O cristão deve saber por que é cristão. O cristão não é uma pessoa que simplesmente diz que lhe sucedeu algo maravilhoso. . . está sempre preparado e pronto a dar a «razão da esperança que há nele». Se não o pode fazer melhor será que trate de ter certeza de sua posição.
O cristão sabe por que ele é o que é, e sabe qual a sua situação. Foi-lhe apresentada a doutrina; recebeu a verdade. Esta «forma de sã doutrina» (Romanos 6.17 e Tito 2.1) o alcançou. Alcançou-lhe a mente, e sempre há de começar com sua mente. A Verdade vem à mente e ao entendimento iluminados pelo Espírito Santo.
Depois, tendo percebido a verdade, o cristão a ama. Ele lhe comove o coração. Ele percebe o que era, vê a vida que estava levando, e a odeia. Se você chegar a perceber a verdade acerca de você mesmo como escravo do pecado, então você se odiará. Depois, ao contemplar a gloriosa verdade do amor de Cristo, você quererá e desejará este amor.
Assim, o coração fica engajado. Perceber a verdade significa de fato que você foi tocado por ela e que você a ama. Você não pode evitá-la. Se você chega a perceber claramente a verdade, irá senti-la sem falta. Então aquilo leva a isto, que o seu maior desejo será praticá-la e vivê-la.
Esse é o argumento de Paulo. Diz ele: O que estais falando, de continuar no pecado, é inimaginável. Se tão-so¬mente percebêsseis vossa unidade com Cristo, que fostes sepultados à semelhança da Sua morte, e, portanto, com Ele ressuscitastes, jamais ousaríeis falar desse modo.
Não é pos¬sível que vos junteis a Cristo e sejais um com Ele, e ao mesmo tempo indagueis: «Continuaremos no pecado?» Esta grande verdade me dá licença para continuar a fazer as coisas que anteriormente eu achava atraente? Claro que não. Isso é inconcebível. O homem que sabe e crê que «ressuscitou com Cristo», inevitavelmente desejará andar em novidade de vida com Ele.
Fonte: Martyn LLoyd-Jones
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