sábado, 9 de novembro de 2013

O MISTÉRIO DAS ERAS [As Dispensações de Deus]

4

I - O TABERNÁCULO


Introdução - 
O estudo do Tabernáculo é uma história excitante. Deus deseja habitar com o homem e lhe trazer redenção.


Por que estudar o Tabernáculo?
1. O Tabernáculo e a forma de adoração do Tabernáculo eram figuras do que iria acontecer (Hebreus 9:8, 9, 24; 10:1), conforme os planos de Deus, no futuro.

2. O Tabernáculo e as experiências dos israelitas formam exemplos e modelos estabelecidos por Deus para nós (1 Coríntios 10:11; Hebreus 8:5).

3. O Tabernáculo oferece uma ilustração do Senhor Jesus Cristo, em detalhes tão perfeitos, que entusiasmam o crente à medida que o estudo prossegue Cada detalhe do Tabernáculo aponta para algum aspecto da  Pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo. (João 1:14).



O Tabernáculo
Era o lugar da habitação de Deus. A palavra “tabernáculo” significa “local temporário” da habitação de Deus, no deserto e em Canaã.



A - O Tabernáculo do Velho Testamento era temporário.

B - O Templo (2 Crônicas 5:14) foi durante algum tempo o local da habitação de Deus, aqui na Terra (ele será restaurado no Milênio).

C - Enquanto Jesus esteve na Terra fazendo o Seu ministério, Ele foi o local da habitação de Deus, no qual toda a plenitude da Divindade habitava corporalmente (Colossenses 2:9). [No FINAL DE ETENIM (SETEMBRO), mês em que os judeus comemoravam a FESTA DOS TABERNÁCULOS, Deus veio tabernacular (HABITAR) conosco. Nasceu Jesus, o Emanuel, "Deus conosco".]

D - Depois que Cristo subiu para o Céu, Deus fez habitação no coração do crente (1 Coríntios 3:16). A palavra “Igreja” (Ekklesia) significa “chamado para fora” e não se aplica ao edifício, mas aos crentes. Portanto, o Tabernáculo é também uma figura do crente, local habitado pelo Espírito Santo.

E - No Céu, Ele é apresentado como o verdadeiro Tabernáculo... (Hebreus 8:1-2; 9:23-24; Apocalipse 11:19; 21:3).



II - O TABERNÁCULO CONTA A VERDADEIRA HISTÓRIA DA SALVAÇÃO
         O Tabernáculo é a figura do Senhor Jesus Cristo e também uma figura do crente em Cristo; ou seja, uma figura do plano de salvação. Existem sete passos na redenção divina:


A - Como pecadores afastados de Deus, primeiro precisamos entrar e parar diante do altar (a Cruz).

B - Em seguida, vêm a separação e a purificação diárias, na Bacia (a Bíblia).

C - Entramos na comunhão da Palavra, na mesa.

D - Aprendemos a andar na luz do Candelabro de Ouro.

E - Depois, e somente depois, vem o poder da oração, na Mesa do Incenso.

F - Estamos, então, preparados para entrar no Santo dos Santos do Culto mais Alto (o poder Pessoal e a comunicação do Espírito Santo).

G - Assim, alcançamos o perfeito repouso e paz, no Assento da Misericórdia,  aspergido pelo Sangue, sob as asas do Querubim.


O assunto do Tabernáculo é inesgotável  e quando permitimos que o Espírito Santo nos ajude a entender essas verdades, somos levados para mais perto de Jesus e, quando avançamos mais, neste estudo, aprendemos também a amá-Lo mais, podendo, assim, servi-Lo melhor. Portanto, o estudo do Tabernáculo resulta em serviço de amor.



III - O MODELO DO TABERNÁCULO
         Uma Divisão Tripla - o número da totalidade e perfeição divina (João 14:6).

A - A parte exterior - a barreira, o altar de fogo e a bacia de lavar.

B - O Lugar Santo - A mesa com os pães da proposição, o candelabro e o altar do incenso.

C - O Santo dos Santos - A Arca e o Assento da Misericórdia.



IV - OS QUATORZE MATERIAIS
         Quatorze é o número do testemunho. Cada material tem uma significação típica. As significações são as mesmas, onde quer que elas se encontrem em uso, no Tabernáculo. Cristo é visto em todas elas.



A - Ouro - Divindade (Êxodo 25:3).

B - Prata - Redenção (idem).

C - Bronze - Julgamento  (Êxodo 25:3; Números 21:6-9).

D - Azul - Natureza e origem celestial (Êxodo 25:4).

E - Púrpura - Realeza  (idem).

F - Carmesim - Sangue sacrificado (idem).

G - Linho fino - Justiça perfeita (Idem).

H - Pelo de cabra - Portador do pecado (Êx 25:4; Lv 16:2-22).

I - Peles vermelhas de carneiro não castrado - o sofrimento de Cristo e a profundidade de Sua devoção (Êxodo 25:5; Lucas 22:44).

J - Peles de texugos - a humildade de Cristo (Êxodo 25:5; Is 53:2).

K - Madeira de acácia -  Humanidade de Cristo (idem).

L - Azeite para a Luz - O Espírito Santo (Êxodo 25:6).

M - Especiarias para o óleo de unção - preciosa doçura de Cristo (idem).

N - Pedras de Ônix - A glória de Cristo (Êxodo 25:7; João 17:5).



V - AS SETE PEÇAS DE MOBILIÁRIO

        
Sete é o número da perfeição: Arca, Assento da Misericórdia, Altar do Incenso, Mesa dos Pães da Proposição, Candelabro, Bacia de lavar, Altar do Fogo.



VI - O TABERNÁCULO ERA CHAMADO A CASA DO SANGUE...
         Por causa do local dos sacrifícios de sangue exigidos por Deus. Mas todo esse sangue era apenas profético, típica sombra do sangue do Cordeiro de  Deus, que seria vertido no futuro.


A - Temos redenção através do sangue (Efésios 1:7).

B - Temos perdão através do sangue (idem).

C - Somos justificados através do sangue (Romanos 5:9).

D - Somos santificados através do sangue (Hebreus 10:10).

E - Temos purificação através do sangue (1 João 1:7).

F - Temos paz através do sangue (Colossenses 1:20).

G - Temos vitória através do sangue (Apocalipse 12:11).



Os rituais de purificação do Velho Testamento (Hebreus 9:18, 23) não podiam apagar pecados (Hebreus 10:4), mesmo quando realizados diariamente (Hebreus 10:11). Os pecados não seriam “tirados”, a não ser que Cristo morresse pelos pecadores, levando sobre Ele os pecados (Hebreus 9:28). Ele os levou para as profundezas abissais (Mateus 12:40) e ali os deixou. Ele ressuscitou (Atos 2:37-31) sem pecado algum, livre de todos os pecados que Ele havia assumido em  nosso lugar.

Deveria haver contínuas ofertas queimadas (Êxodo 29:38-46). Este era o sacrifício vespertino, do qual o 1 Reis 18:29 fala. Os santos do Velho Testamento precisavam de sacrifícios diários  - o nosso foi feito para sempre. (Hebreus 10:11-12). Esta prática vai prosseguir no Milênio (Ezequiel 46:12-15, 40-48). E até mesmo um sacerdócio, na eternidade (Isaías 66:20-22).



 

OS JUÍZES


I - PANO DE FUNDO
         Após a morte de Josué, a nação hebraica ficou sem um forte governo central. Ela era uma confederação de 12 tribos independentes, sem qualquer força unificadora, além do seu Deus.   A forma de governo nos dias dos juízes era, supostamente, uma “Teocracia”, ou governo do próprio Deus sobre a nação. Contudo, o povo não levava o seu Deus muito a sério e vivia caindo na apostasia e na idolatria. Vivendo num estado de quase anarquia e sendo perturbada pelas guerras civis e rodeada de inimigos, que viviam tentando extirpá-la dos locais onde se encontravam as tribos, a nação hebraica andou muito lentamente em seu desenvolvimento nacional e não se tornou uma grande nação, até ser organizada em reino, nos dias de Samuel e Davi.



II - QUARENTA ANOS

         
Otniel, Débora, Baraque e Gideão, conforme é dito, julgaram Israel, cada um deles por 40 anos. Eúde julgou a nação por duas vezes 40 anos. Depois, Eli julgou a nação por 40 anos. Saul, Davi e Salomão a governaram, cada um deles, por 40 anos. “40” parece ter sido um número arredondado, denotando uma geração. Vejam como ele é usado constantemente na Bíblia. No dilúvio, choveu por 40 dias; Moisés foi fugitivo por 40 anos; passou 40 anos em Midiã; e esteve 40 dias no Monte; Israel peregrinou por 40 anos no deserto. Os espias passaram 40 dias em Canaã. Elias jejuou por 40 dias; 40 dias foi o prazo para Nínive se converter; Jesus jejuou por 40 dias e andou na Terra por 40 dias, após Sua ressurreição.



III - O MANDAMENTO

“E o SENHOR teu Deus as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas; nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos; pois fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do SENHOR se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria” (Deuteronômio 7:2-4).

Foi este o mandamento original, sob o qual os israelitas entraram na Terra de Canaã. Embora o Livro de Juízes registre algumas vitórias para o Senhor, ele também descreve os árduos fracassos dos líderes do povo de Deus. A conquista israelita foi apenas parcial (Juízes 1:9, 21, 27, 28-35; 3:1-4).



IV - O COMPROMISSO

Quando faleceu a geração endurecida e selvagem, que havia conquistado a terra sob o comando de Josué, a nova geração se estabeleceu numa terra de fartura, tendo logo caído na vida fácil e nos caminhos da idolatria dos vizinhos. Isto poderia ser uma ilustração do que atualmente chamamos de “segunda geração cristã”.

         Em Juízes 17:6, lemos: “Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos”.

            
Este verso pode ser a soma  total de tudo que aconteceu durante o tempo dos juízes. A confusão acontecia por falta de organização e liderança, com alguns crimes registrados no Livro, mostrando que o homem, quando deixado a si mesmo, sempre se destrói. Os israelitas se comprometeram no  seguinte:



1. - O comando original de Deus

2. - Domínio incompleto

3. - Ligas Militares

4. - Casamentos mistos

5. - Apostasia total

6. - Cativeiro



V - OS CATIVEIROS

Apostasia, Servidão e Resgatador

Juízes 3:5-8 -
 Aos reis da Mesopotâmia, 8 anos - Resgatados por Otniel (3:9-11).

Juízes 3:12-14 - Ao rei de Moabe, 18 anos - Resgatados por Eúde (3:15-30, e Sangar, verso 31).

Juízes 4:1-3 - 
Ao rei de Canaã, 20 anos - Resgatados por Débora (4:4-31) e Baraque.

Juízes 6:1-10 - Aos midianitas, 7 anos - Resgatados por Gideão (6:1; 8:35).

Juízes 10:6-18
 - Aos filisteus, etc., 18 anos - Resgatados por Jefté (11:1).

Juízes 13:1 - Aos filisteus, 40 anos Resgatados por Sansão (13:24-25; 16:31).
(Dados colhidos no “Explore the Book”, de J. Sidlow Baxter).



VI - OS JUÍZES FORAM

1. Otniel - (3:9-11)

2. Eúde - (3:15-30).

3. Sangar - (3:31).

4. Débora e Baraque - (4:4-8).

5. Gideão (6:11; 8:32)

6. Abimeleque (9:1-57)*

7. Tola - (10:1-2).

(* Mencionados em Hebreus 11:32).



8. Jair - (10:3-5).

9. Jefté - (11:1).

10. Ibzã - (12:8-10)

11. Elon (12:11-12)

12. Abdom - (12:13-15).
13. Sansão - (13:24;16:31)*



VII - PECADO, SÚPLICA E SALVAÇÃO
Os filhos de Israel seguiram o antigo modelo de vida familiar, algo que deveríamos chamar de “vida cristã normal”. Se fôssemos desenhá-lo num gráfico, colocando nossas vitórias e derrotas, isso iria se assemelhar a um navio de carreira. Por exemplo, vamos focalizar o Livro de Juízes:

O pecado - (Juízes 3:7)

O sofrimento - (verso 8)

A súplica - (verso 9)

A salvação - (3:11)



Novamente:
O pecado - (Juízes 3:12)

O sofrimento - (idem)

A súplica - (3:15)

A salvação -  (idem)



VIII - APLICAÇÕES PRÁTICAS DO LIVRO DE JUÍZES

A -
 Inicialmente, é mais fácil tolerar e coexistir com o pecado que arrancá-lo e eliminá-lo totalmente.  (Juízes 2:2).

B - Muitas das durezas encontradas na vida cristã são permitidas para nos conduzirem a um ponto de súplica (Juízes 6:13).

C - O Senhor fará tudo que Ele puder, para cumprir Suas promessas e alianças. Contudo, Ele é Santo, Justo e Ciumento. Ele jamais vai tolerar, em hipótese alguma, a idolatria.

D - Deus está determinado a realizar todas as promessas do Seu Reino. (Juízes 2:16-19).

E - Até mesmo os assuntos políticos têm uma raiz espiritual  (Juízes 11:24).

F - O Diabo fará todo o esforço, para atrapalhar o cumprimento do Reino de Deus, usando a religião (Juízes 17:7-13).

Nenhum comentário:

Postar um comentário