sexta-feira, 9 de junho de 2023

ESMIRNA: A IGREJA QUE NÃO CEDEU

 ESMIRNA: A IGREJA QUE NÃO CEDEU


Apocalipse 2.8-11

8 “Ao anjo da igreja em Esmirna escreva: “Estas são as palavras daquele que é o Primeiro e o Último, que morreu e tornou a viver.

9 Conheço as suas aflições e a sua pobreza; mas você é rico! Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás.

10 Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O Diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias. Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida.

11 “Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. O vencedor de modo algum sofrerá a segunda morte.

Linguagens da alma
A alma humana fala muitas línguas.

Há pelo menos quatro linguagens que apenas a alma humana é capaz de compreender ou delas fazer sentido:

Amor, Alegria, Música e Sofrimento.

Quem pode compreender o amor, senão a alma da gente?

O mesmo é verdadeiro para a alegria, a música e o sofrimento.

Todos eles são recebidos, absorvidos e compreendidos pela alma.

Sem alma ninguém ama, nem sofre, nem se alegra e nem curte uma boa música.

O que a gente diz da pessoa insensível para o amor, a alegria e o sofrimento?

“Fulano(a) não tem alma!”

E é verdade, pois é apenas lá, no léxico mudo do coração, que existem sentimentos impronunciáveis, misérias inexplicáveis, sensações indefiníveis,

mas que a alma humana consegue entender e responder com propriedade.

Palavras nem sempre conseguem expressar os sentimentos de uma alma sofredora.

A dor é muito profunda.
Até na oração, tantas vezes, o sofrimento é tão intenso que ficamos sem palavras diante de Deus.
Apenas gememos.
O sabor amargo de viver

A igreja de Esmirna entendia a linguagem do sofrimento.

Por causa da perseguição e da pobreza, a alma deles era fluente no dialeto da fome, da solidão, da humilhação, do medo e da dor.

Uma igreja fiel, que não cedeu às tentações e pressões do mundo.

Lembre-se de que, das sete igrejas do Apocalipse, apenas Esmirna e Filadélfia não receberam críticas, apenas elogios.

Mas, nem por isso, ela escapou do sofrimento; ela não deixou de perseverar.
Esmirna encarna para nós o ensino de Jesus:

Jo 16.33
Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz.
Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo.

Esmirna também testifica para nós a verdade do ensino de Paulo:

2Tm 3.12
De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.

Até o nome da cidade serve para descrever o que a igreja estava passando naquele momento da história.

Esmirna significa mirra (erva amarga).
A igreja realmente estava experimentando o sabor amargo de viver num mundo infectado pelo pecado.

A vida é sim amarga no mundo em que vivemos.

Através das cartas à Éfeso e à Esmirna, o Apocalipse ensina que se a primeira marca de uma igreja, ou de um cristão,

que Deus aprecia é o amor (Éfeso), a segunda é o sofrimento (Esmirna).

Uma é naturalmente consequência da outra. A disposição de sofrer prova a autenticidade do amor.

Estamos dispostos a sofrer apenas por aqueles que amamos.

A prova de que os crentes de Esmirna não tinham perdido o primeiro amor, como haviam perdido os crentes de Éfeso,

estava no fato de eles estarem preparados e dispostos a sofrerem pelo Senhor.

Como Pedro e João, os cristãos da igreja de Esmirna estavam:

At 5.41
Alegres por terem sido considerados dignos de serem humilhados por causa do Nome.

Como o cristianismo desta época da história, do nosso tempo, está carente de cristãos assim, amorosos e sofredores.

John Piper

O que há nos cristãos que faz deles o sal da terra e a luz do mundo?

Não são as riquezas. O desejo por riquezas e a busca de riquezas têm o sabor e a aparência do mundo.

Desejar ser rico nos torna como o mundo, não diferentes.

Justo no ponto onde deveríamos ter um sabor diferente, temos a mesma cobiça maliciosa que o mundo tem.

Neste caso, não oferecemos ao mundo nada diferente do que ele já crê.

A grande tragédia da pregação da prosperidade é que uma pessoa não tem que ser acordada espiritualmente para abraçá-la; ela precisa apenas ser gananciosa.

Ficar rico em nome de Jesus não é o sal da terra ou a luz do mundo. Nisto, o mundo simplesmente vê um reflexo de si mesmo.

E se eles são “convertidos” a isso, eles não foram realmente convertidos, mas apenas colocaram um novo nome numa vida velha.

No Sermão do Monte, o contexto da fala de Jesus nos mostra o que o sal e a luz são;

são a alegre boa-vontade de sofrer por Cristo.

Eis o que Jesus disse:
“Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós.

Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.

Vós sois o sal da terra… Vós sois a luz do mundo.” (Mateus 5:11-14)

O que fará o mundo saborear o sal e ver a luz de Cristo em nós, não é que amemos as riquezas da mesma forma que eles amam.

Pelo contrário, será a boa-vontade e a habilidade dos cristãos de amar aos outros apesar do sofrimento, a todo tempo exultando porque seu galardão está nos céus com Jesus.

“Regozijai-vos e exultai [nas dificuldades]… Vós sois o sal da terra.” Salgado é o sabor da alegria nas dificuldades.

Esta é a vida inusitada que o mundo pode saborear como diferente.

Tal vida é inexplicável em termos humanos. É sobrenatural.

Agora, atrair pessoas com promessas de prosperidade é simplesmente natural.

Não é a mensagem de Jesus. Não é aquilo que ele alcançou com sua morte.

Precisamos da igreja de Esmirna para nos ensinar a cultivar a marca do sofrimento, que é fruto do amor.

Os tipos de sofrimento

Quais os tipos de sofrimento que a igreja de Esmirna sofreu por causa do evangelho de Jesus e o que eles podem nos ensinar?

O testemunho desses irmãos haverá de nos encorajar a perseverar:

1Pe 5.8-9
8 Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar.

9 Resistam-lhe, permanecendo firmes na fé, sabendo que os irmãos que vocês têm em todo o mundo estão passando pelos mesmos sofrimentos.

Duas eram as fontes principais do sofrimento dos cristãos de Esmirna: resistência ao império e revolta dos ímpios.

Resistência ao império
Já no ano 195 a.C., lá em Esmirna, tinha sido construído e dedicado um templo para Roma personificada como deusa (Dea Roma).

Desde então, a cidade ficou reconhecida por sua lealdade patriótica ao império.

Tanto que no ano 25 d.C. lhe foi concedido o privilégio de erigir um templo ao imperador Tibério.

Evidentemente, pois, o culto ao império e ao imperador (à Roma e ao César de Roma) era um fator de grande orgulho em Esmirna.

Claro, porém, que os cristãos daquela cidade se recusaram abertamente a acender incenso diante das estátuas romanas e também de chamar Tibério César de senhor.

Sabiam que era idolatria. O resultado foi que sofreram todo tipo de retaliação, perseguição e até confiscação.

Coisa parecida a que sofreram os cristãos de Hebreus.

Hb 10.32-34
32 Lembrem-se dos primeiros dias, depois que vocês foram iluminados, quando suportaram muita luta e muito sofrimento.

33 Algumas vezes vocês foram expostos a insultos e tribulações; em outras ocasiões fizeram-se solidários com os que assim foram tratados.

34 Vocês se compadeceram dos que estavam na prisão e aceitaram alegremente o confisco dos seus próprios bens, pois sabiam que possuíam bens superiores e permanentes.

Assim como os cristãos de Hebreus; exatamente porque os cristãos de Esmirna estavam resistindo às corrupções do império foi que eles sofreram tanto:

Ap 2.9 | Conheço as suas aflições e a sua pobreza; mas você é rico!

Revolta dos ímpios
Além das consequências pela resistência ao império, os cristãos de Esmirna também sofreram com a revolta dos ímpios. Havia em Esmirna uma grande comunidade judaica, que Jesus descreveu de forma ríspida:

Ap 2.9b | Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás.

Os judeus eram isentos de todas as obrigações sacrificiais impostas por Roma.

Era a forma que o império havia encontrado para conviver pacificamente com os judeus.

Por outro lado, para compensar a falta de sacrifícios ao império e ao imperador, os judeus procuravam lisonjear as autoridades e o povo romano, acusando os cristãos, da mesma forma que eles fizeram quando da crucificação de Jesus.

Fontes de perseguição

Há, pois, duas fontes principais de perseguição.

1 Sempre que resistimos às forças e às formas do império secular em que estamos inseridos nós sofremos.

E 2 sempre que proclamamos abertamente a verdade do evangelho de Jesus nós também sofremos.

São praticamente duas as fontes de onde constantemente brotam a intolerância e a perseguição contra os cristãos: do império e da sinagoga de satanás, do estado e da religião.

Procure resistir às forças e às formas ímpias do sistema e você verá o quanto isso lhe custará.

Outra coisa: proclame a verdade do evangelho e você verá o que os credos religiosos (e seculares!) ao seu redor são capazes de fazer.

Formas de perseguição

Tendo identificado as fontes, vejamos as formas de perseguição que se manifestaram em Esmirna, pois elas se manifestam ainda hoje.
1. Privação (Ap 2.9)

Conheço as suas aflições e a sua pobreza;

É de surpreender que numa cidade rica e próspera como Esmirna qualquer de seus cidadãos fosse pobre.

Mas, por que os cristãos eram assim tão pobres?

Talvez eles pertencessem à classe mais baixa da sociedade (1Co 1.26).

Talvez o amor e a generosidade os tivessem feito vender o que tinham para ajudar quem mais precisava
(At 2.44; 4.32, 34).

Mas, nenhum destes dois fatores explica a razão para tanta pobreza.
A sua pobreza era fruto de suas “aflições” (Ap 2.9).

Ou seja: decisão de agir corretamente nos negócios; renúncia aos métodos suspeitos e inescrupulosos; judeus e pagãos que se negavam a fazer negócios com cristãos; confisco dos bens por parte das autoridades

Isso e muito mais fez aquele povo passar por tanta privação. Conforme John Stott,

Ainda hoje nem sempre é gratificante ser cristão.
E a honestidade a qualquer preço nem sempre é o melhor procedimento, se o ganho material é nossa ambição.

A pobreza tem frequentemente sido parte do custo do discipulado cristão.

E vai piorar cada vez mais, na medida que o fim se aproxima.

Como veremos adiante, em nosso estudo do Apocalipse, quem não tiver a marca da besta na testa e na mão não poderá comprar nem vender (Ap 13.16-18).

Mas, que quer dizer isto?

A fronte simboliza a mente, a vida intelectual, a filosofia de vida de uma pessoa. A mão direita indica seus feitos, sua atividade, sua ocupação, suas ações:

“Também as atarás [as palavras da lei] como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos” (Dt 6.8).

Portanto, receber a marca da besta na fronte ou na mão direita indica que a pessoa assim caracterizada pertence à companhia daqueles que seguem o anticristo e perseguem a Igreja.

Isto é, este espírito anticristão se torna evidente pelo que a pessoa pensa e faz.

Esta interpretação se harmoniza inteiramente com a explicação sobre o selo que o crente recebe em sua fronte (Ap 7.3; 9.4).

O selo que Deus colocou na testa de seus adoradores certamente não é uma marca visível.

Este selo indica que a pessoa pertence a Cristo, que ela o adora, que manifesta seu Espírito, que tem os seus pensamentos, etc.

À medida em que o fim se aproxima e o espírito do anticristo se manifesta, quem não pensar e não agir como um deles será perseguido e sofrerá grandes privações.

2. Difamação (Ap 2.9)
Além da privação, há também a difamação. Jesus coloca assim:

Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás.

Em Esmirna, Judeus espalhavam falsos rumores sobre os cristãos. As mentes das pessoas da cidade estavam sendo envenenadas contra os cristãos.

Os inimigos de Cristo viviam, e ainda vivem, de “caluniar” ou de “blasfemar” contra os cristãos.

Jesus chega a chamar tais caluniadores de Esmirna de “sinagoga de satanás”, pois eles tinham aprendido as táticas de seu mestre, o diabo (Ap 2.10), que é “acusador” e “caluniador”.

O Senhor já o tinha chamado de “mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.44), cujos seguidores compartilham sua aversão pela verdade.

É incrível como a maledicência exerce tanta fascinação sobre nós todos.

Pv 26.22 | As palavras do caluniador são como petiscos deliciosos; descem saborosos até o íntimo.

Incrédulos, dentro e fora da igreja, nutrem-se desta suculenta iguaria. Cuidado! Você pode ser usado por Satanás para difamar e ferir.

Pior do que perder bens e dinheiro em qualquer perseguição é perder o que temos de mais valioso: a reputação.

Difamação fere muito e o segredo para quem é difamado é agir como Jesus:

1Pe 2.23 | Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava- se àquele que julga com justiça.

A privação e a difamação eram duas experiências de provação que a igreja de Esmirna já estava sofrendo.

Mas havia coisas piores pela frente.
O que poderia ser pior?

3. Prisão (Ap 2.10)

Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O Diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias.

Os cristãos estavam prestes a passar um período de muito sofrimento.

Seriam privados da liberdade, do convívio com os seus amados, seriam torturados e humilhados ao extremo.

Seria um período curto e localizado (“durante dez dias”), mas seria intenso e doloroso o bastante.

4. Execução (Ap 2.10)
Depois de tudo, ainda havia algo angustiante: a morte por execução, o martírio.

Não tenha medo do que você está prestes a sofrer.

O Diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias.

Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida.

A perseguição era tão feroz, que o martírio também era uma possibilidade.
Um dos mártires cristãos mais conhecidos de todos os tempos era natural de Esmirna.

Seu nome era Policarpo.

A tradição diz que quando o Apocalipse chegou à igreja de Esmirna, Policarpo era o seu pastor titular e, portanto, foi quem leu a carta para a congregação.

Mal ele sabia que ela já era parte de uma fonte de ânimo da parte de Deus quando sua hora de provação chegasse.

Ele seria morto pelo fio da espada de um soldado.
Sofrimento é parte do discipulado cristão

Todos quantos quiserem viver piedosamente, sofrerão perseguição (Jo 16.33); i.e.: privação, difamação, prisão e até execução.
O sofrimento é parte do discipulado cristão.

Jo 15.18-21 |
18 Se o mundo os odeia, tenham em mente que antes me odiou.

19 Se vocês pertencessem ao mundo, ele os amaria como se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo, mas eu os escolhi, tirando-os do mundo; por isso o mundo os odeia.

20 Lembrem-se das palavras que eu lhes disse: Nenhum escravo é maior do que o seu senhor.

Se me perseguiram, também perseguirão vocês.

Se obedeceram à minha palavra, também obedecerão à de vocês.

21 Tratarão assim vocês por causa do meu nome, pois não conhecem aquele que me enviou.

Como vencer o sofrimento e a perseguição por causa de Cristo?

O triunfo sobre o sofrimento

Olhando para as palavras de Jesus à igreja de Esmirna, nós podemos aprender dois princípios que nos ajudarão a triunfar sobre o sofrimento e a perseguição por causa de Cristo: coragem e conhecimento.

1. Coragem

Ap 2.10 | Não tenha medo do que você está prestes a sofrer… Seja fiel até a morte…

Quando bater o medo do que você irá sofrer, dê lugar à fé. A fé e o medo são opostos.
Ambos não podem coexistir.
A fé afugenta o medo.

Sl 56.2-4 |
2 Os meus inimigos pressionam-me sem parar; muitos atacam-me arrogantemente.

3 Mas eu, quando estiver com medo, confiarei em ti.

4 Em Deus, cuja palavra eu louvo, em Deus eu confio, e não temerei.
Que poderá fazer- me o simples mortal?

Quando Deus nos dá uma missão, ele nos agracia com coragem.

Mas, a fé que produz coragem é como um músculo que precisa ser exercitado.

Js 1.5-6, 9 |

5 Ninguém conseguirá resistir a você todos os dias da sua vida.

Assim como estive com Moisés, estarei com você; nunca o deixarei, nunca o abandonarei.

6 “Seja forte e corajoso, porque você conduzirá este povo para herdar a terra que prometi sob juramento aos seus antepassados. (…)

9 Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar”.

Fortaleça a fé em Deus e você terá coragem.

2. Conhecimento
Para fortalecer a fé em Deus, a fé que produz coragem, nós precisaremos conhecer a Deus.

Fé vem pelo ouvir. Ouvir sobre quem Deus é e o que Deus faz.

Escrevendo à igreja de Esmirna, Jesus fez sete descrições únicas de si mesmo, que se compreendidas e absorvidas produzirá fé e coragem.

2.1. O Senhor fala conosco
Em meio ao sofrimento, como é bom saber que Deus fala conosco!

8 “Ao anjo da igreja em Esmirna escreva: “Estas são as palavras daquele que é . . .

2.2. O Senhor é eterno

Em meio ao sofrimento, como é bom saber que Deus não muda!
Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hb 7.3; 13.8).

8 “Ao anjo da igreja em Esmirna escreva: “Estas são as palavras daquele que é o Primeiro e o Último…

2.3. O Senhor é vitorioso
Em meio ao sofrimento, como é bom saber que assim como Cristo sofreu também nós sofreremos, mas no final venceremos.

8 “Ao anjo da igreja em Esmirna escreva: “Estas são as palavras daquele que é o Primeiro e o Último, que morreu e tornou a viver.

2.4. O Senhor sabe o que padecemos
Em meio ao sofrimento,
como é bom saber que Cristo conhece o que estamos passando e sabe o que padecemos.
Ele se compadece.

9 Conheço as suas aflições.

2.5. O Senhor corrige o nosso foco
Em meio ao sofrimento, Cristo tem valores diferentes dos do mundo, material e espiritualmente.

9 Conheço as suas aflições e a sua pobreza; mas você é rico!
Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás.

2.6. O Senhor é soberano sobre o nosso sofrimento

Em meio ao sofrimento, como é bom saber que Cristo não só controla,

mas também tem propósitos para o nosso sofrimento.

10 Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O Diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias.

Tem hora para começar e para terminar.

Tem também propósitos bem definidos: purificar-nos
(Lc 22.31; Tg 1.2-4; 1Pe 1.7).

2.7. O Senhor alimenta a nossa esperança com o galardão

Em meio ao sofrimento, como é bom saber que Cristo alimenta a nossa fé e a nossa esperança, apresentando-nos o galardão.

10 Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida.

11 “Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. O vencedor de modo algum sofrerá a segunda morte.

ESMIRNA: A IGREJA QUE NÃO CEDEU
A mensagem da carta à igreja de

Esmirna é uma prova para nós, como foi para eles: se somos verdadeiros, fieis e piedosos, sofreremos.

Porque a pessoa que ama vai às últimas consequências pela pessoa que se ama. O amor tudo suporta.
Soframos, pois, sem temor.

Aquele que morreu e tornou a viver – o Senhor Jesus – conhece as nossas provações, controla o nosso destino, e ele mesmo nos dará, no final da corrida, a coroa da vida.

No mundo nós sofreremos. A vida é amarga. Agora, há duas maneiras de sofrer.

Há aqueles que sofrem pelas consequências de seus erros e pecados.

Há aqueles que sofrem por buscar ser como Jesus: amando a Deus e ao próximo.

Como, então, viveremos?

1Pe 3.13-18 |
13 Quem há de maltratá-los, se vocês forem zelosos na prática do bem?

14 Todavia, mesmo que venham a sofrer porque praticam a justiça, vocês serão felizes.

“Não temam aquilo que eles temem, não fiquem amedrontados.”

15 Antes, santifiquem Cristo como Senhor em seu coração.
Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês.

16 Contudo, façam isso com mansidão e respeito, conservando boa consciência, de forma que os que falam maldosamente contra o bom procedimento de vocês, porque estão em Cristo, fiquem envergonhados de suas calúnias.

17 É melhor sofrer por fazer o bem, se for da vontade de Deus, do que por fazer o mal.

18 Pois também Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir- nos a Deus.
Ele foi morto no corpo, mas vivificado pelo Espírito,

Se a sua alma está gemendo, saiba que a de Jesus gemeu e ainda geme.

Ele sabe o que é padecer.

Diferente de nós, não por ter pecado, mas para nos salvar do pecado.

Creia em Jesus e seja salvo.
Depois, como Esmirna, siga com fé, esperança e amor.
Sem ceder ao mundo.

A grande Babilônia

 Resumindo, a grande Babilônia representa todo o sistema mundano que se opõe a Igreja de Cristo,

é a falsa igreja que conduz ao prazer,
é o mundo como o centro de sedução maligno, é a meretriz que sempre será o oposto da noiva.

Essa Babilônia nos dias de João estava personificada na figura da capital do império, Roma.

Essa Roma dos dias de João não existe mais, mas Babilônia está presente em qualquer momento da história.

Onde houver a busca pelo prazer a qualquer custo, onde houver a perseguição aos servos de Deus, onde houver o sangue dos mártires sendo derramado, ali estará a meretriz com sua sedução, ali estará a Babilônia com seu cálice de devassidão.


No versículo 14, vemos como esse sistema maligno juntará forças para guerrear contra o Cordeiro, mas serão definitivamente derrotados, pois o Cordeiro os vencerá, e vencerão com Ele os seus eleitos.

Aqui o anjo informa a João que a vitória de Cristo e de Sua Igreja já está decretada.

A queda da Babilônia
No versículo 16 do capítulo 17, o anjo diz a João algo muito curioso, algo intrigante.

Ele começa a informar a queda da Babilônia, a destruição da meretriz.

O que é curioso é o modo como isso acontece.

O anjo diz que a besta, juntamente com seus governantes, odiarão a prostituta.

Eles a despirão, comerão a sua carne e a destruirão com fogo.

Aqui vemos que os inimigos de Cristo e da Igreja destroem uns aos outros para cumprir os propósitos soberanos de Deus  (Ap 17:17).

Alguns teólogos apresentam uma aplicação primaria para essa passagem no contexto histórico daquela época, onde os poderes predatórios e ações do Império Romano acabaram destruindo, em última instância, a própria cidade de Roma.

Mas aqui também claramente vemos uma profundidade maior nessa visão.

A descrição dessa cena nos mostra que a busca pelo prazer, a sedução do mundo é autodestrutiva.

No final, o homem fica desiludido com os seus próprios prazeres, pois os prazeres do mundo são passageiros.

Os homens se frustram quando percebem que tudo o que buscaram durante toda a vida os levaram à destruição.

Nessa hora não adianta arrependimento, não adianta lamentação.

É tarde demais, o juízo de Deus chegou até eles.

No capítulo 18 do livro do Apocalipse temos uma descrição detalhada da queda da Babilônia.

Ao todo são sete mensagens de julgamento contra a Babilônia.

Primeiro há três mensagens angélicas de condenação (Ap 17:7-18; 18:1-3,4-8).

Depois há três lamentos por parte dos homens que a admiravam e estavam comprometidos com essa meretriz
(Ap 18:9,10,11-19).

Por fim, há um aviso final e definitivo sobre a queda final e permanente da grande Babilônia (Ap 18:21-24).

Essa descrição está particularmente ligada aos momentos finais da presente era e a tão gloriosa segunda vinda de Cristo. É nesse momento que essa mulher é destruída.

Enquanto Babilônia cai, a Nova Jerusalém se levanta em grande esplendor.

Enquanto a prostituta é despida e desonrada, a noiva do Cordeiro aparece ataviada, adornada e vestida de linho fino resplandecente e puro.

Enquanto a falsa Igreja está condenada, a verdadeira Igreja está justificada.

Para finalizar, capítulo 18:4

Então ouvi outra voz do céu que dizia: “Saiam dela, vocês, povo meu, para que vocês não participem dos seus pecados, para que as pragas que vão cair sobre ela não os atinjam!
(Apocalipse 18:4)

Este versículo é um convite à santidade. É um aviso para que não caiamos nas armadilhas da sedução do mundo.

É um alerta de que a Babilônia está empenhada em tentar destruir a pureza dos santos.

Nestas breves palavras somos aconselhados a não nos conformarmos com este mundo, tal como o Apóstolo Paulo nos escreveu em sua Carta aos Romanos (cap. 12:2).

Uma reflexão pessoal para cada um de nós.

Será que estamos comprando terrenos em Babilônia?

Será que estamos construindo casas em Babilônia?

Será que estamos tentando nos estabelecer sob os recursos de Babilônia?

Será que estamos nos portando como a noiva do Cordeiro, ou estamos seduzidos pela prostituta?

Somos cidadãos da grande Babilônia cidadãos da Nova Jerusalém? 

Tetelestai

 Tetelestai


Quando um pai dava uma missão ao filho, ao cumprir a ordem, o filho
dizia:  TETELESTAI

EU CUMPRI A MISSÃO QUE ME CONFIASTE.

2- ao comprar uma propriedade,
E pagando a última prestação.
Batia-se um carimbo.

TETELESTAI, está pago, divida paga.
Agora a propriedade é tua

O PREÇO DA TUA REDENÇÃO ESTÁ PAGA

3- Ao receber uma escritura registrada
era carimbado TETELESTAI

agora você tem o Direito e também Posse

A VIDA ETERNA É TUA!
Alegre-se, louve, glorifique e Honre ao Senhor e ETERNO DEUS


Ao cheiro das águas

 Ao cheiro das águas


Em tempos difíceis somos levados, muitas das vezes, a pensar que pode não acontecer algo que esperamos, uma cura, uma porta aberta, uma transformação...

O povo de Israel foi levado cativo para a Babilônia. 
Nesta terra houve muitos acontecimentos, escravidão, alianças indevidas, perseguição, desvio de conduta...
(passaram a adorar outros deuses e casaram-se com pessoas de outro credo), algo que Deus havia aconselhado desde o início para não fazerem. 

O povo perdeu a esperança. – Esdras 9.

Esdras 9:6 
E disse: Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a minha face, meu Deus; 
porque as nossas iniquidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, 
e a nossa culpa tem crescido até aos céus. 

10 Agora, pois, ó nosso Deus, que diremos depois disto? Pois deixamos os teus mandamentos, 

14 Tornaremos, pois, agora a violar os teus mandamentos e a aparentar-nos com os povos destas abominações? Não te indignarias tu assim contra nós até de todo nos consumir, até que não ficasse remanescente nem quem escapasse? 

15 Ah! SENHOR Deus de Israel, justo és, pois ficamos qual um remanescente que escapou, como hoje se vê; 
eis que estamos diante de ti, na nossa culpa, porque ninguém há que possa estar na tua presença, por causa disto.
 

EM ESDRAS 10 – o povo se arrepende e confessa seus pecados :

v.2 – ‘ Então Secanias, filho de Jeiel, um dos descendentes de Elão, disse a Esdras:” fomos infiéis ao nosso Deus quando casamos com mulheres estrangeiras procedentes de povos vizinhos. Mas, apesar disso, ainda há esperança para Israel.

Não importa quão grande é o problema, há esperança.

Jó 14:7-9 diz: 
“Para a árvore pelo menos há esperança: se é cortada, torna a brotar, e os seus renovos vingam. 
Suas raízes poderão envelhecer no solo e seu tronco morrer no chão; 
ainda assim, com o cheiro de água brotará e dará ramos como se fosse plantada”.

Uma árvore tombada está sujeita a duas coisas:

1- Ela é deteriorada e acaba aí

2 – O resto de raiz que ficou presa à terra pode trazer vida nova.

Ou depositamos toda nossa energia naquilo que perdemos e ficamos lamentando 
ou voltar-nos para o que restou e recomeçar.

Podemos ceder à derrota, e, ficarmos estatelados!
ou nos reerguermos e optar pela reconstrução.

Ao cheiro das águas – algo tão pequeno ou tão insignificante, mas que tem o poder de trazer vida novamente.

Não importa o que esteja acontecendo com você, se foi abandonado, desprezado, injuriado ou humilhado - 

se está como uma árvore seca, cortada e jogada sobre a terra. 
NÃO DESANIME! 
Em Deus há esperança para você.

As águas do avivamento procedentes do trono de Deus podem penetrar no mais profundo do seu coração e trazer cura às raízes secas da sua vida espiritual vazia de significado. 

Então haverá renovo espiritual, novos ramos, novos frutos e nunca mais você será visto como alguém desprovido de valor.

Salmos 42:11 – 
“Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha sua esperança em Deus! Pois ainda O louvarei; Ele é o meu Salvador e o meu Deus”.

Salmos 146:5,6 – 
” Como é feliz aquele cujo auxílio é o Deus de Jacó, cuja esperança está no Senhor, no seu Deus, que fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e que mantém a sua fidelidade para sempre!”

Quando esperamos em Deus, nossa esperança não é frustrada, Deus sempre tem resposta – Provérbios:23:18 .

Romanos 15:13 que será também nossa oração: 
“Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nEle, para que transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo”

O Espírito Santo é a água que precisamos para nos encher de esperança.

Carta a igreja de Sardes

 SARDES


APOCALIPSE 3:1-6
TEMA: REAVIVAMENTO OU SEPULTAMENTO

INTRODUÇÃO

1. A história da igreja de Sardes tem muito a ver com a história da cidade de Sardes. 

A glória de Sardes estava no seu passado. 
Sardes foi a capital da Lídia no século VII a.C, viveu seu tempo áureo nos dias do rei Creso. 
Era uma das cidades mais magníficas do mundo nesse tempo.

2. Situada no alto de uma colina, amuralhada e fortificada, sentia-se imbatível e inexpugnável. 

Seus soldados e habitantes pensavam que jamais cairiam nas mãos dos inimigos. 
De fato a cidade jamais fora derrotada por um confronto direto. 
Seus habitantes eram orgulhosos, arrogantes, e autoconfiantes.

3. Mas a cidade orgulhosa caiu nas mãos do rei Ciro da Pérsia em 529 a.C, quando este cercou a cidade por 14 dias, 
e quando seus soldados estavam dormindo, ele penetrou com seus soldados por um buraco na muralha, 
o único lugar vulnerável, e dominou a cidade. 

Mais tarde, em 218 a.c, Antíoco Epifânio dominou a cidade da mesma forma. 

E isso por causa da auto confiança e falta de vigilância dos seus habitantes. 

Os membros dessa igreja entenderam claramente o que Jesus estava dizendo, quando afirmou: 
"Sede vigilantes! ... senão virei como ladrão de noite".


4. A cidade foi reconstruída no período de Alexandre Magno e dedicada à deusa Cibele. 
Essa divindade padroeira era creditada com o poder especial de restaurar vida aos mortos. 
Mas a igreja estava morrendo e só Jesus poderia dar vida aos crentes.

5. No ano 17 d.C. Sardes foi parcialmente destruída por um terremoto e reconstruída pelo imperador Tibério. 

A cidade tornou-se famosa pela alto grau de imoralidade que a invadiu e a decadência que a dominou.

6. Quando João escreveu esta carta, Sardes era uma cidade rica, mas totalmente degenerada. 

Sua glória estava no passado e seus habitantes entregavam-se agora aos encantos de uma vida de luxúria e prazer. 

A igreja tornou-se como a cidade. 
Em vez de influenciar, foi influenciada. Era como sal sem sabor ou uma candeia escondida. 

A igreja não era nem perigosa nem desejável para a cidade de Sardes.

7. É nesse contexto que vemos Jesus enviando esta carta à igreja. 
Sardes era uma poderosa igreja, dona de um grande nome. 

Uma igreja que tinha nome e fama, mas não vida. 
Tinha performance, mas não integridade. 
Tinha obras, mas não dignidade.

8. A esta igreja Jesus envia uma mensagem revelando a necessidade imperativa de um poderoso reavivamento.

Uma atmosfera espiritual sintética substituía o Espírito Santo naquela igreja. 
Ela substituía a genuína experiência espiritual por algo simulado. 

A igreja estava caindo num torpor espiritual e precisava de reavivamento. 

O primeiro passo para o reavivamento é ter consciência de que há crentes mortos e outros dormindo que precisam ser despertados.

9. Não é diferente o estado da igreja hoje. 
Ao sermos confrontados por aquele que anda no meio dos candeeiros, precisamos também tomar conhecimento da nossa necessidade de reavivamento hoje. 

Devemos olhar para esta carta não como uma relíquia, mas como um espelho, em que nos vemos a nós mesmos.


I. A NECESSIDADE DO REAVIVAMENTO

1. Quando há crentes que só têm o nome no rol da igreja, mas ainda estão mortos espiritualmente, ou seja, ainda não são convertidos - v. 1

• A igreja vivia de aparências - 
As palavras de Jesus à igreja foram mais bombásticas do que o terremoto que destruiu a cidade no ano 17 d.C. 

A igreja tinha adquirido um nome. 
A fama da igreja era notável. 
A igreja gozava de grande reputação na cidade. 

Nenhuma falsa doutrina estava prosperando na comunidade. 

Não se ouve de balaamitas, nem dos nicolaítas, nem mesmo dos falsos ensinos de Jezabel. 

Aos olhos dos observadores parecia ser uma igreja viva e dinâmica. 
Tudo na igreja sugeria vida e vigor, mas a igreja estava morta. 
Era uma igreja apenas de rótulo, de aparência. 

A maioria dos seus membros ainda não eram convertidos. 
O diabo não precisou perseguir essa igreja de fora para dentro, ela já estava sendo derrotada pelos seus próprios pecados.

• A igreja parecia mais um cemitério espiritual, do que um jardim cheio de vida - Não nos enganemos acerca de Sardes. 

Ela não é o que o mundo chamaria de igreja morta. Talvez ela seja considerada viva mesmo pelas igrejas irmãs. 

Nem ela própria tinha consciência do seu estado espiritual. 
Todos a reputavam como igreja viva, florescente; todos, com exceção de Cristo. 

Parecia estar viva, mas na verdade estava morta. 
Tinha um nome respeitável, mas era só fachada. 

Quando Jesus examinou a igreja mais profundamente, disse: 
"Não achei as suas obras íntegra diante do meu Deus" (v. 2). 

J. I. Packer diz que há igrejas cujos cultos são solenes, mas são como um caixão florido, lá dentro tem um defunto.

• A reputação da igreja era entre as pessoas e não diante de Deus -
A igreja tinha fama, mas não vida. 

Tinha pompa, mas não Pentecoste. Tinha exuberância de vida diante dos homens, mas estava morta diante de Deus. 

Deus não vê como vê o homem. 
A fama diante dos homens nem sempre é glória diante de Deus. 

Aquela igreja estava se transformando apenas em um clube.

• A fé exercida pela igreja era apenas nominal - O Cristianismo da igreja era apenas nominal. 

Seus membros pertenciam a Cristo apenas de nome, porém não de coração. 

Tinham fama de vivos; mas na realidade estavam mortos. 
Fisicamente vivos, espiritualmente mortos. 

Ilustração: 
O pastor que anunciou o funeral da igreja. E colocou espelho no fundo do caixão.

2. Quando há crentes que estão no CTI espiritual em adiantado estado de enfermidade espiritual - v. 2

• Na igreja havia crentes espiritualmente em estado terminal – A maioria dos crentes apenas tinha seus nomes no rol da igreja, mas não no Livro da Vida. 

Mas havia também crentes doentes, fracos, em fase terminal. 
O mundanismo adoece a igreja. 

O pecado mata a vontade de buscar as coisas de Deus. 
O pecado mata os sentimentos mais elevados e petrifica o coração. 

No começo vem dúvidas, medo, tristeza, depois a consciência cauteriza, perde a vergonha. 

Ilustração: 
A bebida é a mistura do sangue do pavão, leão, macaco e porco.

3. Quando há crentes que embora estejam em atividade na igreja, levam uma vida sem integridade - v. 2

• Esses crentes têm vida dupla - 
Suas obras não são íntegras. 
Eles trabalham, mas apenas sob as luzes da ribalta. 

Eles promovem seus próprios nomes e não o de Cristo. 
Buscam a sua própria glória e não a de Cristo. 

Honram a Deus com os lábios, mas o coração está longe do Senhor                (Is 29:13). 

Os cultos são solenes, mas sem vida, vazios de sentido. A vida dos seus membros estava manchada pelo pecado.

• Esses crentes são como os hipócritas - dão esmolas, oram, jejuam, entregam o dízimo, com o fim da ganhar a reputação de serem religiosos. 

Eles são como sepulcros caiados. Ostentam aparência de piedade, mas negam seu poder (2 Tm 3:5). 

E formalidade sem poder, reputação sem realidade, aparência externa sem integridade interna, demonstração sem vida.

• Esses crentes vivem um simulacro da fé, um faz-de-conta da religião - 
Cantam hinos de adoração, mas a mente está longe de Deus. 

Pregam com ardor, mas apenas para exibir sua cultura. 
Deus quer obediência, a verdade no íntimo. 

Caim ofertou a Deus, mas sua vida e seu culto foram rejeitados. 

O povo na época de Isaías comparecia ao templo, mas Deus estava cansado de suas cerimônias pomposas sem o acompanhamento da vida santa. 

Ananias e Safira ofertam, mas para a promoção de seus próprios nomes. 

Em Sardes os crentes estão falsamente satisfeitos e confiantes; 
são falsamente ativos, 
falsamente devotos e falsamente fiéis.

4. Quando há crentes se contaminando abertamente com o mundanismo - v. 4

• A causa da morte da igreja de Sardes era não a perseguição, nem a heresia, mas o mundanismo - 

Onde reina a morte pelo pecado, não há morte pelo martírio. 
A maioria dos crentes estava contaminando as suas vestiduras. 

Isso é um símbolo da corrupção. 
O pecado tinha se infiltrado na igreja. 

Por baixo da aparência piedosa daquela respeitável congregação havia impureza escondida na vida de seus membros.

• Viviam uma vida moralmente frouxa - O mundo estava entrando dentro da igreja. 

A igreja estava se tornando amiga do mundo, amando o mundo e se conformando com ele. 

O fermento do mundanismo estava se espalhando na massa e contaminando a maioria dos crentes.

Os crentes não tinham coragem de ser diferentes. 
Eram como Sansão (Jz 14:10) e não como Daniel (Dn 1:8), 
que resolveu firmemente em seu coração não se contaminar.

II. OS IMPERATIVOS PARA O REAVIVAMENTO

• Aqui estão cinco imperativos de Jesus para a igreja: 

1) Sê vigilante; 
2) Fortaleça ou consolida o que resta; 
3) Lembre-se; 
4) Obedeça; 
5) Arrependa-se.

• Podemos sintetizar esses imperativos de Jesus, em três aspectos básicos:

1. Uma volta urgente à Palavra de Deus - v. 3

• O que é que eles ouviram e deviam lembrar, guardar e voltar? 
A Palavra de Deus - 

A igreja tinha se apartado da pureza da Palavra. 
O reavivamento é resultado dessa lembrança dos tempos do primeiro amor e dessa volta à Palavra. 

Uma igreja pode ser reavivada quando ela volta ao passado e lembra os tempos antigos, do seu fervor, do seu entusiasmo, da sua devoção a Jesus. 

Deixemos que a história passada nos desafie no presente a voltarmos para a Palavra de Deus.

• Lembra-te - "presente imperativo" = segue recordando, nunca esqueça de recordar. 

Arrepende-te - "aoristo imperativo" = ação completada. Um momento de fazer opção e deixar o mundo para trás, um corte radical com o estilo de vida mundano. 

Guarda-o - "presente imperativo" = Não deixe de guardar o evangelho. 
Observa-o. Obedeça-o. 

Deixe de ser um crente claudicante, que está firme hoje e capenga amanhã.

• Quando uma igreja experimenta um reavivamento ela passa a ter fome da Palavra - 

O primeiro sinal do reavivamento é a volta do povo de Deus à Palavra. 
Os crentes passam a ter fome de Deus e da sua Palavra. 

Começam a se dedicar ao estudo das Escrituras. 
Abandonam o descaso e a negligência com a Palavra.

• A Palavra torna-se doce como o mel. 

As antigas veredas se fazem novas e atraentes. 
A Palavra torna-se viva, deleitosa, transformadora.

• O verdadeiro avivamento é fundamentado na Palavra, orientado e limitado por ela - 

Ele tem na Bíblia a sua base, sua fonte, sua motivação, seu limite e seus propósitos.

• Avivamento não pode ser confundido com liturgia animada, com culto festivo, inovações litúrgicas, 
obras abundantes, dons carismáticos, milagres extraordinários. 

O reavivamento é bíblico ou não vem de Deus.

2. Uma volta à vigilância espiritual - v. 2

• Sardes caiu porque não vigiou - 
A cidade de Sardes fora invadida e dominada duas vezes porque se sentia muito segura e não vigiou. 

Jesus alerta a igreja que se ela não vigiar, se ela não acordar, ele virá a ela como o ladrão de noite, inesperadamente. 

Para aqueles que pensam que estão salvos, mas ainda não se converteram, aquele dia será dia de trevas e não de luz (Mt 7:21-23).

• A igreja precisa estar vigilante contra as ciladas de Satanás, contra a tentação do pecado - 

Fuja de lugares, situações, pessoas. Cuidado com a vaidade do mundo.

• Alguns membros da igreja em Sardes estavam sonolentos e não mortos - 

E Jesus os exorta a se levantarem desse sono letárgico (Ef 5:14). 

Há crentes que estão dormindo espiritualmente. 
São acomodados, indiferentes às coisas de Deus. 

Não têm apetite espiritual. 
Não vibram com as coisas celestiais.

• Os crentes fiéis (v. 4) precisam fortalecer os que estavam com um pé na cova e arrancar aqueles que estavam se contaminando com o mundo - 

Precisamos vigiar não apenas a nós mesmos, mas os outros também. 

Uma minoria ativa pode chamar de volta a maioria da morte espiritual. 

Um remanescente robusto pode fortalecer o que resta e que estava para morrer (v. 4).

• Precisamos vigiar e orar - 
Os tempos são maus. 

As pressões são muitas. Os perigos são sutis. 
O diabo não atacou a igreja de Sardes com perseguição nem com heresia, mas minou a igreja com o mundanismo. 

Os crentes não estão sendo mortos pela espada do mundo, mas pela amizade com o mundo.

• A igreja de Sardes não era uma igreja herética e apóstata - 
Não havia heresias nem falsos mestres na igreja. 

A igreja não sofria perseguição, não era perturbada por heresias, não era importunada por oposição dos judeus. 

Ela era ortodoxa, mas estava morta. 
O remanescente fiel devia estar vigilante para não cair em pecado 

e também para preservar uma igreja decadente da extinção, restabelecendo sua chama e seu ardor pelo Senhor.

3. Uma volta à santidade - v. 4

• O torpor espiritual em Sardes não tinha atingido a todos - Ainda havia algumas pessoas que permaneciam fiéis a Cristo. 

Embora a igreja estivesse cheia, havia apenas uns poucos que eram crentes verdadeiros e que não haviam se contaminado com o mundo. 

A maioria dos crentes estava vivendo com vestes manchadas, e não tendo obras íntegras diante de Deus.

• As vestes sujas falam de pecado, de impureza, de mundanismo -

Obras sem integridade falam de caráter distorcido, de motivações erradas, de ausência de santidade.

III. O AGENTE DO REAVIVAMENTO
1. Jesus conhece o estado da igreja - 
v. 1

• Jesus conhece as obras da igreja - 
Ele conhece a nossa vida, nosso passado, nossos atos, nossas motivações. 

Seus olhos são como chama de fogo. Ele vê tudo e a tudo sonda.

•  Vê que a igreja de Esmirna é pobre, mas aos olhos de Deus é rica. 

Ele vê que na igreja apóstata de Tiatira, havia um remanescente fiel. 

Ele vê que a igreja que tem uma grande reputação de ser viva e avivada como Sardes, está morta. 

Ele vê que uma igreja que tem pouca força como Filadélfia tem uma porta aberta. 

Ele vê que uma igreja que se considera rica e abastada como Laodicéia não passa de uma igreja pobre e miserável.

• Jesus conhece também esta igreja. Sabe quem somos, como estamos e do que precisamos.

2. Jesus é o dono da igreja - v. 1

• Ele tem as sete estrelas - 
As estrelas são os anjos das sete igrejas. As estrelas estão nas mãos de Jesus. 

A igreja pertence a Jesus. 
Ele controla a igreja. 
Ele tem autoridade e poder para restaurar a sua igreja. 

Ele disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a sua igreja. 
Ele pode levantar a igreja das cinzas. Ele tem tudo em suas mãos.

• Cristo é o dono da igreja. 
Ele tem cuidado da igreja. 
Ele a exorta, consola, cura e restaura.

3. Jesus é quem pode reavivar a igreja por meio do seu Espírito - v. 1

• Jesus tem e oferece a plenitude do Espírito Santo à igreja - 

O problema da igreja de Sardes era morte espiritual; 
Cristo é o que tem o Espírito Santo, o único que pode dar vida. 

A igreja precisa passar por um avivamento ou enfrentará um sepultamento. 

Somente o sopro do Espírito pode trazer vida para um vale de ossos secos. 

O profeta Ezequiel fala sobre o vale de ossos secos. "Filho do homem, poderão reviver esses ossos? Senhor Deus, tu o sabes".

• Uma igreja morta, enferma e sonolenta precisa ser reavivada pelo Espírito Santo - 

Só o Espírito Santo pode dar vida, e restaurar a vida. 

Só o sopro de Deus pode fazer com que o vale de ossos secos transforme-se num exército. 

Jesus é aquele que tem o Espírito e o derrama sobre a sua igreja.

• É pelo poder do Espírito que a igreja se levanta da morte, do sono e do mundanismo para servir a Deus com entusiasmo.

• Jesus é quem envia o Espírito à igreja para reavivá-la - 

O Espírito Santo é o Espírito de vida para uma igreja morta. 

Quando ele sopra, a igreja morta e moribunda levanta-se. 
Quando ele sopra nossa adoração formal passa a ter vida exuberante. 

Quando ele sopra os crentes têm deleite na oração. 
Quando ele sopra os crentes são tomados por uma alegria indizível. 


Quando ele sopra os crentes testemunham de Cristo com poder.

• A Palavra diz que devemos orar no Espírito, pregar no Espírito, adorar no Espírito, viver no Espírito e andar no Espírito. 

Uma igreja inerte só pode ser reavivada por ele. 
Uma igreja sonolenta só pode ser despertada por ele. 

Uma igreja fraca, fortalecida. 
Uma igreja morta, receber vida.

• Oh! que sejamos crentes cheios do Espírito de Cristo. 

Uma coisa é possuir o Espírito, outra é ser possuído por ele. 

Uma coisa é ser habitado pelo Espírito, outra é ser cheio do Espírito. 

Uma coisa é ter o Espírito residente, outra é ter o Espírito presidente.

IV. AS BÊNÇÃOS DO REAVIVAMENTO

1. Santidade agora, é garantia de glória no futuro - v. 5

• A maioria dos crentes de Sardes tinha contaminado suas vestiduras, isto é, tornaram-se impuros pelo pecado. 

O vencedor receberia vestes brancas, símbolo de festa, pureza, felicidade e vitória. 

Sem santidade não há salvação. 
Sem santificação ninguém verá a Deus. 

Sem vida com Deus aqui, não haverá vida com Deus no céu. 
Sem santidade na terra não há glória no céu.

2. Quem não se envergonha de Cristo agora, terá seu nome proclamado no céu por Cristo - v. 5

• Quando uma pessoa morre, tiramos o atestado de óbito. 
Tira o nome do livro dos vivos. 

Os nomes dos mortos não constam no registro dos vivos. 
O salvo jamais será tirado do rol do céu.

• Aqueles que estão mortos espiritualmente e negam a Cristo nesta vida não têm seus nomes escritos no livro da Vida. 

Mas aqueles que confessam a Cristo, e não se envergonham do seu nome, terão seus nomes confirmados no livro da vida e seus nomes confessados por Cristo diante do Pai. 

Os crentes fiéis confessam e são confessados.

• Nosso nome pode constar do registro de uma igreja sem estar no registro de Deus. 
Ter apenas a reputação de estar vivo é insuficiente. 

Importa que o nosso nome esteja no livro da vida a fim de que seja proclamado por Cristo no céu 
(Mt 10:32).

CONCLUSÃO
Quem tem ouvidos, ouça o que Espírito diz às igrejas! Que Deus envie sobre nós, nestes dias, um poderoso reavivamento!