sábado, 28 de dezembro de 2013

Por que as campanhas e correntes “evangélicas” são prejudiciais à fé cristã e, sobretudo, antibíblicas?


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Por Leonardo Dâmaso


As campanhas ou correntes que vemos presentes na liturgia dos cultos, exclusivamente nas igrejas neopentecostais e em algumas igrejas pentecostais, são elementos e métodos pragmáticos utilizados pela teologia da prosperidade, cujo intuito principal é suprir as necessidades ou solucionar os diversos problemas na vida do cristão e também do não crente, tais, como – problemas no casamento, problemas financeiros, problemas na área sentimental e problemas na saúde. 

Nas diversas campanhas e correntes, vemos que os pastores se utilizam de elementos místicos, como – a rosa ungida, o sal grosso, a famosa água fluidificada ou, ainda, “rezada” pelo padre ou “orada” pelo pastor, o lenço, o manto e a meia ungida, o cajadinho de Moisés, a botija de azeite, o óleo ungido dentre outros; além de votos financeiros incentivados pelos próprios pastores em prol de uma benção mais rápida em uma área específica da vida, onde eles dizem que, através da oferta financeira pela fé, Deus atenderá mais rápido a pessoa abençoando-a, porque Deus será “obrigado” a abençoar devido à atitude de fé da pessoa.

Contudo, não há nos quatro evangelhos um ensino sequer de Jesus sobre a prática de fazer campanhas ou correntes, e, tampouco, no livro de Atos e nas cartas de Paulo, Pedro, João, Hebreus, Judas dentre outras. Nenhum dos apóstolos fez campanhas do tipo como vemos hoje nas igrejas neopentecostais e pentecostais. Não obstante, as campanhas ou correntes que vemos hoje têm a sua origem e foram extraídas pelos pastores e líderes evangélicos do catolicismo, porém, lá, eles chamam as campanhas ou correntes de “novenas”. Portanto, abraçando esta ideia de novenas, a igreja evangélica apenas mudou o nome de “novena” para  campanha ou corrente de 7, 8 ou 12 elos. 

No candomblé, na umbanda e no espiritismo vemos algo parecido. Nestas religiões também se fazem campanhas, correntes ou algum tipo de trabalho por alguma necessidade da pessoa, utilizando elementos parecidos como é utilizado nestas igrejas conforme vimos acima, além da pessoa ofertar (ou pagar) pelo “trabalho” (ou benção) também. Vale a pena ressaltar que, muitos elementos utilizados no candomblé, na umbanda e no espiritismo também foram extraídos pelos pastores e líderes evangélicos e inseridos nos cultos das “igrejas” neopentecostais e pentecostais, onde um deles é a prática de “revelação” (extrabíblica), que é uma prática bem antiga, sendo vista no montanismo, que foi considerado pelo primeiro Concílio de Constantinopla (ano 381) não como algo que procedia de Deus, mas como uma seita pagã no século 4. Podemos ver tanto no candomblé, na umbanda e no espiritismo o trevo de quatro folhas, pé de coelho ou algum tipo de objeto místico derivado destas religiões que, nas igrejas neopentecostais e pentecostais são substituídos pelo cajado de Moisés, pela arca da aliança dentre tantos outros.

Todavia, as campanhas e correntes, além de serem oriundas de religiões pagãs, conforme vimos, sobretudo, ferem os princípios bíblicos, desvirtuando, assim, o foco da igreja para as “necessidades individuais” das pessoas em detrimento da comunhão uns com os outros e da adoração verdadeira a Deus em espírito em verdade nos cultos, independente do pedido em oração pelo suprimento das necessidades individuais. As campanhas e correntes inserem, ainda que de modo inconsciente na mente das pessoas que o culto não é algo que o cristão oferece a Deus, como a adoração sincera, por exemplo, mas que o culto é Deus oferecendo ao homem bênçãos e a solução dos seus problemas, o que é uma inversão de valores! Vemos nestas igrejas que aderem as campanhas e correntes abarrotada de pessoas que, na sua maioria, não conhecem uns aos outros e nem tem este interesse, uma vez que estão preocupadas consigo mesma e só estão buscando a Deus ali pelas suas necessidades pessoais. Em suma, são pessoas egoístas e, na maioria dos casos, irregeneradas ou não convertidas! 
      
As campanhas e correntes tem em seu cerne a individualidade das pessoas em vez da comunhão com Deus em primeiro lugar, e, em seguida, a comunhão uns com os outros! Portanto, concluímos que as campanhas e correntes são um veneno de Satanás para corromper a fé de muitos cristãos verdadeiros que se encontram enganados nestas instituições ditas evangélicas que não posso nem considerá-las como a verdadeira igreja de Cristo, devido a estarem peremptoriamente desviadas do verdadeiro, puro e simples evangelho ensinando mais heresias do que a verdade!

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Divulgação: Bereianos

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