O apóstolo Paulo, depois de haver nos mostrado que sendo "justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo", e que por Ele "temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus", segue dizendo que temos "não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5:1-5).
Poderia haver um contraste maior entre esta experiência e a que passa a maioria dos crentes? Talvez você argumente que esta era a experiência de um apóstolo, e que dificilmente podemos esperar alcançar um padrão assim. Concordamos que o padrão é elevado; mas nem mesmo Paulo, não importa o quanto ele possuía, é nosso modelo perfeito, mas sim Cristo. Tenha também em mente que o apóstolo não tinha nem mesmo uma só bênção (exceto seu dom especial de apóstolo), que não pertença igualmente ao mais humilde crente. Não era ele um filho de Deus? O mesmo somos nós. Não tinha ele o perdão dos pecados? Nós também. Não possuía ele a inestimável posse do Espírito que nele habitava - o Espírito de adoção? Também possuímos. Não era ele um membro do corpo de Cristo? O mesmo somos nós. Poderíamos assim enumerar todas as bênçãos da redenção, e descobriríamos que Paulo não era, em nenhuma medida, uma privilegiada exceção; pois somos, juntamente com ele, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo.
Edward Dennett
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