“Depois oferecerá, do sacrifício pacífico, a oferta queimada ao SENHOR” (Lv. 3.3)
A oferta de paz era uma oferta de comunhão, na qual Deus e o ofertante se alimentavam da mesma comida: o sacrifício que havia sido morto.
Primeiro o sangue deveria ser aspergido no altar; caso contrário, o ofertante não poderia se aproximar de Deus. Isso indica que hoje a morte de Cristo é a base de todas as nossas bênçãos e da comunhão que temos com Deus.
Por Sua morte, o Senhor Jesus expressou Sua devoção a Deus de maneira perfeita; Deus, portanto, tem um único e insondável deleite no Filho. E assim como o ofertante, mediante a imposição de mãos, se faz um com o animal que será sacrificado, nós também aparecemos perante Deus mediante a aceitação de Cristo. E não apenas isso: o Senhor Jesus é nosso tesouro e alegria diante de Deus. Por meio dEle e pela contemplação de Seu sacrifício, os crentes têm comunhão com o próprio Senhor, com o Pai e uns com os outros.
Contudo, antes que qualquer pedaço da oferta de paz pudesse ser comido, a gordura tinha de ser queimada como oferta de aroma suave. Deus recebia a melhor parte. A gordura indicava a preciosidade de Cristo, a qual apenas Deus pode apreciar na totalidade. Ao aceitá-la, o adorador hoje se aproxima do Pai e O louva com gratidão.
Somente então o ofertante poderia comer do sacrifício, cujo aroma já havia subido às narinas de Deus. Na ceia do Senhor, um maravilhoso senso de dignidade enche nosso coração quando temos comunhão com o Pai e compartilhamos de Sua alegria em Seu amado Filho; e também quando contemplamos o amor e a devoção do Filho para com o Pai.
“Porém, se alguma pessoa comer a carne do sacrifício pacífico, que é do SENHOR, tendo ela sobre si a sua imundícia, aquela pessoa será extirpada do seu povo” (Lv.7.20)
A oferta de paz significa a comunhão do adorador com Deus. Aqui o ofertante come do sacrifício que pertence ao Senhor. Portanto, para um israelita, era uma questão muito séria estar com qualquer tipo de impureza neste momento, pois traria profanação à presença de Deus!
Essa é uma lição para os redimidos: se quiserem ter comunhão com o sacrifício de Cristo na ceia do Senhor, eles têm de se guardar de qualquer forma de mal. Em Israel quem não se encaixasse nos requisitos da lei no tocante à pureza, incluindo comer da carne do sacrifício de paz, era “extirpado do povo”.
Um cristão que participa da mesa do Senhor ocultando pecados se expõe ao julgamento de Deus. Alem disso, se não se submete a uma auto-análise, condenando o mal que estiver em si, pode ser excluído da comunhão. “Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo” (1 Coríntios 5:13). Se isso não acontece, toda a congregação se abre à disciplina divina.
Em Corinto, muitos participavam da ceia de maneira indigna, portanto, Paulo declarou em sua primeira epístola que “por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem”(ou seja, morreram) (11:30). É mais que necessário para o adorador examinar a si mesmo diante da ceia do Senhor - e não apenas só ali – para verificar se sua vida se alinha com os ensinos bíblicos. “Se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados” (v. 31).
Viver em pecados, pelos quais Cristo sofreu e morreu, e ainda participar da ceia do Senhor como se tudo estivesse em ordem é provocar Deus!
Extraído do Devocional Boa Semente
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