Religião e Felicidade – C.S Lewis
No dia 18 de abril de 1944, C. S. Lewis respondeu as perguntas de alguns funcionários da empresa inglesa Electric and Musical Industries Ltd. Lewis era muito bom ao lidar com perguntas sobre o cristianismo. Então, um daqueles empregados indagou:
Pergunta: Qual das religiões do mundo confere a seus seguidores maior felicidade?
Lewis respondeu: Qual das religiões do mundo confere a seus seguidores maior felicidade? Enquanto dura, a religião da auto-adoração é a melhor.
Tenho um velho conhecido já com seus 80 anos de idade, que vive uma vida de inquebrantável egoísmo e auto-adoração e é, mais ou menos, lamento dizer, um dos homens mais felizes que conheço. Do ponto de vista moral, é muito difícil. Eu não estou abordando o assunto segundo esse ponto de vista. Como vocês talvez saibam, não fui sempre cristão. Não me tornei religioso em busca da felicidade. Eu sempre soube que uma garrafa de vinho do Porto me daria isso. Se você quiser uma religião que te faça feliz, eu não recomendo o cristianismo. Tenho certeza que deve haver algum produto americano no mercado que lhe será de maior utilidade, mas não tenho como lhe ajudar nisso[1].
Simplesmente fantástica a resposta do escritor inglês. A cristandade contemporânea, que vende uma espécie de baú da felicidade, esqueceu do Evangelho de Cristo, cujo foco está na cruz. Cristianismo não ensina conquista, mas renúncia; não ensina triunfalismo, mas “pé no chão”; não ensina apego aos milagres, mas amor ao próximo e a Deus. A mensagem de Cristo é diferente do que o mundo oferece! Quem já ofereceu tudo de mão beijada foi o diabo (cf. Mt 4. 8-10).
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