quarta-feira, 25 de janeiro de 2012


Ainda existem Levitas?


Refletindo algumas semanas atrás sobre o termo “Levita”, que muitas vezes é (indevidamente) associado aos músicos da igreja, me ocorreu: Os levitas ainda existem?
O sacerdócio levítico ocupava-se de todo serviço do Tabernáculo e depois do Templo. Eles não eram apenas músicos, mas também uma espécie de zeladores e administradores do lugar onde os sacrifícios eram feitos. Também a linhagem desses sacerdotes era da tribo de Levi, da família de Arão. O sumo sacerdote era levita.
Mas sabemos, e o livro de Hebreus enfatiza isso, que Cristo veio como o maior e eterno Sumo Sacerdote, não da tribo de Levi, mas segundo a linhagem de Melquisedeque, que era além de sacerdote, rei de Salém (primitiva Jerusalém). Jesus entrou no Santos dos Santos com seu próprio sangue, e, sozinho, por nós ofereceu o maior, perfeito, único, úlitmo e suficiente sacrifício. Em tudo isso ele não foi assistido por ninguem.
Pois bem, Hebreus 8 esclarece:
Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade, Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem. Porque todo o sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; por isso era necessário que este também tivesse alguma coisa que oferecer. Ora, se ele estivesse na terra, nem tampouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei, Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou. Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas. Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda.
Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, Em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei uma nova aliança,
Não segundo a aliança que fiz com seus pais No dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; Como não permaneceram naquela minha aliança, Eu para eles não atentei, diz o Senhor.
Porque esta é a aliança que depois daqueles dias Farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as minhas leis no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por Deus, E eles me serão por povo;
E não ensinará cada um a seu próximo, Nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; Porque todos me conhecerão, Desde o menor deles até ao maior.
Porque serei misericordioso para com suas iniqüidades, E de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais.
Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar.

É nítido que o sarcedócio levítico passou, bem como a figura dos levitas. No N.T esse conceito só é explorado em Hebreus, e ainda assim para demonstrar que foi substituído pelo sacerdócio de Jesus, que era da tribo de Judá. Segue a declaração de Hebreus 7.11:
De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão?
Somos sacerdotes hoje? Pedro diz que sim:
Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; (1 Pe 2.8)Mas não se trata mais de um sacerdócio levítico, e sim real. Creio que somos sacerdotes segundo o Rei Jesus Cristo, servindo não segundo os rudimentos da lei de Israel. Somos segundo o Sumo Sacerdote, que já apresentou um único e suficiente sacrifício. O termo levita é anacrônico, nos remonta à lei, à necessidade de apresentar um animal e manter o templo em ordem. Cristo já se ofereceu, e por nós preparou o Templo, não aquele feito por mãos humanas, mas o celestial. Sigamos em frente, com Cristo, com fé em seu sacrifício. Não retrocedamos para o que passou (Hb 10.38, 39).

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