quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Conseqüências da Queda

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De acordo com o gráfico acima demonstrado, podemos relevar algumas informações importantes com respeito a realidade da destruição do pecado na humanidade.

A.           Separação Espiritual: o homem e o Criador

A Queda implica diretamente na separação espiritual com Deus. Em função da entrada do pecado no mundo, o homem está privado de desfrutar dessa bem-aventurança, pois Deus não pode conviver, nem manter comunhão com o pecado. Por essa razão afirma-se não existir mais comunhão direta entre Deus e os homens. No relato de Gênesis, vemos que após cometerem uma infração direta à Lei de Deus, tanto o homem como a  mulher “esconderam-se“. Isso implica que a comunhão com Deus havia sido quebrada.

B.            Separação Psico-somática: o homem em si mesmo

O homem, em função do pecado, sofre da falta de unidade no que tange aos aspectos imateriais do homem. Ou seja, o pecado desestabilizou a harmonia inicial do homem, e devido a isso, não pode portar-se de maneira irrepreensível diante da Lei de Deus, e do próprio Deus. E as conseqüências ainda podem ser claramente observadas: A mulher passa a sofrer as dores do parto (3.16), o homem a penar em sua labuta diária (3.19a) e a morte passa a reinar na experiência humana (3.19b), sem contar que suas inclinações, agora, propendem ao pecado, ao erro, à pratica do mal orientado contra Deus.

C.           Separação Sociológica: o homem do homem

O homem não perde apenas comunhão com Deus, e harmonia consigo mesmo, mas em função do pecado o homem está separado do homem. Em Gênesis 3 podemos ler a seguinte declaração:

Então disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi (v.12)

O primeiro conflito do homem encontra-se no contexto matrimonial. Ou seja, entre homem e mulher o conflito já estava anunciado na queda. Contudo, Deus ainda profere punições para esse relacionamento:

E à mulher disse: (…) o teu desejo será para[1] o teu marido, e ele te governará. E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher, e comeste da árvore que eu te ordenara não comesse…(16-17).

O que se nota é que não existe mais harmonia matrimonial, antes sobressai o conflito existente nessa relação, como conseqüência do pecado. Entretanto, o relacionamento homem mulher não é o único prejudicado, mas qualquer espécie de relacionamento, pois em Gn.4 podemos notar o ciúmes e o homicídio de Caim para com Abel.

D.           Separação Antro-ecológica: o homem da natureza

O relacionamento do homem para com a natureza é também afetado, pois é necessário que o homem viva em constante trabalho para sua sobrevivência (3.18-19). Entretanto, esse trabalho é enfadonho agora, pois a terra precisa ser cuidada para que de fruto.

E.            Separação Ecológica: a natureza da natureza

Por conseqüência do pecado , a natureza passa a sofrer. Note que agora a “terra é maldita”, “produzirá cardos e abrolhos” e esta sujeita à vaidade (Rm.8.20; cf.Is.11.6s; 65.25).

F.            Separação Final

No meio do juízo adâmico, o Senhor Deus deu a promessa da vitória sobre Satanás através da semente da mulher (Gn.3.15). A promessa de bênção (1.28) por meio de um filho prometido é a chave da teologia bíblica. Quando o Deus Pai não pode olhar para o Filho na cruz, houve uma divisão catastrófica que pagou o preço de todo pecado e destruiu a base do juízo. Na divisão na cruz, a solução de cada divisão da Queda é providenciada e garantida. Agora, a reconciliação com Deus e a cura parcial nos níveis psicológicos e sociais pode ser realizados através da fé. E, no futuro, a cura e a restauração completa (até da natureza) ocorrerão. A história ainda vai ver a salvação de Cristo, não por meio do esforço humano, mas pela intervenção divina. Assim, eliminada a causa, cessam as conseqüências.

A cura total e completa tem dois fatores:

# completa erradicação do pecado

# completa restauração da criação

Ambos os fatores serão completos no futuro.

[1] A idéia da preposição hebraica sugere que o desejo da mulher será contra o marido.

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