Um dos elementos mais importantes na vida do cristão é o equilíbrio. Extremos são perigosos, e podem deformar completamente o cristianismo. O caminho mais curto para a heresia e a apostasia é quando uma doutrina ou prática é supervalorizada em detrimento de outras doutrinas e práticas igualmente importantes.
Vejamos alguns pontos onde o equilíbrio é fundamental:
Amor e Misericórdia x Ira e Justiça
Alguns cristãos dão tanta ênfase ao amor e à misericórdia de Deus que se esquecem completamente de Sua justiça e de Sua ira contra os pecadores. Constroem um deus estranho, que aceita tudo e não tem valores morais ou, no máximo, não os leva em consideração.
Por outro lado, também há aqueles que, buscando salvaguardar a justiça divina, terminam criando um deus tirano e impiedoso, que não demonstra bondade e compaixão alguma pelos violadores de Sua lei. Um deus que não demonstra amor, nem se apieda de Suas criaturas.
Ambos deuses acima são imagens distorcidas do Deus bíblico surgidas a partir de visões extremistas e sem discernimento. Ambas não colocaram na balança a bondade e a severidade de Deus. São leituras míopes da Escritura, desequilibradas e parciais, que não se apóiam sobre a totalidade da Revelação.
"Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, benignidade, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado." (Romanos 11:22)
Lei x Evangelho
Outro exemplo similar é o equilíbrio que devemos ter ao pesar a Lei e o Evangelho. Qualquer desequilíbrio nesta área gerará um conceito deturpado, e corromperá tanto a Lei quanto o Evangelho. Na verdade, Lei e Evangelho são inseparáveis, estão em harmonia, e se completam mutuamente. A Lei aponta nosso pecado e nos mostra o quão condenáveis somos. Ela nos faz desesperar e, como aio, nos conduz a Cristo, por meio do Evangelho. O Evangelho, por sua vez, nos salva da condenação da Lei, por meio de Cristo, e então nos devolve novamente à Lei, para que vivamos vidas piedosas em obediência a Deus, pelo poder do Espírito.
"De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados." (Gálatas 3:24)
Fé x Obras
Equilíbrio é igualmente necessário quando falamos de fé e obras. Sabemos que a fé sem obras é morta, conforme Tiago 2:26. Por outro lado, tudo que não é da fé é pecado, conforme Romanos 14:23. Isso significa que as obras sem a fé e a fé sem as obras são igualmente erradas. De nada vale dizer que se tem muita fé, mas não exercê-la praticando boas obras. Da mesma forma, as obras que não procedem de um coração temente a Deus e que não visam Sua glória também são sem valor.
Esperança no Futuro x Ação no Presente
Podemos citar muitos outros casos em que o equilíbrio é fundamental. Um deles é a relação entre nossa esperança no futuro e nossa ação no presente. Nossos olhos devem estar voltados para Cristo e nossa reunião com Ele naquele dia glorioso do Seu retorno. Porém, não podemos fazer disso uma desculpa para relaxarmos com nossos deveres na presente era.
Intelecto x Sentimentos
Outro ponto onde muitas vezes falhamos é na relação que há entre intelecto e sentimentos, ou entre razão e emoção. Esses são dois extremos em que os cristãos costumam cair frequentemente. Há aqueles que se tornam demasiadamente intelectuais, sem afeições, puramente técnicos em sua vida cristã, como se cristianismo fosse uma teoria sem vida. Outros, por outro lado, caem num emocionalismo irracional e acabam, por causa disso, abrançando todo tipo de práticas e doutrinas ilógicas e anti-biblicas.
O cristianismo é totalmente intelectual e lógico, mas não se resume a conceitos teóricos. Ele é o poder de uma nova vida.
Machismo x Feminismo
Este conflito é uma boa amostra dos estragos que os extremos podem causar. Tanto machistas quanto feministas erram. A esposa deve ser submissa ao seu esposo, honrá-lo e obedecê-lo, mas não em detrimento da dignidade e valor da esposa. Mulheres não são inferiores e devem ter seus direitos preservados. Ao esposo cabe amá-la e respeitá-la, proporcionando-lhe sustento, segurança, liberdade e honra.
O ponto de equilíbrio está justamente aqui, na analogia com Cristo e a Igreja:
"Portanto, assim como a Igreja é obediente a Cristo, assim também a esposa deve obedecer em tudo ao seu marido. Marido, ame a sua esposa, assim como Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela." (Efésios 5:24-25)
Santidade x Amor x Ortodoxia
Essa face tríplice da vida cristã é fundamental e deve estar muito bem equilibrada. Santidade sem amor e sem ortodoxia (crenças corretas) causa um cristianismo manco. O mesmo ocorre com amor sem santidade e sem ortodoxia, ou ortodoxia sem santidade e sem amor. Não adianta muito, por exemplo, "fazer bem ao próximo" se você tem conceitos falsos sobre Deus. Também não adianta ter conceitos corretos sobre Deus se você não O ama, nem obedece aos Seus mandamentos.
Outros exemplos
Muito mais poderia ser dito, por exemplo, a respeito da tensão entre soberania divina e responsabilidade humana, ou do tempo que devemos separar para as nossas obrigações na igreja, na família e na sociedade. Os nossos conceitos de sagrado e profano também devem ser equilibrados. Não podemos cair numa teologia de gueto, que considera sagrado apenas o que é religioso. Por outro lado, também não se pode cair no engano de achar que tudo é sagrado, inclusive o pecado.
Enfim, praticamente tudo na teologia e na prática cristã precisa ser visto e analisado com prudência e discernimento, olhando-se de forma global e abrangente, evitando os extremos e buscando o ponto de equilíbrio bíblico.
Mais exemplos poderiam ser dados, mas estes são suficientes para expor a questão.
Vejamos alguns pontos onde o equilíbrio é fundamental:
Amor e Misericórdia x Ira e Justiça
Alguns cristãos dão tanta ênfase ao amor e à misericórdia de Deus que se esquecem completamente de Sua justiça e de Sua ira contra os pecadores. Constroem um deus estranho, que aceita tudo e não tem valores morais ou, no máximo, não os leva em consideração.
Por outro lado, também há aqueles que, buscando salvaguardar a justiça divina, terminam criando um deus tirano e impiedoso, que não demonstra bondade e compaixão alguma pelos violadores de Sua lei. Um deus que não demonstra amor, nem se apieda de Suas criaturas.
Ambos deuses acima são imagens distorcidas do Deus bíblico surgidas a partir de visões extremistas e sem discernimento. Ambas não colocaram na balança a bondade e a severidade de Deus. São leituras míopes da Escritura, desequilibradas e parciais, que não se apóiam sobre a totalidade da Revelação.
"Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, benignidade, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado." (Romanos 11:22)
Lei x Evangelho
Outro exemplo similar é o equilíbrio que devemos ter ao pesar a Lei e o Evangelho. Qualquer desequilíbrio nesta área gerará um conceito deturpado, e corromperá tanto a Lei quanto o Evangelho. Na verdade, Lei e Evangelho são inseparáveis, estão em harmonia, e se completam mutuamente. A Lei aponta nosso pecado e nos mostra o quão condenáveis somos. Ela nos faz desesperar e, como aio, nos conduz a Cristo, por meio do Evangelho. O Evangelho, por sua vez, nos salva da condenação da Lei, por meio de Cristo, e então nos devolve novamente à Lei, para que vivamos vidas piedosas em obediência a Deus, pelo poder do Espírito.
"De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados." (Gálatas 3:24)
Fé x Obras
Equilíbrio é igualmente necessário quando falamos de fé e obras. Sabemos que a fé sem obras é morta, conforme Tiago 2:26. Por outro lado, tudo que não é da fé é pecado, conforme Romanos 14:23. Isso significa que as obras sem a fé e a fé sem as obras são igualmente erradas. De nada vale dizer que se tem muita fé, mas não exercê-la praticando boas obras. Da mesma forma, as obras que não procedem de um coração temente a Deus e que não visam Sua glória também são sem valor.
Esperança no Futuro x Ação no Presente
Podemos citar muitos outros casos em que o equilíbrio é fundamental. Um deles é a relação entre nossa esperança no futuro e nossa ação no presente. Nossos olhos devem estar voltados para Cristo e nossa reunião com Ele naquele dia glorioso do Seu retorno. Porém, não podemos fazer disso uma desculpa para relaxarmos com nossos deveres na presente era.
Intelecto x Sentimentos
Outro ponto onde muitas vezes falhamos é na relação que há entre intelecto e sentimentos, ou entre razão e emoção. Esses são dois extremos em que os cristãos costumam cair frequentemente. Há aqueles que se tornam demasiadamente intelectuais, sem afeições, puramente técnicos em sua vida cristã, como se cristianismo fosse uma teoria sem vida. Outros, por outro lado, caem num emocionalismo irracional e acabam, por causa disso, abrançando todo tipo de práticas e doutrinas ilógicas e anti-biblicas.
O cristianismo é totalmente intelectual e lógico, mas não se resume a conceitos teóricos. Ele é o poder de uma nova vida.
Machismo x Feminismo
Este conflito é uma boa amostra dos estragos que os extremos podem causar. Tanto machistas quanto feministas erram. A esposa deve ser submissa ao seu esposo, honrá-lo e obedecê-lo, mas não em detrimento da dignidade e valor da esposa. Mulheres não são inferiores e devem ter seus direitos preservados. Ao esposo cabe amá-la e respeitá-la, proporcionando-lhe sustento, segurança, liberdade e honra.
O ponto de equilíbrio está justamente aqui, na analogia com Cristo e a Igreja:
"Portanto, assim como a Igreja é obediente a Cristo, assim também a esposa deve obedecer em tudo ao seu marido. Marido, ame a sua esposa, assim como Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela." (Efésios 5:24-25)
Santidade x Amor x Ortodoxia
Essa face tríplice da vida cristã é fundamental e deve estar muito bem equilibrada. Santidade sem amor e sem ortodoxia (crenças corretas) causa um cristianismo manco. O mesmo ocorre com amor sem santidade e sem ortodoxia, ou ortodoxia sem santidade e sem amor. Não adianta muito, por exemplo, "fazer bem ao próximo" se você tem conceitos falsos sobre Deus. Também não adianta ter conceitos corretos sobre Deus se você não O ama, nem obedece aos Seus mandamentos.
Outros exemplos
Muito mais poderia ser dito, por exemplo, a respeito da tensão entre soberania divina e responsabilidade humana, ou do tempo que devemos separar para as nossas obrigações na igreja, na família e na sociedade. Os nossos conceitos de sagrado e profano também devem ser equilibrados. Não podemos cair numa teologia de gueto, que considera sagrado apenas o que é religioso. Por outro lado, também não se pode cair no engano de achar que tudo é sagrado, inclusive o pecado.
Enfim, praticamente tudo na teologia e na prática cristã precisa ser visto e analisado com prudência e discernimento, olhando-se de forma global e abrangente, evitando os extremos e buscando o ponto de equilíbrio bíblico.
Mais exemplos poderiam ser dados, mas estes são suficientes para expor a questão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário