O que significa Galatas 2:16-21?
Sua dúvida está no significado da passagem em Gálatas 2:16-21. Para entendê-la é preciso ler o contexto, que é basicamente todo o livro de Gálatas, onde por 5 vezes fala da crucificação e seu efeito no crente, colocando-o na posição de morto no que diz respeito à sua velha vida:
No capítulo 2 que está sua dúvida, Paulo comenta o episódio ocorrido com Pedro, que parecia querer voltar às práticas da lei dada a Moisés, como se sofresse de um retrocesso na fé. William MacDonald explica tão bem a passagem em seu livro "Believer's Bible Commentary" que prefiro traduzir e colar logo abaixo:
2:16 Os judeus que tinham sido salvos sabiam que não havia salvação na lei. A lei condenava á morte aqueles que fracassavam em obedecê-la perfeitamente. Isso trouxe maldição sobre todos, porque todos romperam seus sagrados preceitos. O Salvador é aqui apresentado como o único objeto da fé. Paulo recorda Pedro de que "até mesmo nós judeus" chegamos à conclusão de que a salvação é pela fé em Cristo, não pela guarda da lei. Como podia agora Pedro colocar gentios sob a lei? A lei dizia ás pessoas o que deviam fazer mas não lhes dava o poder para fazer. A lei foi dada para revelar o pecado, não para ser uma salvadora.
2:17 Paulo e Pedro e outros tinham buscado a justificação em Cristo e somente nele. As ações de Pedro em Antioquia, porém, pareciam indicar que ele não estava completamente justificado, mas que precisava voltar à lei para completar sua salvação. Se assim for, Cristo não é um Salvador perfeito e suficiente. Se vamos a Ele para ter nossos pecados perdoados, porém depois precisamos ir a algo mais, acaso Cristo não se torna um ministro do pecado ao falhar cumprir suas promessas? Se por um lado professamos depender de Cristo para a justificação, e por outro voltamos à lei (que só pode nos condenar como pecadores), será que estamos agindo como cristãos? Podemos esperar a aprovação de Cristo com uma conduta assim que, na prática, faz dele um ministro de pecado? A resposta de Paulo é um indignado "De modo algum!".
2:18 Pedro havia abandonado todo o sistema legal pela fé em Cristo. Ele tinha repudiado quaisquer diferenças entre judeus e gentios quando se tratava de encontrar o favor de Deus. Agora, ao recusar comer com os gentios, ele está reconstruindo o que havia destruído. Fazendo assim, ele se revela como um transgressor. Ou ele estava errado por trocar a lei por Cristo, ou está errado agora por trocar Cristo pela lei!
2:19 A pena pela transgressão da lei é a morte. Como pecador, transgredi a lei. Portanto, ela me condenou a morrer. Mas Cristo pagou por mim a pena da lei transgredida ao morrer em meu lugar. Assim, quando Cristo morreu, eu morri. Ele morreu para a lei no sentido que atendeu a todas as suas justas demandas; portanto, em Cristo, eu também morri para a lei. O cristão morreu para a lei; ele já não tem mais nada a ver com ela. Será que isso significa que o crente está livre para transgredir os Dez Mandamentos como bem entender? Não, ele vive uma vida santa, não por medo da lei, mas por amor daquele que morreu por ele. Os cristãos que desejam se colocar sob a lei como um padrão de comportamento não entendem que isso os coloca sob a maldição da lei. Além do mais, eles não podem tocar a lei em um ponto sem que sejam responsáveis por cumpri-la integralmente. A única maneira de podermos viver para Deus é estando mortos para a lei. A lei jamais poderia produzir uma vida santa; Deus nunca teve a intenção de que ela fizesse isso. O caminho de santidade que Ele determinou é explicado no versículo 20.
2:20 O crente está identificado com Cristo em sua morte. Cristo não só foi crucificado no Calvário, mas eu fui crucificado ali também - em Cristo. isto significa o meu fim como pecador aos olhos de Deus. Isto significa o meu fim como alguém que busca merecer a salvação ou consegui-la por meus esforços. Isto significa o meu fim como filho de Adão, como um homem sob a condenação da lei; um fim de meu velho e irremediável eu. O velho e mau "eu" foi crucificado; ele já não pode reivindicar um lugar em minha vida diária. Isto é verdadeiro no que diz respeito à posição que ocupo diante de Deus; deveria ser verdadeiro no que diz respeito ao meu comportamento.
O crente não deixa de viver como uma personalidade ou como um indivíduo. Mas aquele que é visto por Deus como tendo morrido não é o mesmo que vive. Não sou mais eu quem vive, mas Cristo vive em mim. O Salvador não morreu por mim para que eu siga vivendo minha vida como bem entender. Ele morreu por mim para que de agora em diante ele possa viver sua vida em mim. A vida que agora vivo neste corpo humano, eu vivo na fé do Filho de Deus. Fé significa dependência. O cristão vive em contínua dependência em Cristo, ligado a ele, permitindo que Cristo viva sua vida em si.
Assim a regra de vida do crente é Cristo, não a lei. Não é uma questão de se esforçar, mas de confiar. Ele vive uma vida santa, não por medo do castigo, mas por amor ao Filho de Deus, que o amou e a si mesmo se entregou por ele.
- Jesus foi crucificado diante de mim Gál 3:1
- Eu fui crucificado em Cristo Gál 2:20
- Os que são de Cristo crucificaram a carne, as paixões e as concupiscências Gál 5:24
- O mundo foi crucificado para mim Gál 6:14
- Eu fui crucificado para o mundo Gál 6:14
No capítulo 2 que está sua dúvida, Paulo comenta o episódio ocorrido com Pedro, que parecia querer voltar às práticas da lei dada a Moisés, como se sofresse de um retrocesso na fé. William MacDonald explica tão bem a passagem em seu livro "Believer's Bible Commentary" que prefiro traduzir e colar logo abaixo:
2:16 Os judeus que tinham sido salvos sabiam que não havia salvação na lei. A lei condenava á morte aqueles que fracassavam em obedecê-la perfeitamente. Isso trouxe maldição sobre todos, porque todos romperam seus sagrados preceitos. O Salvador é aqui apresentado como o único objeto da fé. Paulo recorda Pedro de que "até mesmo nós judeus" chegamos à conclusão de que a salvação é pela fé em Cristo, não pela guarda da lei. Como podia agora Pedro colocar gentios sob a lei? A lei dizia ás pessoas o que deviam fazer mas não lhes dava o poder para fazer. A lei foi dada para revelar o pecado, não para ser uma salvadora.
2:17 Paulo e Pedro e outros tinham buscado a justificação em Cristo e somente nele. As ações de Pedro em Antioquia, porém, pareciam indicar que ele não estava completamente justificado, mas que precisava voltar à lei para completar sua salvação. Se assim for, Cristo não é um Salvador perfeito e suficiente. Se vamos a Ele para ter nossos pecados perdoados, porém depois precisamos ir a algo mais, acaso Cristo não se torna um ministro do pecado ao falhar cumprir suas promessas? Se por um lado professamos depender de Cristo para a justificação, e por outro voltamos à lei (que só pode nos condenar como pecadores), será que estamos agindo como cristãos? Podemos esperar a aprovação de Cristo com uma conduta assim que, na prática, faz dele um ministro de pecado? A resposta de Paulo é um indignado "De modo algum!".
2:18 Pedro havia abandonado todo o sistema legal pela fé em Cristo. Ele tinha repudiado quaisquer diferenças entre judeus e gentios quando se tratava de encontrar o favor de Deus. Agora, ao recusar comer com os gentios, ele está reconstruindo o que havia destruído. Fazendo assim, ele se revela como um transgressor. Ou ele estava errado por trocar a lei por Cristo, ou está errado agora por trocar Cristo pela lei!
2:19 A pena pela transgressão da lei é a morte. Como pecador, transgredi a lei. Portanto, ela me condenou a morrer. Mas Cristo pagou por mim a pena da lei transgredida ao morrer em meu lugar. Assim, quando Cristo morreu, eu morri. Ele morreu para a lei no sentido que atendeu a todas as suas justas demandas; portanto, em Cristo, eu também morri para a lei. O cristão morreu para a lei; ele já não tem mais nada a ver com ela. Será que isso significa que o crente está livre para transgredir os Dez Mandamentos como bem entender? Não, ele vive uma vida santa, não por medo da lei, mas por amor daquele que morreu por ele. Os cristãos que desejam se colocar sob a lei como um padrão de comportamento não entendem que isso os coloca sob a maldição da lei. Além do mais, eles não podem tocar a lei em um ponto sem que sejam responsáveis por cumpri-la integralmente. A única maneira de podermos viver para Deus é estando mortos para a lei. A lei jamais poderia produzir uma vida santa; Deus nunca teve a intenção de que ela fizesse isso. O caminho de santidade que Ele determinou é explicado no versículo 20.
2:20 O crente está identificado com Cristo em sua morte. Cristo não só foi crucificado no Calvário, mas eu fui crucificado ali também - em Cristo. isto significa o meu fim como pecador aos olhos de Deus. Isto significa o meu fim como alguém que busca merecer a salvação ou consegui-la por meus esforços. Isto significa o meu fim como filho de Adão, como um homem sob a condenação da lei; um fim de meu velho e irremediável eu. O velho e mau "eu" foi crucificado; ele já não pode reivindicar um lugar em minha vida diária. Isto é verdadeiro no que diz respeito à posição que ocupo diante de Deus; deveria ser verdadeiro no que diz respeito ao meu comportamento.
O crente não deixa de viver como uma personalidade ou como um indivíduo. Mas aquele que é visto por Deus como tendo morrido não é o mesmo que vive. Não sou mais eu quem vive, mas Cristo vive em mim. O Salvador não morreu por mim para que eu siga vivendo minha vida como bem entender. Ele morreu por mim para que de agora em diante ele possa viver sua vida em mim. A vida que agora vivo neste corpo humano, eu vivo na fé do Filho de Deus. Fé significa dependência. O cristão vive em contínua dependência em Cristo, ligado a ele, permitindo que Cristo viva sua vida em si.
Assim a regra de vida do crente é Cristo, não a lei. Não é uma questão de se esforçar, mas de confiar. Ele vive uma vida santa, não por medo do castigo, mas por amor ao Filho de Deus, que o amou e a si mesmo se entregou por ele.
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