1. Atos é um livro cujo autor foi inspirado por Deus, ou seja, é o próprio Deus quem fala! Deus nele se revela como um fiel historiador.
2. Sem as narrativas do livro de Atos não saberíamos apropriadamente como se desenvolveu a Igreja no período do século 1. Atos é o único documento antigo que relata de maneira histórica, teológica e pastoral sobre o cristianismo primitivo (em seu início, origem). A história cristã seria muito pobre sem ele.
3. Além de vários discursos, os sermões evangelísticos dos apóstolos Pedro e Paulo (At 2.14ss; 4.9ss; 5.30ss; 10.34ss; 13.16ss 14.15ss) fornecem as características da pregação apostólica, ou seja, descrevem o conteúdo da mensagem dos apóstolos. Assim, em tempos de pessoas que se auto-intitulam “apóstolos” e fundam igrejas “apostólicas”, podemos nos servir desses sermões como um padrão para testarmos o “evangelho” pregado pelos “apóstolos” de hoje e verificarmos se eles são coerentes ou incoerentes, verdadeiros ou falsos.
4. Atos nos fornece princípios sobre organização e crescimento de igreja (At 1; 2; 6 e 22), importantes em uma realidade eclesiástica brasileira marcada pelo uso de métodos de crescimento puramente gerenciais e sociológicos.
2. Sem as narrativas do livro de Atos não saberíamos apropriadamente como se desenvolveu a Igreja no período do século 1. Atos é o único documento antigo que relata de maneira histórica, teológica e pastoral sobre o cristianismo primitivo (em seu início, origem). A história cristã seria muito pobre sem ele.
3. Além de vários discursos, os sermões evangelísticos dos apóstolos Pedro e Paulo (At 2.14ss; 4.9ss; 5.30ss; 10.34ss; 13.16ss 14.15ss) fornecem as características da pregação apostólica, ou seja, descrevem o conteúdo da mensagem dos apóstolos. Assim, em tempos de pessoas que se auto-intitulam “apóstolos” e fundam igrejas “apostólicas”, podemos nos servir desses sermões como um padrão para testarmos o “evangelho” pregado pelos “apóstolos” de hoje e verificarmos se eles são coerentes ou incoerentes, verdadeiros ou falsos.
4. Atos nos fornece princípios sobre organização e crescimento de igreja (At 1; 2; 6 e 22), importantes em uma realidade eclesiástica brasileira marcada pelo uso de métodos de crescimento puramente gerenciais e sociológicos.
5. Atos une os evangelhos às epístolas.
6. As viagens missionárias de Paulo registradas no livro de Atos nos dão informações relevantes sobre o pano de fundo histórico de algumas das epístolas do apóstolo Paulo, como Efésios, Tessalonicenses e Filipenses. Com isso, temos mais condições de fazer uma boa interpretação dessas cartas paulinas.
7. “Pode-se afirmar que Atos é um dos livros mais emocionantes já escritos. Em que outra fonte você poderia encontrar, em tão poucas páginas, "uma série de eventos tão emocionantes, julgamentos, tumultos, perseguições, fugas, martírios, viagens, naufrágios, livramentos — inscritos nesse panorama espantoso do mundo antigo de Jerusalém, Antioquia, Filipos, Corinto, Atenas e Roma? E apresentando tais cenários e ambientes — templos, tribunais, prisões, desertos, navios, mares, tendas e teatros? Há alguma ópera dotada de tanta variedade? Diante do olho do historiador desenrola-se uma variedade incrível de cenários e ações. E o historiador vê em tudo isso a mão providencial que produziu e orientou esse grande movimento para a salvação da humanidade" [1]
8. Os temas levantados no livro são importantes para o conhecimento do cristão nos dias atuais: “o batismo do Espírito e os dons, sinais e milagres carismáticos; a comunhão econômica da primeira comunidade cristã em Jerusalém; a disciplina na igreja; a diversidade dos ministérios; a conversão cristã; o preconceito racial; os princípios missionários; o preço da unidade cristã; as motivações e os métodos na evangelização; o chamado para sofrer por Cristo; a igreja e o Estado; e a providência divina.” [2]
9. “O livro de Atos também é importante devido à inspiração contemporânea que nos traz. Calvino o chamou de “enorme tesouro”. Martin Lloyd-Jones se referiu a ele como “o mais lírico dos livros” e acrescentou: “Vivei neste livro, eu vos exorto; ele é um tônico, o maior tônico que conheço no domínio do Espírito.” De fato, tem sido salutar para a igreja cristã de todos os séculos comparar-se com a igreja do primeiro século e tentar reconquistar algo daquela confiança, daquele entusiasmo, daquela visão e daquele poder. Ao mesmo tempo, precisamos ser realistas. Existe o perigo de romantizarmos a igreja primitiva, falando dela em tom solene, como se não tivesse falhas. Isso significaria fechar os olhos diante das rivalidades, hipocrisias, imoralidades e heresias que atormentavam a igreja, como acontece ainda agora. Todavia uma coisa é certa: a igreja de Cristo fora enchida pelo Espírito Santo, que a espalhou para testemunhar.” [3]
10. O livro de Atos se encerra de maneira abrupta e podemos dizer, em certo sentido, que não há um final para ele. É um livro com um final em aberto. A continuação desse livro “foi escrita” pelos apóstolos, pelos discípulos dos apóstolos (Pais da Igreja), pela Igreja no período medieval, pela Igreja durante a reforma; pelos puritanos, pela Igreja durante os períodos de esfriamento e avivamento e este livro continua sendo escrito por nós, hoje, no século XXI. Atos só se encerrará com a volta de Cristo. Aí seremos uma só Igreja! A Igreja invisível se tornará conhecida, visível e, então, “eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda a lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.” Ap 21.3b-4.
Notas:
[1] David J. Williams. Novo Comentário Bíblico Contemporâneo
[2] John R. W. Stott. A mensagem de Atos: até os confins da terra
[3] Ibid
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Fonte: UMPCGYN
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