Além de os homens não
possuírem o livre arbítrio, pois só Deus o tem, todavia, o homem, em adição, o
cristão, também não possuí uma suposta liberdade
de escolha à parte de Deus, como se ele não houvesse já predeterminado as
ações boas dos homens, inclusive as ações más, porém, apenas predeterminado a possibilidade das mesmas ou,
simplesmente, ele permitir estas ações,
mas jamais determiná-las ou causar
estas ações propriamente ditas, o que é, peremptoriamente -, um equívoco.
Infelizmente alguns calvinistas,
[sendo que eu sou calvinista ou um cristão de linha reformada], afirmam esta
premissa: “Que Deus não predeterminou diretamente
e ativamente, por exemplo, que um
cristão desanime por um tempo na fé
ou a sua queda e permanência temporária deliberada em algum pecado”.
Como pode, metafisicamente e logicamente, Deus permitir algo sem causá-lo?
Uma vez que reina e domina sobre tudo? Se pensamos assim, estamos simplesmente
atribuindo ao homem um poder metafísico que as Escrituras, inequivocadamente,
afirma que ele não tem; ou seja, trazer a auto existência alguma coisa.
Portanto, Tal premissa é inconsistente e, noutras palavras, seria considerar o
homem um “Deus”.
Em vista disso, o que há de errado com a
premissa de que Deus causa o mal e o
pecado? Nada! É antibíblica? Não! O
fato de Deus causar o mal ou a
permanência temporária deliberada de um cristão, por exemplo, em algum pecado,
é diferente de praticar o mal ou o pecado. causar o mal pressupõe uma relação metafísica, isto é, a origem
primária da causa do mal ou do pecado (que é Deus), enquanto que praticar o mal ou pecar é uma relação moral restrita a homens sobre o estado
e consequências da queda.
Para ser errado ou pecado deus
causar o mal ou o pecado, o próprio Deus, então, deveras fazer uma lei para
si mesmo de que causar o mal ou o pecado é errado e pecado para si. Se
não há esta lei específica, não há problema em deus causar o mal e o pecado. Haja
vista que Deus é bom, santo e justo em
tudo o que faz e, todavia, é bom, santo
e justo para ele causar o mal e o
pecado não importando como ele irá fazer isso porque ele é soberano e faz o que quiser. Se opor
aos decretos de Deus é um tipo de blasfêmia, ainda que inconsciente, mesmo
sendo decretos que são maus da
perspectiva humana, mas da perspectiva de Deus é BOM o MAL que ele determinou ou causou. Contudo, Deus determinar com que um homem pratique o mal ou o pecado não é o mesmo que o
próprio Deus o fazer.
Certamente Deus não tenta ninguém ao pecado, antes, é a própria natureza pecaminosa
e a cobiça do homem que o tentam a pecar contra Deus (Tg 1.13-15). Entretanto,
o fato do cristão, por exemplo, ser tentado a pecar em algo, em si, a tentação foi predeterminada por Deus,
uma vez que todo e qualquer propósito, mesmo que este seja mal para o homem, da perspectiva de Deus é bom porque, em última análise, ele será glorificado de alguma
maneira. Quando Jesus julgar e condenar os réprobos pelas suas obras moralmente más que praticaram no
dia final, Deus será glorificado pela condenação destes e pelos seus gemidos de
dor e angústias prementes que sofrerão eternamente no lago de fogo longe da
presença bondosa e graciosa de Deus em detrimento de uma presença em ira e
justiça. Deus será glorificado na condenação dos réprobos porque estes
mereceram ser condenados, uma vez que negaram o Senhor Jesus como Senhor e
Salvador preferindo viver suas vidas na prática deliberada do pecado. Sendo
assim, Deus causa todas as coisas ou eventos no mundo, e tanto as ações boas quanto
as ações más dos homens!
Extraído de: http://www.materiasdeteologia.com
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