Quero deixar apenas uma breve reflexão a respeito do que muito se ecoa em nossos dias. Poucas palavras, que creio eu, serem suficientes para muitos dias de profunda reflexão. Devemos considerar com muito cuidado, um assunto tão importante e delicado como este. Em nossos dias, este assunto e a forma na qual ele se encaminha pode ser novidade e até considerado "nova" doutrina, ou ainda mais, considerado muito radical e desnecessário. No meio onde o misticismo é aberrante, costuma-se dizer de forma até irracional (pois ignoram este ouro) que testificam a todo instante das mesmas experiencia que os patriarcas, profetas e apóstolos tiveram. O mais chocante nisso, e o que mais me deixa incomodado, não é o fato deles afirmarem ter experimentado tal coisa, mas, a reação diante disso e a consequência depois disso. Certa vez, visitei uma igreja carismática, onde o pastor em pé, disse: "Irmãos, acabei de ter uma visão dos céus abertos. Estou vendo o trono de Deus e os anjos subindo e descendo à Sua presença". Ele disse isso naturalmente, como se estivesse recitando um poema ou um versinho romântico. Sua reação foi totalmente neutra e ilógica. Não posso concordar com isso. Nesta reflexão, veremos que os homens mais santos, consagrados ao Senhor, registrados nas páginas das Sagradas Escrituras tiveram tal experiencia, e com tal experiencia uma reação nada comum a nossa época. Quero comparar os registros com aquilo que esta geração diz e verificar se está em consonância ao que esta escrito no Livro Santo. É comum ouvir em reuniões as seguintes frase: "Deus esta aqui". "Eu estou sentindo a presença de Deus neste lugar". "Vejo a Glória de Deus aqui". De modo algum eu duvido disso. A própria Palavra de Deus testifica que Sua presença é manifesta no meio do Seu povo. Porém, Sua manifestação é Santa. Jacó, o terceiro patriarca, depois de um sonho disse apavorado: "Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos céus" (Gn. 28.17). O que eu não creio e nem posso, pois a Bíblia me é testemunha disso, é dizer que a presença de Deus esta em determinado culto, e assim, ficarem ali, pulando e fazendo um monte de coisas bizarras (e mesmo que não seja bizarras), ficarem indiferentes quanto a gravidade do pecado, e não se sentirem tremerosos como em perigo de morte.
No monte Sinai, Deus ordenou que Moisés colocasse limites ao pé do monte, para que o povo israelita não o ultrapassasse e morressem. Deus falava com Moisés e Sua voz era ouvida pelo povo, que atônitos e cheios de espanto não desejavam ver as manifestações e ouvir pessoalmente a voz do Senhor. "E sucedeu que, ouvindo a voz do meio das trevas, e vendo o monte ardendo em fogo, vos achegastes a mim, todos os cabeças das vossas tribos, e vossos anciãos; E dissestes: Eis aqui o SENHOR nosso Deus nos fez ver a sua glória e a sua grandeza, e ouvimos a sua voz do meio do fogo; hoje vimos que Deus fala com o homem, e que este permanece vivo. Agora, pois, por que morreríamos? Pois este grande fogo nos consumiria; se ainda mais ouvíssemos a voz do SENHOR nosso Deus morreríamos. Porque, quem há de toda a carne, que ouviu a voz do Deus vivente falando do meio do fogo, como nós, e ficou vivo?" (Deuteronômio 5:23-26)
Isaías quando viu a presença de Deus, ele disse: "Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos" (Isaías 6:5). E João disse: "E eu, quando vi, caí a seus pés como morto..." (Apocalipse 1:17). Daniel também se expressou: "E só eu, Daniel, tive aquela visão. Os homens que estavam comigo não a viram; contudo caiu sobre eles um grande temor, e fugiram, escondendo-se. Fiquei, pois, eu só, a contemplar esta grande visão, e não ficou força em mim; transmudou-se o meu semblante em corrupção, e não tive força alguma. Contudo ouvi a voz das suas palavras; e, ouvindo o som das suas palavras, eu caí sobre o meu rosto num profundo sono, com o meu rosto em terra" (Daniel 10:7-9). No monte onde Jesus se transfigurou nos é dito: "Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte, E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz.E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés, e um para Elias.E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo; escutai-o. E os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos, e tiveram grande medo (Mateus 17:1-6).
Além disso, vemos a manifestação de Deus em um sermão dirigido por Jonathan Edwards, pregado em 08 de Julho de 1741 em Enfield, Connecticut - EUA. A história diz que Edwards segurava o esboço tão perto dos olhos que os ouvintes nem viam seu rosto. Porém, com a continuação da leitura o auditório ficou abalado. Um homem correu para frente púlpito e clamou: "Senhor Edwards, tenha compaixão". Outros, se agarraram nos bancos, pensando que iriam cair vivos no inferno. Enquanto outros se abraçavam nas colunas dos prédio de tanto medo e pavor, pensando que o juízo final havia chegado.
De fato, existem varias outras passagens bíblicas que comprovam a mentalidade errônea de nossa época. Certa vez, Paul Washer, um pregador Norte Americano, ao findar sua pregação na igreja onde havia sido convidado a ministrar a conferencia, foi interrogado pelos jovens que lhes dirigiram a seguinte pergunta: "Pastor Washer, você acredita que a presença de Deus esta aqui, não acredita?". Paul, sem hesitar, respondeu: "Não, ela não esta aqui", e continuou: "Pois, se estivesse, metade de vocês já estariam mortos".
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