Um assunto recorrente nas perguntas que as pessoas me fazem é como Deus poderia ter eleito alguns, e como isso teria acontecido antes da fundação do mundo. Outros têm dificuldade em entender a Trindade ou como Jesus poderia ter sido na eternidade Filho de Deus, acreditando que ele só teria se tornado filho em sua encarnação, ao vir ao mundo. Para esclarecer estas e outras dúvidas nada melhor do que um texto que traduzi.
O texto foi escrito por William J Hocking e está no capítulo “Before the Foundation of the World and before the Ages of Time” de seu livro “The Son of His Love: Before the Foundation of the World”. O autor viveu entre os séculos 19 e 20 e esteve congregado somente ao nome do Senhor e fora dos sistemas denominacionais. Além de textos bíblicos primorosos, Hocking era conhecido em seu tempo por ser um especialista em moedas e em ligas metálicas para sua produção. Vou seguir com a leitura desse texto, cuja profundidade exige atenção redobrada.
Antes da fundação do mundo e antes dos tempos eternosO texto foi escrito por William J Hocking e está no capítulo “Before the Foundation of the World and before the Ages of Time” de seu livro “The Son of His Love: Before the Foundation of the World”. O autor viveu entre os séculos 19 e 20 e esteve congregado somente ao nome do Senhor e fora dos sistemas denominacionais. Além de textos bíblicos primorosos, Hocking era conhecido em seu tempo por ser um especialista em moedas e em ligas metálicas para sua produção. Vou seguir com a leitura desse texto, cuja profundidade exige atenção redobrada.
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Nada confunde mais a mente humana do que a concepção de eternidade antes de o mundo começar. O homem é incapaz de conhecer qualquer coisa a respeito, exceto aquilo que Deus revelou. As Escrituras são relativamente silenciosas a respeito do passado eterno. Mesmo no Novo Testamento, onde brilha a luz mais clara e completa da revelação de Deus, pouquíssimas passagens chegam tão longe no passado ao ponto de mostrar o que havia antes da fundação do mundo e do princípio dos tempos eternos. Mas essas poucas alusões devem ser apreciadas e estudadas como de valor especial, considerando que elas nos revelam um pouco dos propósitos secretos de Deus formados por Ele antes chamar à existência o universo por meio de sua Palavra onipotente, e antes que guarnecesse esse mesmo universo por meio de Sua onisciente sabedoria.
A “fundação do mundo” é frequentemente mencionada nas Escrituras como a fronteira extrema do passado a partir da qual a história humana é contada (Mt 13:35; 25:34; Lc 11:50; Hb 4:3; 9:26; Ap 13:8; 17:8). Por exemplo, os nomes encontrados no livro da vida foram escritos “desde a fundação do mundo”, como as duas passagens do Apocalipse declaram. O registro divino dessas pessoas eleitas começou naquele ponto.
Mas o que estaria além daquela linha fronteiriça do começo da criação, quando Deus era tudo? O que havia “antes da fundação do mundo”? O que aconteceu quando a Divindade era Absoluta e não estava relacionada ao universo então inexistente? Uma resposta pode ser encontrada apenas nas revelações que Deus Se agradou em fazer em Sua palavra. E a partir de Suas revelações, aprendemos sobre Seu amor, Sua presciência, Sua eleição e Sua promessa de vida eterna. Sabemos, portanto, que esses planos de amor infinito foram formulados antes da fundação do mundo. Os conselhos da graça existiam na Divindade desde a eternidade, mas o fato de sua existência então só foi revelado ao homem no tempo.
A frase “antes da fundação do mundo” ocorre três vezes no Novo Testamento (Jo 17:24; Ef 1:4; 1 Pe 1:20), e a frase semelhante, “antes dos tempos eternos”, duas vezes (2 Tm 1: 9; Tt 1:2 ARA). Busquemos, com uma mente sem reservas, olhar para estas cinco passagens, tendo em mente a natureza sagrada e profunda de suas comunicações que procedem daquele que é “o Alto e o Sublime, que habita na eternidade” (Is 57:15). Que o nosso coração seja “como de uma criança desmamada” (Sl 131:2), para que somente o Senhor seja exaltado aos nossos olhos ao recebermos Sua Palavra.
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O Pai amava o Filho antes da Fundação do Mundo
Em João 17:24 o Filho apresenta ao Pai Seus desejos por aqueles que o Pai Lhe deu, baseando Seu pedido no amor que existia entre Eles antes da fundação do mundo. Ele disse: “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.” (Jo 17:24 ARA). O Filho sabe que o amor eterno de Seu Pai Lhe concederia o desejo de seu coração e não recusaria o pedido de Seus lábios.
O desejo do Filho para os Seus é que eles possam contemplar, em Sua companhia, Sua glória mediadora naquela esfera que é apropriada e peculiar a Si mesmo. Pois devemos observar que o Filho disse “onde eu estou” (ARA, JND) e não “onde eu estarei” (ARC, ACF). Moisés teve seu monte Pisga, de onde ele viu a herança terrestre prometida aos patriarcas. Os discípulos também foram levados para o “alto monte” onde, em companhia de “ninguém mais com eles, senão Jesus”, viram uma exibição transitória das glórias vindouras do reino do Messias. Mas o Senhor aqui procura um ponto de vista ainda mais elevado para os Seus. Ele pede ao Pai que, com Ele está (“onde Eu estou”), eles possam ver a glória que Lhe foi conferida, naquele dia em que todas as coisas nos céus e na terra vierem a convergir Nele (Ef 1:10).
Mas quão divinamente transcendente é a base apresentada ao Pai para esta dádiva excepcional! O Filho não faz um pedido para os Seus, porque “eram Teus, e Tu mos deste” (como no vers. 6); nem porque “amaste-os como Me amaste” (como no verso 23); mas porque “Tu me amaste antes da fundação do mundo”. O Filho sabia que não havia maior fundamento na estima do Pai do que o amor que era co-eterno com o Pai e consigo mesmo. Nas intimidades secretas da Divindade o Pai amou o Filho “antes da fundação do mundo” e, por conseguinte, o Pai não pode negar ao Seu Amado coisa alguma em Sua encarnação.
Nesta passagem, portanto, uma única frase do Filho do Pai nos conduz às regiões do passado eterno. Do mesmo modo com uma “porta foi aberta no céu” para que João tivesse visões dos julgamentos e glórias que estão por vir (Apocalipse 4:1), para nós é aberta uma porta no Lar eterno do amor. Pela fé olhamos a partir daquele limiar da fundação do mundo para a inacessível morada de Luz, e eis que ali e então “Deus é amor”. Além disso, ouvimos, reverberando através das alturas e profundezas, da inescrutabilidade infinita estas palavras do Filho: “Tu Me amaste antes da fundação dos mundo”. “Tu” — o Pai — amaste “a Mim” — o Filho! De modo que antes que os mundos existissem, o Pai estava lá, e o Filho estava lá — vivendo e amando as Pessoas naquele passado eterno.
Essa declaração ao Pai, permitida chegar aos ouvidos da criatura pela incomparável graça de Deus, é um maravilhoso descortinar das secretas câmaras da mais remota eternidade. Por isso, se assim podemos dizer, somos apresentados às relações divinas entre o Pai e o Filho no absoluto da Deidade. Essas relações são, na verdade, “as profundezas de Deus”, das quais o apóstolo fala e acrescenta que “as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus” (1 Co 2:10, 11). Mas o Espírito de Deus nos revelou, por meio dessas palavras do próprio Filho, esse relacionamento eterno entre o Pai e o Filho.
Acaso seria tedioso nos determos um pouco à luz dessas palavras reveladoras? Elas contêm tanto em tão pequena bússola! Elas certamente revelam que, na eterna e abrangente Divindade, o amor sempre foi concedido e o amor sempre foi recebido. Antes da existência de qualquer criatura ou coisa criada, Um era amado por Outro: “Tu me amaste”. Aquele que foi amado antes da fundação do mundo fala Àquele que O amava então, e o Filho Se dirige a Ele como Pai: “Pai, eu vou... porque Tu Me amaste”.
Quão requintada é essa confiança do amor eterno! O Filho revela “os segredos do seio do Pai” àqueles que Ele escolheu para tirar do mundo. Ele gostaria que eles, e não o mundo, soubessem que na essência da natureza da Divindade, “antes que o mundo existisse”, o amor do Pai já repousava sobre “o Filho de Seu amor” em uma complacente afeição. Antes da fundação do mundo o Pai, na essência do Seu Ser, era Pai em relação ao Filho, e o Filho, na essência do Seu Ser, era Filho relativamente ao Pai.
Quão fervoroso é o amor do Pai pelo Filho! Quão ardente é o amor do Filho pelo Pai! O amor da Divindade não é uma abstração personificada. Não lemos que o amor seja Deus, mas que “Deus é amor”, e também que em seu exercício o amor de Deus é paterno e filial. O Filho, falando com perfeito conhecimento desse amor em toda a sua plenitude, expressou ao Pai Seu desejo de que “os Seus” pudessem estar com Ele e contemplar a glória que Lhe foi dada. O Filho sabia que o Pai, cujo amor por Ele era eterno, encontrava Seu bom prazer na “vontade” do Filho, assim como o fez na obediência do Filho à vontade do Pai. E nesta base imutável, o Filho — bendito seja o Seu santo nome para todo o sempre —, estabelece o carácter especial de nosso destino de felicidade infinita.
Vamos agora passar das palavras do Filho, relativas à Sua glória, às palavras do Espírito Santo que estão relacionadas aos assuntos decididos pelos desígnios da Divindade “antes da fundação do mundo”.
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Escolhidos em Cristo antes da fundação do mundo
Em Efésios 1 somos novamente levados de volta ao limiar do tempo e outra vez recebemos uma revelação do que foi promulgado antes do início dos mundos. Mais uma vez, aprendemos que nesse estado atemporal estávamos presentes nos pensamentos de Deus. Mesmo quando começamos a leitura, o Espírito Santo já coloca em nossos lábios a linguagem do louvor: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; como também nos elegeu nEle antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dEle em amor” (Ef 1: 3, 4).
Observe os nomes divinos empregados na passagem. O Espírito fala, não de “Deus”, mas do “Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” no exercício desta escolha seletiva daqueles que deveriam estar “em Cristo”, o Centro em Quem todas as coisas nos céus e na terra devem convergir na plenitude dos tempos (Ef 1:10). Deus Pai fez essa seleção “em Cristo”antes da fundação do mundo.
Incorporados na nova criação “em Cristo” existem tanto amor quanto governo, e como consequência é acrescentado o nome apropriado a esse relacionamento em amor: “o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”. Seu propósito eterno é que devemos ser “santos e inculpáveis diante dele em amor”, por isso é o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que nos escolheu nAquele que é o Filho do seu amor: “Seu Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 1: 3).
Assim, somos ensinados, tanto na epístola de Paulo como no Evangelho de João, que as relações divinas entre o Pai e o Filho estão associadas aos conselhos e propósitos formulados na Divindade antes da fundação do mundo. Então o Pai estava amando o Filho e determinando quais seriam os Seus companheiros naquela glória refulgente a Deus, que será o coroamento de sua obra mediadora, quando todas as coisas convergirem em Cristo, o Filho do Homem.
Que o Pai tenha amado o Filho antes da fundação do mundo pode parecer menos maravilhoso aos nossos olhos do que termos sido escolhidos nEle, mas ambas as verdades são claramente reveladas a nós para a exaltação de nossa adoração e para a exuberância de nosso louvor.
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Conhecido antes da fundação do mundo
Em Pedro esta frase notável ocorre pela terceira vez. Mostramos aqui que o plano redentor de Deus para as bênçãos celestiais, bem como para as bênçãos e glórias terrenas, era conhecido por Ele “antes” da fundação do mundo. Enquanto a redenção e a salvação do povo terreno de Deus foram anunciadas “pela boca dos Seus santos profetas, desde o princípio do mundo” (Lucas 1:70), o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, foi conhecido antes de o mundo começar. O apóstolo escreve: “Sabendo que fostes redimidos... pelo precioso sangue, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o sangue de Cristo conhecido antes da fundação do mundo.” (1 Pe 1:18-20). Pedro fala do que precedeu os propósitos divinos para o povo terreno de Jeová, ou “antes da fundação do mundo”.
Aqui, também, somos introduzidos nos segredos “escondidos em Deus” antes de ser estabelecida qualquer criação ou relação de tempo. “O sangue de Cristo, que através do Espírito eterno ofereceu-Se sem mancha para Deus”, foi conhecido de antemão. Foi então que, no círculo da Deidade Absoluta, foi enunciada a vontade divina em relação ao sacrifício pelos pecados e à santificação dos crentes, quando o “rolo do livro” foi escrito (Hb 10:7-9). A ordem da vinda do Filho ao mundo foi fixada e registrada no “rolo do livro”, conhecido apenas pela Deidade.
Havia, portanto, presciência e determinação na Divindade antes da fundação do mundo com referência à grande obra sacrificial, e Àquele que a empreenderia “nestes últimos dias”. Foi o Filho de Deus que disse: “No rolo do livro está escrito a Meu respeito”; “Eis aqui venho para fazer a Tua vontade, ó Deus” (Sl 40:7, 8; Hb 10:7). Essa vontade de Deus envolveu não apenas a revelação do Pai, mas o serviço de sacrifício e sacerdócio, além da santificação dos crentes (Hb 10:10).
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Propósito e promessa antes dos Tempos Eternos
Mas lemos nas Escrituras da prioridade para os tempos eternos, bem como para a fundação do mundo. Pode-se dizer que o “mundo”, no sentido bíblico, é o esquema das coisas materiais projetadas para Adão e sua raça, nas quais o pecado entrou (Jo 1:10; At 17:24; Rm 5:12). Os “tempos eternos” parecem ser as sucessivas fases e períodos do tratamento de Deus com Suas criaturas, e o começo desses tempos coincide com o princípio da criação.
Anterior a ambos e a toda a esfera do espaço e tempo está o estado infinito e sem tempo da eternidade, onde a Divindade habita.
Mas Deus revelou certos assuntos que ocorreram antes dos tempos eternos, bem como antes da fundação do mundo. Essas questões dizem respeito a conselhos e propósitos determinados no íntimo da Deidade. No que diz respeito à criação da humanidade, por exemplo, lemos que Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1:26). O homem foi criado em conformidade com essa expressão de propósito em todos os sentidos.
A frase “os tempos eternos”, traduzida “antes que o mundo começasse” na versão King James, é encontrada duas vezes no Novo Testamento, uma vez em Timóteo e uma vez em Tito. Em Efésios, Paulo fala de termos sido escolhidos em Cristo antes da fundação do mundo; e em Timóteo fala do propósito e graça de Deus que nos foi dado em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos (2 Tm 1:9). Ele conecta o chamado do cristão à vontade determinante de Deus exercida e dirigida a “nós em Cristo Jesus” antes que as sucessivas eras de tempo, com seus variados personagens, começassem a seguir seu curso. Esse propósito e graça divinos existiam nos conselhos da Divindade antes de todas as eras e ciclos de tempo, e agora foram revelados à igreja, o veículo escolhido para sua exibição.
Em Tito, lemos sobre a promessa de vida eterna antes de o mundo começar: “em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos” (Tt 1:2). Aqui, novamente, nos é mostrado que a promessa que o cristão herda remonta à origem de toda a história humana, originando na eternidade passada. Esta é a “promessa em Cristo” da qual tanto judeus quanto gentios participam igualmente (Ef 3: 6).
Mas quem estava lá antes dos tempos eternos para receber uma promessa? Isto porque uma “promessa” implica numa pluralidade de pessoas envolvidas. Deve existir ao menos uma para fazer uma promessa e outra para recebê-la. Esta promessa de vida eterna foi, portanto, feita por Deus e recebida pelo Filho nos conselhos da Divindade antes de o mundo começar. O seguinte extrato é da Sinopse de J.N.D. sobre esta passagem em Tito:
“'Prometido antes do princípio do mundo' (KJ) é uma expressão notável e importante. Implica ter alguém nos pensamentos de Deus antes da existência desse mutável e mesclado cenário... A vida eterna está conectada à natureza imutável de Deus, aos Seus conselhos, que são tão permanentes quanto Sua natureza, com Suas promessas, nas quais Ele não pode nos enganar, e às quais Ele não pode ser infiel.
“Nossa porção na vida existia antes da fundação do mundo, não somente nos conselhos de Deus, não somente na Pessoa do Filho, mas nas promessas feitas ao Filho, como nossa porção nEle. Era o assunto daquelas comunicações do Pai ao Filho, das quais nós éramos os objetos, enquanto o Filho era o depositário delas.
Que conhecimento maravilhoso este que nos foi dado, das comunicações celestiais de que o Filho foi objeto, a fim de que possamos entender a parte que nos cabe nos pensamentos de Deus, dos quais fomos o assunto em Cristo antes de todas as eras!”.
O que, então, em síntese, essas poucas passagens nos ensinam? Elas revelam relações divinas que no princípio existiam na Divindade Absoluta. Elas mostram que, antes de as coisas criadas serem chamadas à existência; que antes de os tempos começaram a se desenrolar, e que quando a Divindade era absolutamente tudo, o Pai amava o Filho e, além disso, propunha que quando o universo fosse colocado em sujeição ao Filho como sua Cabeça, deveria haver, juntamente com Ele, associados celestiais em Seu governo universal, os quais Ele escolheria deste mundo pecaminoso e perdido para ocupar essa posição exaltada. Tal é o bom prazer do Pai em Seu amado Filho, como era no princípio, é agora e sempre será.
De quem teria tal plano partido,
Ou quem teria tal coisa sugerido,
Que a nós, a Igreja, à glória alçada,
Com o Filho fosse abençoada?
Ó, Deus, só de Ti poderia vir,
Antes de tudo ser feito e existir,
Um plano plano de tanto amor,
Que exaltasse Teu Ser em fulgor.
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Traduzido de “Before the Foundation of the World and before the Ages of Time” — Extraído do livro “The Son of His Love: Before the Foundation of the World” de William J Hocking. por Mario Persona
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