terça-feira, 20 de novembro de 2012

“…deixaste o teu primeiro amor.” Apocalipse 2:4


“Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.
Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres” Apocalipse 2:4-5. Carta do Senhor Jesus a Igreja de Éfeso.

Tenho visto algumas explicações para qual seria este “primeiro amor” perdido da igreja de Éfeso. Ou qual seria o motivo deste abandono, o abandono do “primeiro amor”.
Analisando desde a chegada de Paulo em Éfeso, em Atos 19 e seus conselhos aos anciões da igreja, em Atos 20. 25-35. É sobre este assunto que é tratado nas outras cartas “…testificando tanto a judeus como a gregos …”(vs 21). E é neste raciocínio que quero seguir.

Se analisarmos a carta aos Efésios desde o cap. 2 ao 5, veremos o apóstolo admoestando-os a terem união uns com os outros, ou seja, gentios e judeus a reconhecerem que a partir do momento que do dois estão em Cristo não há divisão de povos, “aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade.” (2.15-16). No capitulo 4 Paulo os orienta a terem paciência um com os outros e assim mostrando a santidade que está em cada um. E o apóstolo fecha esta exortação com o capitulo 5,

“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por vós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave.” (1-2). Paulo é claro em suas palavras, ele nos admoesta a terem por exemplo o Senhor Jesus Cristo, o qual nos amou e se entregou por nós e que este sacrifício que Ele fez, Deus aceitou e isso subiu até Deus como um perfume suave que O agradou. E assim devemos ser nós também.
E estes ensinos segue-se ao filho na fé de nosso irmão Paulo. Paulo exorta a Timóteo, um jovem obreiro de Éfeso (1 Tm 1.3), a se preservar contra as falsas doutrinas e falsos mestres e ensinar o genuíno Evangelho. Mas o que ele, Paulo, não deixou de ensinar ao seu filho na fé, foi que haja respeito entre os irmãos. Se analisarmos o capitulo 5 da primeira carta a Timóteo veremos isto (5.1-16).

Este conselho é para um jovem obreiro, que mesmo sendo um jovem mais estudado não era para desprezar os mais velhos e mesmo assim, sendo da mesma idade das moças era para considera-las como irmãs “com toda a pureza.”. E este era um conselho que o apóstolo Paulo já havia falado aos efésio em 60 d.C (data aproximada da escrita desta epistola aos Efésios) e que 4 anos mais tarde, aproximadamente, ele escreve a Timóteo o mesmo conselho.

Só que não para por ai, no ano de 85-95 d.C aproximadamente, e que provavelmente João escreve as três epistolas que levam o seu nome a igreja de Éfeso, João aconselha aos irmãos a terem amor uns pelos os outros. Já nas admoestações de João, o apóstolo faz um contraste com aquele que diz que ama o seu irmão e aquele que realmente ama.
Primeira epistola de João 2.9-11 “Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora está em trevas. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há tropeço. Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas cegaram os olhos.” (grifo do autor). E esta mensagem é em quase toda a epistola:

3.14 – mostra que aquele que ama seu irmão é uma prova de que nasceu de novo.
3.15 –diz que aquele que não ama o seu irmão é um assassino e que não tem a vida eterna.
3.17-18 – João, alerta-nos a não fazer uma representação de “amor”, amar o próximo não é uma encenação teatral e sim, tem que ser de “fato e de verdade”.

O primeiro amor é de onde surge o segundo e assim sucessivamente, mas o primeiro amor é a base, o fundamento para os amores que virão. Mas perder o primeiro amor é não ter amor em Cristo e se não temos amor por Cristo, logo, não amaremos os nossos irmãos e se encaixaremos nas características que já fora dita antes. E desde o ministério terreno do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo foi este o que nos ensinou, que “Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor.” João 15.9, e que assim saberão que “todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.” João 17:21-23 (grifo do autor).

O apóstolo Paulo em 1 Coríntios 13.1-3 diz que se possível falássemos as língua do anjos, dos homens, mesmo se eu profetizasse e conhecesse todos os mistérios e ciência e fé a ponto de eu mover os montes, e se eu repartisse todos os meus bens e se eu me entregasse para ser queimado “se não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.”

Que não venhamos perder o nosso primeiro amor, e se porventura algum dia perder ou se já perdemos, que nós venhamos nos arrepender de nossas ações que entristece o Espirito Santo.

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