segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Um esclarecimento sobre os jogadores que oram a "Oração do Pai Nosso"





É muito comum vermos os jogadores orando em campo diante de uma decisão, quando vão entrar no lugar de outro jogador e/ou quando vai começar o jogo, eles fazem uma roda, falam algumas palavras de incentivo e oram a "Oração do Pai nosso".

O problema em si não é o fato de que cada um exerça a sua fé - bom, sabemos que a fé verdadeira deve ser, totalmente, voltada para Deus em Cristo Jesus - mas por eles orarem a "Oração do Pai nosso" e, por conseguinte, os evangélicos que estão assistindo se alegrarem com isso.

Então, aqui vão algumas considerações sobre a "Oração do Pai nosso"; não é um estudo "sistemático" sobre esta oração, mas uma parte dela, na qual ninguém presta atenção.

A "Oração do Pai nosso" começa justamente com a frase, "Pai nosso...". Por que "Pai nosso"?

A oração se inicia com o sentido de confiança e humildade. Confiança por chamar Deus de Pai, não só como criador, mas como providenciador de nossas necessidades. Mas, acima de tudo, quando O chamamos de Pai, é pelo respeito que devemos ter por Ele. E assim, a nossa humildade de reconhecermos que necessitamos diariamente de um único Pai.

Mas quando O chamamos de Pai, devemos entender esse "Pai" por que Ele é o criador de toda a humanidade, pois a Bíblia chama alguns de filhos por causa da morte expiatória de Cristo, onde que, por esses que Cristo morreu, serão: Eleitos, Chamados, Regenerados, Convertidos, Justificados, Adotados, Santificados, Perseverantes e Glorificados.

Nem todo o mundo pode chamar Deus de "Pai".


• A Bíblia é clara em mostrar que os que são Seus filhos são nascidos de Deus: "Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." João 1.13.
• Estes que são nascidos de Deus, também foram predestinados para serem adotados: "E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade," Efésios 1.3.
• E todos aqueles que são nascidos de Deus, predestinados para serem adotados por Cristo Jesus e recebem o Espirito Santo, podem clamar "Aba, Pai", porque recebemos o Espirito de Adoção (Rm 8.15; cf. Gl 4.6).

Calvino, diz:

A primeira regra em toda oração consiste em apresentar-se a Deus em nome de Cristo, pois neste nome ninguém pode ser-lhe desagradável.
Ao chamar a Deus de Pai nosso, já pressupomos o nome de Cristo.
Mais ninguém no mundo é digno de apresentar-se a Deus e de aparecer perante seu rosto. Este bom Pai celestial, para livrar-nos de uma confusão que inevitavelmente nos turbaria, nos deu como mediador e intercessor a seu Filho Jesus. Detrás dos passos de Jesus podemos aproximar-nos a Ele confiadamente, tendo plena certeza de que não será rejeitado nada do que peçamos em nome deste Intercessor, pois o Pai não pode negá-lhe nada.[1]

Então, podemos concluir, de que se alguém não se encaixa da ordem descrita acima e nem Cristo é o centro de sua vida, logo, não deve chamar Deus de Pai. Porque somente por Cristo, como o centro de nossas vidas, podemos nos achegar a Deus e chama-LO de "Pai".

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