terça-feira, 1 de setembro de 2015

A condenação eterna



Aqui está um assunto que poucos evitam. Falar sobre a vida eterna com Deus e de todos os seus benefícios, parece ser mais encorajador do que falar sobre a condenação eterna, reservada para os que rejeitam a Cristo. Porém, pretendemos que ao ler este texto, se veja encorajado à seguir os passos de Jesus, pois somente Ele pode te reconciliar com o Pai e te livrar desta terrível condenação.

Antes de tudo, precisamos compreender que a natureza de Deus é perfeitamente justa e santa e que, por não tolerar o pecado pune os que vivem na sua prática. Seria imprudente obscurecermos esta verdade nas Escrituras.

1. A realidade. É certo que alguns tentam negar a realidade dessa futura condenação, argumentando à favor da virtude do amor de Deus, como se ele negasse qualquer ação contra o que lhe é ofensivo. Esses ensinam que um Deus amoroso nunca condenaria pessoas para um eterno tormento. Porém, o amor e a justiça estão unidos na Pessoa de Jesus, salvando os crentes e condenando os incrédulos (Mt 3:11-12, 25:46; 2 Pd 2:9). Deus é amor (1 Jo 4:8), mas o amor não é Deus. Ele condena os pecadores e tal juízo revela o perfeito caráter justo e santo do Seu ser (2 Ts 1:6-10).

2. O estado. As Escrituras indubitavelmente não apenas admitem a realidade dessa condenação, como também a descreve claramente, como um estado da existência humana, sob profundas e intermináveis angústias (ranger de dentes, Mt 25:30). Também, como banimento da presença de Deus (Mt 25:41), onde há densas trevas (Mt 25:30). A ideia transmitida por esta fria realidade tenebrosa, não é meramente de um lugar sem luz, mas de tristeza, de melancolia, de horrível opressão (2 Pd 2:17; Jd 13), semelhante a um confinamento. Não há qualquer sinal de bondade, de amor, de prazer ou de alegria, pois não existe qualquer relação com a fonte Divina.

3. O lugar. As Escrituras descrevem que os incrédulos são destinados para um lugar onde sofrem esses eternos flagelos da ira de Deus. A descrição mais conhecida é do inferno (tartaroó, 2 Pd 2:4), tendo referência a “morte” (seol, Sl 16:10; hades, At 2:27), como indicação de uma sepultura espiritual e profunda (Pv 5:5, 9:18, 15:26). O inferno é claramente um lugar para castigo (Sl 9:17), abismos de trevas (2 Pd 2:4), onde há tormentos eternos (Lc 16:23) e apodrecimento (Mt 10:28). Lugar de penalidade irrevogável (2 Ts 1:9), onde o choro é interminável (Mt 13:42 e 50), onde o fogo é inextinguível (Mc 9:43) e o verme não morre (Mc 9:44). Os crentes estão sujeitos ao sofrimento desta vida terrena, e este é o motivo do seu choro, mas Deus lhes enxugará toda lágrima na vinda de Jesus (Sl 30:5; Jr 31:16; Ap 7:17); porém, os incrédulos lamentarão por toda a eternidade. Mais terrível lugar que este é o que a Escritura chama “lago de fogo” (Ap 20:14), onde o próprio inferno e o diabo serão lançados, no dia em que Jesus voltar para julgar os incrédulos e rebeldes (Ap 20:15). As nossas palavras são incapazes para descreverem quão profundo sofrimento está reservado, para estes, neste lugar, onde o clamor não é ouvido e não é previsto perdão!

Como devemos lidar com estas verdades das Escrituras? Primeiramente, crendo em Jesus como o nosso único e suficiente Salvador (Sl 102:18-22; Lc 12:8-9; At 4:12) dessa terrível condenação, a qual justamente recebemos por nossos pecados (Rm 3:21-26). Em segundo lugar, advertindo esta geração, pregando a Cristo como Salvador, para que creia Nele e se arrependa dos seus pecados, a fim de que todos os que crerem, sejam salvos da condenação eterna.

Que Deus encha os nossos corações de temor, para nos convertermos dos nossos maus caminhos e vivermos uma vida dedicada à Sua vontade.

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Autor: Rev. Ericson Martins
Fonte: Reflexões e Cotidiano
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