quarta-feira, 3 de outubro de 2012


O CÉU E O INFERNO


Lucas 16. 19 – 21

Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele; E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.

Está escrito que havia um homem muito rico que se vestia muito bem e que dava grandes festas diariamente e, no mesmo tempo,  existia um outro homem de nome Lázaro que, além de ser muito pobre, tinha o corpo cheio de ferimentos e que costumava ficar próximo à casa do rico  com a finalidade de saciar a sua fome, pegando os restos que eram atirados da mesa daquele que tinha muito dinheiro.

Os dois homens morreram e o pobre, Lázaro, foi levado para junto de Abraão, no céu, enquanto o rico foi enviando para o inferno, onde sofria muito.
De repente, o homem que tinha muito dinheiro, conseguiu ver, apesar de muito longe, a Abraão e Lázaro e suplicou para que Abraão tivesse misericórdia e pedisse a Lázaro para molhasse o seu dedo e fosse refrescar a sua língua, já que ele estava padecendo demais dentro daquele fogo.

Abraão lhe respondeu e lhe disse para que procurasse se lembrar de como tinha sido a sua a vida e a de Lázaro, isto é, que em vida ele tinha sido agraciado com coisas muito boas, enquanto Lázaro, pelo contrário, tinha sofrido muito, porém agora as coisas tinham mudado para Lázaro que estava muito feliz e disse uma coisa muito importante, que havia um grande abismo entre eles e que era impossível a troca de lado, cada um teria que ficar onde estava.

Aquele que era rico, então, pensando na sua família pede a Abraão que mande Lázaro avisar aos seus, para que eles não viessem a sofrer como ele estava sofrendo, porém recebe como resposta que aquilo não seria necessário uma vez que os seus irmãos tinham a Palavra de Deus ao alcance e o que deveriam fazer seria escutar através dela.

O homem rico voltou a recrutar que somente isso não seria suficiente, seria necessário que Lázaro ressuscitasse e fosse falar com eles, para que eles se arrependessem de seus pecados.
A conversa é finalizada com Abraão dizendo que se eles não estavam dispostos a escutar a Palavra de Deus, nada faria com que eles mudassem de comportamento, nem mesmo alguém ressuscitando.

O que estamos vendo aqui, nessa parábola, é desfecho de uma história que acontecerá a todos nós. Com certeza, quando não estivermos mais nesse planeta, estaremos em um dos lados citados nesse texto, isto é, estaremos do lado onde se encontrava Lázaro, ou daquele onde se encontrava o homem endinheirado, tendo no meio um grande abismo e, nada, absolutamente nada, fará com que possamos passar de um lado para o outro.

E o grande problema é que precisamos decidir de que lado ficaremos agora, enquanto estamos vivos e como o ser humano acha que tudo de ruim que acontece, sempre ocorrer com os outros e não com ele, essa decisão vai sendo protelada até não haver mais tempo.

Gostaria de chamar a atenção para o desespero do homem rico querendo avisar aos seus parentes e mais, a certeza que ele tinha de eles não dariam a atenção devida aos profetas e ao contido na Bíblia.
Você que está lendo esse texto deve estar se perguntando onde estamos querendo chegar. Gostaríamos de chamar a atenção para o fato de que o homem rico dava grandes festas, mas era incapaz de dar um prato de comida para Lázaro, que procurava matar a sua fome com as migalhas que eram atiradas da mesa daquele senhor. Apesar de ser uma pessoa privilegiada, pois era possuidor de grandes posses, foi incapaz de um gesto de solidariedade com aquele que precisava, não se incomodando nem um pouco de ver uma pessoa cheia de ferimentos, os animais lambendo as suas feridas e  comendo restos de sua mesa, ou seja, era duro de coração e, por conta, disso foi castigado.

O fato de ele ter muito dinheiro não foi o motivo de sua condenação, o que pesou, com certeza, foi o seu descaso para com Lázaro, isto é, podia ajudar e não se importou, nem um pouco, com a situação, pelo contrário, agiu como se Lázaro não existisse.
Porém, é muito importante que coloquemos que a atitude do homem rico não foi um fato isolado e acontece muito nos dias de hoje. Por isso devemos estar atentos para que não venhamos a agir da mesma forma que aquele homem.

Se Deus nos abençoa devemos ser reconhecidos e abençoar os outros, devemos aprender a usar aquilo que nos é dado pelo Senhor, não podemos ver a desgraça ao nosso lado e agir como se nada estivesse acontecendo, pois, caso venhamos a agir assim, poderemos ficar do lado errado do abismo.

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