quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Caminhos Expostos!


A ti relatei os meus caminhos e tu me respondeste. (Sl 119.26.)


A PESSOA QUE ORA COM A ALMA, que ora com liberdade, que ora com profundidade — se abre diante de Deus. Põe para fora seus pecados, seus sentimentos, suas dores, suas queixas, suas incógnitas, seus medos, seus pavores, suas decepções, suas amarguras, suas loucuras. Os salmos es­tão repletos dessas diversas aberturas de alma.

Só uma vez, porém, se diz que o salmista pôs para fora as suas veredas: "A ti relatei os meus caminhos" (Sl 119.26). Confessar pecado é uma coisa, desabafar mágoas é outra e expor os próprios caminhos é quase uma novi­dade.
Caminho é trilha, é rota, é movimento, é acontecimento. Ao relatar os seus caminhos, o salmista está contando de onde veio e para onde vai. Ele sabe que há muitos caminhos diante dele, alvoroçando-o.

 De um lado estão o caminho da vida, os caminhos do Senhor, o caminho da fidelidade, o caminho eterno (Sl 16.11; 18.21; 119.30; 139.24). Do outro lado estão os caminhos enganosos, o caminho mau, o caminho da falsidade (Sl 119.29, 101, 128). Em que caminho estaria o salmista?

O juízo, a avaliação, a descoberta do caminho pelo qual se anda não é tão simples quanto se pensa. Porque “há caminho que parece certo ao ho­mem, mas no final conduz à morte” (Pv 14.12).
Esse relatar humilde e submisso dos caminhos que estamos trilhando deve terminar com a súplica igualmente humilde e submissa: "Ensina-me o teu caminho, Senhor; conduze-me por uma vereda segura" (Sl 27.11).

Fonte: Elben M. Lenz César

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