Você escreveu dizendo não concordar com uma afirmação minha de que "os santos foram uma invenção da Igreja Católica" e aproveitou para aparentar concordância com o que escrevi, dizendo que concorda que "o principal intercessor ou mediador é mesmo o Senhor Jesus Cristo". Obviamente eu não disse isso porque a Bíblia não diz isso. A Bíblia não diz que Jesus seja o "principal Mediador", e sim o único Mediador entre Deus e os homens. Se dissermos que Jesus é o "principal" mediador precisaremos dizer também que Deus é o principal Deus, o que nos levaria a pensar na existência de outros. "Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, o qual se entregou a si mesmo como resgate por todos." (1 Tm 2:5-6).
Quando você abotoa errado o primeiro botão da camisa todos os outros acabarão errados e você só descobre isso ao abotoar o último (ou sobra uma casa ou um botão). É o caso deste assunto dos santos e muitos outros no catolicismo e em outras religiões. O problema está no primeiro botão, ou seja, na definição bíblica do que seja ser santo. A definição sua (creio ser a do catolicismo também) é: "a Igreja Católica afirma também que os Santos (como, por exemplo, São Paulo, Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, São Francisco de Assis), pelo grau de proximidade e de obediência a Deus que atingiram, podem, assim, ser chamados 'santos'".
Mas será esta a "casa" do "primeiro botão"? Será que é isto que Deus diz ser o significado de "santo"? Não. Na Bíblia o significado de "santo" é "separado para Deus". Por isso no Antigo Testamento um mero utensílio, como uma bacia ou um candelabro, podia ser santo, pois era "santificado" ou separado para uso do Senhor. Você depois acrescenta que "através do bom exemplo dos santos pode-se também aproximar-se de Deus", mas eu posso observar uma bacia ou candelabro a vida inteira e não ficar um milímetro mais perto de Deus. A santidade no caso do cristão possui dois aspectos: o absoluto e o relativo. Todo aquele que creu em Jesus como seu Salvador é santo no sentido absoluto da palavra. Foi separado ("santificado") para Deus pela obra de Cristo.
"Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados." (Hb 10:10, 14).
"E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus." (1 Co 6:11).
Por esta razão as epístolas dos apóstolos são dirigidas aos "santos", isto é, aos cristãos desta ou daquela localidade. Obviamente nenhum deles tinha sido "canonizado" como faz o catolicismo, nem podia apresentar algum milagre em seu currículo. Eles eram santos simplesmente pelo fato de um dia terem sido separados para Deus pela fé em Cristo, assim como hoje qualquer crente em Jesus é santo.
" E respondeu Ananias: Senhor, a muitos ouvi acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém." (At 9:13).
"Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos." (Rm 15:25).
"À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo." (1 Co 1:2).
"Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus." (Ef 1:1).
"Aos santos e irmãos fiéis em Cristo, que estão em Colossos." (Cl 1:2).
O outro aspecto da santificação é a prática, isto é, quando permitimos que a santidade (separação) absoluta que temos por graça, e não por esforço ou mérito, seja manifestada em nossa vida prática. Por isso Deus diz que devemos ser santos. Seria algo como alguém ter ascendência real mas andar como mendigo e precisar da exortação: "Deixe essa condição de mendigo e assuma a posição de rei que você possui por nascimento".
"Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo." (1 Pe 1:15-16).
"Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade." (Cl 3:12).
Quanto à falsa ideia de que exista um grupo de homens e mulheres no céu (os chamados santos católicos) intercedendo por nós por terem maior proximidade de Deus, se conferirmos na Bíblia veremos que a situação é oposta: somos nós que devemos interceder pelos santos.
"Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos." (Ef 6:18).
Obviamente porque santos são todos os nossos irmãos que creem em Cristo e estão vivendo aqui no mundo. Interceder por mortos não é algo que um cristão deva fazer, e tampouco pedir ajuda a eles. Qualquer tentativa de se comunicar com mortos, sejam eles "São Isto" ou "Santa Aquilo", é absolutamente proibida por Deus em sua Palavra.
"Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos?" (Is 8:19).
Evidentemente estes versículos soarão estranhos para você, a menos que compreenda de uma vez por todas que "santo"não é uma classe especial de homens e mulheres que viveram segundo um certo padrão, realizaram milagres em vida ou depois da morte e merecem tal posição, como você diz, "pelo grau de proximidade e de obediência a Deus que atingiram". Mas se você entender que todo aquele que crê em Cristo como Salvador é santo, porque assim a Palavra de Deus (e não alguma junta de homens) o diz, então criar tal casta de pessoas será algo contrário à Palavra e uma desonra para a posição singular que o Filho de Deus ocupa perante o Pai como nosso Intercessor.
"Quando Pedro ia entrando na casa, Cornélio dirigiu-se a ele e prostrou-se aos seus pés, adorando-o. Mas Pedro o fez levantar-se, dizendo: 'Levante-se, eu sou homem como você'." (At 10:25-26).
Você escreve ainda que "através do bom exemplo dos santos pode-se também aproximar-se de Deus". Será? A Bíblia deixa muito claro que ninguém consegue aproximar-se de Deus por suas boas obras, sejam elas originais ou inspiradas em outros. Deus nos abriu amplamente o caminho da aproximação por meio do único sacrifício realizado na cruz. No Antigo Testamento o sumo sacerdote só podia entrar no Santo dos Santos, a presença de Deus, levando uma bacia com o sangue de um animal sacrificado. Hoje o Cordeiro já foi sacrificado e todo o que nele crê é um sacerdote com licença e ousadia para aproximar-se de Deus.
"Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo. Temos, pois, um grande sacerdote sobre a casa de Deus. Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e tendo os nossos corpos lavados com água pura. Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel." (Hb 10:21).
Quando você abotoa errado o primeiro botão da camisa todos os outros acabarão errados e você só descobre isso ao abotoar o último (ou sobra uma casa ou um botão). É o caso deste assunto dos santos e muitos outros no catolicismo e em outras religiões. O problema está no primeiro botão, ou seja, na definição bíblica do que seja ser santo. A definição sua (creio ser a do catolicismo também) é: "a Igreja Católica afirma também que os Santos (como, por exemplo, São Paulo, Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, São Francisco de Assis), pelo grau de proximidade e de obediência a Deus que atingiram, podem, assim, ser chamados 'santos'".
Mas será esta a "casa" do "primeiro botão"? Será que é isto que Deus diz ser o significado de "santo"? Não. Na Bíblia o significado de "santo" é "separado para Deus". Por isso no Antigo Testamento um mero utensílio, como uma bacia ou um candelabro, podia ser santo, pois era "santificado" ou separado para uso do Senhor. Você depois acrescenta que "através do bom exemplo dos santos pode-se também aproximar-se de Deus", mas eu posso observar uma bacia ou candelabro a vida inteira e não ficar um milímetro mais perto de Deus. A santidade no caso do cristão possui dois aspectos: o absoluto e o relativo. Todo aquele que creu em Jesus como seu Salvador é santo no sentido absoluto da palavra. Foi separado ("santificado") para Deus pela obra de Cristo.
"Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados." (Hb 10:10, 14).
"E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus." (1 Co 6:11).
Por esta razão as epístolas dos apóstolos são dirigidas aos "santos", isto é, aos cristãos desta ou daquela localidade. Obviamente nenhum deles tinha sido "canonizado" como faz o catolicismo, nem podia apresentar algum milagre em seu currículo. Eles eram santos simplesmente pelo fato de um dia terem sido separados para Deus pela fé em Cristo, assim como hoje qualquer crente em Jesus é santo.
" E respondeu Ananias: Senhor, a muitos ouvi acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém." (At 9:13).
"Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos." (Rm 15:25).
"À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo." (1 Co 1:2).
"Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus." (Ef 1:1).
"Aos santos e irmãos fiéis em Cristo, que estão em Colossos." (Cl 1:2).
O outro aspecto da santificação é a prática, isto é, quando permitimos que a santidade (separação) absoluta que temos por graça, e não por esforço ou mérito, seja manifestada em nossa vida prática. Por isso Deus diz que devemos ser santos. Seria algo como alguém ter ascendência real mas andar como mendigo e precisar da exortação: "Deixe essa condição de mendigo e assuma a posição de rei que você possui por nascimento".
"Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo." (1 Pe 1:15-16).
"Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade." (Cl 3:12).
Quanto à falsa ideia de que exista um grupo de homens e mulheres no céu (os chamados santos católicos) intercedendo por nós por terem maior proximidade de Deus, se conferirmos na Bíblia veremos que a situação é oposta: somos nós que devemos interceder pelos santos.
"Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos." (Ef 6:18).
Obviamente porque santos são todos os nossos irmãos que creem em Cristo e estão vivendo aqui no mundo. Interceder por mortos não é algo que um cristão deva fazer, e tampouco pedir ajuda a eles. Qualquer tentativa de se comunicar com mortos, sejam eles "São Isto" ou "Santa Aquilo", é absolutamente proibida por Deus em sua Palavra.
"Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos?" (Is 8:19).
Evidentemente estes versículos soarão estranhos para você, a menos que compreenda de uma vez por todas que "santo"não é uma classe especial de homens e mulheres que viveram segundo um certo padrão, realizaram milagres em vida ou depois da morte e merecem tal posição, como você diz, "pelo grau de proximidade e de obediência a Deus que atingiram". Mas se você entender que todo aquele que crê em Cristo como Salvador é santo, porque assim a Palavra de Deus (e não alguma junta de homens) o diz, então criar tal casta de pessoas será algo contrário à Palavra e uma desonra para a posição singular que o Filho de Deus ocupa perante o Pai como nosso Intercessor.
"Quando Pedro ia entrando na casa, Cornélio dirigiu-se a ele e prostrou-se aos seus pés, adorando-o. Mas Pedro o fez levantar-se, dizendo: 'Levante-se, eu sou homem como você'." (At 10:25-26).
Você escreve ainda que "através do bom exemplo dos santos pode-se também aproximar-se de Deus". Será? A Bíblia deixa muito claro que ninguém consegue aproximar-se de Deus por suas boas obras, sejam elas originais ou inspiradas em outros. Deus nos abriu amplamente o caminho da aproximação por meio do único sacrifício realizado na cruz. No Antigo Testamento o sumo sacerdote só podia entrar no Santo dos Santos, a presença de Deus, levando uma bacia com o sangue de um animal sacrificado. Hoje o Cordeiro já foi sacrificado e todo o que nele crê é um sacerdote com licença e ousadia para aproximar-se de Deus.
"Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo. Temos, pois, um grande sacerdote sobre a casa de Deus. Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e tendo os nossos corpos lavados com água pura. Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel." (Hb 10:21).
Para encerrar, gostaria de contar algo que aconteceu comigo quando lecionava para crianças numa pequena cidade no interior de Goiás, onde eventualmente eu costumava falar do evangelho aos meus alunos. Uma aluna perguntou:
-- Professor, o que o senhor acha de Nossa Senhora.
Numa classe quase totalmente católica, os pais não estavam muito à vontade de um professor não-católico eventualmente falar de Jesus a seus filhos. Logo percebi que a pergunta tinha sido mandada pelo pai ou pela mãe para ver minha reação. Decidido a nunca bater de frente em questões de fé, ao invés de dar uma opinião desfavorável às crenças dos alunos a respeito de Maria, pedi à menina que escrevesse seu nome numa folha de papel. Ela escreveu.
Depois saí pela sala recolhendo lápis e canetas dos alunos e, indo até a garota, fui colocando os lápis e canetas entre seus dedos, enchendo sua mão. Aí pedi que ela escrevesse novamente seu nome com todas aquelas canetas em sua mão, o que obviamente não conseguiu. Então perguntei:
-- De quantas canetas você precisa para escrever?
-- Uma.
-- As outras ajudam ou atrapalham?
-- Atrapalham.
-- O mesmo acontece com Jesus. Ele é suficiente e qualquer coisa ou pessoa que você acrescentar não vai ajudar. A Bíblia fala de "um só Mediador", Intermediário ou Intercessor. Não precisamos de mais de um.
Portanto, se quiser que os outros botões da camisa fiquem em seu devido lugar, antes de fazer alguma afirmação procure na fonte, a Palavra de Deus. Só assim sua camisa vai fechar corretamente no final.
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