sexta-feira, 28 de setembro de 2012


O Filho da Viúva de Naim, Lc 7:11-17


 (11, 12) Jesus é mostrado aqui como aquele que pode vencer a morte, e a história aparece assim como um prelúdio da sua ressurreição (veja também Mc 5:21-24, 35-43; João 11:1-44; 1 Rs 17:17-24; 2 Rs 4:32-37). Esta história só aparece em Lucas. 

Naim, somente menciona­da aqui na Bíblia, ficava a oito quilômetros de Nazaré, a cavaleiro do vale de Jezreel. A mãe estaria na frente do esquife (uma cesta de vime comprida), e portanto o Senhor naturalmente dirigiu-se a ela em primeiro lugar. 

Uma viúva poderia encontrar-se em grandes dificulda­des, e se não tivesse outros parentes, ninguém teria a obrigação legal de sustentá-la. Da mesma forma, a extinção da linhagem familiar, se fosse este o caso, faria daquele um funeral verdadeiramente triste (cf. 9:38).

(13, 14) Este é um dos poucos pontos em que o fator compaixão é notado como um motivo específico para um milagre (cf. 10:33). Por estar absolutamente certo do que podia fazer, Jesus estava em posição para dizer: Não chores (veja Ap 5:5; cf. Lc 23:28). 
Ele tocou o esquife: um costume que parece ter tido origem nas curas realizadas por Elias e Eliseu (1 Rs 17:21; 2 Rs 4:34; 13:21; cf. também Lc 8:46). Em suas palavras ao jovem, te foi enfático.

(15, 16) rapaz foi restituído à mãe, reminiscente de 1 Reis 17:24. Neste caso, Jesus não pediu ao homem que o seguisse, talvez devido à necessidade da mãe ser susten­tada pelo filho. Este foi o primeiro reconhecimento popu­lar de Jesus como profeta, talvez por causa da associa­ção com Elias no milagre. Este foi também um dos sinais messiânicos (7:22; veja notas em 1:70; também Mt 16:14; 21:46; Mc 6:15; Lc 7:39; 24:19; Jo 7:52).

(17) Quanto ao fato da fama de Jesus ter-se divulgado veja 4:14,37; 5:17. Esta notoriedade explicaria uma das razões pela qual os discípulos de João teriam ouvido falar de suas obras.

Fonte: Anthony Lee Ash – O Evangelho Segundo Lucas.

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