terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

As súplicas confiantes


Salmo 141

Conta-se que um rei sofreu um acidente vindo a perder o dedo polegar. O monarca ficou profundamente triste e procurou conselho com diversas pessoas. Dentre elas estava um de seus conselheiros. Este disse ao rei para não se entristecer, pois poderia estar dentro dos propósitos de Deus. 

O rei, furioso, o colocou numa prisão. Nesse meio de tempo o rei e seus ministros viajaram para uma terra distante. Lá, foram presos por uma tribo de canibais que mataram todos os ministros que o acompanharam. 

O rei, no entanto, foi poupado por causa do defeito na mão uma vez que aquelas pessoas tinham uma superstição e não matavam pessoas que não tivessem os dez dedos. Voltando para sua terra o rei, arrependido de ter colocado na prisão o conselheiro mandou soltá-lo e trazê-lo à sua presença e lhe pediu perdão pelo fato de não ter aceitado seus conselhos.

O conselheiro disse ao rei: “Majestade, não é preciso se desculpar. A prisão para mim foi uma grande bênção. Imagine se eu estivesse junto naquele dia. Numa hora dessas estaria morto também, uma vez que sou perfeito das mãos”.

O Salmo 141 nos fala do Rei Davi se derramando diante de Deus em súplicas. O que podemos aprender das “súplicas confiantes”?

I – HÁ A SÚPLICA PARA QUE DEUS RECEBA A ORAÇÃO
“SENHOR, a ti clamo, dá-te pressa em me acudir, inclina os ouvidos à minha voz, quando te invoco. Suba à tua presença a minha oração, como incenso, e seja o erguer de minhas mãos como oferenda vespertina.”(vv. 1,2)

Ele pede ao Senhor...:

a) Que Se Apresse em Socorrê-lo. “dá-te pressa em acudir,” Ele passava por momentos difíceis, dolorosos, constrangedores que precisavam de ajuda urgente.

b) Que Incline Seus Ouvidos. “inclina os ouvidos à minha voz,”O crente sabe, muito bem, que os ouvidos do Senhor estão sempre atentos para ouvir as suas súplicas. 

c) Que Suba as Orações. “Suba à tua presença a minha oração, como incenso,” Assim como o incenso queimado no Templo, pelos sacerdotes, significando as orações do povo, subia para a presença do Senhor como um aroma suave, assim, desejava Davi, que a sua oração subisse à presença de Deus. 

d) Que o Erguer das Mãos.“e seja o erguer de minhas mãos como oferenda vespertina.” Deus se alegra muito mais com mãos santas erguidas à Sua presença em Adoração, do que as manchadas do sangue dos holocaustos.

II – HÁ UMA SÚPLICA PARA QUE DEUS O SANTIFIQUE.
“Põe guarda, SENHOR, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios. Não permitas que meu coração se incline para o mal, para a prática da perversidade na companhia de homens que são malfeitores; e não coma eu das suas iguarias.” (vv. 3,4)

Santidade de vida é o que Deus exige de nós. “Todos os dias devemos pedir a Deus que nos livre dos pecados.” 

Davi pede que Deus o livre de três coisas que por certo implicariam na sua vida de santidade: 

a) Santidade nos Lábios. “Põe guarda, SENHOR, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios”. Deles procedem coisas boas, como também ruins. Palavras doces ou amargas. Elogiosas ou críticas. 

b) Santidade no Coração. “Não permitas que meu coração se incline para o mal,...” O Senhor Jesus disse que do coração procedem os maus desígnios. O que contamina o homem não é o que entra pela boca, mas sim o que sai da boca, ou seja, palavras blasfemas e ferinas, pois “A boca fala do que o coração está cheio.”

c) Santidade nos Relacionamentos. “...para a prática da perversidade na companhia de homens que são malfeitores; e não coma eu das suas iguarias”.Devemos saber como nos comportamos na presença dos ímpios. O nosso testemunho deve falar bem alto a fim de que eles não venham blasfemar o nome santo do Senhor e também, alterar o nosso comportamento.

III – HÁ UMA SÚPLICA PARA QUE DEUS O MANTENHA SEMPRE UM INTERCESSOR
“Continuarei a orar enquanto os perversos praticam maldade”(v. 5b).

A oração contínua e sem desânimo, é a vida fortalecedora de todo crente. Deixar de orar é estar fadado a abrir uma tremenda brecha, ou escancarar as portas para Satanás agir. Davi diz que continuaria a orar a despeito das ações dos perversos. O nosso Senhor Jesus nos ensina que devemos orar e vigiar.

IV – HÁ UMA SÚPLICA PARA QUE DEUS O PROTEJA.

a) Pois os Seus Olhos Estão em Deus. “Pois em ti, SENHOR Deus, estão fitos os meus olhos”; (v.8a). O piedoso não tem ninguém para olhar, senão para o Deus Eterno. 

b) Pois a Sua Confiança Está Em Deus. “em ti, confio; não desampares a minha alma.”(v. 8b). A confiança em Deus é uma realidade que está tanto no cristão como no ímpio, no entanto, com uma diferença. 

O ímpio crê enquanto tudo está bem. O cristão crê e continua confiando mesmo que tudo esteja cheio de problemas e dificuldades. Não importa para o cristão se será recompensado aqui ou na eternidade. O importante para ele é que um dia ele será eternamente abençoado. 

c) Pois Deus O Guarda. “Guarda-me dos laços que me armaram e das armadilhas dos que praticam iniquidade.” (v. 8). Sejam eles de Satanás ou dos ímpios que impiedosamente armam laços traiçoeiros no caminho do cristão. Por isso pedimos sempre que o Senhor nos guarde e nos proteja.

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