“Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia.”(Mateus 28:6)
As santas mulheres, Maria Madalena e a outra Maria, foram ao sepulcro, esperando encontrar lá o corpo de seu Senhor com o propósito de embalsamá-lo. Suas intenções eram boas; sua vontade foi aceita diante de Deus; mas, apesar de tudo isso, o desejo delas não foi concedido pela simples razão de que era contrário ao desígnio de Deus: inclusive diferia com aquilo que Cristo lhes tinha predito e declarado claramente: “Não está aqui, pois ressuscitou, como disse.” Eu deduzo disso que, como crentes, poderíamos abrigar alguns bons desejos em nossos corações e tratar sinceramente de colocá-los em prática, e contudo, não alcançar jamais o êxito nesse esforço, devido que graças, a nossa ignorância, não entendemos, ou graças a nosso esquecimento, temos deixado de prestar atenção a certas palavras de Cristo que se interpõem em nosso caminho.
Soube que isso nos aconteceu com a oração. Temos orado, e não temos recebido porque não tínhamos um sustento na Palavra de Deus para pedir o que solicitávamos. Existia alguma proibição na Escritura que deveria ter-nos refreado de elevar essa petição. Pesamos em nossa vida diária, em meio das ocupações do trabalho, que se pudéssemos alcançar tal e tal posição, então honraríamos a Deus; no entanto, ainda que temos buscado vigorosamente, e oramos insistentemente a respeito, jamais conseguimos nosso alvo. Deus nunca teve o propósito de que o conseguíssemos; e, se tivéssemos tido êxito em alcançar nosso projeto, possivelmente poderia ter sido mais danoso que vantajoso, um legado de problemas em vez de uma herança de alegria. Estávamos buscando grandes coisas para nós, mas esquecemos aquela recriminação do Senhor: “E tu buscas para ti grandezas? Não as busques.” Portanto, não esperem realizar aqueles desejos que considerem puros e apropriados. Poderia ser que haja uma palavra do Senhor que não permita que os vejam realizados.
Essas boas mulheres descobriram que tinham perdido a presença Daquele que era o maior deleite delas. O “não está aqui,” deve ter-lhes soado como um dobrar de sinos pelos defuntos. Elas esperavam encontrá-lo, porem Ele já tinha partido. Mas a aflição desapareceu de seus corações quando o anjo agregou: “Porque já ressuscitou.” Eu deduzo disso que se Deus me tira qualquer coisa boa, certamente se justificará por tê-lo feito, e que, frequentemente, magnificará Sua graça, concedendo-me algo infinitamente melhor.
Maria pensou que seria algo bom encontrar o cadáver de seu Senhor? Talvez lhe tivesse proporcionado algum tipo de satisfação nostálgica. Assim pensava segundo seu próprio juízo. O Senhor tirou esse consolo dela. Porem, Cristo tinha ressuscitado, e ter notícias Suas, e posteriormente, vê-Lo, porventura não foi algo infinitamente melhor?
Você ultimamente perdeu algo em torno do qual seu coração tinha entrelaçado todos seus tentáculos? Descobrirá que existe uma boa razão para essa privação. O Senhor nos tira sempre alguma benção de prata, com a intenção de dar-nos um benefício de ouro. Podem estar certos de que Ele lhes dará ferro em vez de madeira, e substituirá o ferro com bronze, e em vez de bronze, prata, e em lugar de prata, lhes proporcionará ouro. Tudo o que o Senhor tira não é senão algo preliminar para uma dádiva maior. Você perdeu seu filho? Que isso importaria se descobre que seu Senhor é mais amoroso que nunca? Um sorriso de seu Senhor será melhor para você que todas as alegres brincadeiras de seu filho. Não é melhor Ele para você que dez filhos? Ou, perdeu seu familiar e companheiro que o alegrava ao longo do vale da vida? Graças a essa perda, você será agora conduzido a estar mais próximo de seu Salvador. Suas promessas serão mais doces para você, e o Bendito Espírito lhe revelará Sua verdade com maior claridade. Por fim sairá ganhando com sua perda.
É o caso de muitíssimas plantas que foram protegidas por alguma grande árvore cujas ramas frondosas as cobriam da chuva acoitadora e do granizo destruidor. Subitamente a árvore foi cortada pelo marchado cruel do lenhador. Quando a árvore cai, a plantinha estava a ponto de gritar de medo. A partir desse momento permanecerá desprotegida. Mas não lhe acontece nada: esses tristes prognósticos se desvanecem prontamente, pois agora o sol banha a débil planta como jamais fez antes. E o orvalho cai em maior abundância, e a chuva penetra até suas raízes; e a terna plantinha cresce até alcançar uma estatura que jamais conhecido de outra forma, já que o consolo do que desfrutava lhe impedia o crescimento. Você se dará conta que muitos dos consolos que lhe foram retirados eram obstáculos para seu apropriado cultivo e, na ausência desses consolos, obterá uma abundante compensação, uma benção dez vezes maior.
“Não está aqui” é muito triste. Porem, “ á ressuscitou” é muito alegre. A Cristo, o que morreu, As Marias não podem ver. Não podem embalsamar esse bendito corpo. Mas você vera a Cristo, o que vive, e poderá prostrar-se a Seus pés, e ouvirás de Seus lábios as jubilosas palavras: “Ide pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dentre os mortos.” (Mateus 28:7) Vale a pena que lembrem dessa lição. Se Deus a aplica a sua alma, poderia produzir-lhe um reconfortante consolo. Se o Senhor retira alguma alegria, lhe dará outra melhor. “Porque não aflige nem entristece de bom grado aos filhos dos homens” (Lamentações 3:33). Estou certo de que vocês jamais negam a seus filhos nenhuma complacência, sem ter em mente algum bem real. Quando pedem a seus filhos algum pequeno sacrifício, quantos de vocês não têm uma maneira de compensar-lhes para que não saiam perdendo pela experiência em questão. E seu Pai celestial tratará assim dessa forma terna e delicada com vocês, que são Seus filhos.
Com esses dois comentários preliminares, procederemos a considerar o texto em si. E seria conveniente dizer que alguns de nós assistimos essa tarde ao funeral de um querido amigo e diácono dessa igreja; e, por tal motivo, os pensamentos que se agitam em nosso peito, e as palavras que brotarão de nossos lábios essa noite, seriam mais apropriados se o sepulcro aberto estivesse a nossa frente. Coloquemos-nos lá em nossa imaginação, e concebamos que aquele sino – ainda que frequentemente obstaculiza nossas devoções a ponto de que me pergunto por que a pessoa cristão precisa fatigar a outros cristãos com um sino – produz um repique de mortos para nós. Essa badalada deve nos ajudar a sermos conduzidos à tumba sobre as asas do som, para que adotemos a melhor posição em que essas meditações sejam congruentes para a ocasião.
O texto contém, em primeiro lugar, uma certeza; e, em segundo lugar, um convite. Primeiro, a certeza: “Não está aqui, pois há ressuscitado”; e em segundo lugar, um convite “Vinde, vê o lugar onde o Senhor foi posto.”
I. A certeza: “Não está aqui, pois há ressuscitado”.
Jesus Cristo realmente RESSUSCITOU DENTRE OS MORTOS. O que importa que os falsos eruditos e os sabichões tenham tentado demonstrar que esse fato, tão bem comprovado, não é senão um mito fabuloso? Não existe uma só doutrina das Santas Escrituras que não se tenha desejado exterminar. A princípio, negavam descaradamente que tais coisas tivessem sucedido, e diziam que era pura invenção. Mas depois, quando se proporcionou abundante evidência para demonstrar a ressurreição, essa vil incredulidade deu lugar a um ceticismo mais refinado. No entanto, pode se demonstrar mais além de toda dúvida, que há tanta evidência da ressurreição de Cristo como de qualquer outro feito comprovado da história. Provavelmente não haja nenhum outro feito da história que esteja tão plenamente demonstrado e corroborado, como o fato de que Jesus de Nazaré, que foi cravado na cruz, que morreu, e foi sepultado, ressuscitou verdadeiramente.
Tal como cremos nas histórias de Julio César – tal como aceitamos as declarações de Tácito – sobre essa mesma base de documentos históricos, estamos obrigados a aceitar o testemunho de Mateus, Marcos, Lucas e João, do mesmo modo que os testemunhos daquelas pessoas que foram testemunhas oculares de Sua morte, e que lhe viram depois que ressuscitou dos mortos.
Que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos não é uma alegoria nem um símbolo, mas sim uma realidade de fato. Ali Ele permaneceu morto, para que esse fato fosse corroborado tanto pelos amigos como pelos inimigos; era um cadáver que devia ser depositado na tumba. Toquem-no e vejam-lhe. É o mesmo Cristo que vocês conheceram em vida. É exatamente o mesmo. Houve alguma vez tais olhos em qualquer outra forma humana? Contemple-o! Vocês podem ver a impressão de aflição em Seu rosto. Houve alguma vez semblante tão desfigurado como o seu, alguma aflição tão real em seus efeitos? Esse é o Imperador do Abatimento, o Príncipe de Todos os Dolorosos, o Rei da Aflição! Ali jaz, sendo inconfundivelmente, ele mesmo. Agora, observem os sinais dos cravos. Vejam, ali o ferro traspassou essas benditas mãos; e ali foram Seus pés foram perfurados; e lá esta a incisão que chegou ao pericárdio, e dividiu o coração, e fez brotar sangue e água maravilhosas de Seu lado. É Ele, o mesmo Cristo! E as santas mulheres levantam cada um dos membros do Seu corpo e o envolveram em linho, e colocam especiarias em Seu redor, que tinham trago em sua pressa, e lhe colocaram nesse lugar, nesse sepulcro novo.
Agora, deve ser conhecido e entendido que nossa fé é que esses mesmos membros que permaneciam inertes e frios na morte se tornaram tíbios com vida outra vez; esse mesmo corpo, com seus ossos e carne, que jaziam ali, se tornaram animados com vida novamente e regressaram à uma gloriosa existência. Essas mãos romperam o pedaço de pão e o pescado na presença dos discípulos; e esses lábios os comeram; e Ele mostrou essas ferida e disse: “Poe aqui teu dedo, e mete-lhe no lugar dos cravos” e desnudou Seu lado, o mesmo lado perfurado, e disse: “Aproxima sua mão, e coloque ela em meu lado; não sejas incrédulos, mas crente.” Não era um fantasma nem um espectro. Como Ele mesmo disse: “Um espírito não tem carne nem ossos, como vêem que eu tenho.” Ele era um homem real, tão real depois da ressurreição como o tinha sido antes; e Ele é um homem real na glória agora, tal como foi quando estava aqui abaixo. Ele ascendeu ao alto: a nuvem o cobriu de nossa vista. O mesmo Cristo que perguntou a Pedro: “me amas?”, o mesmo Jesus que disse a todos Seus discípulos: “Vinde, come” um homem real ressuscitou de uma morte real a uma vida real. Agora, sempre precisamos que essa doutrina nos seja declarada muito claramente, pois ainda que cremos nela, nem sempre temos plena consciência dela; e ainda se a compreendemos, é bom ouvi-la de novo, para que nossas mentes sejam confirmadas quanto a ela. A ressurreição é um fato tão literal como qualquer outro feito registrado na história, e assim temos de crer nela. “Não está aqui, pois já ressuscitou.”
Sigam a narração, amados, e verão que quando nosso Senhor Jesus Cristo ressuscitou naquela ocasião, sendo revivido dos sonhos da morte, não somente foi verdade que realmente se levantou do sepulcro, mas sim que ressuscitou para ser levantado em Sua ascensão à glória que agora possui a destra do Pai. Quando as cadeias de ferro da tumba foram rompidas, os discípulos receberam esse consolo: que agora Ele está mais além do alcance de Seus inimigos. Durante os escassos dias que nosso Senhor permaneceu na terra, nenhum de Seus inimigos tentou fazer-lhe dano. Nem sequer os cães se atreviam em mover a língua contra Ele. Dificilmente poderíamos dizer a razão, mas assim foi. Parecia que havia uma notável conformidade nas mentes de todos Seus inimigos durante o tempo que residiu em meio de Seu povo aqui embaixo. Ele estava fora do alcance de Seus inimigos. Não lhe podiam fazer já nenhum dano. E é o mesmo agora. Ele não está aqui, em outro sentido; e agora está fora do alcance de todos Seus malignos adversários.
Isso não o alegra? A mim sim. Nenhum Judas pode trair agora o Mestre para que seja aprisionado pelos soldados romanos. Nenhum Pilatos pode tomar-lhe agora e corromper a justiça e entregar-lhe a crucificação sabendo que é inocente. Nenhum Herodes pode agora zombar Dele na companhia de homens de guerra: nenhuma tropa pode agora cuspir em Sua amada face. Ninguém pode esbofeteá-lo agora, ou vendar Seus olhos, nem dizer-lhe: “Profetiza, quem é que te golpeou?” A cabeça, a amada cabeça majestosa de Jesus, não pode jamais ser coroada de espinhos outra vez, e os incansáveis pés que caminhavam em missões de misericórdia, não podem ser mais ser perfurados pelos cravos. Os homens não o deixarão nu mais, nem ficarão exultando em Suas agonias. Ele se acha mais além de seu alcance. Agora podem falar mal Dele, e podem buscar depreciá-lo através de Seu povo, que são os membros de Seu corpo. Agora podem se enraivarem, mas Deus colocou Cristo a Sua própria destra, e é inacessível a sua malícia. Consola-me, tal como penso que consolaria o soldado no dia da batalha quando via que a batalha se tornava muito difícil, comprovar que o comandante a quem amava estava fora do alcance das balas. “Vamos,” –diria – “vocês podem nos ferir como queiram. As balas poderiam chover uma morte vermelha sobre nossas filas, mas nosso comandante em chefe, de quem depende todo o conflito, está à salvo.”
Oh, essas palavras são benditas, e bendita foi a pluma que as escreveu e bendito é o Espírito que as ditou: “Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” (Filipenses 2:9-11) Não importa, amados irmãos, o que nos possa acontecer a nós, pobres soldados comuns. Sentimos que se fossemos caluniados, desonrados, perseguidos, ou se fossemos condenados a morte, seria algo sem importância à luz dos temas transcendentais: sim, a cabeça que uma vez foi coroada de espinhos está agora coroada com glória, e quem esteve no tribunal de Pilatos para ser condenado, se senta agora no trono de Seu Pai, em espera de vir julgar aos príncipes e reis da terra.
Em relação a que nosso Senhor não está aqui, mas que ressuscitou, deveria nos consolar pensar que agora está mais além de toda dor, assim como também mais além de todo ataque pessoal. Eu me consolei refletindo dessa forma enquanto a nosso amigo falecido recentemente. Ele foi atacado subitamente pela paralisia, como muitos de vocês sabem, e esteve em cama seis semanas. Se tivesse agradado a Deus, teria podido estar em cama seis ou dezesseis anos, e teria sido algo muito doloroso ver-lhe com sua vida ainda no corpo, mas com uma mente densamente entenebrecida. Estamos agradecidos – eu me sinto pessoalmente agradecido por Deus – já que nosso amigo ficou dormindo e escapou das misérias da presente vida malvada. Porem, quanto mais agradecidos deveríamos estar em relação a nosso amado Senhor a Quem nossa alma ama! Oh, podem suportar pensar Nele, que não tinha onde repousar Sua cabeça? Quem entre nós não teria renunciado a sua cama para dar-lhe descanso de uma noite? Ai, e renunciar à cama para sempre, se tivéssemos podido dar-lhe um brando repouso. Nós teríamos ido para a encosta do monte e teríamos passado lá a noite toda, até que nossa cabeça tivesse estado empapada de orvalho, se pudéssemos tido oportunidade de dar-lhe um descanso? Ele vale mais que dez mil de nós; e, não pareceria como se era para Ele demasiado ter que sofrer o estar sem lar nem teto? Tinha fome, irmãos; estava sedento; estava cansado, estava desfalecido. Ele sofreu nossas enfermidades: é-nos informado que as carregou. Frequente lhe doía coração. Ele sabia o que “os frios montes e o ar da meia noite” podiam fazer para esfriar o corpo; e Ele sabia o que a assoladora atmosfera e a amarga privação podiam fazer para congelar a alma. Ele experimentou inumeráveis aflições e dores. Desde o primeiro derramamento de sangue em Seu nascimento, até o último derramar de sangue em Sua morte, parecia como se a aflição o tivera marcado como seu filho peculiar. Sempre era hostilizado, tentado, contrariado, assediado, atacado e molestado, por Satanás, pelos homens malvados, e pelos males que estão no lado de fora! Agora já não há nada disso para Ele; e nos alegra que não esteja aqui por essa razão. Agora não é nenhum filho da pobreza; agora não há uma oficina de carpinteiro para Ele, nem a veste do campesino, tecida de cima abaixo: não há agora ladeiras de montes nem brejos para Seu lugar de descanso; não existem agora turbas escarnecedoras em torno Dele; não há agora quem recolha pedras para apedrejar-lhe; já não se senta junto ao poço, cansado e dizendo: “Dá-me de beber”; não precisa que se lhe dêem alimento quando está faminto. Agora já não pode mais ter açoites e flagelos. Não dará mais “Seu corpo aos agressores, nem Suas faces aos que lhe puxavam a barba.” Ninguém perfurará Suas mãos e Seus pés, não sentirá uma sede ardente no sangrento madeiro; não clamará “Eloi Eloi, Lama Sabactani?” As ondas e as olas de Deus passaram sobre Ele, porem já não podem assediá-lo mais. Ele foi levado ao pó da morte, e Sua alma esteve muito triste uma vez. Ele está mais além de tudo isso. O mar ficou para trás, e chegou a Bons Portos, onde nenhuma tormenta pode açoitar-lhe. Ele alcançou Seu gozo; Ele entrou em Seu repouso e recebeu Sua recompensa.
Irmãos e irmãs, devemos nos alegrar por esse motivo. Entremos no repouso de nosso Senhor. Alegremo-nos porque Ele está alegre; sejamos felizes porque Ele está feliz. Oh, que pudéssemos sentir que nossos corações saltam dentro de nós, ainda que por um breve tempo mais nos vejamos no campo de batalha, porque Ele se foi daí, e agora é reconhecido e adorado como Rei dos reis e Senhor dos senhores.
O fato de que nosso Senhor ressuscitou contêm, não somente esses consoladores elementos em referência a Ele, mas sim que temos de recordar que é uma garantia de nossa própria ressurreição, para cada um dos que cremos Nele. Na primeira epístola aos Coríntios, o apóstolo Paulo faz que todo o argumento a favor da ressurreição do corpo esteja baseado nessa única pergunta: Cristo ressuscitou dos mortos? Se ressuscitou, então todo Seu povo há de ressuscitar com Ele. Ele era um representante, e como Senhor Salvador ressuscitou, todos Seus seguidores haverão de fazê-lo. Se resolvem a pergunta de se Cristo ressuscitou, terão resolvido a pergunta de se todos que estão Nele, e foram conformados a Sua imagem, também devem ressuscitar.
Quanto a nós, é verdade que os que somos crentes em Jesus, se morremos e somos depositados na tumba, seremos comidos pelos vermes: regressaremos à mãe terra e nos converteremos em pó. Por minha pare, eu jamais envolveria o corpo em chumbo, nem faria nada que impedisse que se desfizesse rapidamente no pó do qual veio. Parece que é sumamente apropriado e santo deixar que se desfaça e volte a ser o pó original. Mas aqui está o tema designado. Não importa o que aconteça com esse pó, nem através de quais transições ele passe. É verdade que as raízes das árvores poderiam sugar dessa mistura; é verdade que se pode converter em pasto e em flores para alimentar aos animais: os ventos poderiam transportá-los a milhares de kilômetros de distância, separando assim todos seus átomos: um osso poderia ser separado dos demais; mas, tão certo como o Senhor ressuscitou, nós ressuscitaremos também. Não dizemos que cada partícula real dessa carne ressuscitará: não é necessário para a identidade do corpo que deva ser assim; mas o corpo será idêntico, e o mesmíssimo corpo que é semeado na terra ressuscitará novamente da terra, e com uma beleza e glória da que pouco sabemos todavia, podem estar seguros disso.
O corpo do amado filho de Deus, que despediste faz alguns anos, ressuscitará outra vez. Esses olhos que você fechou – esses mesmíssimos olhos – verão ao Rei em Sua formosura na terra distante. Esses ouvidos que não podiam lhe ouvir quando sussurrava as últimas carinhosas palavras, esses ouvidos ouvirão as eternas melodias. Esse coração que ficou tão frio e inerte como a pedra, quando a morte colocou sua gelada mão sobre ele, baterá de novo com novidade de vida, e saltará de alegria em meio das festividades da entrada ao lar, quando Cristo, o Esposo, se despoje com sua Igreja, a esposa. Esse mesmíssimo corpo! Não era o templo do Espírito Santo? Não foi redimido com sangue? Certamente ressuscitará quando as trombetas do arcanjo e a voz de Deus soem! Pode estar certo disso; pode estar seguro disso, quanto a seu amigo e a você mesmo. E não tenha medo à morte. Que é a morte? A tumba não é mais que um banho no que nosso corpo, como Ester, se imerge em especiarias para ficar doce e fresco para o abraço do glorioso Rei na imortalidade. Não é senão o armário onde guardou seu vestido durante um tempo. Sairá limpo e purificado, com muitas lantejoulas de ouro nele, que não estavam ali antes. Era um vestido de trabalho quando nos desvestimos; será um vestido de domingo quando o coloquemos, e será apropriado para vesti-lo no domingo. Inclusive poderíamos anelar a noite para nos trocarmos, e assim poder despertar para vestir essas roupas na presença do Rei.
Ademais – para não demorarmos muito em um só pensamento – devemos lembrar que o fato de que nosso Senhor não está aqui, mas que ressuscitou, contêm um pensamento consolador: que se foi para onde pode proteger melhor a nossos interesses. Ele é nosso advogado. Onde haveria de estar o advogado senão na corte do Rei? Ele está preparando-nos um lugar. Onde deveria estar Aquele que nos prepara um lugar, senão lá: preparando-lhe? Nós temos um adversário muito ativo, que está ocupado em nos acusar. Não é bom que contemos com Alguém que pode enfrentar-lhe cara a cara, e silenciar o acusador dos irmãos? Sou do parecer que se Cristo estivesse aqui, nesse preciso momento, em pessoa, estaríamos inclinados e dizer-lhe: “Bom Senhor, tu pode servir-nos bem aqui. Tuas andanças para sarar aos enfermos e ensinar aos ignorantes, são muito benditas; e nos encanta vê-lo; a visão de Teu rosto converte a terra em céu; no entanto, nossos grandes interesses demandam Tua ausência; pois, bom Senhor, nossas orações requerem de alguém as apresente diante o trono. Conforme uma por uma de nossas orações se elevam ao céu, não queríamos que estivesse aqui enquanto as enviamos a um lugar no que não estás. Ademais, quiséramos que estes ali onde o inimigo se apresenta para nos acusar, para que nos defendas; e como nossa melhor herança está no alto, necessitamos de um tutor que a preserve para nós. Bom Senhor, é conveniente que Tu te vás”.
Não temos que dizer-lhe isso, pois se foi; e se alguma vez o Cristo foi de duplo valor, se alguma vez a vantagem de Sua posição acrescentou o valor de Seus serviços, é agora em que está no céu. Ele seria precioso aqui, mas é mais precioso lá. Está fazendo mais por nós no céu, do que lhe seria possível fazer por nós aqui abaixo, até onde nossa inteligência finita pode julgar, e tão certamente como Sua infinita sabedoria pronuncia. Enquanto tanto Sua ausência é bem compensada pela presença de Seu próprio Espírito; e Sua presença lá está bem consagrada por Sua administração pessoal do serviço sagrado em nosso favor. Tudo está bem no céu, pois Jesus está lá. A coroa está assegurada, e a harpa também, e a herança bendita de cada tribo de Israel está toda assegurada, pois Cristo está guardando tudo. Ele é, para glória de Deus, o representante e preservador de Seus santos.
E, por acaso essa verdade: que Cristo não está aqui, mas sim que se foi, não cai em nossos ouvidos como uma doce força na medida que nos constrange a sentir que essa é a razão de por que nosso coração não deve estar aqui? “Não está aqui”: então nosso coração não deve estar aqui. Quando o texto “não está aqui” foi dito pela primeira vez, queria dizer que não estava no sepulcro. Ele estava então em algum lugar da terra. Porem, agora não está aqui de todo.
Suponha que você é muito rico, e que Satanás lhe sussurra: “Esses são jardins deleitáveis; essa é uma nobre mansão; desfruta-lhes”: responda a ele: “Porem Ele não está aqui; Ele não está aqui, ressuscitou, portanto, não me atrevo por meu coração onde meu Senhor não está.”
Ou suponha que sua família o faz muito feliz, e quando seus pequeninos se aglomeram a seu redor, e se sentam em torno de sua lareira, seu coração está muito feliz; e ainda que não possui muitos bens desse mundo, no entanto, tem o suficiente, e sua mente está satisfeita. Bem, se Satanás lhe dissesse: “Deves estar muito satisfeito, e encontrar seu repouso aqui,” diga ao Demônio: “Não, Ele não está aqui; e não posso sentir que esse seja o lugar de minha habitação. Meu Espírito pode descansar unicamente ali onde Jesus está.”
E, você está apenas começando sua vida? Acaba de passar o dia de seu casamento? Está começando apenas agora os jubilosos dias da juventude, o doce encanto do mais puro gozo dessa vida? Bem, deleite-se nisso, mas ainda assim se recorde que Ele não está aqui, portanto, você não tem o direito de dizer “Alma, repouse!” Cristo não está em nenhum lado da terra, portanto, nosso coração não pode construir um ninho em nenhum lado da terra. Não está em nenhuma parte, não, nem nos lugares altos, nem nos tranquilos lugares de repouso; não está no jardim das nogueiras, nem nas eiras das especiarias, não está nas tendas de Cedar, nem entre as cortinas de Salomão; nem sequer em Sua mesa sacramental, nem entre os meios de graça, está Cristo corporalmente, realmente presente. Assim que tomaremos a doçura de tudo, e o bem espiritual que poderia ter em todos os meios externos; porem, ainda assim, todos nos sinalizarão até o alto, todos eles nos afastarão. Assim como o sol evapora o orvalho, e o atrai para acima, até o céu, assim Cristo nos atrairá e trará nossos corações e nossos pensamentos até o alto, e nossos desejos, e todos nossos espíritos, até cima, até Ele mesmo! “Não está mais aqui”; então, por que eu deveria estar aqui? Oh, eleve-se, alma minha; eleve-se, e que todo o doce incenso se eleve até Aquele que “Não está aqui, pois ressuscitou”!
II. Devo abandonar esse ponto, e passar a falar em poucas palavras sobre o segundo ponto, que consiste em UM CONVITE. “Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia.”
Amados, não se trata de que irei levar-lhes ao sepulcro de José de Arimatéia. Não falarei muito sobre isso. Penso que bastará qualquer tumba para identificar o mesmo ensino sagrado. Essa tarde, quando estava junto ao sepulcro aberto no cemitério de Norwood[1], senti como se tivesse ouvido uma voz: “Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia”. Não nos deve importar muito qual é o lugar preciso. Ele jazia no sepulcro: esse é um feito proeminente que nos prega um sermão cheio de substância. Qualquer tumba pode servir a nosso propósito.
No pequeno povoado de Campodolcino[2], me dei conta da tumba de Cristo da maneira mais vívida, em um sítio que tinha sido construído para peregrinos católicos. Eu estava no alto de um monte, e vi escritas sobre uma parede essas palavras: “Havia um jardim”. Estavam escritas em Latim, Abri a porta desse jardim. Era como qualquer jardim; mas no momento de entrar vi uma mão, que tinha escritas essas palavras: “e num jardim um sepulcro novo.” Logo vi uma tumba que estava recém pintada, e quando me aproximei ela, li essa inscrição: “Um sepulcro novo, no qual ninguém tinha sido colocado.” Então cheguei para olhar dentro do sepulcro, e li outra inscrição escrita em latim: “Baixando-se a olhar, viu… mas não entrou.” E essas palavras estavam escritas: “Vinde, vede o lugar onde jazia o Senhor.” Entrei e vi, esculpido sobre a pedra, o sudário e os lenços colocados ali. Estava completamente só, e li as palavras: “Não está aqui, pois já ressuscitou,” esculpidas no fundo do sepulcro. Ainda que temia qualquer coisas cênica, dramática e papal, no entanto, certamente, percebi em grande medida da realidade da cena, e essa tarde a vivi de novo, quando estava diante do sepulcro aberto. Eu senti que Jesus Cristo foi realmente enterrado, que foi realmente depositado na terra, e que saiu realmente dali, e que é bom que nós vamos e vejamos o lugar no que Jesus foi posto.
Por quer deveríamos vê-lo? Bem, primeiro, para que possamos ver que condescendente Ele foi para jazer numa tumba. Ele, que fez os céus e a terra, jazia em uma tumba. Ele, que deu a luz aos olhos dos anjos, esteve jazendo nas trevas durante três dias. Ali Ele dormiu na escuridão. Ele, sem quem nada do que se fez foi feito, foi entregue à morte, e foi uma vítima da morte. Oh, portento de portentos! Maravilha de maravilhas! Ele, que tinha a imortalidade, e a vida dentro de si mesmo, se entrega ao lugar da morte!
“Vinde, vede ao lugar onde o Senhor foi posto”, continuando, para ver como devemos chorar pelo pecado que o colocou lá. Eu quem fui o causador de que o Salvador jazesse no sepulcro? Era necessário que antes que meu pecado pudesse ser quitado, meu doce Príncipe, cuja formosura encanta todo o céu, deveria estar frio e gélido na morte, e realmente ser depositado em um sepulcro? Devia ser assim? Oh, vocês, pecados assassinos! Pecados assassinos! Malditos e cruéis pecados! Vocês mataram ao Salvador? Prenderam esse terno coração? É possível que jamais estivessem contentes até o conduzi-lo a Sua morte, e colocar-lhe no sepulcro? Oh, venham e chorem, ao ver o lugar onde colocaram o Senhor.
“Vinde, vede o lugar onde o Senhor foi posto,” para que vejam onde vocês terão que ser postos, a menos que o Senhor venha repentinamente. Vocês podem tomar as medidas dessa tumba, pois ali é onde terão que repousar. Faria-nos bem recordar – se contamos com grandes propriedades – que dois metros de terra são tudo o que será nosso feudo permanente. Teremos que ir para ele, esse montículo solitário, com a longitude de duas passadas de terreno aplanado –
“Príncipes, essa argila há de ser seu leito,
Apesar de todas suas torres;
A enaltecida e sábia cabeça reverente
Deve jazer tão baixo como a nossa.”
Não há licença nessa guerra. Nós devemos retornar ao pó. Então, “vinde, vede ao lugar onde o Senhor jazia”, para que veja que boa companhia terá ali. Lá é onde Jesus esteve: isso não o consola? –
“Por que haveria de o cristão temer o dia
Que o enterra na tumba?
Ali jazeu o amado corpo de Jesus,
E deixou um perfume duradouro.”
Que habitação poderia ser mais apropriada para que o filho de um príncipe vá dormi, que a própria tumba do príncipe? Ali Emanuel dormiu. Ali, meu corpo estará muito satisfeito de dormir também! Que leito mais real poderia desejar que o seio dessa mesma mãe terra, em que o Salvador foi colocado para descansar por um tempo?
Pensa, amado irmão, em dez mil santos que foram dessa maneira ao céu. Quem haveria de temer ir por onde todo o rebanho foi? Você, uma pobre ovelha tímida, se só você tivera que atravessar esse escuro vale, tudo bem se estivera com medo; mas, oh, em adição a seu Pastor, que marcha à frente de todo o rebanho, escuta as pisadas das inumeráveis ovelhas que lhe seguiram. E algumas dessas ovelhas foram muito queridas para você, e se alimentaram nos mesmos pastos que você. Acaso teme ir por onde elas foram? Não, olhe o lugar onde colocaram Jesus, para ver que boa companhia haverá de ter, ainda que pareceria estar em uma câmara escura.
“Vinde, vede o lugar onde o Senhor foi posto”, para ver que você não pode estar ali por muito tempo. Não é o lugar onde Jesus está. Ele se foi, e você estará com Ele onde está agora. Vem e olhe a tumba. Não tem nenhuma porta. Teve uma porta; era uma imensa rocha, uma pedra monstruosa, e ninguém podia movê-la. Estava selada. Não vê como o Sinédrio colocou o selo, e o selo da lei, para assegurá-la, e que ninguém a moveria? Mas agora, se quer ir ao lugar onde colocaram Jesus, o selo está rompido, os guardas fugiram e a pedra já não está no lugar. Assim será sua tumba, irmão. É verdade que o cobrirão, e jazerá em meio de palmos de terra gramada. Se você for sábio, preferiria essas coisas às pesadas lousas de pedra que colocam algumas vezes sobre os mortos. Esse doce montão, com alguma margarida aqui e ali por cima, é como o olho da terra olhando o céu e pedindo misericórdia, ou sorrindo com o gozo da expectativa: ali, ali dormirá; porem, tal como na manhã, tão logo como abre seus olhos e abre as cortinas, e sai para cumprir seu trabalho do dia, e ninguém se coloca entre seu caminho, assim, quando soe a trombeta da ressurreição, se levantará de seu leito em perfeita liberdade, sem que ninguém o impeça, para ver a luz do dia que não acabará jamais. Não tem ninguém que te prenda. Não há cadeias nem barras: não há guardas nem vigilantes; não há pedras nem selos. “Vinde, vede o lugar onde Jesus foi posto.” Eu não gostaria de ir para cama em uma prisão, onde houvesse um carcereiro com sua chave de ferro para prender-me. Porem, não tenho medo de dormir em uma habitação da que posso sair ao chamado matutino como um homem perfeitamente livre! E o mesmo sucede contigo, amado, se é um crente. Você vem a ficar num lugar que está aberto e livre; um lugar apropriado para que os homens livres do Senhor cochilem.
“Vinde, vede o lugar onde Jesus foi posto.” Para celebrar o triunfo sobre a morte. Se Miriã cantou no Mar Vermelho, nós também podemos cantar na tumba de Jesus. Se ela disse: “Cantai ao SENHOR, porque em extremo se engrandeceu,” nós não diremos o mesmo? Se todos os exércitos de Israel se uniram a ela no cântico, as mulheres com danças e os homens valentes com suas vozes, assim, que todo Israel saia nesses dias e bendiga e louve ao Senhor, dizendo: “Onde está, oh morte, teu aguilhão? Onde está, ó sepulcro, tua vitória?”. O lugar o onde Jesus foi colocado nos disse isso –
“Vá é a vigilância, a pedra, o selo!
Cristo despedaçou as portas do inferno.”
Agora, cantemos-lhe e demos-lhe toda a glória.
Estava pensando dizer-lhes, amados, que vamos e vejamos o lugar onde Jesus foi posto, para que ali choremos por nossos pecados; vamos e vejamos o lugar onde Jesus esteve, para ai morrer por nossos pecados: vamos e vejamos onde colocam Jesus, para ser enterrado com Ele; vamos e vejamos o lugar onde colocar Jesus, para ressuscitar desse lugar para uma nova vida, e achar nosso caminho através da vida de ressurreição, à vida de ascensão, na que nos sentamos nos lugares celestiais, e olharemos abaixo, às coisas da terra, com jubiloso desprezo, sabendo que Ele nos levantou muito por acima de tudo isso, e que nos fez participantes de uma bem aventurança mais resplandecente da que essa terra pode conhecer alguma vez. Mas me absterei de fazê-lo.
Terminei. Queira Deus que todos os aqui presentes tiveram uma parte nisso. Todos vocês tem uma participação na morte. Existe uma árvore que está crescendo, da que farão seu caixão; ou, talvez, já foi cortada e está sendo trabalhada para protegê-la do clima, e se converterá em um caixão de maneira: o último caixão que precisarão. Existe um ponto na terra que há de ser escavado para que vocês sejam colocados ali, para encher o espaço vazio. E sua alma viverá; sua alma jamais haverá de morrer. Não creiam em nenhum momento aos que lhes falam da aniquilação. A alma deve existir. Pergunte-se se será com o verme que nunca morre e o fogo que nunca haverá de se apagar, ou com Cristo, que vive em Sua glória, e quem virá uma segunda vez para dar glória a Seu povo e ressuscitar seus corpos de igual maneira que o Seu.
Oh, tudo dependerá disso: “você crê em Jesus?” Se crê Nele, pode dar-lhe boas vindas à vida e dar boas vindas à morte, e dar as boas vindas à ressurreição, e dar boas vindas à imortalidade. Mas se não crê, então um turbilhão de assolou, e para você é terrível morrer. É terrível inclusive viver, mas é mais terrível morrer; será terrível ressuscitar de novo, será terrível ser condenado, ser condenado para sempre! Que Deus o livre disso, por Cristo nosso Senhor! Amém.
Sermão nº 1081— A VISIT TO THE TOMB- do volume 18 do The Metropolitan Tabernacle Pulpit,
Tradução e revisão: Armando Marcos Pinto
[1] West Norwood Cemetery é um cemitério em West Norwood em Londres , Inglaterra . Foi também conhecido como o Metropolitan South Cemitery. Notáveis estão enterrados ai, como Paul Julius Baron von Reuter, fundador da agência Reuters de noticias, bem como o próprio Spurgeon.
[2] Campodolcino é uma comunidade italiana da região da Lombardia, província de Sondrio, próxima a Suíca; com cerca de 1.078 habitantes. Estende-se por uma área de 48 km²
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