sábado, 22 de fevereiro de 2014

A Ira de Deus




Por Leonardo Dâmaso

1. Definição

A ira de Deus é a expressão do seu justo juízo contra o pecado e contra o pecador. “É uma manifestação da vingança divina contra os violadores da sua palavra e para quem não há manifestação da sua misericórdia”,1 a saber, os ímpios.  

Pink define a ira de Deus da seguinte maneira:

A ira de Deus é uma perfeição divina tanto como a Sua fidelidade, o Seu poder ou a Sua misericórdia. Só pode ser assim, pois não há mácula alguma, nem o mais ligeiro defeito no caráter de Deus, porém, haveria, se nEle não houvesse a Ira! A ira de Deus é a Sua eterna ojeriza por toda injustiça. É o desprazer e a indignação da divina eqüidade contra o mal. É a santidade de Deus posta em ação contra o pecado. É a causa motora daquela sentença justa que Ele lavra sobre os malfeitores. Deus está irado contra o pecado porque este é rebelião contra a Sua autoridade, um ultraje à Sua soberania inviolável.2

Vicent Cheung ressalta que a ira de Deus é a sua divina cólera contra tudo que é contrário à santidade e à retidão; é seu intenso aborrecimento para com o pecado e a impiedade.3 Em suma, a Ira de Deus, nas palavras J.I.Packer, “é a sua justiça reagindo contra a justiça”.


2. Os aspectos da Ira de Deus

a) A necessidade da sua manifestação

Deus “não pode deixar de punir o pecado”.4 Ele não pode deixar impune o pecador. Ele estaria indo contra a sua própria natureza e negando a sua santidade e justiça. Essa manifestação de Deus em punir o pecado e os pecadores é visto na Escritura como o derramar da sua Ira.

Habacuque 1.13 – "Teus olhos são tão puros, que não suportam ver o mal; não podes tolerar a maldade."(NVI)  

Não obstante, Deus é amor, é paciente e misericordioso. Entretanto, ele não é obrigado a manifestar o seu amor, a sua paciência e a sua misericórdia para com todos os homens. Mesmo Deus deixando de manifestar estes atributos, ele não deixa de possuí-los. Deus não deixará de ser amor, paciente e misericordioso porque faz parte da sua essência ser assim. Contudo, Deus não deve amor, paciência e misericórdia a nenhum dos homens porque eles não têm direito algum de exigir isso de Deus.

Por outro lado, “se Deus deixar de mostrar a sua ira, ele será injusto consigo mesmo (porque negará a sua própria santidade) e com os homens (porque não dará a eles o que merecem). Se Deus deixar de mostrar a sua ira, ele mostrará falta de caráter moral, porque a indiferença com o pecado é uma falta moral”.5  

Se Deus deixa de punir justamente manifestando a sua justiça retributiva aos pecadores obstinados dando-lhes o que castigo merecido, todavia ele estará indo contra si mesmo. Os homens nunca recebem a ira justa de Deus imerecidamente. Eles a recebem porque pecam contra Deus e são dignos dela.

Deus odeia o pecado não porque ele deseja odiá-lo, mas ele o odeia porque a sua natureza santa é impassível ao pecado. Portanto, a manifestação da ira de Deus contra o pecado e o pecador é uma necessidade imperativa. Deus odeia o pecado e, ao mesmo tempo, odeia e ama o pecador!

Provérbios 11.20a – "O Senhor abomina os perversos." (Almeida Século 21)

1 João 2.15 – "Não ameis o mundo nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele." (Almeida Século 21)

Tiago 4.4 – "Adúlteros, vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus." (NVI)

b) A sua manifestação é imparcial

A manifestação da ira de Deus para com os todos os homens é justa e imparcial. Ou seja, não favorece um em detrimento do outro. A justiça retributiva de Deus deve ser manifestada a todos os seres racionais que infringem a sua lei porque Deus é justo e porque são dignos de receberem a punição.

Romanos 2.12 - "Todo aquele que pecar sem a lei, sem a lei também perecerá, e todo aquele que pecar sob a lei, pela lei será julgado." (NVI)

Porém, a punição da lei pode ser aplicada ao transgressor de maneira pessoal ou vicária, isto é, sobre a própria pessoa ou sobre alguém que a substitua.

No entanto, mesmo que o transgressor da lei não seja obrigado a receber a pena merecida, pois na administração divina ela não é absoluta, mas relativa; não obstante, ela pode ser transferida a alguém para que possa ser cumprida. O cumprimento da pena é imperativo. A justiça exige que o pecado seja punido sem parcialidade. Portanto, é a partir deste principio que Deus decidiu efetuar a expiação.

Ou seja, Cristo foi o substituto dos pecadores eleitos incapazes de obedecer à lei obedecendo à lei por eles, que podemos chamar de (obediência ativa), e na morte de cruz, que podemos chamar de (obediência passiva), onde Deus transferiu e puniu os pecados dos eleitos pecadores de todas as eras em Cristo na cruz, efetuando assim a sua justiça.

c) A sua manifestação é inexorável

A manifestação da ira de Deus é terrível nos seus efeitos. “Os pecadores brincam com os seus pecados como se nunca fosse acontecer nada com eles”.6 O dia do julgamento já foi determinado por Deus. Terrível será este dia para os ímpios quando a ira de Deus será manifesta implacavelmente!  
  
Apocalipse 6.15-17 – "Então os reis da terra, os príncipes, os generais, os ricos, os poderosos — todos os homens quer escravos, quer livres, esconderam-se em cavernas e entre as rochas das montanhas. Eles gritavam às montanhas e às rochas: "Caiam sobre nós e escondam-nos da face daquele que está assentado no trono e da ira do CordeiroPois chegou o grande dia da ira deles; e quem poderá suportar? " (NVI) 

Hebreus 10.30c-31 – "O Senhor julgará o seu povo. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo." (ARA)
    
O povo descrito aqui não é o povo de Deus, isto é, os crentes, mas os Israelitas descrentes ou falsos crentes da época do autor a carta aos Hebreus que faziam parte da igreja. Aqui podemos perceber que o autor utiliza como exemplo para exortar e encorajar os crentes na fé, os rebeldes de Israel na época do AT que pereceram no deserto e sobre o terrível julgamento de Deus no qual estavam sujeitos. 
      
Além de Deus julgar o mundo ímpio, ele também julga o seu povo. Ou seja, a igreja composta dos verdadeiros crentes. Note o que Pedro diz acerca disso:

1 Pedro 4.17-18 – "Pois chegou à hora de começar o julgamento pela casa de Deus; e, se começa primeiro conosco, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus? E, se ao justo é difícil ser salvo, que será do ímpio e pecador?" (NVI) 

Este julgamento aqui não se refere à condenação, pelo contrário. Deus julga os seus escolhidos corrigindo-os muitas vezes através das tribulações e dificuldades da vida, cujo intuito é a purificação o aperfeiçoamento deles e da igreja em geral.

d) A sua manifestação é gloriosa

A manifestação da ira divina, ao mesmo tempo em que é algo terrível para os ímpios, é cheia de glória, porque ela é a exaltação da justiça divina. Quando qualquer atributo de Deus é exaltado, o ser de Deus é glorificado. Deus se mostra glorioso cada vez que manifesta a sua justiça em ira, mas essa ira será ainda mais gloriosa no final, porque nesse dia todos haverão, para a glória de Deus, de reconhecer que Jesus Cristo é Senhor, dobrando-se humilhantemente diante dele (Fp 2.10-11)”. 6

3. Diferença entre Ira e ódio7

No caso dos seres humanos, a ira e o ódio não são distintos entre si, ambos representam a mesma coisa, isto é, um mesmo sentimento e uma mesma reação para com algo ou alguém. Porém, existe diferença entre ira e ódio em Deus. Estes dois aspectos que fazem parte da natureza divina são distintos entre si. 

“Enquanto a ira é uma manifestação positiva da justiça divina sobre os transgressores da sua lei, o ódio é um sentimento negativo, onde Deus deixa de mostrar qualquer amor pela pessoa, ou deixa de fazer alguma coisa para redimi-la”.8 Noutras palavras, Deus simplesmente não faz nada em relação à pessoa a quem ele odeia.

A manifestação da ira de Deus é causada devido ao pecado dos seres humanos que ofende a sua santidade. Por outro lado, o ódio de Deus em relação a alguém está contido nele mesmo sem que a própria pessoa odiada tenha cometido algum pecado contra ele.

O ódio de Deus aos seres humanos não é devido ao pecado deles. Contudo, pela sua própria decisão soberana, cujos motivos são desconhecidos de nós, ele decidiu odiar uns não salvando, mas deixando-os entregues aos seus pecados a fim de perecerem sendo condenados ao lago de fogo no dia do julgamento final, e amando outros decidindo elegê-los para a salvação e vida eterna. Um exemplo clássico disso é o caso de Esaú e Jacó. Observe:

Romanos 9.11-16 – "Todavia, antes que os gêmeos nascessem ou fizessem qualquer coisa boa ou má — a fim de que o propósito de Deus conforme a eleição permanecesse, não por obras, mas por aquele que chama — foi dito a ela: O mais velho servirá ao mais novo. Como está escrito: Amei Jacó, mas rejeitei Esaú. E então, que diremos? Acaso Deus é injusto? De maneira nenhuma! Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão. Portanto, isso não depende do desejo ou do esforço humano, mas da misericórdia de Deus." (NVI)

Conforme é dito no texto, Deus amou Jacó para a salvação e odiou Esaú decidindo não salvá-lo deixando entregue aos seus pecados. Isto é o que podemos chamar de preterição. Ou seja, é o ato de Deus em deixar os pecadores entregues nos seus pecados não os favorecendo com a graça regeneradora, cujo fim será a morte eterna para eles.

O motivo pelo qual Deus amou Jacó e odiou Esaú é desconhecido de nós. Não foi pelas obras que porventura eles fizeram, pois antes mesmo deles haverem nascido, Deus já tinha escolhido Jacó em amor para a salvação e odiado a Esaú rejeitando-o para a salvação. Portanto, aqueles foram rejeitados e entregues por Deus aos seus pecados nunca irão crer e se converter abandonando os seus pecados.

Por isso, no dia do julgamento, estas pessoas irão receber a manifestação da ira de Deus como punição pelos seus pecados. Elas serão lançadas no lago de fogo e enxofre onde sofrerão eternamente com dores e angustias prementes sem fim!

4. A relação entre Ira e Misericórdia9

Conforme vimos, é absolutamente necessário Deus manifestar a sua justiça em ira, porém, não é necessário “que a sua justiça seja manifesta na pessoa do pecador”.10 No entanto, uma outra pessoa, que no caso, Jesus, foi quem assumiu as responsabilidade legais dos pecadores eleitos recebendo a manifestação da justiça de Deus em ira sobre si na cruz, pagando assim pelos pecados deles.

Como resultado da dívida do pecado paga por Jesus, agora os eleitos redimidos não sofrerão a manifestação da ira divina, pois a eles foi manifestada a misericórdia. Jesus desviou a ira de Deus dos pecadores eleitos para si. Por outro lado, os pecadores não eleitos pelos quais Jesus não pagou a sua dívida de pecado, irão receber a manifestação da ira divina.

Via de regra, é importante enfatizar para que possamos compreender de fato que a misericórdia é a não aplicação da punição divina, e a ira é a aplicação da justiça divina. Estes dois atributos – ira e misericórdia não podem ser aplicados em uma mesma pessoa. Portanto, misericórdia é Deus não punir, ao mesmo tempo em que quando pune disciplinando os seus filhos para o próprio bem deles, também mostra misericórdia (veja Hb 12.4-11).

5. A relação entre Ira e Amor

É lamentável vermos atualmente uma ignorância extraordinária por parte da igreja evangélica em relação ao conhecimento dos atributos de Deus! Para muitos pastores e crentes este assunto é completamente desconhecido. Quando alguns poucos conhecem acerca dos atributos de Deus, conhecem apenas sobre o seu amor, e, ainda assim, o conhecem de maneira equivocada.

No que tange a ira de divina, muitos opositores da fé reformada, especialmente grande parte dos evangélicos neopentecostais, se esquecem de que a justiça de Deus é essencial nele, e que a sua manifestação é imprescindível devido a sua santidade. Apesar de Deus ser um Deus de amor, todavia, ele não está na obrigação de amar todos os seres humanos; em contrapartida, em relação a sua justiça, ele é obrigado a manifestá-la. Mesmo que Deus não ame a todos, contudo, ele não deixa de ser um Deus de amor. O Amar de Deus é uma decisão soberana! Cabe a ele unicamente a decisão de quem amar e de quem não amar!

Porém, a manifestação da ira de Deus é absolutamente necessária devido “a sua prerrogativa de julgar o mundo, que é o violador de suas leis”.11 Deus nunca é injusto por manifestar a sua ira conforme muitos evangélicos pensam. Paulo na sua carta aos Romanos combate esta ideia errônea de se pensar que Deus é injusto em manifestar a sua ira. Veja a sua argumentação:
  
Romanos 3.5b-6 – Mas, se a nossa injustiça (pecado contra Deus) traz a lume a justiça de Deus, que diremos? Porventura, será Deus injusto por aplica a sua ir? (falo como homem.) (ARA) 
  
Se Deus não faz justiça em julgar os homens pecadores ele estará negando a si mesmo. E sabemos que isto é impossível de acontecer com o Deus que é perfeito!

6. O tempo da Ira Divina12

A justiça de Deus nem sempre é executada no momento e da maneira que pensamos que deva ser. Embora Deus seja muito paciente mesmo quando o pecado e a maldade permeiam tão veemente no mundo, ainda assim, a sua justiça é e será manifestada.

Entretanto, mesmo que a justiça de Deus não venha ser executada aqui na terra com todo o seu ápice contra os ímpios obstinados e merecedores dela, todavia, ela é manifesta através de juízos parciais e finais. Senão vejamos:

a) A manifestação parcial da Ira Divina

No Antigo Testamento, podemos ver inúmeros exemplos da manifestação não total e final, mas parcial da ira de Deus contra os que violaram os seus mandamentos (veja Js 7.1, 11, 13, 24-25; Nm 16.1-49; Gn 6.5, 13, 17, 18.25, 19.19, 23-29). Deus no presente momento traz apenas castigos de ordem temporal aos obstinados como um prelúdio anunciando acerca do castigo final e total que sobrevirá a eles no dia do julgamento. Sobre esta manifestação parcial da ira de Deus, Paulo diz:

Romanos 1.18 – "Porque do céu se manifesta (o verbo está no presente, o que implica uma constante manifestação da ira divina) a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens..." (ARA)

Salmos 7.11  "Deus é juiz justo, um Deus que se ira todos os dias." (ARC)

b) A manifestação final da Ira Divina    

Não obstante, é de vital importância enfatizar que todos os que foram e são objetos da ira parcial de Deus haverão ainda de sofrer a manifestação final e total da sua ira. A ira parcial que é manifestada na história é um prelúdio que elucida a ira final e total que se manifestará no dia do julgamento.

Todavia, no Antigo testamento, o povo já tinha consciência de que o juízo final de Deus seria num dia futuro e já determinando por ele. Observe as palavras do profeta Sofonias sobre isto:

Sofonias 1.14-15, 18 – "O grande dia do Senhor está próximo; está próximo e logo vem. Ouçam! O dia do Senhor será amargo; até os guerreiros gritarão. Aquele dia será um dia de ira, dia de aflição e angústia, dia de sofrimento e ruína, dia de trevas e escuridão, dia de nuvens e negridão; Nem a sua prata nem o seu ouro poderão livrá-los no dia da ira do Senhor. No fogo do seu zelo o mundo inteiro será consumido, pois ele dará fim repentino a todos os que vivem na terra." (NVI)

Aqui, o profeta Sofonias faz menção da manifestação final e total da ira divina no último dia, quando todos irão comparecer diante do Senhor para receberem a recompensa pelos seus pecados.

No Novo Testamento, vemos também a descrição acerca dessa manifestação final e total da justiça de Deus onde será executada no dia do julgamento. Note as palavras de Paulo no seu discurso aos gregos e filósofos no areópago de Atenas:

Atos 17.30-31 – "Deus não levou em conta os tempos da ignorância, mas agora ordena que todos os homens, em todos os lugares, se arrependam, pois determinou um dia em que julgará o mundo com justiça, por meio do homem que estabeleceu com esse propósito. E ele garantiu isso a todos ao ressuscitá-lo dentre os mortos." (Almeida Século 21) 

Não há como os homens escaparem da justiça divina! Não há como escapar do julgamento daquele grande dia já reservado desde antes a fundação do mundo!

Romanos 2.8  "Mas haverá ira e indignação para os que são egoístas, que rejeitam a verdade e seguem a injustiça." (NVI)

João 3.36 – "Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele." (NVI)

7. Jesus e a ira de Deus

Jesus possui três papéis com relação à ira de Deus. Um tem a ver consigo mesmo, outro tem a ver com os filhos de Deus, e outro com os ímpios.13 Senão vejamos:

a) Jesus recebeu a Ira de Deus no lugar dos pecadores eleitos

Isaías 53.5 – "Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados." (NVI)

b) Jesus salvou os pecadores eleitos da Ira de Deus
Romanos 5.9 – "Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira." (ARA)

c) Jesus é o aplicador da Ira de Deus aos ímpios

Atos 17.31 – "Pois (Deus) determinou um dia em que julgará o mundo com justiça, por meio do homem que estabeleceu com esse propósito. E ele garantiu isso a todos ao ressuscitá-lo dentre os mortos." (Almeida Século 21) 

João 5.27 – "(o Pai) deu-lhe autoridade para julgar, porque é o Filho do homem." (NVI) 

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Notas:
[1] Heber Carlos de Campos - O Ser de Deus e os Seus atributos, Ed. Cultura Cristã.
[2] A.W.Pink. Os atributos de Deus, Ed. PES.
[3] Vicent Cheung. Teologia Sistemática.
[4] Heber Carlos de Campos - O Ser de Deus e os Seus atributos, Ed. Cultura Cristã.
[5] Ibid.
[6] Ibid.
[7] Ibid.
[8] Ibid.
[9] Ibid.
[10] Ibid.
[11] Ibid.
[12] Ibid.
[13] Ibid.

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