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Mostrando postagens de junho, 2015

Dispensacionalismo, Teologia do Pacto e Teologia da Nova Aliança. (Qual a Posição de John Piper?)

Há três campos teológicos principais sobre as questões da lei, evangelho e a estruturação do relacionamento redentor de Deus com a humanidade: Dispensacionalismo, Teologia do Pacto e Teologia da Nova Aliança. Muitos têm nos escrito perguntando sobre as diferenças entre essas três visões, e assim, antes de discutir a perspectiva de John Piper, daremos uma visão geral de cada um desses campos. Dispensacionalismo Pode ser difícil sumarizar a teologia dispensacionalista como um todo, pois nos últimos anos têm se desenvolvido múltiplas formas da mesma. Em geral, há três distintivos principais. Primeiro, o dispensacionalismo vê Deus como estruturando seu relacionamento com a humanidade através de vários estágios de revelação, que delimitam diferentes dispensações, ou arranjos de administração. Cada dispensação é um "teste" da humanidade para ser fiel à revelação particular dada naquele tempo. Geralmente, sete dispensações são distinguidas: inocência (antes da queda), consciênc...

Nuvens escuras na vida cristã

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. A caminhada cristã não é fácil. É interessante que na medida em que os anos passam, vamos descobrindo que nem todas as coisas na vida são tão simples e divertidas como pensávamos quando éramos crianças. Na jornada cristã este movimento não é muito diferente. Nem tudo é doce e brilhante como aparenta e nem só de dias ensolarados se faz a vida. Mas nas adversidades (e diante das nuvens) podemos enxergar a graça de Deus e seu zelo, aprender muito com aquilo que se opõem e descobrir o que realmente tem – ou deveria ser reconhecido como tendo – valor para nossas vidas. O livro de Atos dos Apóstolos apresenta diversos episódios cuja fé dos cristãos em geral e dos apóstolos em específico eram moldadas pelas adversidades. Neste estudo vamos nos ater ao relato de At 16.12-40. Paulo e Silas estavam em Missão conforme textos anteriores (junto com Lucas e Timóteo) e alguns fatos anteriores mostram conversões acontecendo, através da pregação do Evangelho e pela obra do Santo Espírito (At 16....

CONFIANDO EM DEUS QUANTO ÀS NECESSIDADES DIÁRIAS

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Portanto eu lhes digo: não se preocupem com suas próprias vidas, quanto ao que comer ou beber; nem com seus próprios corpos, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante do que a comida, e o corpo mais importante do que a roupa?  [Mateus 6.25] Não conseguiremos nos livrar de nossas ansiedades e preocupações enquanto vivermos. Mesmo assim, Deus nos dá tudo o que necessitamos, a cada momento, sem precisar de qualquer assistência de nossa parte. Assim, por que continuamos tendo medos bobos e ansiedades acerca de pequenas necessidades triviais, como se Deus não pudesse ou não fosse nos suprir com alimento e abrigo? Devemos abaixar a cabeça de vergonha quando as pessoas nos mostrarem essa tolice. “Insensatas” – essa é a única forma de descrever aquelas pessoas ricas, bem nutridas, que estão sempre preocupadas em ter uma despensa abastada. Elas têm fartura de alimentos ao seu alcance, para servirem refeições nutritivas. No entanto, nunca compartilham uma re...

As implicações da mentira

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Quem é que nunca ouviu falar da história de Pinóquio, o garoto-boneco narigudo de madeira? Dentre as crianças – ou ao menos quando eu era criança – a história de Pinóquio é o exemplo de menino mentiroso. Quanto mais mentia, seu nariz vegetal crescia. Talvez não seja incomum vermos professoras de ensino fundamental dizendo aos pequenos que tomem cuidado para que seus narizes não cresçam, em analogia à mentira. A verdade, queiramos ou não, é que somos todos pinóquios – em maior ou menor grau. Vez ou outra caímos na mentira. Uns mais, outros menos; intencionalmente ou não. Isso, porém, não deve ser motivo para não buscarmos agir com honestidade e espírito verdadeiro. O que alguns talvez não saibam é que a inversão quanto à mentira é mais antiga do que a era cristã. Moisés, há mais de três mil anos, recebeu o decálogo (ou Dez Mandamentos) dado pelo próprio Deus. Dentre as ordens, o nono mandamento é “não dirás falso testemunho”. Muitos pensam que isto implica em apenas não mentir, mas...

A CRUZ DO PASSADO, E A CRUZ DO PRESENTE

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Silenciosamente e sem que se apercebesse, uma nova cruz apareceu nesses tempos modernos tomando conta dos círculos evangélicos. É muito parecida com a velha cruz, mas só na aparência, porque é diferente: A semelhança é superficial, e a diferença fundamental. Dessa nova cruz apareceu uma nova filosofia de vida cristã e a partir dessa nova filosofia surgiu uma nova técnica evangélica, um novo tipo de culto e de pregações. Esse novo evangelismo usa a mesma linguagem que o antigo, mas seu conteúdo já não é o mesmo e suas ênfases não são iguais ao velho evangelho. A velha cruz não estava engajada com o mundo. Para a velha carne adâmica ela significava o fim de uma jornada. Carregava consigo a sentença imposta pela lei do Sinai. A nova cruz não se opõe à raça humana, ao contrário, é uma amiga e, se bem compreendida tornou-se a fonte de bem-estar, de beleza e de inocentes prazeres mundanos. Ela permite que o Adão viva sem interferências. As motivações de sua vida cont...

Estudo sobre a Epístola de Judas - H. Rossier

" Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (Judas 3). Introdução A epístola que temos diante de nós, embora breve, abrange um vasto período histórico. Apresenta-nos a apostasia do cristianismo, desde os primeiros fundamentos do mal - que se introduziram entre os crentes já no tempo dos apóstolos - até o dia em que o juízo definitivo caia sobre a cristandade. Esta epístola nos mostra a forma em que a Igreja, abandonando as verdades que Deus lhe confiou, tem progredido na impiedade, a que terá seu auge na negação do Pai e do Filho. Nesta época, ainda futura, as trevas morais substituirão a luz do Evangelho que atualmente ainda ilumina o mundo. Todavia, vemos já em ação, nos dias de hoje, todos os fundamentos que caracterizam essa apostasia. E a epístola de Judas nos ensina...