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Nosso Deus é Deus de compromisso. O Senhor estabelece os acordos regenciais e jamais descumpre Seus tratados. E o primeiro Ser com quem o Senhor firmou um compromisso eterno, foi Consigo mesmo. Vejamos: “Se somos infiéis, ele permanece fiel; porque de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo.” (2 Timóteo 2:13)
O Senhor fez diversas alianças com o homem desde a sua criação. Uma das mais conhecidas está registrada em Gênesis 9:9-17.
E o que vem a ser um “pacto”? Literalmente, um pacto é um acordo, um contrato, uma convenção entre duas ou mais pessoas.
Apesar dos diversos pactos que aparecem na Bíblia entre Deus e o homem, existem dois tratados que são as principais alianças (uma que regeu e outra que rege e regerá para sempre a relação do Senhor com a criação). São eles: O Pacto da Lei, também conhecido hoje como Velho Testamento, Antigo Testamento, entre outras nomenclaturas, e o Pacto da Graça, o Pacto Eterno, a Nova e definitiva Aliança estabelecida por Deus.
Para entendermos estas duas alianças estabelecidas por Deus para conduzir o seu povo, e visualizarmos bem as suas diferenças, precisamos conhecer ambas separadamente, em uma visão geral e panorâmica:
A LEI) Metaforicamente, podemos dizer que a Lei foi o “raio-x” usado por Deus para exibir a real condição humana depois da queda adâmica:“Porque antes da lei já estava o pecado no mundo, mas onde não há lei o pecado não é levado em conta.” (Romanos 5:13)
Então, a Lei, através do conhecimento do pecado, veio diagnosticar a “doença” inserida pelo primeiro homem na criação e trazer a morte anunciada por Deus a Adão, quando disse: “Se você pecar, certamente morrerá”:
“porquanto pelas obras da lei nenhum homem será justificado diante dele; pois o que vem pela lei é o pleno conhecimento do pecado; Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Contudo, eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás. 8 Mas o pecado, tomando ocasião, pelo mandamento operou em mim toda espécie de concupiscência; porquanto onde não há lei está morto o pecado. 9 E outrora eu vivia sem a lei; mas assim que veio o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri.” (Romanos 3:20; Romanos 7:7-9)
Antes da Lei o pecado já existia, mas não era imputado e não matava (espiritualmente falando). Assim, o “certamente morrerás” que Deus estabeleceu a Adão não se cumpriria sem o advento da Lei. Logo, ao estabelecer o primeiro pacto, Deus diagnosticou a deturpada condição humana e a exibiu ao próprio homem, cumpriu sua sentença de morte (espiritual) dada ao primeiro transgressor e ainda conduziu o homem à cura que viria posteriormente.
O Apóstolo Paulo revela o que a Lei representou e nos faz entender bem melhor o papel da Antiga Aliança: “Ora, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fixar os olhos no rosto de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual se estava desvanecendo, 8 como não será de maior glória o ministério do espírito? 9 Porque, se o ministério da condenação tinha glória, muito mais excede em glória o ministério da justiça” (2ª Coríntios 3:7-9).
Paulo deixa claro que a Lei foi um MINISTÉRIO DE MORTE e CONDENAÇÃO. E por quê? Porque, como já vimos, o papel da Lei era mesmo o de CONDENAR e MATAR. Foi para isto que Deus a criou.
Muitos se perguntam como pode Deus, sendo perfeito, criar algo imperfeito e defeituoso. Esta dúvida se dá a partir desta passagem bíblica:“Pois, se aquela primeira tivesse sido sem defeito, nunca se teria buscado lugar para uma segunda.” (Hebreus 8:7)
Na verdade, a Lei em si mesma não era defeituosa. Segundo Paulo, a Lei era boa: “E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa; “Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela usar legitimamente.” (Romanos 7:16; 1ª Timóteo 1:8)
Se a Lei era boa, de onde vinha o seu defeito?
“Porquanto o que era impossível à lei, visto que estava enferma pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado.” (Romanos 8:3)
A Lei era algo espiritual, pois veio de Deus, mas ela foi dada para controlar a carne. Neste caso, devido às obras más da natureza humana, a Lei se tornou enferma. É por este motivo que ninguém foi aperfeiçoado no Antigo Pacto: “(pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual nos aproximamos de Deus.” (Hebreus 7:19)
É importante frisar que tudo isto sempre fez parte dos planos de Deus. Sempre esteve em Seu controle, devido à Sua Onisciência.
Não podemos imaginar que o Senhor se surpreendeu com a ineficácia da Lei em aperfeiçoar o homem, visto que, como já vimos, o papel da Lei, na verdade, era o de CONDENAR e MATAR.
A GRAÇA) Como vimos no início, a Lei veio para diagnosticar a situação do homem, sentenciá-lo e conduzi-lo à CURA. E quem é a cura?
“De modo que a lei se tornou nosso aio, para nos conduzir a Cristo, a fim de que pela fé fôssemos justificados.” (Gálatas 3:24)
Cristo é a Graça de Deus liberada ao homem. Através de Cristo, a criação alcançou a cura espiritual e definitiva através de Sua Obra na cruz. Se a Lei é o “diagnóstico” da “doença” adâmica, a Graça de Deus em Cristo foi (e é) o “remédio” infalível de Deus para a situação do homem.
“e a vós, quando estáveis mortos nos vossos delitos e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-nos todos os pecados.” (Colossenses 2:13)
Houve então uma sequência de acontecimentos: o pecado “adoeceu” a criação, a Lei diagnosticou e problema e matou os “doentes” e a Graça (Cristo) trouxe a ressurreição, a cura e a Vida Eterna. Paulo também deixa claro o que a Graça representa:
“Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor pacto, o qual está firmado sobre melhores e superiores promessas; “para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, pela sua bondade para conosco em Cristo Jesus. 8 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé e isto não vem de vós, é dom de Deus.” (Hebreus 8:6; Efésios 2:7-8)
A PRINCIPAL DIFERENÇA
Falando agora das diferenças entre a Lei e a Graça, vamos tratar primeiramente da principal delas: Na Lei, o pacto era BILATERAL. Ou seja, para o homem alcançar a misericórdia de Deus e, consequentemente, ser aperfeiçoado, ele deveria CUMPRIR TODA SUA PARTE (Gálatas 5:3) diante de Deus: Era o famoso “pagar o preço”. E isto se dava através das ordenanças e cerimônias da Lei. Em Graça, nesta Nova Aliança, o acordo é UNILATERAL. Ou seja, Deus CUMPRIU A PARTE DELE E A NOSSA TAMBÉM. Por isso que o Novo Pacto se chama GRAÇA, pois é o favor IMERECIDO de Deus para o homem. Em Graça, não precisamos praticar nada, nenhuma ordenança sequer, para sermos justificados, aperfeiçoados e salvos. Tudo isto já nos foi concedido PELA GRAÇA. Tudo que fazemos hoje em Graça é (ou deve ser) por amor e não em busca de “cumprir a nossa parte do acordo”. Muitos hoje, sem o devido conhecimento deste Novo Pacto, ficam tentando obter através de obras da Lei, tudo o que Cristo já nos concedeu pela Graça. Em suma: A Graça é totalmente de Deus. A Nova Aliança é de inteira responsabilidade do Pai. O homem não tem NENHUMA participação na Graça do Senhor, e isto para que a Glória seja totalmente Dele: “não vem das obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2:9)
Quando um líder de alguma congregação ensina que os filhos de Deus devem “pagar o preço”, “fazer a sua parte”, “sacrificar”, “cumprir ordenanças”, cumprir a Lei, etc., em prol da justificação e da salvação eterna, ele está, na verdade, ensinando as pessoas a anularem a Graça de Deus: “Não anulo a graça de Deus; porque, se a justiça vem mediante a lei, logo Cristo morreu em vão.” (Gálatas 2:21)
A MALDIÇÃO DA LEI
A Lei, em si mesma, não é uma maldição. Porém, fazer uso de suas obras em plena Nova Aliança trás grandes malefícios à vida espiritual de um filho de Deus, visto que a primeira consequência de se praticar a Lei em plena Graça é se SEPARAR DE CRISTO:
“Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça decaístes.” (Gálatas 5:4)
A maldição da Lei não está nela mesma, mas no que ela representa. Quando alguém pratica obras da Lei hoje em dia (guardar sábados, participar de páscoas, cerimônias de comer e beber, fazer abluções, etc.), está dizendo que Cristo e Sua obra não são importantes e suficientes para si, já que a Lei ainda precisa ser praticada para se justificar diante de Deus.
COMPARAÇÕES REVELADORAS
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quarta-feira, 6 de novembro de 2013
A LEI, A GRAÇA E SUAS DIFERENÇAS
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