Roland Clarke
Nos tempos modernos, muitas pessoas estão procurando a bruxaria e recorrendo a cartomantes. Estas práticas são fortemente condenadas nas Escrituras, como registrado em Deuteronômio 18:10-12: "Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti". O Pastor Irwin Lutzer adverte seus companheiros americanos: "Embora por um tempo o ocultismo tenha existido às margens da sociedade, hoje ele está no cerne". Avisos semelhantes foram dados por líderes das regiões predominantemente Muçulmanas. Observe as seguintes duas citações de artigos online, "Basta andar pelas ruas do Paquistão e do Egito para ver isso ... em cada esquina há alguém lendo a sorte ou algum outro ocultista." (*) "Não devemos ser enganados pelo fato de que eles [os ocultistas], pode acertar as coisas às vezes, ou pelo fato de que muitas pessoas vão a eles... eles são ignorantes e as pessoas não devem ser enganadas por eles."(*)
Eu também notei isso na África do Sul, onde vemos adivinhos e ocultistas comercializando seus serviços de forma mais aberta do que nunca. Parece que as pessoas em todo o mundo estão sendo enganadas por ocultismo, e esse tópico merece uma resposta, “Onde as pessoas podem encontrar conselhos espirituais verdadeiros para evitar serem pegos nessa armadilha do Diabo?".
Deixe-me explicar como eu pretendo abordar responder a esta pergunta: O nosso mundo é uma aldeia global onde o multiculturalismo se tornou uma palavra constante. Este, por sua vez, tem promovido uma atitude tolerante a qualquer coisa que possa ser vagamente descrita como 'cultural'. Essa mentalidade está afetando o diálogo inter-religioso, especialmente entre Cristãos e Muçulmanos. Infelizmente, muitos ficam tão focados em semelhanças superficiais, que só se atém a diferenças básicas subjacentes.
Para começar, é preciso ficar claro: a maioria dos pregadores Cristãos e Muçulmanos denuncia os ocultistas notando que eles estão em conluio com os maus espíritos. Nós todos sabemos que os demônios trabalham sob seu líder, Satanás, que é o inimigo declarado da humanidade.
Há outra semelhança fundamental entre os seguidores duas maiores religiões do mundo: nós dois oramos ao Deus Todo-Poderoso pela proteção do mal. Por exemplo, a oração que Jesus ensinou seus seguidores pode ser repetida por Cristãos e Muçulmanos. Nós lemos estas palavras, "livra-nos do mal"(Mateus 6:13).
Visto que Satanás é o inimigo declarado do homem, é óbvio que ele se opõe ao Messias de Deus (o título do Alcorão para o Cristo é Al Masihu Isa). Nós não somos surpreendidos, pois, ao ver que o Injil - o Evangelho - retrata Jesus em conflito com Satanás, desde o início do seu ministério. Inicialmente Satanás tentou Jesus ao pecado. (Mateus 4:1-14) Então Satanás mostrou sua hostilidade mais abertamente, tentando matar Jesus. É bom dar uma olhada em como o conflito se aprofundou com a leitura de um incidente registrado em Mateus 12:22-29:
Trouxeram-lhe, então, um endemoninhado cego e mudo; e, de tal modo o curou, que o cego e mudo falava e via. E toda a multidão se admirava e dizia: Não é este o Filho de Davi?
Mas os fariseus, ouvindo isto, diziam: Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios.
Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá. E, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seu reino? E, se eu expulso os demônios por Belzebu, por quem os expulsam então vossos filhos? Portanto, eles mesmos serão os vossos juízes. Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus. Ou, como pode alguém entrar em casa do homem valente, e furtar os seus bens, se primeiro não maniatar o valente, saqueando então a sua casa?
Neste momento, é útil verificar se o nosso companheiro leitor está mantendo-se em sintonia conosco no caminho do diálogo. Será que o nosso amigo Muçulmano aceita, por exemplo, que o profeta Isaías poderia expulsar demônios? Certamente. De fato, alguns Muçulmanos pensadores concordariam que Jesus era mais poderoso que até mesmo o príncipe dos demônios. As tradições Muçulmanas aludem a isso, dizendo que Isa e Maria foram as únicas pessoas que não foram tocados por Satanás no nascimento. Isto é consistente com o fato de que Jesus Cristo nunca sucumbiu a Satanás, embora os outros profetas / apóstolos tenham.¹
O exorcismo de cego e mudo mostra que Jesus era mais poderoso do que o líder dos demônios pelo fato de que ele expulsa os seus agentes. Mas os demônios não foram os únicos agentes satânicos que se opunham a Jesus. Alguns dos líderes Judeus também eram emissários do maligno. Jesus repreendeu-os fortemente, "vocês são filhos de seu pai, o Diabo... ele foi homicida desde o princípio" (João 8:44). Ciente do provérbio, tal pai, tal filho, Jesus chamou-os de “filhos de Satanás”, porque eles estavam agindo como ele. Eles queriam matar Jesus e, portanto, estavam realizando os planos malignos do Diabo.
No desenrolar da história os líderes Judeus tornaram-se cada vez mais ciumentos e rancorosos. O restante da história é bem conhecido: eles acabaram prendendo Cristo e julgando-o, usando acusações forjadas que eles disseram que mereciam a pena de morte.
Nós descobrimos um outro par de capítulos da história, então talvez devêssemos perguntar ao nosso amigo Muçulmano, se ele ainda está sentindo capaz de manter o ritmo à medida que continuamos nossa jornada. Parece que ele foi bem até agora, mas agora, por alguma razão, ele está se arrastando para trás. Poderia haver algo incomodando, fazendo-o hesitar? Será que ele poderia sentir intuitivamente que há uma bifurcação na estrada à frente?
Com certeza, lá no horizonte está a silhueta de uma cruz, um símbolo que evoca muitas objeções e agitação interna. Agora, ele enfrenta um dilema: qual bifurcação na estrada, ele deve escolher? Será que ele vai aceitar que Jesus morreu na cruz e ressuscitou como diz a Escritura ou ele vai acreditar no que diz o Alcorão?
Se você é um leitor Muçulmano, eu gostaria de fazer outra pergunta: "Você está ciente de que Jesus repetidamente predisse que ele iria morrer e ressuscitar?".
Lemos em Lucas 18:31-33:
E, tomando consigo os doze, disse-lhes: Eis que subimos a Jerusalém, e se cumprirá no Filho do homem tudo o que pelos profetas foi escrito; pois há de ser entregue aos gentios, e escarnecido, injuriado e cuspido; e, havendo-o açoitado, o matarão; e ao terceiro dia ressuscitará.
Esta não foi a primeira vez que Jesus predisse a sua morte (Lucas 9:22, 43-45). Além disso, Jesus associou sua previsão anterior às "previsões dos profetas" dizendo que elas "se tornariam uma realidade". Um exemplo notável é Isaías 25:7-9 que identifica Jerusalém como o lugar onde a morte será tragada (isto é, destruída). Isso confirma que Jesus identificou Jerusalém como o lugar onde ele iria colidir com a morte e teria sua ascensão vitoriosa depois de três dias. Espero que ao ponderar sobre estas profecias, você seriamente reavalie suas crenças.
Não apenas isso, você precisa considerar cuidadosamente como Jesus se tratou sua morte eminente como um confronto com Satanás. Conforme Cristo se aproximava do fim de sua vida terrena, ele profetizou o destino de Satanás, dizendo, “Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo” (João 12:31). Essas palavras ameaçadoras foram precedidas por uma declaração que previa sua própria morte. Ele disse, “É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado. Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto. E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim. E dizia isto, significando de que morte havia de morrer”. (João 12:23-24, 32-33)
É significativo que Jesus predisse sua morte, usando a metáfora de um grão de trigo. Como um grão “morre” no chão e produz muitas novas sementes, então Jesus sugeriu que sua morte produziria uma nova vida para muitas pessoas. Sua morte seria também uma porta de entrada “para entrar na sua glória”. É compreensível que a perspectiva da morte evoca o sentimento de estar “profundamente perturbado”. Jesus estava determinado a não fugir da cruz, dizendo: “e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora. Pai, glorifica o teu nome. Então veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei”. (João 12:27-28)
Para concluir, eu o encorajaria a refletir em outra profecia que lança mais luz sobre o conflito entre Cristo e Satanás – um conflito que tem ramificações importantes: “Então o SENHOR Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás... E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. (Gênesis 3:14-15)
Para fechar, quero fazer uma citação incrível que Jesus fez ao apóstolo João, “Não temas; Eu sou o primeiro e o último; e o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno”. (Apocalipse 1:17-18)
É justo que Cristo é descrito como “segurando as chaves da morte e do túmulo". Jesus venceu a Satanás, “o assassinato desde o início”. Isto serve de título a Satanás, porque ele enganou Adão e Eva, provocando a sua queda e morte! Claramente Jesus viu Satanás como responsável pelo assassinato deles. Ele os trouxe a sua morte espiritual e, eventualmente, a morte física também. Foi esta serpente cuja cabeça foi esmagada com um golpe mortal por Jesus, o Filho da virgem – a descendência de Eva. A Bíblia diz que o Messias de Deus era verdadeiramente da “carne e do sangue” e que como “também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão”. (Hebreus 2:14-15)
Talvez você ache que é desconcertante que Cristo teve de morrer a fim de quebrar o jugo do Diabo sobre a humanidade? Certamente isso é intrigante, mas lembre-se que não é uma coisa ruim estar perplexo, desde que isso te leve a refletir com a mente aberta. Não desista rapidamente de sua procura à chave que pode resolver este enigma.
Jesus disse algo intrigante sobre a imortalidade, o que também vale a pena receber seu tempo de meditação. Encorajo-vos a ler o capítulo inteiro a partir do qual esta citação vem. Lemos em João 11:25, “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”.
Em outra ocasião, Jesus disse, “Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (João 5:24). Em João 4, Jesus descreveu a vida eterna como um presente de Deus. Você pode recebê-la livremente se arrepender-se de seus pecados e confiar no Senhor Jesus como seu Salvador. É claro que você desejará expressar sua profunda gratidão a ele por morrer na cruz e por tomar sobre si seus pecados.
NOTA
¹ A Ahadith falando sobre Jesus não ter sido tocado ao nascer está registrada em Sahih al-Bukhari, Volume 6, Livro 60, Número 71. Ela está ligada À Sura 3:36. Interessantemente, Jesus diz que Satanás, o “governador desse mundo... não tem poder sobre mim”. (João 14:30)
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