terça-feira, 26 de abril de 2016

O BAJULADOR SEM AMIGOS




Um dos pecados mais pública e socialmente aceitável é a bajulação. É por isso também que este é um pecado tão perigoso. Considere esse provérbio iídiche: “A bajulação faz amigos e a verdade faz inimigos”. Mas os amigos feitos pela bajulação não são realmente dignos de se ter.

A verdadeira amizade vem com trabalho duro, mas muitos de nós ficamos facilmente satisfeitos com a falsa amizade, o tipo fácil de amizade que não exige muito de nós (Jo 15.13).



Há um jogo que deve ser jogado na igreja quando há interesses de avanço pessoal. Muito frequentemente, o bajulador é um “amigo” que, para citar Aristóteles, “é seu inferior, ou finge ser”.

Aristóteles oferece uma importante ideia: o bajulador deveria ser seu inferior, mas quase sempre ele está simplesmente fingindo ser para conseguir algo de você. Bajulação é egoísmo. Ela finge dar, mas, na verdade, toma, abusa e controla

 Bajulação também é facilmente recebida. Nós amamos um bom elogio, e até acreditaremos numa mentira por causa de nosso orgulho. Espinoza disse que “ninguém é mais enganado pela bajulação que o orgulhoso, que deseja ser o primeiro e não é”.

Bajulação é elogiar outros para parecer mais amável e inteligente. É uma forma de mentira. Ela quebra vários mandamentos, especialmente, o sexto, o oitavo e o novo. Bajulação é uma forma de manipulação que tem egoísmo escrito por toda ela.

O amigo de Jó não usaria de bajulação com ninguém (Jó 32.21). Ele provavelmente perderia seu emprego em uma organização onde a bajulação é não somente esperada, mas exigida pela cultura criada pelos que estão no poder.

As pessoas até retuitam elogios feitos a elas. Imagine isso. Isso realmente acontece. Talvez Sl 12.3 ou Pv 27.2 seja uma boa leitura devocional antes de navegar na web?
Há soluções para isso. Peça para Deus lhe dar alguns amigos verdadeiros, do tipo que leva Pv 27.6 a sério. Peça que Deus lhe dê amigos que creem na promessa de Pv 28.23, assim como nos alertas de Pv 29.5. Afinal, há uma grande diferença entre esses tipos de amigos e as amizades que são feitas por propósitos “políticos”.

Quando a vida fica difícil, o bajulador segue a vida: ele abandona você em seu desespero para que ele possa procurar outro alguém que alimentará seu desejo maligno.

Eu acho – e isso é muito triste – que há muitas pessoas que simplesmente não têm amigos. Elas podem ser geralmente queridas em público, mas não têm amigos que lhes dirão o que elas precisam ouvir. Elas colocaram-se em posições em que simplesmente ouvem apenas “sim”.

Cristo não bajulou seus amigos enquanto estava na terra (Mt 16.23; Lc 24.25), e ele não faz isso agora no céu (Ap 3.19).

O amor cristão sempre coloca Cristo entre eu e o outro. Isso evita que eu tenha um relacionamento imediato com o outro. Quando eu espero um relacionamento imediato com o outro – um relacionamento em que Cristo não está entre nós – eu sempre domino e manipulo. Eu espero louvor e recuso a receber uma repreensão. Eu manipulo o outro e imponho minha vontade sobre ele. Eu uso o outro para meus propósitos malignos. Sem a mediação de Cristo, todos os relacionamentos se desenvolvem e terminam comigo como o único digno de louvor e adoração. É por isso que a bajulação é tão ruim: ela separa Cristo dos outros e evita que os outros se relacionem comigo nEle.

Autor: Mark Jones
Tradutor: Josaías Jr
Fonte: www.reformation21.org


Extraído de: http://www.materiasdeteologia.com

SEXO, PODER E DINHEIRO: CUIDADO COM QUEM DOMINA VOCÊ


sexo, poder e dinheiro


SEXO, PODER E DINHEIRO: CUIDADO COM QUEM DOMINA VOCÊ

 por Mark Jones

 
“Se você quer saber quem domina você, descubra quem você está proibido de criticar” (Voltaire)

Se as três irmãs da graça são fé, esperança e amor, também podemos dizer que as três irmãs da carne são sexo, poder e dinheiro.

Anos atrás, eu fui alertado sobre essas irmãs da carne.

Todos nós somos constituídos de maneira diferente em corpo e alma. E nossas constituições naturais alimentam desejos particulares, pois o corpo e alma possuem um relacionamento orgânico entre si. Além disso, a posição social de uma pessoa também tem implicações para os tipos de pecado que ela comete: aqueles que são prósperos são inclinados a certos pecados, aqueles que são pobres a outros. Aqueles que têm grande intelecto são inclinados ao orgulho. Os pais devem ser cuidadosos antes de chamar seus filhos de o próximo Einstein.

Certos pecados são mais dominantes em diferentes estágios da vida. Uma criança possui um coração que será inclinado a certos pecados somente mais tarde. Além disso, os desejos pecaminosos dos indivíduos duram de acordo com suas variadas vocações. Judas roubou porque ele era pecador, e também porque, como tesoureiro, foi colocado diante de uma oportunidade fácil de roubar.

Para responder à objeção de que certos pecados são contrários a outros e que os homens não são dados a todos os tipos de cobiça, Thomas Goodwin explica que as pessoas são inclinadas a diferentes pecados em diferentes estágios de suas vidas. Assim, o jovem pródigo pode tornar-se cobiçoso quando for idoso. Também é verdade que algumas pessoas têm antipatia por certos pecados, mas essa antipatia não é moral, mas física, “ou porque seus corpos não suportam ou por algum outro incômodo que eles veem naquilo” (Goodwin). Um hipocondríaco pode não visitar uma prostituta por temor de ficar doente, em vez de temor de Deus.

A tentação para Davi ter Bate-Seba foi fortalecida pelo fato de que ele podia ter Bate-Seba. Essa tentação para a lascívia foi obviamente diferente para Davi quando ele era velho. Se nós pudéssemos ter qualquer mulher que quiséssemos, provavelmente lutaríamos muito mais com tentação sexual do que fazemos. O quaterback bonitão da universidade normalmente tem tentações maiores com mulheres que o capitão-assistente da equipe de xadrez.

Talvez nós devamos agradecer a Deus agora porque não somos particularmente atraentes ou bonitos; nós podemos agradecer a Deus porque não desfrutamos de muitos sucesso; nós podemos descobrir um dia que ele nos manteve pobre (ou com a aparência relativamente mediana) para nos salvar e guardar de muitos pecados.

Nós podemos não achar que dinheiro é tentação até que a porta para o dinheiro se abra um pouquinho. Logo, como um leão provando sangue pela primeira vez, a porta se abre, nossos bolsos começam a ficar cheio daquilo que nos controla, e estamos indefesos contra a putrefação que se iniciou. Tudo isso para dizer que não sabemos o quanto amamos o dinheiro até que se torne realmente uma tentação real. Fique alerta: aqueles que lhe dão dinheiro provavelmente também controlam você de alguma forma. E, assim, você rapidamente é incapaz de criticá-los de qualquer maneira, forma ou jeito. Você se torna cada vez mais cego, como os ídolos a quem você serve (Sl 115). Eu fico feliz que meu empregador é a igreja local e nenhuma organização tem controle sobre mim porque me pagam um monte de dinheiro.

Nós podemos não achar que amamos o poder até que tenhamos um gosto do poder. Tudo o que eu tenho visto até agora em círculos reformados tem somente me convencido que não somente o dinheiro corrompe, mas o poder corrompe ainda mais. De fato, quanto mais dinheiro, mais poder. Aqueles que estão no poder podem rapidamente cultivar uma cultura do medo. Como Voltaire disse, “Se você quer saber quem domina você, descubra quem você está proibido de criticar”. Eu acho que alguns de nós poderiam achar esse exame bastante desconfortável.

M’Cheyne disse bem: “As sementes de todos os pecados estão em meu coração e talvez o mais perigoso é que eu não as vejo”. Imagine ter amigos que realmente desafiarão você e lhe dirão que você está sendo estúpido!

Autor: Mark Jones
Tradutor: Josaías Jr
Fonte: www.reformation21.org


Extraído de: http://www.materiasdeteologia.com

Bela, recatada e do lar – Você acha que é bonito ser feio?


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Bela, recatada e do lar – Você acha que é bonito ser feio?

Uma nota no jornal e milhões de comentários inflamados. Qual o problema mesmo?

Quem diria que chegariam tempos em que precisaríamos defender a beleza, a decência e a família. Pois bem, eis que esses tempos chegaram!

Tempos de completa desestruturação de todo tipo de valor. As ‘belas-artes’ são um amontoado de formas grosseiras, desconexas e agressivas. Os valores são relativos. A família é (ou simplesmente não é) à gosto de cada um. Certamente os atributos dignos de exaltação pelos que professam ódio mortal pelos adjetivos ‘bela’, ‘recatada’ e ‘do lar’ sejam ‘feia’, ‘depravada’ e ‘anti-família’. 

Sobre a pessoa que ensejou tamanho burburinho, nem saberia dizer se é realmente ‘bela, recatada e do lar’ (e isso é completamente irrelevante). O importante é entender o porquê de tamanha reação e, no final das contas, chegar à conclusão sobre que mal há e que virtude existe em cada uma dessas qualidades.

Que mal há em ser bela? Que mal há em ser recatada? Que mal há em ser do lar?

Procurei, mas não consegui encontrar nada negativo para escrever sobre essas três qualidades. Por outro lado, poderia facilmente escrever muitos e muitos parágrafos sobre os males infindáveis de ser ‘desagradável’, ‘despudorada’ e ‘anti-família’, mas creio que um pouco de bom senso do leitor é suficiente para preencher rapidamente essas lacunas.

Pobre geração de mulheres. Conseguiram convencê-las de que é bonito ser feio. De que é cool ser depravada. E de que essa história de família não passa de conversa fiada pra oprimir.

E esse é bem o discurso do movimento ‘pró-mulher’ mais anti-mulher da humanidade. Que ao fazer do ‘machismo’ o demônio de todas as mulheres, conseguiu convencê-las que não havia valor na delicadeza com a qual Deus a havia criado. O movimento que conseguiu convencer as mulheres de que liberdade e felicidade só seriam conseguidas através da completa libertinagem. O movimento que conseguiu convencer as mulheres de que a família era uma invenção que visava seu mal e de que a sua condição biológica (maternidade) era um grande empecilho para a sua plena realização e competição no mundo.

Jogaram a mulher contra ela mesma. Elas viraram suas maiores inimigas quando decidiram se expor, se entregar e se deixar usar indiscriminadamente. Viraram suas maiores inimigas quando negaram a si mesmas o acolhimento e a companhia de uma relação familiar saudável. Viraram suas maiores inimigas quando negaram a si mesmas o prazer e o vínculo da maternidade. Terminarão suas vidas usadas, mal-amadas e sozinhas.

E o que é ser bela?

Bela é o adjetivo da pessoa agradável, que desperta admiração ou prazer. 

Ser bela é presentear o mundo com nossa existência e não tem nada a ver com ser oprimida pela ditadura da beleza (1,70 de altura, 60 kg, loira, olhos claros). Beleza vai além da aparência exterior. Essa é uma sabedoria já registrada nos ditados populares. A beleza tem a ver com um conjunto em que as qualidades de espírito influenciam diretamente sobre as qualidades físicas. Beleza vem de dentro e é a capacidade de ser agradável e de dar prazer aos que estão ao nosso redor através daquilo que somos – nossa personalidade.

As mulheres desistiram de ser belas e se contentaram em ser podres e desagradáveis versões femininas de sepulcros caiados cobertos por uma espessa camada de base translúcida da MAC e 300 baforadas de 212 Sexy. Desculpe-me, mas isso não é beleza.

O mundo precisa de mais mulheres belas de verdade. Pessoas (homens e mulheres) agradáveis, que despertam a admiração, que dão prazer em conviver. Ninguém em sã consciência se oporia a isso.

O que é ser recatada?

Recatada é o adjetivo da pessoa discreta, decente, modesta, reservada. É a qualidade de quem tem pureza, honestidade, pudor. Ser recatada é cuidar de si mesmo. É guardar-se, preservar-se. É valorizar sua dignidade, dignidade concedida por Deus ao criá-la à Sua imagem e semelhança. 

Ao permitir ser usada e abusada indiscriminadamente em nome de uma liberdade fajuta, a mulher concedeu voluntariamente o direito de ser machucada, tratada indignamente, desvalorizada. Se a mulher soubesse o bem que faz a ela mesma ao se resguardar, jamais desprezaria o cuidado consigo mesma e a preservação da sua pureza. 

O que é ser do lar?

Do lar é o adjetivo daquela cuja atividade é cuidar do bem-estar da família. É amar e dedicar-se prioritariamente ao que é mais propriamente seu – sangue do seu sangue, carne da sua carne. É valorizar o núcleo mais básico da sociedade e entender a função social de quem tem o cuidado de uma família nas suas mãos. É entender que o sucesso em qualquer outra atividade não compensa o fracasso dentro de casa. Que os sentimentos genuínos de alegria, amor e satisfação não podem ser substituídos por status, dinheiro, poder. E que colocar o lar como prioridade não significa ser intelectualmente limitada, emocionalmente dependente ou produtivamente desambicionada.

As futuras gerações são entregues à própria sorte à medida em que as mulheres negam sua importância no lar. Gerações terceirizadas, concebidas em laboratório, educadas por empresas, programadas por estranhos. Uma tragédia anunciada para a sociedade.

E o que a Bíblia diz?

Por ‘ironia do destino’, os adjetivos ‘bela’, ‘recatada’ e ‘do lar’ são exatamente os adjetivos recorrentes nas Escrituras quando se trata de feminilidade. Para longe de valores machistas, estes são valores Bíblicos.
"A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e joias de ouro ou roupas finas. Pelo contrário, esteja no ser interior, que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranquilo, o que é de grande valor para Deus." - 1 Pedro 3:3,4
"Como anel de ouro em focinho de porco, assim é a mulher bonita, mas indiscreta." - Provérbios 11:22
"As mulheres mais jovens a amarem seus maridos e seus filhos, a serem prudentes e puras, a estarem ocupadas em casa, e a serem bondosas e sujeitas a seus próprios maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja difamada." - Tito 2:4,5

E caso você faça parte do grupo que pensa que a Bíblia é um livro machista que visa e perpetua o mal contra as mulheres, convido-a a arrazoar com franqueza quais valores realmente beneficiam a mulher. 

Beleza, recato e domesticidade não são valores opressores, limitadores e discriminatórios. Pelo contrário, são valores que visam o bem maior da mulher, que reconhecem seu valor e seu papel fundamental no seio sociedade.

Por mais mulheres belas, recatadas e do lar! 

As mulheres precisam disso e a sociedade agradece.

Deus me ajude a cada dia a ser um pouquinho mais de cada.
***
Autor: Renata Veras
Fonte: Mulheres em Apuros

Masturbação - considerações morais, bíblicas e refletivas


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Creio que quase todo jovem cristão já enfrentou ou enfrenta problemas nessa área. Por isso creio poder me familiarizar com muitos jovens (e também adultos) que lerão este artigo. Quero tratar da questão em quatro fases: (i) definição da masturbação, (ii) considerações morais, (iii) considerações bíblicas e (iv) reflexões especiais.

DEFINIÇÃO DE MASTURBAÇÃO

O termo masturbação é usado aqui num sentido mais restritivo, para se referir a estimulações eróticas conscientes e de livre agência, com sentido erótico-genital, que podem ser praticadas solitariamente ou mutuamente, no último caso distinguindo-se da relação sexual em especial pela inexistência de penetração. Nessa definição exclui-se: (i) “masturbações” sem sentido erótico-genital na primeira e segunda infância, (ii) sonambulismo sexual; (iii) sonho erótico (iv) polução noturna e (v) excitação sexual não estimulada.

CONSIDERAÇÕES MORAIS

A masturbação assim definida possui diversos problemas éticos, sendo, portanto uma prática objetivamente imoral. Se olharmos do ponto de vista ético, perceberemos que a masturbação é um desvio do ideal da sexualidade. O orgasmo seria algo como um "pedacinho do céu", do gozo eterno da união mística entre Cristo e a Igreja. Sexo é o símbolo da "união agápica-erótica" entre os cônjuges. Por isso, onde há sexualidade em seu sentido genital deve haver o eros matrimonial, a conexão mística com "o outro", em que a diferença de gênero sinaliza a alteridade, e a marca da conjugabilidade aduz à intimidade. Na masturbação, a alteridade é quebrada, o prazer é destinado a satisfazer a "si mesmo", e não a compartilhar-se com a pessoa amada. Nela resta a estimulação narcísica e egoica do autoerotismo. Quando a prática envolve fantasias sexuais com uma pessoa, está incluso o problema da objetificação do corpo do outro e do desrespeito envolvido na atitude imoral de tomar sem autorização a imagem de uma pessoa como um estímulo para satisfazer seus próprios desejos.

CONSIDERAÇÕES BÍBLICAS

Existe um erro grave quando se argumenta a favor da masturbação com base no silêncio das Escrituras em torno do assunto. Quando a Bíblia não menciona explicitamente uma prática, isso não significa que as Escrituras a autorize. Em casos assim, o que se deve examinar é o conjunto global principiológico da Palavra de Deus e a relação da prática com esse contexto principiológico geral. A Bíblia apresenta muitos princípios importantes, em geral feridos pela prática masturbatória, tais como (i) a pureza moral da mente e dos pensamentos (Filipenses 4.8); (ii) a mortificação de apetites sexuais impuros (Colossenses 3.5); (iii) a evitação de desejos passionais errados característicos da juventude; (iii) a castidade no olhar (Jó 31.1; Mateus 5.28), (iv) o domínio próprio e o controle sobre os desejos da carne (Gálatas 5.22-23; Tito 3.3). 

Precisamos ser sinceros em reconhecer que a masturbação fere os princípios de castidade das Escrituras, por mais que nossa mente depravada busque sempre escusas para recusar a verdade. Quando observamos o Ensino do Cristo percebemos que ele pregava uma moral que excede o mero legalismo dos religiosos da sua época. Em Cristo, como percebemos a partir de uma leitura de Mateus 5.21-37, as intenções e desejos do coração tem um grande valor para Deus, de modo que não só a prática é pecaminosa, mas também a estimulação de pensamentos e desejos imorais ferem o padrão de Deus. Sendo que a fé cristã, considera o sexo antes do casamento pecado, do mesmo modo a estimulação de pensamentos e desejos nesse sentido deve ser evitada, de modo que o Cristianismo considera a prática masturbatória como pecado.

REFLEXÕES ESPECIAIS

A trama significativa do estruturalismo anímico do recalque, a naturalização do reducionismo afetivo e a degradação dos princípios éticos-morais constroem um pensamento que coloca o sujeito casto dentro de um campo de significações e categorizações que lhe roubam a subjetividade. Para o pensamento mundano, aquele que se abstêm de prazeres sexuais por princípios morais, é alguém que baniu sua subjetividade pelo recalcamento das afetações prazerosas. A Revolução Afetiva elevou de tal forma o sentimento, que o colocou como o resumo da construção identitária, e deslocou o próprio ser do campo da existência para o mundo dos afetos. Nega-se aos 'abstêmicos' a própria felicidade, como se o gozo sexual fosse a arkhé da eudaimonia. Não só são excluídos dos afetos positivos, como também são aos abstêmicos atribuídos os sentimentos patológicos de angústias advindos da repressão neurótica. 

O que se põe é - não pode haver felicidade plena sem uma sexualidade livre, e aqueles que não seguem essa regra, são os que a dominação social infundiu-lhes a ojeriza pelo sexo - são os reprimidos, alienados da subjetividade. Mas será mesmo assim? Não pode a busca do desenvolvimento do autodomínio e da continência significar uma vivência subjetiva legítima de contactar a própria sexualidade? Não há porquê ver no exercício vivencial da continência um necessário recalcamento da sexualidade ao mundo do Inconsciente, ao contrário, controlar os próprios desejos sexuais e direcionar a própria libido é uma atitude da consciência em contato com a própria sexualidade. Ou mesmo se falarmos do recalque, não seria a sublimação e o direcionamento da libido sexual para atividades de "latência" de práticas excelsas uma atitude louvável? Ainda, não estaria o verdadeiro sentido da dignidade humana na possibilidade de transcendência sobre os domínios instituais? E não fazem parte de uma profunda vivência subjetiva os próprios conflitos, dificuldades e angústias que podem daí emergir? 

A luta contra a masturbação ajudará um jovem (ou mesmo adulto) cristão a conhecer melhor sua própria sexualidade. Por isso os que lutam contra esse pecado devem observar qual é maneira que seu corpo, uma parte do si mesmo, lida com a sexualidade. Avalie quais são os padrões de comportamento, os tipos de estímulos, ambientes que costumam te levar a se masturbar. Observe também qual a forma que você costuma se masturbar, bem como as fantasias sexuais ligadas ou não ao ato. Conhecer todos esses aspectos na luta contra a masturbação, lhe ajudará a desenvolver não só melhores meios de cultivar autodomínio como também o levará a vivenciar de perto seus conflitos éticos-morais e a conhecer sua própria sexualidade. Se esforce em desenvolver autodomínio, e em evitar certos padrões de comportamento e ambientes sexualmente estimulantes. Conheça a si mesmo, vivencie seus conflitos morais e desenvolva autodomínio. Saber controlar e administrar seus próprios desejos sexuais é uma manifestação da dignidade humana, enquanto imagem do Criador.

Lidar com o sentimento de culpa nesse processo pode também ser difícil. Mas a culpa também é, na medida certa, positiva, para a vivência subjetiva de nossos conflitos ético-morais, mas em exagero é um mal. Por isso não se esqueça das inspiradas palavras do apóstolo do amor: “Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo.” (1 João 2:1,2) e ainda: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1:9).
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Autor: Bruno dos Santos Queiroz
Divulgação: Bereianos

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Religiao séria e' religiao boa?

Já recebi mais de um e-mail de pessoas perguntando o que acho dos Mórmons ou das Testemunhas de Jeová e se são religiões sérias. Os e-mails eram de pessoas que foram convidadas para visitar essas religiões e saíram bem impressionadas com sua seriedade e organização. Uma delas, após visitar os Mórmons, escreveu que eles têm "uma visão diferente do evangelho, visitei sua igreja muito bonita e pregam coisas boas e parece que não são mercenários".

Quando jovem costumava pescar em uma represa próxima. Armávamos uma rede cercando uma grande moita de aguapé e íamos pelo outro lado, entrando na moita com água até o pescoço, batendo com varas na água e fazendo um grande estardalhaço. Os peixes fugiam desesperados para o lado onde estava a rede e eram apanhados. Está ocorrendo um efeito semelhante hoje no mundo religioso.

A abundância de mercenários na cristandade que estão batendo com suas varas de pedir dinheiro nos "templos" e programas de rádio e TV está fazendo com que os "peixes" que têm um mínimo de bom senso e capacidade de detectar a pilantragem fujam desesperados em direção à rede mortal das religiões pseudocristãs. Elas são sérias, pregam coisas bonitas, falam de amor, respeito etc. e não enfiam a mão no bolso de seus membros. Outros também correm em direção aos grupos sem denominação sem sequer julgarem se suas doutrinas são bíblicas. O fato de não serem organizações religiosas constituídas dá a eles uma falsa segurança de estarem fora do perigo.

Mas é aí que mora o perigo, pois muitos desses novos grupos não-denominacionais, assim como essas religiões pseudocristãs como a "Torre de Vigia", das Testemunhas de Jeová, e a "Igreja dos Santos dos Últimos Dias", dos Mórmons, negam o próprio fundamento do cristianismo: Cristo, o Filho de Deus encarnado, Deus e Homem, que derramou seu sangue na cruz para nos salvar e ressuscitou ao terceiro dia para nossa justificação. É contra esses que o apóstolo João, inspirado pelo Espírito Santo, alertou em sua epístola.

"Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora. Saíram de nós, mas não eram de nós... Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho. Qualquer que nega o Filho, também não tem o Pai; mas aquele que confessa o Filho, tem também o Pai... Estas coisas vos escrevi acerca dos que vos enganam." (1 Jo 2:18-26).

Algumas características dessas religiões é que saíram da cristandade, mas não cristãs em seus fundamentos. Elas negam que Jesus é o Filho Eterno de Deus, pré-existente e coexistente na eternidade passada com o Pai e o Espírito Santo; negam que ele tenha encarnado, que seja "Deus conosco", o "Emanuel", Deus e Homem, vindo para morrer, e que o seu sangue nos purifica de todo pecado. Finalmente, pregam uma salvação por mérito (boas obras, perseverança na religião, batismo, sacramentos etc.), e não unicamente pela fé na Pessoa e obra de Cristo.

Portanto, entre apanhar com as "varas de pedir dinheiro" dos pregadores de curas e prosperidade, e cair na "rede" dos que negam as doutrinas fundamentais da fé cristã, o melhor é ficar só com Cristo. Não é a uma religião que devemos ir, mas a uma Pessoa. Não é a uma religião que devemos nos unir ou nos fazer membros, mas saber que quando cremos em Cristo fomos feitos, por ele e mais ninguém, membros do seu corpo, composto de TODOS os salvos por Cristo e não apenas por alguns que pertencem a uma seita ou religião.

"Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo." (1 Jo 4:1-3).

Confessar que Jesus veio em carne não é simplesmente admitir que ele nasceu como acontece com qualquer ser humano. Vir em carne significa que ele já existia em outro lugar antes de vir, o que implica reconhecer sua divindade e eternidade. Esteja sempre muito atento ao que as pessoas ensinam por aí, porque ao tentar escapar das "varas" dos vigaristas que pedem dinheiro e são "falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo"você pode acabar caindo na rede do "próprio Satanás se transfigura em anjo de luz" (2 Co 11:13-14).

Você não precisa conhecer todo o veneno e as armadilhas que as milhares de religiões despejaram nas águas da cristandade, mas precisa saber como ficar longe dele fazendo as perguntas certas sempre que for confrontado com alguma nova doutrina. Eu costumo fazer algumas perguntas para detectar se uma religião está fora do que a Bíblia ensina. As perguntas mais importantes são aquelas que dizem respeito à natureza divina de Cristo e à Trindade, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

- Essa religião professa que Jesus é o Filho eterno de Deus, perfeito Deus e perfeito Homem, vindo em carne e nascido de uma virgem, ou diz que ele é apenas "um deus", um anjo ou um ser mais aperfeiçoado? "E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna." (1 Jo 5:20).

- Prega a salvação apenas pela fé em Cristo e sua obra, ou ensina uma salvação mista de fé, obras, guarda da Lei, perseverança, batismo etc.? "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie." (Ef 2:8-9).

- Reconhece que Cristo como o real substituto do pecador no juízo divino, ou acha que ele seja apenas um mero representante dos homens, um mártir ou exemplo a ser seguido? "... carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados." (1 Pe 2:24).

- Crê na ressurreição corpórea de Cristo e sua atual presença no céu em um corpo de carne e ossos, ou acha que ele não ressuscitou de verdade, ou ressuscitou em uma espécie de corpo etéreo intangível? "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho." (Lc 24:39).

- Baseia-se unicamente na Palavra de Deus e não em indulgências e tradições, ou acredita que é pelo dízimo e ofertas que se consegue o favor de Deus, ou ainda que a tradição cristã tem status de Palavra de Deus? "Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado" (1 Pe 1:18-19).

- Confia só nas Escrituras ou segue os ensinos de uma mulher considerada "profetiza" ou de algum líder autodenominado "apóstolo" ou "profeta"? "Não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem" (1 Tm 2:12). "Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais" (2 Co 11:13-15).

- Reconhece que todos os que creem em Cristo e em seu sacrifício expiatório estão salvos fazem parte do único Corpo de Cristo que é a Igreja, independente de onde estejam congregados ou não congregados, ou acha que apenas os membros de sua religião é que são salvos? "Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação" (Ef 4:4); "Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular." (1 Co 12:27).

Muitas outras perguntas poderiam ser acrescentadas aqui, mas creio que a principal é mesmo saber o que tal religião fala da Pessoa de Cristo e da Divindade, três Pessoas em um só Deus, ou Trindade em Unidade. Nem precisa perguntar mais se você detectar que está diante de pessoas que negam que Jesus seja o Deus Criador, o mesmo Jeová do Antigo Testamento, Deus e Homem. Dentre estes você não encontrará cristãos genuínos, embora possa encontrá-los entre aqueles que creem nesta verdade cardeal, mas possam estar enganados quanto a outros pontos ensinados na Bíblia, como a verdade da Igreja, o corpo de Cristo. Mantendo-se focado na Bíblia e tendo o Espírito Santo como guia você estará seguro.

"Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito. E vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo. Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus." (1 João 4:13-15).

"Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne [ou negam sua pré-existência divina antes de nascer aqui]. Este tal é o enganador e o anticristo. Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganho, antes recebamos o inteiro galardão. Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo [que se refere à sua divindade que ele acabou de mencionar], não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis [isso mesmo, agora você sabe que não deve receber Testemunhas de Jeová, Mórmons ou Espíritas que baterem em sua porta trazendo suas doutrinas]." (2 Jo 1:7).

"Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno. E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. ESTE É O VERDADEIRO DEUS e a vida eterna."  (1 Jo 5:19-20).

por Mario Persona

Devo interferir na politica por "sede de justica"?

Costumo receber mensagens de pessoas que tentam justificar revoluções, tomada de poder, interferência em política e manifestações com este versículo tomado isoladamente: "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça" (Mt 5:6). Nada de errado em ter fome e sede de justiça, como também não estaria errado eu ter fome e sede de caviar e champanhe francesa. Pois eu posso ter sede de champanhe francesa e fome de caviar, mas isto não significa que seja este o cardápio de meu almoço hoje. Talvez eu precise trabalhar mais e esperar o momento oportuno para ter condições de ver meu apetite saciado.

É preciso entender que os evangelhos são as diretrizes dadas para o funcionamento do Reino de Deus na terra. Hoje o reino está aqui mas em mistério, pois Cristo ainda precisa voltar para estabelecer seu reino. Enquanto isso devemos viver os princípios descritos para o reino, porém sabendo que, como cristãos, não somos súditos do Rei, mas sua noiva que reinará com ele quando vier. O cristão deve ser sábio para para aplicar os princípios encontrados nos evangelhos para o reino na terra, para não perder de vista sua cidadania, que é celestial. Então o que quer dizer o versículo? Quem não faltou à aula de tempos dos verbos vai entender:

"Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles SERÃO FARTOS" (Mt 5:6)

Esse "serão fartos" é quando o Senhor vier reinar, quando ele "aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra" (Is 25:8). É futuro, percebe? Ter fome e sede de justiça não significa sair por aí cuspindo nos injustos, participando de protestos, quebrando o pau com adversários ou incentivando revoluções para mudar governos. Mesmo porque se você agir assim não estará cumprindo as outras bem-aventuranças no mesmo contexto:

"Bem-aventurados os PACIFICADORES, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados OS QUE SOFREM[ou suportam] PERSEGUIÇÃO por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos INJURIAREM e PERSEGUIREM e, mentindo, disserem todo o mal contra vós POR MINHA CAUSA. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós." (Mt 5:9-12).

Reparou que no fechamento do raciocínio do contexto o Senhor não estava se referindo a injúrias e perseguições por diferenças partidárias ou nacionais, mas por causa dele? Você tem sofrido por causa de Cristo? Tem sido perseguido por causa dele? Tem sido injuriado? Então bem-aventurado ou feliz é você de ter esse privilégio de sofrer por Cristo. Era disso que Pedro estava falando quando escreveu:

"Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus. Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem (como questões relacionadas à política deste mundo, por exemplo); mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome." (1 Pe 4:12-16).

por Mario Persona 

Errar é humano?


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Garanto que você já deve ter ouvido essa frase várias vezes, talvez até mesmo já a utilizou para justificar algum erro seu ou de outra pessoa. Não se sabe ao certo quem foi o autor dessa frase, mas todas as pessoas que a utilizaram sempre foi no sentido de minimizar algum erro.

A questão é: a frase está correta? Errar é humano mesmo? Se afirmarmos que sim poderemos cair num grande erro, como por exemplo, este simples silogismo:

Errar é humano; Jesus era humano; Logo, Jesus errou.

Parece estúpido fazer essa ligação, mas nós nunca devemos nos esquecer de que o nosso Senhor foi 100% Homem e 100% Deus. Então
falando do pecado e da luta da carne contra as coisas de Deus, se errar não é humano, por que, em via de regra, Jesus teria que errar? Como resolver o problema?

O que é o pecado? Parece uma pergunta infantil, mas dependendo da resposta poderemos cair no mesmo erro do “errar é humano”. Algumas pessoas dizem que o pecado, em seu significado, é errar o alvo. Bom, se tratarmos da etimologia da palavra até poderíamos dizer que sim, mas olhando para aquilo que a Bíblia diz ser pecado, aí oerrar o alvo já não tem importância assim.

Dr. Cara, diz:

Enfatizar “errar o alvo” como o significado real pode induzir as pessoas a pensarem que pecado é apenas quando alguém tenta o seu melhor e falha - ela tentou acertar o alvo, mas errou.[1] 

Ou seja, nós não pecamos simplesmente porque tentamos fazer algo bom e não conseguimos, mas até quando nós não fazemos também pecamos. Lembre-se do que disse Tiago: 
Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tg 4.17). Pecado é todo tipo de transgressão a Lei de Deus.

Portanto, se dissermos que errar é humano, esqueceremos da verdadeira natureza humana. Ela é pecadora. Como Paulo diz, aqueles que são da carne são inclinados para as coisas da carne, aqueles que são do Espirito são inclinados às coisas do Espirito” (Rm 8.5). Por isso não podemos dizer que Cristo errou pelo fato de também ser humano, Ele não errou (em nenhum momento) porque a Sua natureza é santa.

Então, como podemos resolver isso?

Entendendo a luta que temos diariamente. Mas temos que entender que aqueles que se encontram longe de Deus sem a fé salvadora erram porque estão mortos em pecados. No entanto, nós erramos porque, antes de tudo, somos idólatras não se submetendo a vontade de Deus, mas a nossa ou a de outro. E erramos porque existe uma luta diária e constante dentro de nós:
Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro... (Gl 5.17)

Antes dessa luta entre a carne e o Espirito, nós estávamos em uma luta contra Deus. Na verdade, o maior inimigo que nós tínhamos antes de sermos salvos era o próprio Deus. Tudo o que fazíamos desagradava a Deus diariamente. Segundo o apóstolo Paulo, éramos assim como está escrito: 
Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; Peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; Cuja boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria; E não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos”. (Rm 3.10-18)

Mas Cristo nos resgatou da maldição da morte e do pecado, e fez com que tenhamos paz com Deus (Cl 1.20; cf.: Ef 2.15,16) para que possamos habitar com Ele para todo sempre.

No entanto, ainda não estamos totalmente libertos do pecado. Isso não quer dizer que a morte de Cristo não foi suficiente, pois a Bíblia mostra que os eleitos já estavam escritos no Livro da Vida antes da fundação do mundo (Ap 13.8; 17.8) e que nós já estamos glorificados (Rm 8.30). Mas existe uma razão pela qual ainda não fomos totalmente libertos do pecado, e isso não cabe aqui à explicação. Voltando... quando Cristo nos resgata, temos agora a ação do Espírito Santo em nós, mas há a velha natureza humana que devemos derrotar diariamente. Essa velha natureza é aquela listada em Romanos 3.10-18, mas também em Efésios 4.25-29 e Gálatas 5.19-21.

Como podemos derrotá-la?

Alimentando-se! Se entrarmos em numa competição que exige força, nós entenderemos. Pois, imagine que você se alimente pouco e treine muito menos ainda (por simples confiança em si mesmo), mas o seu adversário se alimenta corretamente e treina periodicamente. Qual a grande probabilidade daquele que não treinou ganhar? Mínimas, mas mínimas mesmo. Isso acontece com a luta da carne contra o Espírito.Lembrem-se, quantas vezes não sedemos às tentações e nos entregamos a ela? Tudo isso acontece porque nós não temos o mínimo interesse em “treinar” o espírito.

Façamos uma reflexão; quantas horas nós gastamos assistindo os nossos seriados preferidos sem se mexer da cama ou do sofá, sem se preocupar com o horário? E quantas vezes nós levantamos no meio do culto para fazer várias coisas e olhar no relógio enquanto o pastor prega? Será que nós conseguiríamos passar o mesmo tempo do filme orando e/ou lendo a Bíblia?

Portanto, quando nós sentirmos acuados pela carne (e suas tentações), devemos dar a nossa atenção a Deus, orando e lendo a Bíblia. A melhor maneira de vencermos a carne diariamente é conhecer mais a Cristo e colocarmos diante d'Ele as nossas felicidades e tristezas. Quanto mais conhecemos a Deus, mais saberemos do que Ele é capaz. Deus não permitirá que sejamos tentados além de nossas forças, pelo contrário, com a tentação dará também o escape para que possamos suportar (1Co 10.13).

Conclusão

Todas as vezes que você errar, não amenize a situação achando que errar é humano. Errar faz parte da natureza pecaminosa do homem e devemos isso às consequências de nossos pecados. Portanto, devemos pedir constantemente ajuda de Deus para vencermos o pecado.

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Nota:
[1] Cuidado com o significado oculto de uma palavra: <http://bereianos.blogspot.com.br/2014/08/cuidado-com-o-significado-oculto-da.html>. Acessado: 17 de fevereiro de 2016

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Autor: Denis Monteiro
Fonte: Bereianos

terça-feira, 19 de abril de 2016

TRAGÉDIA OU TRIUNFO? COMPREENDA O APOCALIPSE!



escatologia
Inúmeras pessoas tem uma imensa dificuldade na Leitura do Livro de Apocalipse.

     As pessoas não leem o Livro de Apocalipse por que entendem que Apocalipse é um Livro muito complicado e com um conteúdo misterioso e indecifrável; e então, as pessoas preferem não ler por que acham que não vão ser capazes de entenderem a mensagem do Livro.

     Ainda há muitas pessoas que abrem mão da leitura do Livro de Apocalipse por que pensam e acreditam que Apocalipse só fala de tragédias; e então, se esquivam da leitura do Apocalipse para não assombrarem a alma.

     Circula no meio evangélico um mito de que o Livro de Apocalipse é um Livro absolutamente misterioso e que de tão complicado que é não pode ser entendido!


     Contudo, contrariando o conceito popular de que o Livro do Apocalipse é um livro tão misterioso que não pode ser entendido, a primeira palavra do Livro de Apocalipse é “revelação”: “Revelação de Jesus Cristo. ” (Ap 1.1a).

     O Livro de Apocalipse não está escrito para esconder verdades dos cristãos; o Livro de Apocalipse está escrito para revelar Jesus Cristo à Igreja:

     “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer. ” (Ap 1.1a).

     O Livro de Apocalipse é Deus abrindo as cortinas da História e revelando a vitória de Cristo contra todas as hostes do mal que se levantam para conspirar contra a Igreja!

     Por que estudar o Livro de Apocalipse?
 Por que é que muitas pessoas tem medo do Livro de Apocalipse? 
Qual a razão de muitas pessoas terem tensão e preocupação em estudar o Livro de Apocalipse?

     Qual o motivo, a razão ou a circunstância pela qual muitos cristãos deixam de estudar o Livro de Apocalipse e muitos pastores durante todo o Ministério não pregam nunca um sermão sequer baseado no Livro de Apocalipse?

     Durante toda a História da Igreja, certamente que dentre todos os 66 Livros da Bíblia o Livro de Apocalipse foi o livro menos estudado detidamente, menos examinado profundamente e menos pesquisado exaustivamente pelos teólogos e pela Igreja, por que no imaginário popular está o conceito de que o Apocalipse é um Livro enigmático e selado que trata de coisas secretas, encobertas e ocultas.

     A Igreja, por muitos séculos abriu mãos de se debruçar sobre o último Livro da Bíblia por entender que não é possível penetrar na verdadeira mensagem do Apocalipse e mergulhar no verdadeiro e real significado do Apocalipse.

     Contudo, na verdade, o Livro de Apocalipse é o oposto do entendimento popular.

     Muito antes de ser um livro fechado, oculto e enigmático, o Apocalipse é um Livro aberto no qual são revelados os planos e os propósitos de Deus para a Igreja.

     Apocalipse significa “ tirar o véu ”, significa “ revelar o que é que está escondido ”, significa “ descobrir o que é que está encoberto ”!

     “Apocalipse” significa “ revelação ” e “ revelação ” é exatamente a primeira palavra do livro: “ Revelação de Jesus Cristo... ” (Ap 1.1a); de modo que “ Revelação de Jesus Cristo... ” poderia muito bem ser traduzida por: “ Apocalipse de Jesus Cristo... ”.

     A palavra Apocalipse vem da palavra grega “apocalupsis” que é uma palavra composta de duas palavras: “ apo ” (que significa desde dentro para fora) e “ kalupsis ” (que significa cobertura ou véu); e assim sendo, Apocalipse significa  literalmente tirar o véu e descobrir o que é que está oculto!

     Quando revelou a mensagem do Apocalipse para o apóstolo João, o Senhor Jesus ordenou que São João não selasse o livro: “E disse – me: Não seles as palavras da profecia deste livro, porque próximo está o tempo.” (Ap 22.10); ou seja, o Livro de Apocalipse não é um livro selado que não pode ser entendido!

     O Livro de Apocalipse é um Livro aberto para que a Igreja veja e entenda a vitória triunfal de Cristo sobre todas as hostes do mal!

     Ainda assim, para a maioria das pessoas hoje em dia, o Livro de Apocalipse é um Livro fechado que não pode ser lido, pelo que tanto a Igreja quanto os cristãos não leem o Livro de Apocalipse por que têm medo!

Sobre qual assunto trata o Livro de Apocalipse? 
Qual é o tema central do Livro de Apocalipse? 
Qual é a mensagem essencial do Livro de Apocalipse?

     Fundamentalmente, o Livro de Apocalipse trata sobre Jesus Cristo e trata sobre a Igreja de Jesus! Jesus Cristo e a Igreja de Jesus são os dois grandes temas do Livro de Apocalipse.

     Nenhum Livro da Bíblia aponta com mais clareza a Soberania de Deus, o Governo absoluto e soberano de Deus e a vitória triunfante e retumbante do Filho de Deus e da Igreja sobre todas as hostes do mal do que o Livro de Apocalipse.

     Apocalipse é uma revelação absolutamente contundente de fatos que em breve vão acontecer: “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer.” (Ap 1.1a).

     Contudo, muita gente tem medo do Apocalipse por pensar que o Apocalipse é um Livro que somente fala de tragédia, de catástrofe e de caos.

     A palavra Apocalipse se tornou sinônimo de tragédia; mas muito antes de falar de caos e de tragédias, Apocalipse fala da pessoa de Cristo e fala do plano vitorioso e triunfante de Cristo e da Igreja sobre todas as hostes do mal!

     Longe de falar de caos e de destruição, Apocalipse mostra que o último capítulo da História não será o triunfo do mal; mas há de ser a retumbante vitória do Senhor Jesus sobre todas as hostes do mal!
     Nada de tragédia, nada de caos, nada de descontrole; Apocalipse é o Senhor Jesus vitorioso com o controle da História nas mãos!

     Apocalipse é um livro aberto no qual estão revelados os planos e os propósitos de Deus para a Igreja. Apocalipse não é apenas e tão somente a revelação das últimas coisas; Apocalipse é, sobretudo, a saga do Cristo vencedor!

     Muito mais do que fala de fatos escatológicos, o majestoso Livro de Apocalipse fala da gloriosa pessoa de Cristo.

     Antes de falar fundamentalmente de eventos futuros, Apocalipse é a revelação de Jesus Cristo: “Revelação de Jesus Cristo...” (Ap 1.1a).

     Existem muitas visões, muitas cosmovisões e muitas interpretações da História.
     Por exemplo, um ateu existencialista entende e acredita que a História não faz sentido, entende que a História está à deriva e não tem um propósito, sendo como que um caminhão descendo ladeira abaixo sem freio e desgovernado.

     A Filosofia Grega entende que a História é cíclica; de modo que aquilo que foi ontém é hoje, o que é hoje vai ser amanhã, e o que há de ser amanhã vai ser passado depois de amanhã por que já foi ontém, mas no passado vai ser presente rumando novamente para o futuro!

     Assim sendo, a Filosofia Grega entende que a História está dando voltas interminadamente de modo que a humanidade nunca há de chegar a lugar algum.

     Agora, qual é a visão que os cristãos têm da História? Qual é a visão que a Bíblia mostra da História?
     O Livro de Apocalipse vem revelar que a História faz sentido e que a História não é cíclica. O Livro de Apocalipse vem mostrar que a História é Teleológica; ou seja, a História caminha para um fim, por que a História tem um propósito e uma finalidade.

     O Livro de Apocalipse vem revelar que quem está com o leme da História nas mãos não é o destino, não são os governantes, não são os presidentes das nações nem os reis dos impérios, nem tão pouco são os economistas.

     O Livro de Apocalipse revela que quem está com o controle da História nas mãos é Deus, de modo que a História caminha para a consumação final; e a consumação final da História não é o triunfo do mal sobre o bem, a consumação final da História não é a vitória da justiça sobre a injustiça, a consumação final da História não é o sucesso de Satanás sobre Deus, a consumação final da História não é o triunfo do pecado sobre a santidade; a consumação final da História é a vitória final e retumbante de Deus e da Igreja sobre todas as hostes do mal!

     Dentre todos os 66 livros da Bíblia o Livro de Apocalipse é justamente o Livro que possui a maior visão panorâmica da História e do controle máximo que Deus possui sobre a História!

     A mensagem do Livro de Apocalipse que confortou os cristãos primitivos e que deve também servir de consolo para os cristãos contemporâneos é que muito embora as coisas possam ficar difíceis, Deus está assentado em um trono, Deus está com o controle e com o domínio da História nas mãos, e Deus está guiando a Igreja para o Céu, aonde não haverá mais dor e nem pranto!

     “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer.” (Ap 1.1a).

     Apocalipse não é a revelação das coisas que podem acontecer. Apocalipse tampouco é a revelação de fatos que podem suceder e muito menos Apocalipse é a revelação de fatos que estão previstos para talvez acontecerem em um futuro muito distante.

     Apocalipse é uma revelação absolutamente contundente de fatos que em breve vão acontecer:
     “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer. ” (Ap 1.1a).
    
      Existem, então, três principais escolas de interpretação do Livro de Apocalipse:        A Interpretação Preterista, A Interpretação Futurista e A Interpretação Histórica.

A Interpretação Preterista

     Alguns pensadores, escritores, teólogos e comentaristas cristãos ao se aproximarem do Apocalipse olham para o Apocalipse pelas lentes do passado e entendem que o Apocalipse é um Livro que tem à ver somente com o passado, por que descreve os dramas que a Igreja primitiva vivenciou ao ser perseguida pelo Império Romano.

     Segundo a Interpretação Preterista, absolutamente tudo o que foi profetizado no Livro de Apocalipse já aconteceu e já faz parte do passado!

     Segundo a Interpretação Preterista o Livro de Apocalipse narra apenas e tão somente a perseguição que os Imperadores romanos infligiram à Igreja Primitiva, pelo que o Livro de Apocalipse tinha o propósito único e exclusivo de fortalecer e de encorajar a Igreja do Primeiro Século.

     A Escola de Interpretação Preterista falha em ver o Livro de Apocalipse com uma mensagem profética pertinente à toda a Igreja em toda a História da Igreja.

     Segundo a Interpretação Preterista o Livro de Apocalipse foi escrito para a Igreja Primitiva que estava sendo perseguida pelos Imperadores romanos.

     Assim, de acordo com a Escola de Interpretação Preterista, o Livro de Apocalipse se refere apenas ao tempo de perseguição que a Igreja Primitiva padeceu durante o Império Romano.

     Então, de acordo com a Escola Preterista, o Livro de Apocalipse não tem mais nenhuma pertinência, não tem mais relevância, não tem mais nenhuma atualidade e não tem mais nenhuma mensagem para a Igreja atual.

     Muito embora, inicialmente, o Livro de Apocalipse tenha sido escrito para a Igreja Primitiva, jamais podemos concordar com a Escola Preterista de que o último Livro da Bíblia não possui relevância alguma para a Igreja contemporânea.

     A Escola Preterista não faz justiça ao Apocalipse que foi um Livro oportuno para a Igreja Primitiva, é atual para a Igreja Contemporânea e será atualíssimo e oportuno para a Igreja no futuro.



A Interpretação Futurista

     Ainda existem pensadores, escritores, teólogos e comentaristas cristãos que ao se aproximarem do Apocalipse olham para o Apocalipse pelas lentes do futuro e entendem que o Apocalipse é um Livro que tem à ver apenas e tão somente com o futuro.

     Na contra-mão da Escola Preterista está a Escola Futurista de Interpretação do Livro de Apocalipse.
     A Escola Futurista entende que a mensagem de Ap 1 até Ap 3 está dirigida à Igreja Primitiva; e que a mensagem de Ap 4 até Ap 22 somente tem que ver com os eventos do fim dos tempos sem nenhuma aplicação ou importância em toda a História da Igreja.

     A Escola Futurista não faz justiça ao Livro de Apocalipse que é uma mensagem atual, pertinente e poderosa para todos os cristãos de todas as épocas em todos os lugares do Universo e em todos os tempos da História.

     A Escola Futurista entende que o Livro de Apocalipse é um Livro apenas para o tempo do fim, e que o Livro de Apocalipse não teve mensagem para a Igreja do passado e que também não possui mensagem para a Igreja atual.

     A Escola Futurista não faz justiça ao Apocalipse que foi um Livro oportuno para a Igreja Primitiva, é atual para a Igreja Contemporânea e será oportuno para a Igreja no futuro.

A Interpretação Histórica

     A Escola Histórica encara o Livro de Apocalipse como uma profecia simbólica de toda a História da Igreja até à volta de Cristo e o fim dos tempos.

     Assim, o Livro de Apocalipse é uma profecia da História do Reino de Deus desde o primeiro advento de Cristo até o segundo advento de Cristo.

     Santo Agostinho, os Reformadores, os Puritanos, As Confissões de Fé Reformada, e todos os grandes teólogos reformados entendem que a Interpretação Histórica é de fato e de verdade a melhor linha de interpretação do Livro de Apocalipse.

     A Escola Histórica entende que o Livro de Apocalipse foi um Livro real e pertinente para a Igreja Primitiva; foi um Livro atual e pertinente para os Pais da Igreja; foi um Livro importante e atual para os Reformadores e para os Puritanos além de ser um Livro atual para a Igreja Contemporânea ao mesmo tempo em que aponta para o fim e para a consumação dos tempos.

     A Escola Histórica entende que o Livro de Apocalipse não se limita apenas à uma parcela de tempo da Igreja; por que é na realidade, um Livro que cobre toda a História da Igreja; e que foi pertinente no tempo passado, é pertinente no tempo presente e que também será pertinente também no tempo futuro!
     O Livro de Apocalipse revela que a História está caminhando para um fim e para uma consumação; de tal forma, que muito embora aponte para toda a História da Igreja, o Livro de Apocalipse descreve de maneira muito eloqüente a vitória final e definitiva de Cristo e da Igreja sobre todas as hostes do mal.
     Então, como entender o Livro de Apocalipse? Certamente, não é uma tarefa fácil e simples estudar e entender o Livro de Apocalipse.

     O Paralelismo Progressivo é a melhor maneira de entender e de interpretar o precioso Livro de Apocalipse.

     Todavia, o que é o Paralelismo Progressivo?

     O Livro de Apocalipse não deve ser visto e não pode ser entendido como um Livro cronológico do Capítulo 1 até o Capítulo 22, por que o Apóstolo João não registrou a mensagem de Apocalipse em ordem cronológica e linear.

     O melhor sistema de interpretação do Livro de Apocalipse é o Paralelismo Progressivo; e de acordo com o Paralelismo Progressivo, o Livro de Apocalipse consiste de 7 seções paralelas entre si, com cada seção descrevendo a Igreja e o Mundo desde a época da primeira vinda de Cristo até à época da segunda vinda de Cristo.

     As 7 seções do Livro de Apocalipse descrevem os mesmos acontecimentos; porém, com nuances diferentes e com linguagem diferente, mas com a mesma essência, narrando do começo ao fim da História.
     Ou seja, é como se o Apóstolo João contasse a mesma história 7 vezes no Livro de Apocalipse, com cada seção descrevendo uma cena do fim, que vai ficando cada vez mais clara até chegar ao relato apoteótico da última seção!

     As 7 seções do Livro de Apocalipse estão agrupadas em duas divisões principais:     1ª Divisão:  Ap 1 – Ap 11 e a 2ª Divisão: Ap 12 – Ap 22; sendo que a 1ª Divisão: Ap 1 – Ap 11 descreve a perseguição do Sistema do Mundo e dos próprios ímpios contra a Igreja e a 2ª Divisão: Ap 12 – Ap 22 descreve a perseguição do dragão e dos agentes do mal contra a Igreja.

     De Ap 1 até Ap 11 está descrito o conflito entre os homens; ou seja, o conflito entre os cristãos e os ímpios, em que o Mundo ataca a Igreja, mas a Igreja é vitoriosa!

     Agora, de Ap 12 até Ap 22, o conflito entre o bem e o mal alcança proporções maiores, quando o dragão que ataca Cristo é rechaçado e dirige toda a fúria do mal contra a Igreja, que no fim, também é vitoriosa!

1ª Seção: Os 7 Candeeiros (Ap 1 – Ap 3), que falam das 7 Igrejas;

2ª Seção: Os 7 Selos (Ap 4 – Ap 7), que narram a perseguição do Mundo à Igreja de Deus;

3ª Seção: As 7 Trombetas (Ap 8 – Ap 11), que falam do juízo parcial de Deus ao Mundo que persegue a Igreja, de modo que as Trombetas de Deus são como que uma convocação de Deus às Nações que perseguem a Igreja para se arrependerem, e as Trombetas ao serem tocadas atingem o Mar, atingem os rios, atingem a Terra, atingem os astros e atingem os homens. 

     Quantas vezes acontecem catástrofes, e os jornais relatam terremotos, tsunamis, furacões, tremores de terra, guerras e conflitos, e os homens tendem a pensarem que estas catástrofes estão acontecendo à esmo; porém o Livro de Apocalipse vem apontar que em hipótese alguma não estão.

     Aquilo que os jornais chamam de Tragédias Naturais ou de Fatos Dramáticos que atingem a Terra, os rios, os Mares, os astros e os homens, o Livro de Apocalipse chama de Trombetas de Deus, o juízo parcial de Deus, chamando os pecadores ao arrependimento.

     Hoje em dia existe uma Corrente Teológica chamada Teologia Relacional, ou Teísmo Aberto, ou Open Teísmo, que prega que como Deus não conhece o futuro, Deus está sempre sendo surpreendido pelo futuro e sendo pego de surpresa pelas Catástrofes Naturais.

     Contudo, contrariando, a filosofia da Teologia Relacional, dentre os quais se destaca os pastores brasileiros Ricardo Gondim e Ed René Kivitz, o Livro de Apocalipse revela que não existe absolutamente nenhum fato histórico ou fenômeno natural que aconteça sem o conhecimento de Deus e sem que Deus esteja no controle.  

4ª Seção: A Tríade do Mal, o Dragão, a Besta do Mar e a Besta da Terra (Ap 12 – Ap 14), que narra o ataque das hostes malignas contra a Igreja de Deus: o ataque de Satanás à Igreja, a perseguição do Anti – Cristo contra os cristãos, o Falso Profeta que vai tentar induzir os homens a adorarem e cultuarem o Anti - Cristo;

5ª Seção: As 7 Taças do Juízo de Deus (Ap 15 – Ap 16), que constituem o juízo completo e pleno de Deus aos pecadores;

6ª Seção: A Derrota da Tríade do Mal (Ap 17 – Ap 19), que narra a vitória final e definitiva de Cristo sobre A Grande Babilônia, sobre o Anti – Cristo, sobre o Falso Profeta e sobre o Dragão, o que revela que quando o Senhor Jesus vier a segunda vez todos os inimigos de Deus e todos os inimigos da Igreja serão fragorosamente derrotados;

     A 6ª Seção do Livro de Apocalipse narra a derrota final e definitiva, quando o Dragão (que é o próprio Satanás) é lançado no Lago de Fogo:
     “ E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o   sempre. ” (Ap 20.10).

      No meio cristão, existe um pensamento muito popular que entende que o Diabo é o rei do Inferno; por que o Diabo preferiu ser rei no Inferno a ser servo no Céu.

     Então, mesmo dentro da Igreja, muitos cristãos há que, equivocadamente, pensam que o Diabo manda no Inferno e controla o Inferno na qualidade de o grande chefão do Inferno.

     Contudo, o Livro de Apocalipse vem desfazer o mito de que o Diabo é o rei do Inferno.

     Em Ap 9, quando a 5ª Trombeta é tocada, o Apóstolo João enxerga uma estrela caída (que é o Diabo); de modo que foi dada à esta estrela caída a chave do poço do abismo; e quando o poço do abismo foi aberto com a chave subiu uma grande fumaça que escureceu o sol, e da fumaça vieram gafanhotos para atormentarem os homens que não possuem o selo de Deus:

     “ E o quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra; e foi – lhe dada a chave do poço do abismo.
     E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço, como a fumaça de uma grande fornalha, e com a fumaça do poço escureceu – se o sol e o ar.
     E da fumaça vieram gafanhotos sobre a terra; e foi – lhes dado poder, como o poder que têm os escorpiões da terra.
     E foi – lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o selo de Deus.
     E foi – lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem; e o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem. ” (Ap 9.1 – 5).

     Em outras palavras, Satanás que é a estrela caída, não tem a chave do poço do abismo. Quem tem a chave do poço do abismo é o Senhor Jesus. Quem tem as chaves da morte e do Inferno é o Senhor Jesus. Quem manda até mesmo no Inferno é o Senhor Jesus. 

     De acordo com Ap 20.10, Satanás não será lançado no Lago de Fogo para reinar no Inferno; Satanás há de ser lançado no Lago de Fogo para ser atormentado de dia e de noite pelos séculos dos séculos no Inferno:     

     “ E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o   sempre. ” (Ap 20.10).

7ª Seção: O Reinado de Cristo (Ap 20 – Ap 22); que entra a cena do Juízo Final, aonde grandes e pequenos, ricos e pobres, brancos e negros, doutores e analfabetos, reis e vassalos, e até mesmo vivos e mortos terão de obrigatoriamente comparecerem diante do Tribunal de Deus a fim de prestem conta da suas vidas.

     Então, os Livros serão abertos, e absolutamente todos os homens hão de serem julgados de acordo com o que estiver escrito nos Livros:

     “ E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.
     E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu – se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.
     E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.
     E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.
     E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo. ” (Ap 20.11 – 15).

     Agora, você pode perguntar quem é que vai passar pelo Tribunal de Deus, quem é que vai comparecer diante do Grande Trono Branco, e resposta é absolutamente todos os homens!

     Diante do Grande Trono Branco no Juízo Final, ninguém poderá ser salvo pelas obras de caridade, ninguém vai ser aprovado para entrar no Céu por que viveu uma vida tão santa, ninguém vai ser recebido no Céu por que gastou a vida inteira fazendo boas obras, ninguém vai ser admitido no Céu pelos próprios méritos.
    
     Então, um outro Livro há de ser aberto, o Livro da Vida; e quem não for achado e encontrado no Livro da Vida será lançado no Lago de Fogo que arde com enxofre para ser atormentado de dia e de noite eternamente; mas quem for achado e encontrado no Livro da Vida será admitido na bem-aventurança eterna!

     Os cristãos que creram em Jesus e depositaram no Filho de Deus a confiança para a salvação hão de comparecerem diante do Tribunal de Deus para receberem galardão e os ímpios que rejeitaram a Jesus também hão de comparecerem diante do Tribunal de Deus só que para receberem condenação.
     E o Livro de Apocalipse termina então com o Apóstolo João tendo uma visão do novo Céu e da nova Terra; e João é chamado para ver a Igreja glorificada que parece com uma cidade, mas que também é uma noiva.

     E o relato do Livro de Apocalipse, mostra que esta Igreja glorificada tanto é bonita por fora quanto é bonita por dentro; de modo que nesta Igreja não tem contaminação, não tem pecado, não tem dor, não tem lágrimas, não tem pesar, não tem tristeza, não tem luto, não tem morte, não tem funeral, não tem cemitério, não tem doença, não tem farmácia, não tem hospital, não tem despedida.

     E assim, Apocalipse termina com a derrota final, decisiva e definitiva de todos os inimigos de Deus; e então, quando todos os inimigos de Deus; a saber, Satanás, o Diabo, o Anti – Cristo, o Falso Profeta, a Grande Babilônia, os ímpios e a morte, estiverem plenamente vencidos e derrotados; então a Igreja gloriosa, triunfante, vencedora, pura, santa e sem defeito reina com Cristo pelos séculos dos séculos na bem-aventurança eterna que nunca vai ter fim.

     Eu quero encorajar você a ler o Livro de Apocalipse, a estudar o Livro de Apocalipse, a se alimentar das promessas contidas no Livro de Apocalipse.

     Nós, homens e mulheres do Século XXI estamos vivendo em um Mundo turbulento, um mundo de angústias e de apreensões.

     Há uma inquietação mundial, há uma perturbação universal, há um desespero global por que a solução não está na política, não está na economia e tão pouco está na educação.
     Contudo, os cristãos podem ter alegria, podem ter paz, podem ter segurança e podem ter descanso, por que o Senhor Deus se assenta em um trono e reina soberano e absoluto sobre tudo e sobre todos.


Conclusão

     Como é que você pode encontrar esperança para a sua alma nos dias de hoje? 

Como é que você pode encontrar paz para o seu coração nos dias de hoje? 

Como é que você pode ter segurança acerca do seu futuro?

     A verdade é que o Senhor Deus transforma tragédias em triunfos!

     De acordo com Jerônimo, o Pai da Igreja, o Apóstolo João foi condenado ao exílio em Patmos no ano 14 depois de Nero e foi posto em liberdade quando da morte de Domiciano; o que significa que o apóstolo João esteve exilado na Ilha de Patmos entre os anos de 94 d.C. e 96 d.C.

     Muito provavelmente, o Apóstolo João foi delatado pelo Governador da Ásia para Domiciano e foi banido para Patmos por causa da Palavra de Deus:

     “Eu, João, que também sou vosso irmão, e companheiro na aflição, e no reino, e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo. ” (Ap 1.9).

     João é preso na Ilha de Patmos por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho de Jesus Cristo: (Ap 1.9).

     De acordo com a História da Igreja, o Apóstolo João foi acusado de subversão pelo Governador da Ásia por pregar o Evangelho e por testemunhar o Senhorio de Cristo em um período de tempo em que o Imperador Domiciano exigia ser respeitado como Senhor e exigia ser adorado como Deus!

     Domiciano exigia receber adoração dos cristãos.

     A mesma adoração que os cristãos prestavam a Deus, Domiciano também exigia para si próprio; e como os cristãos, em obediência a Deus se recusavam a adorarem Domiciano, Domiciano infligiu uma cruel e sangrenta perseguição contra a Igreja.

     Então, o Apóstolo João, na qualidade de líder das Igrejas na parte Ocidental da Ásia Menor, ensinava os cristãos a não adorarem Domiciano, pelo que o Governador da Ásia fala com Domiciano que João exortava os crentes a não adorarem Domiciano; e em consequência, Domiciano manda banir João para a Ilha de Patmos.

     Como era considerado pelos oficiais romanos o fomentador da religião cristã, o Apóstolo João foi condenado a trabalhar forçadamente sofrendo humilhações, privações, fome e sede; tudo por causa da fidelidade a Deus: (Ap 1.9).

     De acordo com o historiador Eusébio, depois da morte de Domiciano, Nerva assumiu o lugar de Domiciano, liberou João da prisão na Ilha de Patmos e permite que o Apóstolo João regresse para a Cidade de Éfeso.

     Contudo, mesmo sofrendo humilhação, estando preso, sendo obrigado a trabalhar como escravo e padecendo fome, sede e frio na Ilha de Patmos, o Apóstolo João se acha em espírito; por que muito embora, apesar de estar fisicamente na Ilha de Patmos, João se acha também em espírito na presença de Deus:

     “ Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta. ” (Ap 1.10).

     Fisicamente João está na Ilha de Patmos, mas em espírito está em comunhão íntima e profunda com Deus.

     Então, em glória e em fulgor, Jesus Cristo abre os Céus e se revela a João e convida João a ver a revelação da glória e da majestade do Senhor Deus.

     Agora, parece um cenário de dor, de sombra e de pessimismo para a Igreja, porém ao mesmo tempo em que está fisicamente preso na Ilha de Patmos, João se acha em espírito na presença de Deus, pelo que o próprio Deus abre o céu para João e revela a João os acontecimentos que em breve vão suceder:

     “ Eu, João, que também sou vosso irmão, e companheiro na aflição, e no reino, e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo.
     Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta,
     Que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve – o num livro, e envia – o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia. ” (Ap 1.9 – 11).

     Ou seja, Deus está transformando tragédias em bênção!

     Em um tempo em que a Igreja estava sendo massacrada, dizimada, pisada, perseguida e torturada, o Apóstolo João recebeu a revelação de que o Senhor Jesus Cristo tem o total controle da História e da Igreja nas mãos!

     O Imperador Domiciano pôde banir João para uma Ilha solitária, mas não foi capaz de impedir João de ver o Céu aberto. O imperador Domiciano pôde impedir João de pastorear a Igreja de Éfeso e de se relacionar com os cristãos de Éfeso, mas não foi capaz de impedir João de ter comunhão com Deus.
     A Ilha de Patmos se transformou na porta do Céu para o Apóstolo João!

     Deus está transformando tragédias em triunfo: na Ilha de Patmos João enfrentou o drama do exílio; mas na mesma Ilha de Patmos em que fisicamente enfrenta o drama do exílio, o Apóstolo João também adentra pelos umbrais da sala do trono de Deus!

     Aleluia! Deus transforma as tragédias pessoais dos crentes em triunfos gloriosos!

     Não existe homem na Terra ou demônio no Inferno que possa impedir a Igreja de ter comunhão com Deus!

     A intenção do Livro de Apocalipse é mostrar para os cristãos que o Diabo, o Mundo, o Anti – Cristo, a Besta e o Falso Profeta hão de perecer, ao passo que a Igreja do Senhor Jesus há de triunfar.
     O Livro de Apocalipse é um encorajamento de Deus para a Igreja em tempos de crise; o Livro de Apocalipse é uma injeção de ânimo na alma da Igreja em tempos difíceis.

     O tema do Livro de Apocalipse é a vitória de Jesus Cristo e da Igreja sobre satanás, sobre os demônios e sobre todas as hostes do mal.

     O Livro de Apocalipse mostra que o Diabo, o Mundo, o Anti – Cristo e o Falso Profeta hão de perecer definitivamente ao mesmo tempo em que a Igreja há de triunfar gloriosamente.
     No Livro de Apocalipse Cristo sempre é apresentado como vencedor e como conquistador; no Livro de Apocalipse Cristo triunfa sobre a morte, derrota o Inferno, subjuga o Dragão, acaba com a Besta, derruba o Falso Profeta e vence o Anti-Cristo.

     A verdade de que Deus reina, a verdade que Deus é vitorioso sobre todos os inimigos da Igreja e a verdade que Deus transforma tragédias em triunfo devem trazer descanso e conforto para o coração do crente!

     O Livro de Apocalipse queima o meu peito, alegra a minha alma e enche o meu coração de entusiasmo para viver; por que diante da mensagem do Livro de Apocalipse não é possível um cristão viver desanimado ou ser pessimista vivendo gemendo e se arrastando pela vida desanimado; por que a grande mensagem do Livro de Apocalipse é que o Senhor Deus reina.

     Certo dia a mulher do Reformador Martinho Lutero, quando viu que o seu esposo estava profundamente desanimado diante das lutas que estava enfrentando, se vestiu toda de preto como se estivesse de luto e quando viu a própria mulher de luto dentro de casa, Lutero tomou um tremendo susto e perguntou para a esposa: “ Mas o que é que é isto mulher? ”
    
     Então, a esposa de Lutero respondeu: “Lutero, eu estou de luto por que o Senhor Deus morreu!”; e Lutero repreendeu a mulher e disse: “Mulher será que você está louca? Nunca mais repita uma bobagem destas; por que o Senhor Deus está vivo, o Senhor Deus está no trono, reinando soberano e absoluto!”.

     Assim sendo, a esposa de Lutero retrucou: “Não Martinho Lutero, eu realmente acho que o seu Deus morreu, por que a maneira que você está vivendo, com tamanho desânimo a impressão que eu tenho é que o Deus a quem você serve morreu e é por isto que eu estou de luto!”.

     Igreja, irmão, irmã, o seu Deus reina, o seu Deus é o rei soberano de todo o Universo, o seu Deus está assentado em um trono que é a sala de comando do Universo, e a sua vida está muito bem segura nas mãos deste Deus!
      
Então, anime o seu coração hoje no Senhor teu Deus! 

Encha a sua alma de esperança no Senhor teu Deus! 

Alegre – se hoje no Senhor teu Deus, e viva para a Glória de Deus!
      
Que Deus nos ajude e que Deus nos abençoe em nome de Jesus e amém!




Por Thiago Mancini

Bibliografia:


Mais que Vencedores, William Hendriksen, Editora Cultura Cristã.

Apocalipse, Simon Kistemaker, Editora Cultura Cristã.

Apocalipse, Introdução e Comentário, Editora Vida Nova, George Ladd.

O Que Cristo Pensa da Igreja, Editora United Press, John Stott.

Comentário Bíblico Expositivo, Editora Geográfica, Warren Wiersbe.

A Igreja e as Últimas Coisas, Grandes Doutrinas Bíblicas Volume III, Editora PES, Martyn Lloyd – Jones.

Apocalipse – O Futuro Chegou, As Coisas que em Breve Devem Acontecer, Editora Hagnos, Hernandes Dias Lopes.

O Novo Testamento Interpretado, Comentário Versículo por Versículo – Volume VI, Editora Hagnos, Russell Norman Champlin.

Alerta Final, Steven J. Lawson, Editora CPAD.

Comentario Al Nuevo Testamento – Tomo 16, El Apocalisis, Editora Clie, William Barclay.  

Apocalipse de João, Comentário Esperança do Novo Testamento, Editora Evangélica Esperança, Adolf Pool.

A Mensagem do Apocalipse, Eu Vi o Céu Aberto, Editora ABU, Michael Wilcock.

Chave Linguística do Novo Testamento Grego, Editora Vida Nova, Fritz Rienecker e Cleon Rogers.

A Escatologia do Novo Testamento, Editora Vida Nova, Russell Shedd.


Extraído de: http://www.materiasdeteologia.com