério. A grande questão para eles é se fazem tantas coisas em religião como os outros fazem, ou se são tão piedosos como os outros, ou como outras igrejas que lhes rodeiam. Seu objetivo é manter uma profissão de religião respeitável, em vez de inquirir seriamente sobre eles mesmos, o que a Bíblia realmente requer, e de perguntar-se como atuaria Jesus Cristo neste ou naquele caso, olham simplesmente ao cristão professo corrente, e estão satisfeitos com fazer o que é digno de louvor em sua estimação. Demostram que seu objetivo não é fazer o que a Bíblia apresenta como dever, senão o que fazem a grande massa de cristãos professos, que se considera respeitável, que assim está bem.

2. Esta classe de pessoas não se preocupam de elevar os padrões de piedade ao seu redor.

Não lhes preocupa o fato que os padrões de piedade se sua igreja sejam baixos, ou que é impossível trazer a grande massa de pecadores ao arrependimento. Crêem que os padrões dos tempos presentes são bastante altos. Sempre estão satisfeitos com os padrões presentes. Quando os verdadeiros amigos de Deus e dos homens se queixam da igreja porque os padrões da piedade são tão baixos, e tratam de elevá-los, lhes parece a estes que se trata de críticas, de entretenimento, de falta de sossego e de uma má atitude, como quando Jesus Cristo denunciou aos escribas e fariseus, estes disseram dEle: "Tem um demônio." "Como! Ele está denunciando a nosso doutores, e a nossos melhores teólogos, e inclusive se atreve a chamar-nos escribas e fariseus hipócritas, e nos diz que a menos que nossa justiça exceda a desses, não podemos entrar no reino dos céus. Que atitude tão péssima é esta?".

Uma grande parte da igreja nos dias de hoje tem este espírito, e os esforços para abrir os olhos da igreja e fazer que os cristão vejam que vivem a um nível espiritual baixo e mundano, como hipócritas, que impede realizar a obra de Deus, lhes levam a má vontade e reprovações. Se esquecem que Jesus Cristo derramou sua maldições contra os que se consideravam piedosos em seu tempo. Sua alma se enchia de indignação e as censuras brotavam de sua boca como uma enchente. Sempre se queixava daqueles que deviam dar exemplo de piedade, e os chamava hipócritas e lhes perguntava: "COMO ESCAPAREIS DA CONDENAÇÃO DO INFERNO?"

Não é de estranhar que quando tantos amam a glória dos homens mais do que a de Deus, as pessoas se excitem e altere quando se lhes diz a verdade. Alguns estão muito satisfeitos com os padrões da piedade presentes, e crêem que se faz muito nas Escolas Dominicais, e nas missões, e em tratados. Pra que vem este para agitar as coisas? Ai! Ai! Quanta cegueira! Não se dão conta que a vida da maioria dos que se dizem cristãos é quase tão diferente dos padrões de Jesus Cristo quanto a luz é das trevas.

3. Fazem uma distinção entre os requerimentos de Deus que o sentimento público põe em vigor e os que não são muito observados.

São muito escrupulosos em observar os requerimentos de Deus quando o sentimento público os favorece de modo claro, mas não se preocupam no mais mínimo daqueles que o sentimento público não realça. Vou dar uma ilustração disto. Me refiro aos esforços por fazer prevalecer a temperança. Quantos tem que cedem ao sentimento público nisto. Se por exemplo o sentimento público é a abstenção de bebidas alcoólicas do tipo de licores, por sua parte, eles se absteriam, mas se o sentimento público não se importa com este assunto, o fazem. Mostram que seu objetivo ao juntar-se a uma sociedade de temperança não é eliminar o monstro da intemperança, senão manter sua reputação. "Amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus."

O mesmo podemos dizer de guardar o Dia de repouso; o fazem não porque amam a Deus, senão porque é respeitável. Isto é evidente, porque o guardam enquanto estão entre seus conhecidos ou onde se lhes conhece. Mas quando vão a pontos em que não se lhes conhece ou não há opinião pública desfavorável, eles não têm inconveniente em viajar e fazer outras coisas assim no Dia de repouso.

De todas as coisas que são reprovadas pela opinião pública, estas pessoas se abstém, mas fazem outras coisas, iguais e piores, sobre as que não há uma atitude de censura por parte do público. Fazem aqueles deveres que a opinião pública espera, mas deixariam de fazê-los se mudasse esta opinião. Não deixariam de assistir ao serviço religioso nos domingos, porque não poderiam manter sua reputação pela religião se o fizessem. Mas descuidam de fazer outras coisas que também são ordenadas pela palavra de Deus. Quando um indivíduo desobedece habitualmente uma ordem de Deus, sabendo que é, é quase seguro que sua alma vive não por consideração a autoridade de Deus, ao amor a Deus, senão por outros motivos. O mesmo pode dizer-se da obediência que rende. O apóstolo deixou bem claro o assunto. "Qualquer que guarda toda a lei e ofende em um ponto é culpável de toda ela"; isto é, dizer que não guarda nenhum preceito da lei. A obediência às ordens de Deus implica um estado de obediência do coração, e portanto, nada é obediência que não implique uma consideração suprema a autoridade de Deus. Agora bem, se o coração de um homem é reto, considera tudo o que Deus manda mais importante que qualquer outra coisa. E se um homem considera que há algo que tem mais peso que a autoridade de Deus, isto é seu ídolo. Tudo o que consideramos de modo supremo, este é nosso bem, seja a reputação, a comodidade, as riquezas, a honra, o que seja, isto é o deus de nosso coração. Se um homem descuida habitualmente algo que sabe que é uma ordem de Deus, ou que vê que se requer para impulsionar adiante o reino de Cristo, há uma demonstração absoluta de que considera aquilo como supremo. Não há possibilidade de que Deus aceite seus serviços. Pode estar seguro que toda a religião de tal é religião de um sentimento público. Se descuida de algo requerido pela lei de Deus ou faz algo incompatível com ela, meramente porque a opinião pública requer, com isto basta para demonstrar que obedece ao sentimento público e não considera o glória de Deus.

O que pode contestar você mesmo disto? Você descuida de modo regular algum requerimento de Deus porque não é posto em vigor pelo sentimento público? Você é dos que professam a religião pela pressão do sentimento público e o demonstra cumprindo só aqueles requerimentos que estes põem em vigor mas descuidas dos demais? Aos que demostram que têm mais consideração às opiniões dos homens que aos juízos de Deus só se pode chamá-los de HIPÓCRITAS.

4. Esta classe de professos é possível que se permitam pecados quando não se encontram em sua casa, que não se permitiriam em casa. Este é o caso dos que se absteriam de beber vinho ou ir ao teatro em sua própria cidade, mas não têm inconveniente quando vijam em países em que estes costumes são comuns.

5. Outra manifestação deste caráter é a comissão de pecados que se podem chamar secretos. A abstenção dos mesmos é devida estritamente ao fato de que os outros o conheçam. Cada um tem que se julgar a este respeito. Mas a palavra hipócrita tem que repetir-se aqui. E não temos que esquecer que Deus não conhece a palavra secreto. Todos os pecados são cometidos à vista de Deus.

6. Ou talvez entrem em omissões secretas do dever, que não são conhecidas dos demais. Não faltarão a comunhão, como é natural, e aparecerão como muito piedosos no Domingo. Mas a oração privada é desconhecida para estas pessoas. É fácil de ver que a reputação é seu ídolo. Temem perder sua reputação mais que ofender a Deus.

O que responde você disso? É um fato de modo habitual a falta com teus deveres privados, quando você é cuidadoso de executa-los em público? Se é assim, o que você me diz do seu caráter? É necessário que te repita que ama a glória dos homens mais do que a de Deus?

7. A consciência desta classe de pessoas parece estar fundada em princípios distintos dos do evangelho.

Parece que têm uma consciência para as coisas que são populares, mas que não têm consciência naquelas que não requerem um sentimento público. Podemos lhes predicar claramente seu dever, e demostrá-lo, e ainda é possível que confessem eles mesmos que é seu dever, e, contudo, enquanto o sentimento público não o requer e não é algo que afeta sua reputação, seguirão obrando como antes. Caso se lhes mostre um: "Assim diz o Senhor" e se lhes faz ver que o curso que seguem é palpavelmente incompatível com a perfeição cristã e contrário aos interesses do reino de Cristo, não por isso vão mudar. Deixam claro que não têm em consideração os requerimentos de Deus, senão os requerimentos da opinião pública. Amam mais a glória dos homens do que a glória de Deus.

8. Estas pessoas geralmente temem muitíssimo que se lhes considerem fanáticos.

Não conhecem, praticamente pelo menos, o princípio de que "todo o mundo está equivocado!" Esquecem que o sentimento público do muno está contra Deus em massa, e que todo o que tenta servir a Deus deve em primeiro lugar fazer frente ao sentimento público do mundo. Eles têm que dar-se bem em conta que este é um mundo de rebeldes, e o sentimento público está equivocado, como o mostra o fato da controvérsia de Deus. Não têm os olhos abertos a esta verdade fundamental de que o mundo está equivocado, e que os caminhos de Deus vão diretamente em direção oposta. Por conseguinte, é verdade, e sempre foi, que "todos os que vivem piedosamente em Cristo Jesus sofrerão perseguição". Serão chamados fanáticos, supersticiosos, exagerados e toda classe de coisas. Sempre foram e serão, em tanto que o mundo siga equivocado.

Mas esta classe de pessoas nunca vai mais além do que é compatível com as opiniões dos homens mundanos. Dizem que devem fazer isto ou aquilo a fim de ter influência sobre eles. Por cima disto tem que prevalecer a atitude dos verdadeiros amigos de Deus e dos homens. O objetivo destes é voltar ao revés a ordem do mundo, botar o mundo de pernas para o ar, levar a todos os homens à obediência a Deus e fazer que as costumes e instituições do mundo estejam de acordo com o espírito do evangelho.

9. Eles tem sumo interesse em fazer-se amigos dos dois lados.

Seguem sempre um curso medíocre. Evitam a reputação dos extremos, de uma maneira ou de outra são relaxados e sem religião. Tem sido assim durante séculos o fato que uma pessoa pode manter-se como religioso sem ter que ser chamado fanático. E os padrões são todavia tão baixos que é provável que a grande massa das igrejas protestantes estão procurando ocupar este terreno mediano. Querem amidos nos dois lados. Não querem ser contados com os reprovados, mas tampouco com os fanáticos. São CRISTÃOS DA MODA. E isto quer dizer que querem ser populares. O tema religião é popular e eles desejam precisamente isto. Seguem também o que está na moda no mundo. Seu objetivo na religião é não fazer nada que desgoste o mundo. Seja o que seja o que Deus requeira estão decididos a ser prudentes, não incorrer nas censuras do mundo e não ofender aos inimigos de Deus. Têm mais consideração aos homens do que a Deus. E se as circunstâncias lhes levam a ter que ofender a seus amigos ou vizinhos ou a Deus, prefere ofender a Deus. Se o sentimento público choca com as ordens de Deus sempre cedem ante o sentimento público.

10. Farão mais para ganhar o aplauso dos homens que para ter a aprovação de Deus.

Isto é evidente pelo fato que obedecem só aos requerimentos de Deus que são sustentados pela opinião pública. Não exercem a negação própria para ganhar os aplausos de Deus, e sim para ganhar os aplausos dos homens.

11. Eles têm mais interesse em conhecer qual é a opinião dos homens que lhes rodeiam do que de saber a opinião que Deus tem deles.

Isto se aplica aos ministros. Lhes interessa mais saber o que pensam os ouvintes de seu sermão que o que pensa Deus. E se em algo fracassaram lhes dói dez vezes mais que a idéia de que tenham desonrado a Deus ou impedido a salvação das almas. E isto pode dizer-se também de um diácono, um ancião ou um membro da igreja. Se oram em uma reunião, ou exortam, estão mais preocupados pelo que pensam deles que de saber o que Deus pensa dele.

Se algum destes tem algum segredo que é descoberto o consideram um desastre muito maior, pelo que lhes afeta a eles, que pelo fato de que Deus seja desonrado. E o mesmo se caem em algum pecado aberto.

Estão mais preocupados de sua aparência ao olhos do mundo que aos olhos de Deus. Caso se trate de mulheres (ainda que não são as únicas) se preocupam de que seu corpo apareça cuidado e vestido com primor do que preparar seu coração que estará à vista de Deus. Não guardará esforços, durante grande parte da semana, para assegurar-se dos aspectos externos no Domingo diante da igreja, e talvez não passará nem meia hora em seu quarto preparando-se no coração para aparecer ante os átrios de Deus. Todo o mundo pode ver, num instante, o que é esta religião. Todo mundo sabe que é HIPOCRISIA. Eles irão para a casa de Deus, com seus corações escurecidos como a meia-noite, enquanto toda a sua aparência externa é bela e decente. Eles devem apresentar-se bem aos olhos o homem, não importa como seja, ou em qual Deus coloca os seus olhos. O coração pode estar nas trevas e desordenado e poluído, mas eles não se importam, contanto que os olhos dos homens não detectem nenhuma mancha.

12. Recusam confessar seus pecados na forma que a lei de Deus requer, para que não sofra sua reputação entre os homens. Estão ansioso de que o que confessem não seja incompatível com sua reputação, mas não tanto da forma em que afetará seu caráter ou de se Deus ficará satisfeito.

Que esquadrinhem seus corações os que fizeram confissão para ver o que é o que mais afetou a sua mente ao fazê-la, o que Deus pensa deles ou o que pensam os homens. Tem recusado confessar o que Deus quer que confesses, porque isto vai prejudicar tua reputação entre os homens? Não vai Deus julgar teu coração?

13. Eles cederão ao costume que eles sabem que é prejudicial para a causa de Deus, e ao bem-estar humano.

Um exemplo desta agressão é encontrado no jeito de se portarem no Reveillon. Quem não sabe o costume de comportamento do Reveillon, pede seu vinho e sua comida cara e entretenimentos custosos, e gastar o dia como eles querem, é um desperdício de dinheiro, ofensa a saúde e prejudicial as suas próprias almas e aos interesses de Deus. E ainda assim fazem isto. Diremos nós que essas pessoas que farão isto, quando eles sabem que é prejudicial, que amam supremamente a Deus? Não me importa que defendam isto como costume, ele é errado, e todo Cristão deve saber que uma suprema consideração a Deus não é sua regra de vida.

14. Farão coisas de caráter duvidoso, ou coisas da qual a legitimidade têm só algumas dúvidas em obediência ao sentimento público. O que faz algo de caráter duvidoso, que não está seguro de que seja legítimo, está condenado à vista de Deus.

15. Com freqüência se "envergonham" de fazer o que é seu dever, e também de não fazê-lo.

Quando uma pessoa se envergonha de fazer o que Deus requer, até o ponto de não fazê-lo, é evidente que sua reputação é seu ídolo. Tem muitos que se envergonham de reconhecer a Jesus Cristo, de reprovar o pecado, de falar alto quando se ataca a religião. Se consideram a Deus sobre todas as coisas, se envergonhariam do que é seu dever? Se envergonharia um homem de defender a sua mulher se a caluniassem, ou a seus filhos se os atacassem? Não, é claro, se os ama. O mesmo se pode dizer com respeito aos próprios país. Quem se envergonharia de defendê-lo se fosse caluniado estando em um país estrangeiro?

Agora bem, estas pessoas das que falo não tomam uma posição clara quando estão entre os inimigos da verdade, quando seriam objeto de reprovação, naquelas circunstâncias, se tomassem essa posição. São muito valentes pela verdade quando estão entre amigos, e então fazem ostentação de seu valor. Mas quando são postos a prova, vendem ao Senhor Jesus Cristo e o negam ente seus inimigos, em vez de falar alto em sua defesa.

16. Se opõem a tudo o que interfere com sua complacência própria, e que faz nova luz com respeito a coisas de caráter prático.

Ficam muito transtornados ante toda oposição que possa dar por resultado algum sacrifício material, ou em seus hábitos de autocomplacência. E a única maneira de chegar a estas pessoas é criando um sentimento público com respeito àquele assunto. Quando foi conseguido, apelando a benevolência e a consciência de outros, que se crie um sentimento público na comunidade a favor daquilo, então adotarão as novas proposições, mas não antes.

17. Eles estão sempre aflitos ao que eles chamam os extremismos do dia.

Eles estão com muito medo do "extremismo" do dia presente que destruirá a igreja. Eles dizem que nós levamos as coisas muito adiante, e nós causamos assim uma reação. Pegue, por exemplo, a Reforma da Temperança. Os verdadeiros amigos da temperança agora sabem, que álcool é a mesma coisa, ele é encontrado em qualquer lugar, e para salvar o mundo e banir a intemperança, é necessário banir o álcool em todas as suas formas. O detalhe da Reforma da Temperança nem ainda foi decidido. A massa da comunidade nunca foi chamada a alguma negação própria por esta causa. Um caso em que isto incomoda é quando isto é quando isto entra em questão ou quando o homem vai exercer a negação própria para destruir o mal. Se eles tem permissão de continuar bebendo vinho e cerveja, isto não é negação própria para abandonar as licores espirituosos. Isto é apenas uma mudança na forma em que o álcool é usado, e eles podem beber tão livremente quanto antes. Muitos amigos da causa, quando eles viram que multidões estavam investindo nela, estavam prontos para o grito de vitória. Mas a verdadeira questão ainda não foi tentada, e multidões nunca vão render-se, até que os amigos de Deus e dos homens possam formar um sentimento público forte o suficiente para aniquilar o caráter de todo homem que não renuncie isto. Você encontrará muitos doutores da divindade e pilares da igreja, que podem beber seu vinho, que pararão por aí, sem o comando de Deus, sem querer saber da benevolência, sem desejo de salvar as almas, sem piedade do sangue humano, moverão algumas pessoas, mas não poderão formar um sentimento público tão poderoso quanto a disposição deles para fazer estas coisas, por causa do desgosto de perder a sua reputação. Eles amam a glória dos homens.

E isto é uma questão em minha mente, um assunto de solene e ansiosa dúvida, se no presente padrão baixo da piedade e decadência dos avivamentos religiosos um sentimento público pode ser formado, suficientemente poderoso para fazer isto. Se não, nós estamos voltando para trás. A Reforma da Temperança vai ser desmanchada como uma represa de areia, as comportas serão abertas novamente, e o mundo vai ser empurrado para o inferno. E ainda assim milhares de professos em religião, que querem agradar ao respeito público e ao mesmo tempo gostam de seus próprios caminhos, estão chorando como se eles estivessem aflitos com o extremismo da época.

18. Com freqüência se opõem aos homens, medidas e coisas, enquanto que não são populares ou objeto de reprovação, mas quando são populares seguem a maioria.

Se um indivíduo vai pelas igrejas em um distrito e os desperta para um avivamento de religião, enquanto que é pouco conhecido, estas pessoas não terão inconveniente em falar contra ele. Mas se a coisa prospera e a pessoa ganha influência logo vão colocar-se a seu lado e elogiá-lo e professarão ser seu melhores amigos. Ao Senhor Jesus Cristo lhe ocorreu o mesmo. Antes de sua morte passou por graus distintos de popularidade. As multidões o seguiam quando ia pelas ruas, proclamando: Hosana, Hosana. Mas observe-se que nunca o seguiram um passo mais além do que lhe seguia a popularidade. Tão pronto como o arrastaram, se voltaram contra ele e gritaram: "Crucifica-o, crucifica-o!"

Esta classe de pessoas, que vão com a maré, se apartam de um homem quando sofre reprovação e montam ao seu lado quando é honrado. Só há uma exceção. E ocorre quando já se comprometeram demais em um movimento de oposição que não podem fazer marcha ré sem tornar-se ridículo. Então ficam em silêncio.

Muitas vezes muitos membros se opõem a uma avivamento em uma igreja ao começar. Logo não simpatizam na forma como se realizam as coisas, pois temem que tenha excitação demais e coisas assim. Mas a medida que o trabalho progressa, acabam juntando-se com a multidão. Ao fim, quando terminou o avivamento e a igreja volta a se esfriar, esta classe de pessoas são as que voltam a renovar o trabalho de oposição a obra, e talvez, ao final, induzem a igreja a adotar uma atitude negativa contra o mesmo avivamento em que eles mesmos participaram. Esta é a maneira em que muitos indivíduos têm atuado com respeito aos avivamentos neste país. Se deixaram influenciar pelo sentimento público e acataram o avivamento, mas pouco a pouco, ao declinar o avivamento, renovam a oposição que há em seu coração e que tinham suprimido enquanto que o avivamento era popular.

O mesmo tem acontecido na causa das missões até certo ponto, e se algo ocorre-se que mudasse o favor do público, que é agora em sua maioria pelas missões, não teriam inconveniente em apoiar aos que se opusessem a elas.

19. Caso se propõe alguma medida para fomentar e fazer prosperar a religião, são muito sensíveis e escrupulosos de não fazer nada que não seja popular.

Se vivem em uma cidade perguntarão o que é que pensam as outras igrejas desta medida. E se é provável que vá resultar em reprovação da igreja ou do ministro à vista dos infiéis, ou à vista das outras igrejas, se encontram muito atormentados pelo mesmo. Não importa se a medida é boa, ou quantas almas podem ser salvas por meio dela, o que não querem é que se faça nada que possa lastimar a reputação de sua igreja.

20. Esta classe de pessoas nunca procuram elas mesmas formar um sentimento público em favor da piedade.

Os verdadeiros amigos de Deus e dos homens sempre estão procurando formar sentimento público, ou corrigi-lo em todos os pontos em que estão equivocados. Estão decididos de todo coração a averiguar os males do mundo, a reformar o mundo, a eliminar a iniqüidade da terra. Esta outra classe sempre seguem o sentimento pública tal qual é, e seguem a corrente, como se flutuassem na mesma, e por outra parte estão dispostos sempre a qualificar de imprudente ou perigoso ao homem que vai contra a corrente, ou procura mudar a direção do sentimento público.

CONCLUSÃO

1. É fácil para as pessoas dar crédito para os seus pecados fazendo eles mesmos acreditarem que certas coisas são atos de piedade.

Eles fazem coisas que externamente pertencem a piedade, e eles dão a si mesmos créditos de pessoas devotas, quando seus motivos são todos corruptos e vazios, e nenhum deles se aproximam para dar consideração suprema a autoridade de Deus. Isto é manifesto do fato que eles não fazem nada exceto no que os requerimentos de Deus são levantados por um sentimento público. A menos que você decida fazer TODOS os seus deveres, e conceda obediência em todas as coisas, a piedade que você assume acredito que seja uma mera hipocrisia, e isto na verdade é pecar contra Deus.

2. Há muito mais piedade aparente na igreja do que piedade real.

3. Há muitas coisas que os pecadores supõem ser boas, mas que é abominável a vista de Deus.

4. Mas pelo amor à reputação e medo da desgraça, quantos há na igreja que se permitem uma apostasia deliberada?

Quantos há aqui, que vocês sabem que se permitiriam cair num vício deliberado, que estavam nisto não para reprimir o sentimento público, o medo da desgraça e o desejo de ganhar o crédito de virtude? Onde uma pessoa é virtuosa por uma consideração a autoridade de Deus mesmo que o sentimento público o reprove com seu olhar de censura, isto é a verdadeira virtude. Caso contrário, eles já receberam a sua recompensa. Eles fazem isto para terem aprovação aos olhos dos homens, e eles conseguem. Mas se eles esperam alguma coisa que das mãos de Deus, com certeza eles serão desapontados. A única recompensa que ELE entregará sobre estes hipócritas egoístas é que eles serão condenados.

E agora eu desejo saber quantos de vocês se determinarão a fazer o seu dever, e todo o seu dever, de acordo com a vontade de Deus, sendo o sentimento público o que seja? Quanto de vocês concordarão em pegar a bíblia como sua regra, Jesus Cristo como seu modelo, e fazer o que é CORRETO, em todas os casos, qualquer que seja o que o homem possa pensar ou dizer? Qualquer um que não esteja disposto a usar esta base, deve considerar-se um estranho para a graça de Deus. Ele não está de nenhuma maneira no estado de justificação. Se ele não está decidido a fazer o que ele sabe que é correto, seja qual for o sentimento público, isto é uma prova positiva que eles amam mais a glória dos homens do que a glória de Deus.

E deixe-me falar aos pecadores impenitentes presentes: Você vê o que é ser Cristão. É ser governado pela autoridade de Deus em todos os casos, e não pelo sentimento público, é viver não por medos e esperanças, mas pela suprema consagração a Deus. Você vê que se você pretende ser religioso, você deve medir os custos. Eu não vou lisonjear você. Eu nunca tentarei te agradar para te fazer religioso, lançando fora a verdade. Se você deseja ser Cristão, você tem que se entregar por inteiro a Cristo. Você não pode flutuar ao longo do paraíso das ondas do sentimento público. Eu não vou enganá-lo neste ponto.

Você pergunta, pecador, o que vai acontecer com todos esses que professam religião, com todos que estão conformados com o mundo, e que amam mais a glória dos homens do que a glória de Deus? Eu respondo: Eles irão para o inferno, com você e com todos os outros hipócritas. Tão certo quanto que a amizade com o mundo é inimizade com Deus.

Por isso, saia do meio deles, meu povo, e sejam separados, e eu os receberei, diz o Senhor. Eu serei um Pai para vocês, e serão filhos e filhas. E agora, quem fará isto? Diante da igreja e no meio dos pecadores, quem fará isto? Quem? Quem é pelo Senhor? Quem está disposto a dizer: "Não vamos muito longe com a multidão para o mal, mas estão determinados a fazer a vontade de Deus, em todas as coisas, sejam quais forem, e deixe o mundo pense e diga de vocês o que quiserem." Quantos de vocês estão agora dispostos a fazer isto, expressem isto levantando-se de seus lugares diante da congregação, e ajoelhem-se, enquanto é oferecida uma oração, que Deus aceite e sele seu solene pacto de obedecer a Deus de agora em diante em todas as coisas, seja nos momentos bons ou seja nos momentos ruins.

sábado, 2 de abril de 2011

A morte está viva! Mas, ela morrerá!


A morte esta viva! Mas, ela morrerá!

A morte física e espiritual, são consequência do pecado; em se tratando da separação do homem de Deus.
Hb. 9:27-“E como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”(Jesus morreu na cruz, tomando sobre si o nosso juízo).

Mas, para os que temem e amam a Deus, a morte deixa de ser um castigo ou pena, como o é para o que não crê em Jesus, e, nem teme a Deus.
 I Co. 15:55-57- “Onde está ó morte, o teu aguilhão? Onde está ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.
Mas, graças a Deus que nos da a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo”.

E, mais, ouça o que Paulo diz em Filipenses 1:21-23.

Da morte física, temos o seguinte:
Faz parte da consequência do pecado, contendo um elemento do castigo divino, Gn. 3:19 “...porque tu és pó e ao pó voltará”.
Para quem permanece no pecado, a morte serve de elemento de castigo, Oséias 13:14.
Para o servo de Deus verdadeiro, a morte passa a ser serva, perdendo-se o elemento de castigo, Fl.1:21-“Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro”.
A vitória sobre a morte é garantida por Jesus, através de sua ressurreição, Lc.24:5; Ap.1:18.

A morte está viva, e, continua a arrebatar vidas, a dilacerar lares.
Com ela vem o vazio, a dor da perda, o desamparo, e a impotência diante da situação.

Um “poeta”, falando sobre ela disse: “Morte, não seja orgulhosa, ainda que muitos a tenha por poderosa e espantosa, porque você não é tal. Morte, você morrerá”!

Aleluia! A nossa esperança e vida, estão depositadas em Jesus, o Senhor da vida e da morte. Apocalipse 20:14- “Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a Segunda morte, o lago de fogo”.

A cada dia, deparo com pessoas (crentes), que se apavoram com a idéia da morte. Quando a morte os ronda, se abalam de tal maneira, que, nem parece servirem um Deus vivo.

Eu sou livre da morte, desde o dia em que o Senhor Jesus me aceitou, e, tornou-se Deus e Senhor da minha vida. Atos 21:13 “Pois estou pronto não só para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor”.

A não ser que sejamos arrebatados para o céu, o único meio de chegarmos lá, é pelo “veiculo chamado morte”.

A um século atrás, os intelectuais achavam que a ciência resolveria todos os nossos problemas, todas as misérias que acometem a humanidade, e, por fim, destruiriam a fé; e que “Deus”, só seria lembrado como peça de museu.
Então o filósofo Nietzsche disse: “Deus está morto”.

Filósofos morreram e morrem. Cientistas morreram e morrem.
Ateus morreram e morrem. Religiosos morrem.
Crentes e descrentes morrem.
Crianças dentro ou fora do ventre morrem.
Jovens e velhos morrem.
Religiões morrem.

Mas, Deus que é bendito criador, vive para todo o sempre!!!

João 8:23-24, “E prosseguiu; vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima; vós sois deste mundo, eu deste mundo não sou. Por isso eu vos disse que morrereis nos vossos pecados, porque, se não crerdes que Eu Sou, morrereis nos vossos pecados”.

Sem Jesus, morreríamos em nossos pecados, (I Co. 3:18; Gl.5:19-21).
Colossenses 3:6, “por  estas coisas é que vem a ira de Deus (sobre os filhos da desobediência)”.
O Estado Intermediário.

As palavras Hades (N.T), e Sheol (V.T), indicam o que entendemos por além túmulo. Mas, não indicam a condição do homem depois da morte física.
Hades não é o paraíso nem o geena.
Em atos dos apóstolos 2:31, vê-se um uso geral para o termo inferno: “...a sua alma não foi deixada no inferno, nem a sua carne viu corrupção”.
Conclui-se que o além túmulo, é um lugar para onde vão todos depois de passarem pela morte do corpo. O além túmulo é apenas, além túmulo.

Porém, a bíblia fala sobre a condição, dos que vão para o além túmulo.

A Condição do Justo.
Sobre a ressurreição dos mortos, diz Deus: “Eu sou o Deus de Abraão, de Isaque, e de Jacó; Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos”. (Mt.22:32)
Lucas 16:22, fala claramente sobre o assunto: “E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado”.

Jesus diz ao ladrão na cruz: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”. (Lc. 23:43)
Em João 11:26, lemos : “E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá”.

E, em João 14:1-3, um poderoso consolo, através de uma poderosa promessa: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também”.

1º- Depois da morte física, o crente vai imediatamente para Jesus. Fecha os olhos neste mundo, e, os abre no céu.

2º- O estado do justo é de plena consciência. Estaremos mais vivos do que nunca

3º- O estado do justo é de muito gozo, de muita satisfação. Ap. 14:13, “E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espirito, para que descansem dos seus trabalhos e suas obras os sigam”.

4º- O estado intermediário, não é o final, embora o justo esteja com Jesus e muito feliz, ainda está sem corpo. O homem sem corpo não é completo. A ressurreição põe fim ao estado intermediário. Note-se porém: durante esse processo o espirito do crente está com Deus.


A condição do injusto no além túmulo.

As passagens que falam sobre a condição dos injustos, são claras e não deixam rastros de dúvidas. Vejamos: (Lc. 16:22-23), “E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado. E no inferno, erguendo os olhos, estando em tormentos, viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio”.

(v.26), “e, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá”.

II Pedro 2-9, diz assim: “Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados”.

1º- Os injustos no estado intermediário estão conscientes.

2º- Já sofrem as dores do inferno, porque quando fecha os olhos neste mundo, os abre no inferno, (Lc. 16:22-23), “E no inferno, erguendo os olhos, estando em tormentos...”

Por tudo isso, não temas diante da morte.
Enquanto o perverso vive as trevas de seus medos e pesadelos...
Enquanto o ímpio vive a escuridão de suas almas...

Ouça o que Deus diz, através de Malaquias 4:2-3:

“Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas; saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria.
Pisareis os perversos, porque se farão cinzas debaixo das plantas de vossos pés, naquele dia que preparei, diz o Senhor dos Exércitos”.


Pr. Luiz Carlos Euzebio
E-mail: luiz .carloseuzebio76@gmail.com


Saul e a pitonisa de Endor.


Saul e a pitonisa de Endor
(I Sm.28:7-25)
                          
                             (resumo)

v.8- essas servas geralmente eram estrangeiras, e, quase sempre criam no erro (superstições).
Médium (Hebráico ob) é traduzido em algumas versões por: “espírito adivinhador”, ou, “espírito familiar”, e, no texto grego (LXX), por (engastrimuthos) “ventríloquo” (um de fala diferente).

1º) v.6- ...O Senhor não lhe respondeu. Na situação de Saul, Deus não respondeu, não responde e não responderá. Saul consultou uma feiticeira e não ao Senhor.

2º) v.6- Nem por Urim (revelação sacerdotal), nem por sonhos (revelação pessoal), nem por profetas (revelação inspirada por Deus). E, se não foi o Senhor quem falou, não foi Samuel.

3º) Deus se mostra como Deus dos vivos: O Deus de Abrão, Isaque e Jacó (Ex. 3:15; Mt.22:32).

4º) As profecias devem ser julgadas (ICo. 14:29), essas(v.19) do pseudo Samuel não resistem ao exame:

a) Saul não foi entregue nas mãos dos filisteus. Ele suicidou-se.

b) Não morreram todos os filhos de Saul (v.19), pelo menos três filhos de Saul viveram: Isbosete (II Sm. 2:8-10). Armoni e Mefibosete (II Sm.21:8).

c) Saul não morreu no dia seguinte(v.19...amanhã estareis comigo), mais uma vez o diabo falhou, Saul morreu cerca de 18 dias depois.

d) Saul não foi para o mesmo lugar de Samuel (v.19...estareis comigo), Samuel estava no “seio de Abraão”, sentia isso e, sabia a diferença entre um salvo e um perdido.

Logo conclui-se que: o diabo vem com enganos, encantos e sutilezas.
Devemos estar atentos a palavra de Deus, e, nos armarmos contra as mentiras do diabo.

Ap. 22:15- “Ficarão de fora os cães(pessoas de má índole), os feiticeiros(incluindo usuários de drogas), os assassinos, os idólatras e todo o que ama e comete a mentira".

INCOMPARÁVEL!


Incomparável!

Muito mais que um simples homem. Muito mais que um simples judeu.
Muito mais que simples palavras. Muito mais que simples gestos.

Nada, nem ninguém, pode ser comparado com a sua pessoa.
Até mesmo o seu silêncio, falou mais alto que os gritos de uma multidão inconsolada.
Sua tranqüilidade impressiona até o mais ponderado dos homens.

A certeza da vida diante da morte, era o maior de seus enigmas.
Quando parecia precisar de consolo, ele consolava.

Diante da dor e agonia, não esboçou nem em um segundo sequer, desespero.
Quando pensaram que haviam lhe derrotado, ele se levanta vitorioso.

Os que lhe armavam ciladas, caiam em suas proprias armadilhas. Quando odiado, amava. Quando guerreavam contra Ele, dava-lhes paz. Quando irados o olhavam, de seus olhos ardiam amor.

Quando muitos se sentiam ressequidos, nele encontravam restauração.
Quando a dor da perda era irreparavel, nele encontravam a vida.

Até mesmo o seu traidor, foi tratado como amigo.
Os leprosos foram limpos. As prostitutas purificadas.

Quando injustamente o acusavam, a ninguém apontou.
Quando o aprisionaram, a muitos libertou.

E, enquanto lhe davam o fel da morte, de si escorria o sangue que nos garante vida.
Quando lhe ofereceram um túmulo para o corpo, ele nos garantiu o céu por herança.

Pr. Luiz Carlos Euzebio

E-mail: luiz.carloseuzebio76@gmail.com