sábado, 9 de novembro de 2013

O MISTÉRIO DAS ERAS [As Dispensações de Deus]

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A DISPENSAÇÃO DA CONSCIÊNCIA:


Introdução
 - Esta dispensação se estende da “Queda” até o “Dilúvio”, tendo perdurado por 1.656 anos. Ela mostra o que o homem é capaz de fazer, quando dirigido pela sua consciência. Adão e Eva não tinham consciência alguma, antes da queda, quando comeram o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. A consciência pode produzir temor e remorso, mas não consegue evitar que o homem erre, pois ela não compartilha o “poder”.



I - Salvação - Na dispensação antediluviana, a humanidade era tratada como um todo. Não havia nações. Esta dispensação é chamada - em  Atos 17:30 - como “TEMPOS DA IGNORÂNCIA”, sendo um contraste dos “tempos atuais”. Somos informados que, na dispensação dos “tempos da ignorância”,  Deus não levou em contra o que Ele não deixaria passar na Dispensação da Lei. A consciência da conduta humana era a regra pela qual os homens se acusavam e escusavam (Romanos 2:15). A Lei do Sinai não foi entregue senão no final do Êxodo. Sem lei, não havia a regra da lei para o pecado, pois “pela lei vem o conhecimento do pecado” (Romanos 3:20). Contudo, os homens eram inescusáveis diante de Deus, porque Ele estava muito próximo da humanidade, naqueles dias, e Sua voz era pronunciada e ouvida, em reprimenda, como no caso de Caim (Gênesis 4:14); ou em comunhão, como no caso de Enoque (Gênesis 5:22-24), ou em forma de conselho, como no caso de Noé (Gênesis 6:3). Eles não estavam, portanto, sem o conhecimento de Deus; porém “não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças... Por isso Deus os abandonou às paixões infames”... (Romanos 1:20-32). Nesse tempo, suas filhas coabitaram com os anjos decaídos (filhos de Deus) tendo dado à luz gigantes... (Gênesis 6:1-7).

         Os princípios pelos quais Deus governava e administrava esses “tempos da ignorância” não seriam apropriados para os dias de Moisés, quando Deus iria revelar Sua vontade, através da Lei.  Devemos, portanto, distinguir entre as duas dispensações, como sendo uma “SEM LEI” e outra “SOB A LEI”, pois isto afetaria a base de julgamento nestas dispensações. Essa distinção é claramente revelada em Romanos 2:12: “Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados”.
         Vemos claramente, aqui, que a ignorância da Lei não será desculpa nem salvará pessoa alguma do castigo. Este princípio de julgamento é o que deve prevalecer no Julgamento do Grande Trono Branco, quando serão julgados os habitantes da dispensação antediluviana e os da Dispensação da Lei.

         
Conquanto não houvesse uma Lei escrita na dispensação antediluviana, havia uma “lei não escrita” e, conforme Paulo escreve: “Porque, para com Deus não há acepção de pessoas. Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados. Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados. Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os; no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho”. (Rm 2:11-16)

            
Deveria ser observado que um sacrifício de sangue tornou-se evidente, já nesta dispensação. Deus vestiu Adão e Eva com peles de cabritos (Gênesis 3:21), o que necessitou de um derramamento de sangue (Hebreus 9:22). O contexto de Hebreus 9 não inclui cada dispensação; portanto, é impossível dizer se um sacrifício era ou não de absoluta necessidade.

1 - Abel conhecia o sacrifício de sangue (Gênesis 4:4), bem como Noé (Gênesis 8:20).

2. - Deus se comunicou com os homens e tornou clara a mensagem da obediência.

3. - Sem dúvida, Deus nomeou um pregador da justiça na pessoa de Noé; outros, como Enoque, também pregaram.



 II - IMITAÇÃO
Um dos eventos mais significativos desta dispensação foi o grande esforço satânico de imitar o plano original de Deus. Para apressar seu intento, os anjos decaídos, chamados “filhos de Deus”, foram usados.

         O título de “filhos de Deus” não tem no Velho Testamento a mesma conotação do Novo Testamento.  No NT, ele se aplica aos que se tornaram filhos de Deus pelo novo nascimento (João 1:12; Romanos 8:14-16; Gálatas 4:6; 1 João 3:1-2). No VT, ele se aplica aos anjos e, assim, é usado cinco vezes: duas vezes em Gênesis 6:2-4 e três vezes em Jó (Jó 1:6; 2:1; 38:7). Ser filho de Deus significa ter sido trazido à existência por um ato criador de Deus. Eram assim os anjos; assim era Adão, conforme este é chamado em Lucas 3:38. Mas os descendentes de Adão não são criação de Deus. Adão foi criado à semelhança de Deus (Gênesis 5:1), mas os seus descendentes nasceram à sua semelhança, pois, lemos, em Gênesis 5:3, que Adão gerou um filho à sua semelhança, à sua imagem. Portanto, todos os homens nascidos de Adão e de seus descendentes, por geração natural, são “filhos dos homens” e somente quem nasce de novo, torna-se uma nova criatura (João 3:3-7) e, portanto, um “filho de Deus” (João 1:12), no sentido do Novo Testamento.

         Esses “filhos de Deus” (ou deuses), do VT, vieram do espaço (Atos 14:11-14) e trouxeram a incumbência de povoar os céus. Que a sua descendência era diferente, é óbvio, pois eles eram gigantes (Gênesis 6:4). É razoável que Deus não permitisse que essa iniqüidade se infiltrasse nos Céus, daí ter enviado o julgamento pelo dilúvio.



III - O JULGAMENTO
As características da dispensação antediluviana, conforme descritas pelo falecido Dr. A. T. Pierson, foram: primeiro, um avanço  total da revelação; depois uma decadência gradual do espírito, conformando-se com o mundo, com ele se amalgamando; formando uma civilização de gigantes sem Deus, com o desenvolvimento paralelo do mal e do bem; caindo na apostasia, para, finalmente, vir a catástrofe. [N.T. - Exatamente o que estamos vendo nos dias de hoje]. Estas são as características de todas as dispensações seguintes, exceto a última.

         É interessante observar  que, exatamente antes do julgamento, Deus arrebatou Enoque, um tipo do santo da era da igreja. Quando Jesus estava preparando os judeus para a Tribulação, Ele comparou os eventos desse tempo com os dias de Noé (Mateus 24:36-41).

Vai acontecer uma ênfase enorme sobre as viagens espaciais, haverá muitos divórcios, nos dias que antecederem o Arrebatamento. Tudo indica que esse dia está próximo e muitos “Enoques” serão arrebatados... Glória ao Senhor!



 

A DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO:


Introdução - Se alguma vez a raça humana teve a oportunidade de desenvolver a teoria do “governo humano”, isso aconteceu logo após o dilúvio. Noé era um homem idoso, de 600 anos de idade, cheio de sabedoria e experiência, e sua família, cujos membros eram todos adultos (pois o mais novo tinha 98 anos) estavam qualificados para se autogovernar. Atrás deles, veio o dilúvio com as suas admoestações e também todo o conhecimento acumulado, desde Adão até o seu tempo. Eles também tiveram a vantagem de uma nova Aliança chamada “Aliança Noeica” (Gênesis 8:20-22). Noé restabeleceu também o verdadeiro modelo de adoração, edificando um altar e sacrificando sobre o mesmo. Contudo, essa dispensação foi um fracasso, exatamente como as anteriores.
          Deus ordenou que Noé e seus filhos fossem frutíferos, se multiplicassem e enchessem a Terra, mas, em vez de se espalharem, eles se conservaram juntos e tentaram construir uma cidade capital “para dar a si mesmos um nome”, construindo uma “torre” que atingisse os Céus. Isso foi uma desobediência, por isso Deus desceu e confundiu sua linguagem, tendo-os espalhado pela face da Terra (Gênesis 11:1-9). Todos os nomes desses “arquitetos” foram esquecidos, exceto o de Ninrode (Gênesis 10:8-10). Aqui, tiveram início as diversas línguas da Terra. No Pentecoste, houve o milagre da reversão (Atos 2:4). Por causa da relativa brevidade desta dispensação (aproximadamente 427 anos), estudaremos os eventos por ordem cronológica.



I - NOÉ RESTABELECE A ADORAÇÃO CORRETA
         Em Gênesis 8:20, vemos que Noé foi achado justo na fé. Por isso, ele recebeu perdão. Estas revelações incluem a preparação da Arca (obediência) e a oferta de sacrifício (Hebreus 11:7).

         Em Gênesis 9:1, lemos: “E abençoou Deus a Noé e a seus filhos, e disse-lhes: Frutificai e multiplicai-vos e enchei a terra”.  Esta é a comissão original dada a Adão (Gênesis 1:28). Noé é um tipo de Adão nos seguintes pontos:



A - ambos foram os únicos possuidores da terra;

B - ambos receberam uma comissão de Deus;

C - ambos substituíram as raças que Deus não desejava que controlassem a Terra;

D - ambos tiveram três filhos nomeados;

E - um desses filhos foi um tipo de Cristo (Abel e Sem);

F - um desses filhos foi um tipo do Anticristo (Caim e Cão);

G - Abel e Sem foram conectados com Cristo;

H - Caim e Cão foram  ambos amaldiçoados;

I - Adão estava nu quando pecou, exatamente como Noé;

J - Adão e Noé participaram do fruto proibido;

- A proibição feita a Adão foi uma vinha e a Noé o sangue (Gênesis 9:4).



Guardem em mente que a vinha é chamada uma árvore (Ezequiel 15:2, 6) e o seu fruto, comparado ao sangue (Deuteronômio 32:14). Antes da Lei, foi proibido beber sangue (Gênesis 9:1-5); também durante a Lei (Levítico 17) e na dispensação atual (Atos 15:20, 29). O vinho novo (suco de uva) é um tipo bíblico de sangue (Gênesis 40:10, 11; Isaías 65:8). O vinho fermentado é proibido (Provérbios 20:1, 23:31). Noé obviamente não ficou embriagado apenas com o suco da uva.



III - A COROA É PERDIDA (Gênesis 9:20-24)
         Noé participou de um fruto proibido, exatamente como o fizera Adão, e perdeu a coroa do Reino do Céu, exatamente como aconteceu com Adão. Mais uma vez, por causa dessa falta, a coroa voltou para o “deus deste século”. Logo que este a teve de volta, começou a se esforçar para, novamente, imitar o plano original de Deus (Isaías 45:18). Esta é uma repetição exata do esforço anterior, segundo Gênesis 6: alcançar os céus com os filhos de Deus.



IV - A BASE DE DEUS DA SOCIOLOGIA

         
É durante esta dispensação que Deus espalha a humanidade pela Terra, mostrando-lhe onde cada povo deveria encontrar o seu local de habitação.

A) Cão - uma maldição de servidão é colocada sobre Canaã (neto de Noé) porque Deus já havia abençoado os seus filhos (Gênesis 9:1). Quanto à posteridade de Cão, conforme se depreende na Bíblia, esta parece ter ocupado a África.

B) Sem - “Bendito seja o Senhor Deus de Sem” (Gênesis 9:26). Sem recebe, claramente, algo espiritual na profecia de Noé. Quando chegamos à percepção espiritual, não podemos combater Sem; ele é o autor de cada grande religião terrena. Ele é um introvertido, um “mediador”, um fatalista, enfim, um pensador. Cada autor bíblico pode traçar a sua ascendência em Sem; o Salvador do mundo confessou ter vindo “dos judeus” (João 4:22). Sem se espalhou pela Ásia e Ásia Menor.

C) Jafé - “Alargue Deus a Jafé e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo” (Gênesis 9:27). Embora Sem more na Índia, Jafé precisa escalar suas montanhas. Embora Sem more no Japão, ele precisa copiar suas rodovias, seus aviões, suas motos, e navios. Embora Sem more na China, ele não pode desenvolver os seus recursos, até que Jafé (a Rússia) use a descarga de fogo para os vermelhos. É Jafé, não Sem, quem descobre os dois pólos; a passagem para a Índia; a passagem para a Lua; a eletricidade; a máquina a vapor; o telégrafo sem fio; o telefone; o rádio; o avião; o tanque e o submarino. Obviamente, Sem não se distingue nas conquistas geográficas, nas invenções científicas e nem no “nível de vida mais elevado”.

“E habite nas tendas de Sem” (Gênesis 9:27). Essas tendas são de Sem e um cego toparia com elas, quando viajasse pela América, nos anos 1500. Caso não as visse dois pés à sua frente. Sem cruza o estreito de Bering e arma suas “tendas” desde a Colônia Britânica até o Cabo Horn. Jafé cruza o atlântico e recebe a discriminação por tê-lo tomado dos outros. E o chão que estamos pisando, agora mesmo, de modo nenhum nos pertence. Não somos americanos; somos europeus ou africanos (a não ser que sejamos totalmente índios). O chão da nossa tenda é o chão onde Sem faz suas caçadas, onde ele arma suas tendas, desde mil anos a.C.,  até 1800 d.C.

         “E habite nas tendas de Sem”. As profecias raciais de Noé devem ser cridas literalmente, pois continuam em vigor; são profecias envolvendo totalmente os três maiores ramos da humanidade. A história as confirma; o senso as confirma e a Bíblia as confirma. Jafé tem suas “tendas”, um caso claro de discriminação. Sem tem um Salvador e a Bíblia, outro caso claro de discriminação. Cão serve, um caso realmente claro de discriminação; e todas as subseqüentes “exceções” comprovam a regra e as exceções subseqüentes.



V - A TORRE DE BABEL (Gênesis 11:1-9)
Deveríamos observar que estas características existem exatamente antes de Deus ter dado o castigo da confusão das línguas (2 Tessalonicenses).

A - Integração total

B - Uma língua universal

C -
 Adoração babilônica

D -
 Tentativa de alcançar o espaço 

E -
 Materiais artificiais fabricados pelo homem, usados como materiais divinos (Hebreus 11:10)

F -
 Ênfase sobre “cidades e torres” 

G - A convocação para que os hebreus deixem “Canaã”.

H - A exaltação de uma regra camita (Ninrode).



O DECRETO DO PAPA PIO IX
A Encíclica Silabus dos 8 erros – 1864:
Artigo 15 - “Seja anátema quem disser que todo o homem tem a liberdade de abraçar e professar a religião que ele pense ser verdadeira”

Artigo 24 - “Seja anátema quem disser: ‘A igreja não tem o direito de usar a força’.“

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