Diversas práticas e comportamentos de algumas das denominadas igrejas neopentecostais carregam em si inúmeros pressupostos católicos. Se não vejamos:
1) O púlpito como altar.
É comum os pastores tratarem o pulpito como lugar sagrado desafiando os crentes a depositarem suas expectativas de oração num lugar especial. Para tanto, transformaram a plataforma de pregação em "altares" onde os fiéis de forma abnegada se prostam no desejo de vivenciarem milagres . Para os evangélicos em questão o "altar" é um lugar mais santo do que o restante do "templo", onde o "sacerdote" mediante prerrogativa divina impetra as bênçãos do Senhor. Há pouco fiquei sabendo de uma igreja cujo o púlpito onde o apóstolo prega foi considerado pelos membros de sua comunidade como sagrado e que em virtude disso, não pode em hipótese alguma receber pecadores.
2- A hierarquização do reino
No catolicismo a figura do Papa impõe sobre os fiés o entendimento de que a autoridade divina repousa sobre um único homem. Para os católicos o Sumo Pontífice é o Vigário de Cristo, o representante de Deus na terra. Além disso, Roma faz uma séria distinção entre clérigos e leigos colocando os sacerdotes católicos em um nível acima das pessoas comuns. Ora, lamentavelmente o neopentecostalismo brasileiro tem funcionado nos mesmos pressupostos. Nessa perspectiva é possível encontrarmos bispos, apóstolos, profetas e similares que por vontade própria se auto-nomearam representantes de Deus na terra, impondo sobre os seus seguidores suas vontades e doutrinas.
No neopentecostalismo tupiniquim a “hierarquização do reino”, tem sido caracterizada pelo aparecimento de estruturas monárquicas, onde "apóstolos" em nome de Deus mandam e desmandam na vida alheia. Tais homens, como ditadores da fé, têm feito do rebanho de Cristo propriedade particular. Além disso, os apóstolos em questão, sem o menor constrangimento “militarizaram” a comunidade dos santos, obrigando a seus liderados a se submeterem sem questionamento as suas ordens e determinações. Em estruturas como estas, é absolutamente comum exigir-se dos crentes, submissão total. Em tais comunidades, a vida cristã é regida exclusivamente por um sistema onde coronelismo e arbitrariedade se misturam. Infelizmente, aqueles que porventura ousem opor-se a este estilo de liderança, sofrem sanções das mais estapafúrdias possíveis.
3- Sincretismo e objetos mágicos
O Catolicismo brasileiro tem por características o misticismo e a superstição. Basta olharmos para a nossa colonização que perceberemos com facilidade mistura de fé e comportamento . Além disso, o catolicismo ultramontano tupiniquim acreditava em milagres de santos, aparições de Maria, em objetos ungidos e santificados, como por exemplo a água benta. Ora, o neopentecostalismo nacional também se comporta de forma mística e sincrética. Nessa pespectiva é comum as mais variadas unções, do uso de copo d’água como instrumento de contato, da rosa ungida, do sal grosso, e muitas outras coisas mais.
Conclusão:
Isto posto, chego a conclusão que mais do que nunca necessitamos voltar as ESCRITURAS. Calvino costumava dizer que o verdadeiro conhecimento de Deus está na Bíblia, e de que ela é o escudo que nos protege do erro, portanto, em tempos difíceis como o nosso onde o sincretismo se multiplica a olhos vistos precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento.
Soli Deo Gloria,
Por Renato Vargens
Blog: renatovargens.blogspot.com.br
Soli Deo Gloria,
Por Renato Vargens
Blog: renatovargens.blogspot.com.br
Extraído de: http://www.materiasdeteologia.com/2013/03/neopentecostalismo-brasileiro-e-sua.html#ixzz2R7d78S5o
Nenhum comentário:
Postar um comentário