segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Estadismo — A Religião de Ninrode Autor: Pr. John Weaver


Sinopse: A criação de um grande governo socialista e totalitário, que intervém em cada aspecto da vida dos cidadãos, desde o berço até a sepultura, pode ser rastreada até o reino de Ninrode (Gênesis 10:8-12), o construtor de cidades na Mesopotâmia. Naquele tempo, Deus interveio e confundiu as línguas, estorvando aquele projeto de criação de um governo global, com uma religião e uma economia também globais. Nestes tempos finais, uma situação análoga está se desenvolvendo, de modo que os cristãos precisam compreender que o governo quer tomar o lugar de Deus em suas vidas.

Introdução

"E Cuxe gerou a Ninrode; este começou a ser poderoso na terra. E este foi poderoso caçador diante da face do SENHOR; por isso se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do SENHOR. E o princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar. Desta mesma terra saiu à Assíria e edificou a Nínive, Reobote-Ir, Calá, e Resen, entre Nínive e Calá (esta é a grande cidade)." [Gênesis 10:8-12].

Ninrode! Que nome e que legado! O nome Ninrode vem da palavra hebraica marad, que significa "ele se rebelou" ou "rebelião" ou "valente na rebelião". Ninrode era descendente de Cuxe, o filho de Cão, filho de Noé. Ele foi o primeiro a afirmar ser "um homem poderoso na Terra." Babel foi o início de seu reino, que ele ampliou gradualmente. A "terra de Ninrode" em Miquéias 5:6 é uma referência à Assíria ou Sinar, que faz parte dela.

Ninrode começou a ser poderoso na terra: isto é, ele foi o primeiro que formou um plano de governo, e colocou os homens em submissão a esse governo; ele começou a ser poderoso em pecado e se rebelou diante do Senhor na Terra. Em seu caráter civil, ele foi um dominador e um governante: ele foi o primeiro que reduziu muitas pessoas e várias cidades a uma forma de governo da qual ele era o chefe, ou por meio da força e da usurpação, ou pelo próprio consentimento das pessoas, por meio do engano e da persuasão.

Em Gênesis 10:9 vemos que Ninrode foi um poderoso caçador diante do Senhor. É interessante que a palavra "diante" não significa apenas "na presença de", mas também em oposição ao Senhor. Portanto, dentre tudo o que fez, ele não apenas desafiou a Deus, mas foi presunçoso naquilo que fez na presença do Senhor. Ele desafiou a Deus abertamente.

Primeiro, precisamos entender que Ninrode estabeleceu a idolatria, assim como fez Jeroboão, com o objetivo de confirmar seu domínio usurpado. Ele fez isto para que pudesse estabelecer um novo governo e, ao estabelecer seu governo e sua religião, ele se tornou o primeiro idólatra e tirano. Babel foi a mãe das prostituições e abominações da Terra (Apocalipse 17:5).

Segundo, a passagem em Gênesis se refere ao fato que ele prosseguiu com sua opressão e violência em desafio ao próprio Deus, desafiando o céu com suas iniquidades, como se ele e seus caçadores fossem páreos para o Senhor e todo o Seu exército.

João Calvino fez o seguinte comentário sobre esta passagem: "... A ambição de Ninrode foi uma ruptura que ultrapassou os limites dessa reverência. Além disso, uma vez que aparece suficientemente claro que, nessa frase de Moisés, o tirano foi marcado com um sinal eterno de infâmia, podemos concluir, portanto, como Deus se agrada muitíssimo de uma administração benigna entre os homens. Verdadeiramente, todo aquele que se lembrar que também é um homem, cultivará alegremente a sociedade com os outros. A respeito do significado dos termos em hebraico, o significado adequado é caçar, conforme os gramáticos da língua hebraica afirmam; e é frequentemente traduzido como comida. Mas se Moisés disse que ele era poderoso nas caçadas, ou em se apoderar violentamente da presa, ele indica metaforicamente que Ninrode era um homem furioso, e mais próximo das bestas feras do campo do que dos homens. A expressão "diante do Senhor" me parece declarar que Ninrode tentou se elevar acima da ordem dos homens; assim como os orgulhosos são levados por uma autoconfiança vã, que eles podem olhar para baixo como se estivessem assentados nas nuvens acima dos outros."

Após a queda de Adão e Eva, o poder terreal é visto em exercício primeiro pela família. Após o Dilúvio, ele começa com Ninrode; sempre acontece que as coisas se desenvolvem mais rapidamente no lado mau do que no bom. Ninrode foi um rebelde poderoso — seu nome significa "rebelde" — e seu caráter diante de Deus era o de um caçador. Jeová prestou atenção ao caráter dele; era exatamente o oposto ao de um pastor. Um caçador se satisfaz com a sua presa, mas um pastor dedica-se ao bem daqueles que estão sob seus cuidados. O modelo ideal de Deus para um rei é um pastor. Davi foi tomado do meio do rebanho; foi ali que ele aprendeu a ser um rei. Moisés também foi um pastor e se tornou rei em Jesurum. O Senhor ama um pastor: um pastor ajunta, protege e alimenta seu rebanho — o oposto de um caçador.

Ninrode foi um rebelde contra Deus e um caçador de homens. E assim são todos que seguem seus passos. Vemos o começo aqui; é com esse caráter que os poderes imperiais terrenos aparecem nas Escrituras. Corrupção e violência são os dois princípios em Babilônia e em Nínive. Babilônia era marcada pela corrupção e Nínive pela violência. Havia vanglória corruptora em Babilônia; era o cenário da glória humana — a influência mais corruptora que você possa imaginar — e a Assíria era o violento inimigo do povo de Deus.

Matthew Poole fez o seguinte comentário: "Diante de Deus; um agravo de seu crime foi que este foi cometido na presença de Deus, impudentemente e desdenhando da pessoa de Deus, que pouco tempo antes tinha manifestado como detestava esse pecado da violência, por meio do Dilúvio, em Gênesis 6:13, e de seu bisavô Noé, que estava vivo, pregando e que provavelmente o advertiu sobre a impiedade e perigo dessa prática. Assim, ele demonstrou que não temia a Deus, nem respeitava os homens, caso estes resistissem à sua usurpação de domínio. Tornou-se um provérbio que quando qualquer homem fosse arrogante, cruel, tirano, impudente e obstinado, esse homem era outro Ninrode.

Vivemos em uma sociedade ninrodiana. Uma sociedade ninrodiana é uma sociedade pró-estadismo. "Tudo deve ser pelo Estado e nada contra o Estado." Como o presidente Bush disse, imitando as palavras de Cristo, a respeito de sua guerra ao terrorismo: "Ou vocês estão conosco ou estão contra nós." Infelizmente, em um governo pró-estadismo, essas palavras são aplicadas em todas as áreas e esferas da vida — até na religiosa.

Existe uma religião pró-estadismo neste país. Muitas vezes essa religião pró-estadismo desfila debaixo do guarda-chuva do Cristianismo. Nós nos esquecemos, negligenciamos e nos afastamos tanto da Palavra de Deus que na verdade não conhecemos, nem reconhecemos o Cristianismo bíblico. Sofremos tanta lavagem cerebral e recebemos tanta propaganda ao ponto de nem mesmo reconhecermos que o cidadão comum e o cristão professo comum são nada mais, nada menos, do que bons "pequenos militantes do estadismo". Professamos ser cristãos, expressamos um desejo de agir como cristãos, mas a verdade continua e nossas atitudes e ações traem nossa profissão de fé. Falamos uma coisa e vivemos outra. Professamos a verdade, mas vivemos uma mentira.

Muitos cristãos estão preocupados com a marca da besta. Ouço muitas pessoas dizerem: "Bem, eu não receberei a marca." Pense por um instante. A marca será posta na testa ou na mão. A testa representa o pensar, a mente, o padrão de pensamento, e a mão representa ação e conduta. A maioria dos cristãos já pensa e age como aderentes do estadismo, eles não precisam de uma marca literal. Suas vidas já estão marcadas por pensamentos e ações antibiblicos. Fizemos do governo um deus, um falso deus, mas lhe rendemos adoração, honra e reverência que são devidas somente ao único Deus Vivo. Já temos a marca, mas não percebemos isso.

Houve uma transferência de poder do indivíduo, da família e da igreja para o governo. A transferência foi na verdade religiosa. Inicialmente, o poder estava centrado no indivíduo; portanto, temos o governo básico como o autogoverno. Mais tarde, o governo se tornou patriarcal, centrado na família — Gênesis 39:1-3. O direito de primogenitura não incluía apenas a liderança familiar, porção dobrada da herança, mas também a linhagem do Messias. Quando o patriarcado saiu de cena, o poder foi transferido à igreja. Os pastores, na época da Revolução Americana, vestiam roupões pretos e os ingleses os chamavam de "o regimento dos roupões pretos". Assim como a túnica de José representava sua autoridade, da mesma forma, os roupões dos ministros representavam sua autoridade abaixo de Deus. Eles foram os instigadores, líderes e aqueles que influenciaram na formação da sociedade e na forma republicana de governo dos EUA. Quando os pastores pararam de compreender seu papel atribuído por Deus e renunciaram à sua autoridade, os roupões foram passados adiante. O poder não permanece no vácuo. Ou ele é exercido, ou é perdido.

Durante a Reforma, os roupões pretos (agora togas) passaram às universidades, daí todo cerimonial nas formaturas. Atualmente, essas togas são meramente simbólicas, pois as universidades não possuem poder real algum. No entanto, por um tempo, as universidades tiveram poder e mantiveram a nação unida ao comunicarem as verdades. No entanto, as togas agora foram usurpadas e tomadas pelo governo — principalmente o Poder Judiciário. Você já se perguntou por que os juízes vestem togas — especialmente os juízes da Suprema Corte? É uma demonstração de poder e, de acordo com o pensamento deles — poder absoluto! Todos os juízes exigem que você reconheça e honre o poder deles.

O estadismo vê o Estado como a fonte de autoridade, moral, lei e domínio. No estadismo, a religião é como se fosse um "Departamento do Estado" e o Estado se torna a instituição total, compreendendo a vida e propriedade do homem. Sob o estadismo, tudo deve ser regulado e controlado para o benefício do Estado. O Estado possui três grandes poderes que usa para seu claro benefício — coerção, alistamento e confisco. A coerção vem por meio de seu poder de intimidação e obrigação; o alistamento vem por meio de seu poder de fazer planejamento militar, das situações de emergência e econômico; o confisco é realizado por meio da tributação e do poder de desapropriação.

O que é considerado roubo no setor privado é "tributação" no setor público. O que é sequestro no setor privado é "serviço seletivo" no setor público. O que é fraude no setor privado é "política monetária" no setor público. O que é assassinato em massa no setor privado é "política externa" no setor público.

O confisco ou a tributação não são mais usadas meramente para sustentar o governo, mas se tornaram ferramentas úteis aos conceitos de nivelamento e igualdade. A tributação se tornou não apenas a redistribuição de riquezas, mas um meio de reestruturar a sociedade de acordo com os desejos do Estado. É um meio de transformação social e econômica. Por meio da tributação, o Estado assegura sua própria existência e continuidade.

Thomas Paine, em Os Direitos do Homem, afirmou um princípio do Estado-nação, declarando: "A nação é essencialmente a fonte de toda a soberania; nenhum indivíduo, nenhum grupo de homens, pode reivindicar autoridade alguma que não provenha expressamente da nação." [tradução nossa].

O Estado humanista vê a si mesmo como a fonte de toda a lei e autoridade. De acordo com o estadismo, nem a lei nem a autoridade se originam e provêm de Deus, que é o verdadeiro Soberano, mas emanam do Estado. Consequentemente, o governo agora luta contra todas as formas rivais de governo — individuais, familiares, eclesiásticas, sociais e teológicas. O Estado agora proclama ser "o governo", o que é uma premissa falsa e humanista.

Sob o estadismo, o Cristianismo se torna cada vez mais um obstáculo e um embaraço aos poderes constituídos. Consequentemente, o governo agora procura se distanciar do Cristianismo. Já foi outrora afirmado e piamente crido que os cristãos eram os melhores cidadãos e eram, portanto, necessários para o bem da sociedade. O estadismo acredita e ensina que uma sociedade boa e moral pode existir sem a presença de cristãos e, especialmente, sem se referir a Deus e à Bíblia. Assim, no estadismo, há uma negação da necessidade de regeneração e conversão bíblica. A salvação não pertence a Deus, mas ao Estado. Os cristãos são dispensáveis. As igrejas são dispensáveis. O Estado obteve o monopólio do poder e agora busca libertar os homens da servidão à cultura, às leis e às responsabilidades cristãs. A questão deve ser respondida: a salvação é uma obra de Deus ou do Estado? Dizendo de outra forma, podemos perguntar: a solução para o problema do pecado é trazida por Deus ou pelo o Estado?

Como R. J. Rushdoony escreveu em Politics of Guilt and Pity [A Política da Culpa e do Pesar]: "o Estado moderno... tornou a salvação sua função.".

O homem precisa ser salvo da pobreza, da doença, da morte, da ignorância, do pecado, da guerra, da superstição e de todas as outras coisas através do Estado salvador, que trabalha firmemente para criar sua ordem divina, a sociedade salvadora. Todas as áreas que o Estado deseja invadir e possuir em nome do bem-estar do homem, passam a ser sua legítima jurisdição. Uma soberania total é proclamada em nome do homem. O Estado nega veenentemente a necessidade da ordem da teológica cristã, visto que reivindica ter jurisdição sobre todas as áreas em termos de sua divindade real.

Destarte, o Estado em expansão se tornou um concorrente do Cristianismo. Ele se tornou um ídolo diante do qual os homens se prostram. Esta é uma forma antiga de idolatria. Por exemplo, as moedas do Império Romano, usadas na época do ministério terreal de Jesus Cristo, deixavam claro que a autoridade civil devia ser idolatrada. No denário dado a Jesus em Mateus 22:19 havia a imagem de César, com a inscrição: "Tibério César Augusto, filho do Divino Augusto." O outro lado louvava César como "sumo pontífice". Embora não tenhamos essa reivindicação explícita de uma autoridade religiosa alternativa impressa em nosso dinheiro, podemos observar cada vez mais algumas das peculiaridades de reverência religiosa prestadas ao Estado. Há uma extensa regulação daquilo que antes estava sob o domínio do indivíduo, da família ou da igreja. Nossos impostos, embora não sejam os mais altos do mundo, aumentaram continuamente ao longo dos últimos cem anos, mostrando um crescente comprometimento financeiro ao Estado, e uma redução às outras instituições.".

Platão foi um dos primeiros proponentes do estadismo. Ele ofereceu sua visão do Estado ideal em A República. Um grupo elitista de governantes-filósofos administra os negócios do Estado. Eles são sábios e entendem de tudo. Os governantes não prestam contas ao povo e exigem devoção individual absoluta e submissão para o bem do Estado. Na República de Platão, apenas os filósofos têm acesso ao conhecimento objetivo, os filósofos sendo, como ele coloca, "pessoas capazes de captar e entender o que é eterno e imutável" — aqueles poucos indivíduos que podem sentar-se em um lugar tranquilo e pensar claramente. Todos os outros, o resto de nós, ele descreve como "aqueles que são incapazes de fazer isso e se perdem e vagam no meio das multiplicidades de coisas diversas."

O Estado moderno é antiDeus, antibíblico e anticristão. Ele não reconhece um poder superior a si mesmo, nem permitirá que seja corrigido ou reformado por nenhum poder. Somente Deus é supremo e soberano. Somente Deus é perfeito e absoluto. O Estado precisa roubar os atributos de Deus, pois é, como Hegel afirmou: "deus andando na terra.".

Você já se perguntou por que o Estado é tão intrometido e quer saber tudo a seu respeito? Pense um pouco! Apenas Deus é onisciente. Se o governo reivindica ser Deus, então ele também precisa exercer as prerrogativas de Deus.

O Estado não tem o direito de possuir conhecimento absoluto sobre seus cidadãos, ou de tentar violar sua privacidade. Quando faz isto, está tentando ser onisciente e, portanto, tornando-se um rival do único e verdadeiro Deus Vivo. Somente Deus é onisciente, somente Ele conhece tudo e de forma completa e profunda. O Estado não tem o direito de fazer o que bem entender com seus cidadãos. A única coisa que os cidadãos devem ao Estado é obediência às leis e essa obediência é limitada não somente pela Palavra de Deus, mas também pelas várias constituições.

Ouço frequentemente as pessoas dizerem: "O governo, ou o Estado, está apenas preocupado com nossos melhores interesses." Você acha que o Estado está verdadeiramente interessado em seus cidadãos? Veja o que diz Murray N. Rothbard:

"Podemos testar a hipótese de o Estado estar amplamente interessado em se proteger, em vez de proteger seus cidadãos fazendo a seguinte pergunta: que tipos de crimes o Estado persegue e pune com mais firmeza? Aqueles contra o indivíduo ou contra o próprio Estado? Os crimes mais graves na linguagem do Estado são quase que invariavelmente nada de agressões à pessoa ou invasões à propriedade privada, mas as ameaças ao próprio Estado, como, por exemplo: traição, deserção de um soldado ao inimigo, deixar de comparecer à convocação militar, subversão e conspiração subversiva, assassinato de governantes e crimes econômicos contra o Estado, como a falsificação de dinheiro ou sonegação de impostos. Ou então, compare o grau de zelo empregado em perseguir um bandido que atacou um policial com a atenção dada pelo Estado ao assalto sofrido por uma pessoa comum. Todavia, curiosamente, poucos percebem a inconsistência na lógica presumida do Estado em sua prioridade escancarada de proteger-se do povo."

Foi Henry L. Mencken quem disse, em 1926: "O Estado tem assumido um número vastíssimo de novas funções e responsabilidades; tem estendido seus poderes até que eles penetrem em cada ação do cidadão, até as mais secretas; ele começou a lançar suas operações ao nível de alta dignidade e impecabilidade de uma religião estatal; seus agentes tornaram-se uma casta distinta e superior, com autoridade para prender e soltar, e de se intrometer em qualquer lugar. Mas ele ainda permanece, como desde o início, o inimigo comum de todos os homens de boa vontade, esforçados e decentes.".

Albert Nock escreveu um livro intitulado Our Enemy the State [Nosso Inimigo, o Estado]. Na verdade, existem hoje sociedades nockianas que se esforçam em divulgar os ensinos dele.

Precisamos entender que o governo sem Deus é a mesma velha heresia. É uma reivindicação à deidade, de ser capaz de ditar a lei e controlar o destino de alguém. Foi a tentação que Adão enfrentou no jardim — ter sua própria lei e, assim, se tornar um deus. À medida que o controle e a filosofia humanistas avançam, o Estado se tornará cada vez mais apóstata e mais aberto em sua rebelião contra o único e verdadeiro Deus Vivo. A fim de se elevar ao estado divino, ele precisa contradizer e permanecer em conflito com o Deus Verdadeiro.

Aplicações

1. A arma mais poderosa que o Estado possui para impor sua religião, filosofia e decretos sobre as pessoas é a força. Governo é força. George Washington disse: "O governo não é razão; não é eloquência; é força. Como o fogo, é um servo perigoso e um mestre temível." Precisamos nos lembrar de um simples princípio: Ter poder não significa ter direito. Precisamos permanecer ao lado da verdade, mesmo se tudo estiver contra nós. Benjamin Franklin disse: "Aqueles que abrem mão de suas liberdades essenciais em troca de segurança temporária, não merecem nem a liberdade, nem a segurança.".

2. Precisamos aprender a exigir a prestação de contas por parte do governo. Uma das claras vantagens que o governo tem é que ele se abstém das mesmas leis que espera que todos os outros cumpram. Como George Orwell ensinou em seu livro A Revolução dos Bichos: "todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros". O governo deve ser um servo do povo. Mas agora que o governo cresceu, as autoridades no governo passaram a odiar o termo "servidor público". Enquanto permitirmos que o governo siga sem ser questionado, sem ser impedido e sem ter limites, continuaremos no mesmo caminho até sermos completamente escravizados. Devemos usar todos os meios possíveis para colocar o governo sob a prestação de contas.

3. A única saída é por meio da obediência a Deus e à Sua Palavra. Nunca colocaremos o governo em seu devido lugar até que coloquemos Deus no lugar Dele — em Seu trono! Só pode haver um soberano, um fim, um absoluto, e não é o governo — é o único e verdadeiro Deus Vivo que se revelou a nós em Cristo Jesus! Se alguém não sabe quem Deus é e que somente Ele é o verdadeiro soberano, como pode saber que o governo é um usurpador e um ladrão? A verdade é: ou reconhecemos Deus como nosso Soberano, ou reconheceremos o governo. Devemos escolher entre Deus e César. Devemos por necessidade obedecer a um ou o outro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário