domingo, 30 de novembro de 2014

O SACERDÓCIO DE JESUS

Ora, daqueles sacerdotes tem havido muitos, porque a morte os impede de continuar em seu ofício; mas, visto que vive para sempre, Jesus tem um sacerdócio permanente. [Hebreus 7.23-24]

Um tema que se destaca em Hebreus é o enorme contraste que o autor estabelece entre o sacerdócio levita do Antigo Testamento, com todas as suas inadequações, e a perfeita suficiência do sacerdócio de Cristo.

O autor de Hebreus vê na estranha figura de Melquisedeque, no Antigo Testamento, um prenúncio do sacerdócio de Jesus:

1) Melquisedeque era rei e sacerdote, assim como Jesus;

2) ele demonstrou ser superior a Abraão (ancestral de Levi) ao abençoá-lo e receber dele o dízimo;

3) ele aparece no relato de Gênesis sem nenhuma ascendência nem posteridade, simbolizando a eternidade de Jesus.

ENTÃO, QUAIS ERAM AS INADEQUAÇÕES DO SACERDÓCIO LEVÍTICO DO ANTIGO TESTAMENTO?

PRIMEIRO, O SACERDÓCIO LEVÍTICO ERA EFÊMERO.
Os sacerdotes do Antigo Testamento não podiam permanecer no ofício para sempre, já que eram mortais, mas Jesus “vive para sempre” (v. 24).

Novamente, “[ele] vive sempre para interceder por eles” (v. 25). Nada jamais poderá interromper ou acabar com o seu sacerdócio.

SEGUNDO, O SACERDÓCIO LEVÍTICO TINHA UM CARÁTER PECAMINOSO.
O sistema do Antigo Testamente apresentava um defeito evidente. Antes de oferecer sacrifícios pelo povo, os sacerdotes precisavam oferecer sacrifícios por eles mesmos.

Jesus, no entanto, não tinha nenhum pecado que exigisse reparação. O versículo 26 contém uma declaração maravilhosa acerca da incorruptibilidade de Jesus: “Santo, inculpável, puro, separado dos pecadores, exaltado acima dos céus”.

TERCEIRO, OS SACRIFÍCIOS PRECISAVAM SER OFERECIDOS DIA APÓS DIA.
Todos os sacrifícios tinham um caráter temporário e precisavam ser oferecidos continuamente.

Jesus, no entanto, ofereceu-se a si mesmo como sacrifício, de uma vez por todas.

É por esta razão que o sacerdócio de Cristo é totalmente suficiente. Sua vida terrena foi sem pecado, sua morte substitutiva foi completa e sua intercessão celestial é eterna. “É de um sumo sacerdote como este que precisávamos” (v. 26).


De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão? Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei. Porque aquele de quem estas coisas se dizem pertence a outra tribo, da qual ninguém serviu ao altar, Visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio. E muito mais manifesto é ainda, se à semelhança de Melquisedeque se levantar outro sacerdote, Que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo a virtude da vida incorruptível.Porque ele assim testifica: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque. Porque o precedente mandamento é abrogado por causa da sua fraqueza e inutilidade (Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus.

E visto como não é sem prestar juramento (porque certamente aqueles, sem juramento, foram feitos sacerdotes, Mas este com juramento por aquele que lhe disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá; Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque, De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador. E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer, Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.


Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus; Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo. Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre. (Hebreus 7:11-28)


Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.

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