Por trás de todas essas falsas esperanças está o pecado da soberba. A pessoa que tem uma forma de religião presume que seu cumprimento de obrigações religiosas o colocará nas boas graças de Deus. A pessoa supersticiosa presume que é do seu interesse praticar certos ritos e gestos religiosos, e a pessoa farisaica presume que ela é boa o suficiente para ir ao céu pelos seus próprios méritos.
Uma pessoa presunçosa é aquela que toma as coisas por certo. Em questões de religião, ela é uma pessoa que pensa que pode confiar nas suas próprias ideias não averiguadas sobre Deus. Ela baseia sua "fé" em vagas noções sobre a bondade de Deus. Ela faz as pazes consigo mesma ao ignorar a evidência das Escrituras e reprimindo sua consciência. A presunção não tem limites. Ela pode se desfazer do inferno simplesmente ao considerá-lo como uma ideia pouco atraente e consegue transformar o céu num lugar onde os ímpios descansam em paz. A esperança que a presunção oferece é tão real quanto o pote de ouro no fim do arco-íris, isto é, esperança nenhuma.
Ao enfrentar decisões importantes na vida, a maioria das pessoas é sábia o bastante para não presumir nada. Quando elas estão doente, consultam o médico; quando estão comprando uma casa, chamam uma avaliador; quando estão comprando um carro usado; pedem para um bom mecânico examiná-lo. No entanto, quando se diz respeito à questão mais importante de todas - o destino eterno delas - muitas pessoas estão preparadas para confiar nas suas próprias presunções e não fazem nenhum esforço para descobrir a verdade. A explicação para esse comportamento tolo não é difícil de encontrar. Não é preciso engolir o orgulho para consultar o médico, o avaliador ou o mecânico. Todavia, o cristianismo lida com questões de pecado e culpa. E visto que a pessoa presunçosa se considera tão bem-informada como qualquer outra pessoa, ela não admitirá sua necessidade de orientação sobre a salvação. Seu próprio bom senso, pensa ela, é tão bom quanto o de qualquer outra pessoa e é só isso que importa.
O pecado da presunção impediu que os israelitas entrassem na terra prometida. Quando chegou a hora de capturar a terra, eles se recusaram a confiar em Deus; em vez disso, confiaram em seu próprio discernimento. Entretanto, quando ouviram qual seria seu castigo (nem um deles jamais veria a terra), mudaram de ideia e decidiram atacar. "Por que transgredis o mandado do Senhor?" indagou Moisés. "Pois isso não prosperará. Não subais, pois o Senhor não estará no meio de vós, para que não sejais feridos diante dos vossos inimigos." Contudo, persistiram e sua presunção levou a uma derrota humilhante (Números, capítulo 14). Essas coisas foram escritas para o nosso conhecimento - nossa "terra prometida" não será ganha ao seguirmos nossos próprios planos presunçosos, e sim ao confiarmos na Palavra de Deus (Hebreus 4.1-3).
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Fonte: Como Posso Eu ter Certeza? Ed. PES, págs. 77 e 78.
Via: 2Timóteo 3.16
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