sexta-feira, 22 de abril de 2011

Martírios


Martírios

O martírio de Policarpo.

Ao prenderem Policarpo, e o levarem diante do pro cônsul, este tratou de persuadi-lo, dizendo-lhe que pensasse em sua avançada idade, e que, adorasse o Imperador.

Quando Policarpo negou-se a fazê-lo, o juiz pediu que gritasse: "Abaixo os ateus". 
Ao sugerir isto, o juiz se referia aos cristãos, que eram tidos por ateus.

Mas, Policarpo apontando em direção a multidão de pagãos disse: "Sim, abaixo os ateus"!
O juiz insistiu, dizendo-lhe que se jurasse pelo Imperador e maldissesse a Cristo ficaria livre.

Mas, Policarpo respondeu: " Vivi 86 anos servindo-lhe, e nenhum mal me fez. Como poderia eu maldizer ao meu Rei que me salvou"?

Quando por fim o juiz o ameaçou, 1º com as feras, depois com ser queimado vivo, Policarpo respondeu, que o fogo que o juiz podia acender, duraria somente um momento, e logo se apagaria, mas, que o castigo eterno nunca se apagaria.

O martírio de Perpétua e Felicidade.

Perpétua era uma mulher jovem e de boa posição social, e ainda amamentando seu filho recém nascido.
Quando Perpétua foi presa seu pai tratou de convencê-la a abandonar sua fé, e assim salvar sua vida, e ela lhe respondeu que, assim como cada coisa tem seu nome, e é inútil tratar de mudá-lo, ela tinha o nome de cristã, e não podia mudá-lo.

Felicidade que estava grávida, ao queixar-se das dores do parto, seus carcereiros perguntaram como ela esperava ter a coragem necessária para enfrentar as feras, sua resposta foi:

"Agora os meus sofrimentos são só meus. Mas quando tiver que enfrentar as bestas, haverá outro que viverá em mim, e sofrerá por mim, posto que eu estarei sofrendo por ele".

Anunciaram a Perpétua e Felicidade que lhes haviam preparado uma vaca furiosa que as chifra-se.

Quando Perpétua foi chifrada e lançada ao alto, simplesmente cingiu seu vestido desfeito sobre as carnes expostas, pediu que lhe permitissem recolher sua cabeleira, porque sua cabeleira solta como haviam deixado era sinal de luto, e para ela este era um momento de felicidade.

Logo foi onde jazia Felicidade, também ferida, levantou sua companheira, e perguntou em voz alta que espantou a todos: " Onde está a famosa vaca"?

Por fim, desgarradas e sangrando, as mártires se reuniram no centro do anfiteatro, se despediram com o ósculo da paz e se dispuseram a morrer a espada.

Quando chegou a vez de Perpétua, seu carrasco tremia e não acertava ferida de morte, e ela tomou-lhe a mão e a dirigiu para que a ferisse na garganta.

Ao chegar a esse ponto, o "martírio" comenta: "Talvez o demônio a temesse tanto, que não se atrevia a matá-la, sem que ela o quisesse".


Pr. Luiz Carlos Euzebio

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