Iniciativa
O cristão vive para agradar a Deus
“Falamos, não que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração.”
1 Ts 2.4
1 Ts 2.4
É uma verdade familiar que todo o propósito da vida cristã deve ser glorificar a Deus. Esta é a vocação oficial do crente. Todas as coisas que dizemos e fazemos, toda nossa obediência aos mandamentos de Deus, todas as nossas relações com outros, todo o uso que fazemos dos dons, talentos e oportunidades que Deus nos dá, toda nossa paciência e perseverança diante de situações adversas e hostilidade humana, deve ser conduzido de tal forma para dar a Deus honra e louvor por sua bondade para com aqueles a quem Ele concede seu amor (1 Co 10.31; cf. Mt 5.16; Ef 3.10; Cl 3.17).
Igualmente importante é a verdade que a atividade integral de cada cristão deve ser a de agradar a Deus. Isto pode ser definido apropriadamente como vocação pessoal do cristão. Jesus não viveu para agradar a si mesmo, nem podemos nós fazê-lo (Jo 8.29; Rm 15.1-3). Agradar a Deus em todas as coisas deve ser nossa meta (2 Co 5.9; Cl 1.10; 1 Ts 2.4; 4.1). Fé (Hb 11.5,6), louvor (Sl 69.30,31), generosidade (Fp 4.18; Hb 13.16), obediência à autoridade divinamente instituída (Cl 3.20), e sinceridade nos serviço cristão (2 Tm 2.4) se associam para formar o meio prescrito de fazê-lo. Deus nos capacita para este tipo de vida e tem prazer em nossa prática dela. É seu procedimento comum pela graça soberana dar o que ordena e deleitar-se com os resultados (Hb 13.21; cf. Fp 2.12,13).
Por meio do chamado controlado pela vida para agradar a Deus, aprendemos o sentido preciso no qual a verdadeira piedade é relacional e criativa. Deus se relaciona com os cristãos não somente como Pai para filho, mas também como Amigo para amigo. Abraão foi chamado amigo de Deus (2 Cr 20.7; Is 41.8; Tg 2.23); Cristo chama seus discípulos de amigos (Lc 21.4; Jo 15.14). A medida da graça de Deus é que Ele faz dos pecadores amigos; a medida da piedade do cristão é que ele procura agrada o Amigo celestial, exatamente como os esposos procuram agradar um ao outro para mostrar seu amor (1 Co 7.32-35). O Cristianismo é um caso de amor, e a piedade é, em essência, uma questão de expressar amor reconhecido e reverente, procurando agradar.
Criatividade é parte da imagem de Deus no homem, e ela se propõe a encontrar expressão em um vigoroso estilo de vida, à medida que procuramos mostrar gratidão a Deus. O amor sempre perguntará se mais pode ser feito para agradar, e mais amor ao próximo, mais serviço às necessidades de outros, sempre será uma parte da resposta (1 Jo 3.11-18). Se nossos planos para agradar a Deus envolvem risco, devemos lembrar que a parábola de Jesus sobre os talentos elogia aqueles que arriscaram seu dinheiro no mercado e condena o que pratica uma ação tímida (Mt 24.14-30).
Autor: J. I. Packer
Fonte: Teologia Concisa, pg. 175,176, Ed. Cultura Crista. Compre este livro em http://www.cep.org.br
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