Gn 1.12; At 5.3,4; Rm 8.9-17; 1 Co 6.19,20; Éf 2.19-22 Na liturgia da Igreja, freqüentemente ouvimos as palavras: "Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, amém". Esta expressão é uma fórmula trinitariana que atribui divindade a todas as três pessoas da Trindade.
Semelhante, cantamos:
Glória seja dada ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no principio, é hoje e para todos sempre, eternamente. Amém, Amém.
Este cântico atribui glória eterna às três pessoas da Trindade. O Espírito Santo recebe glória junto com o Pai e o Filho.
Enquanto a divindade de Cristo foi debatida durante séculos e o debate continua ainda hoje, a divindade do Espírito Santo geralmente é aceita na Igreja. A razão pela qual a divindade do Espírito Santo nunca tenha sido alvo da controvérsia, talvez seja porque nunca assumiu a forma humana.
A Bíblia claramente representa o Espírito Santo como possuindo atributos divinos e exercendo autoridade divina. Desde o século IV, praticamente todos os que concordam que ele é uma pessoa também concordam que o Espírito é divino.
No Antigo Testamento, o que se diz de Deus freqüentemente também se diz do Espírito de Deus. As expressões "Deus disse" e o "Espírito disse" são repetidamente intercambiadas. Estes padrão continua no Novo Testamento; talvez em nenhum outro texto isso fique tão claro como em Atos 5.3,4, onde Pedro diz: "Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo?... Não mentiste aos homens, mas a Deus". Resumindo, mentir ao Espírito Santo é o mesmo que ao próprio Deus.
As Escrituras também se referem aos atributos divinos do Espírito Santo. Paulo escreve sobre a onisciência do Espírito em 1 Coríntios 2.10,11: "Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus”. O salmista atesta sobre a onipresença do Espírito no Salmo 139.7,8: "Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também;" . O Espírito também operou na criação, movendo-se sobre a face das águas (Gn 1.1,2).
Como uma declaração conclusiva sobre a divindade do Espírito Santo, temos a bênção de Paulo no final da sua segunda carta aos Coríntios: "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós." (2 Co 13.13).
Sumário
1. A liturgia da igreja atribui divindade ao Espírito Santo.
2. O Antigo Testamento reconhece atributos e autoridades divinos do Espírito Santo.
3. O Novo Testamento reconhece atributos divinos do Espírito Santo.
Autor: R. C. Sproul
Fonte: 2º Caderno Verdades Essenciais da Fé Cristã – R.C.Sproul. Editora Cultura Cristã.
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