domingo, 30 de setembro de 2012


INTRODUÇÃO A ESCATOLOGIA.


I. O SIGNIFICADO DE ESCATOLOGIA
Escatologia significa a teologia das últimas coisas. Esse estudo pode abranger todas as coisas que eram futuras em relação ao mo­mento em que foram escritas. Ou, então, podem incluir apenas as que ainda são futuras em relação a nosso ponto de vista presente. Trata da consumação de todas as coisas, sendo que se relacionam tanto com os indivíduos quanto com o mundo.
Todos possuem algum tipo de escatologia. Para muitos teóricos modernos, a escatologia é um estudo feito em desespero, pois tudo acabará em morte - a morte do indivíduo e a morte do universo Nem mesmo a evolução promete a imortalidade. Para outros, o deses­pero é modificado por uma vaga esperança em algum tipo de vida após a morte. Para o cristão, a Bíblia apresenta um ensino claro e detalhado sobre o futuro, assim ele pode saber, com certeza, o que esta à sua frente.
II. ABRANGÊNCIA DA ESCATOLOGIA
O estudo das últimas coisas (aquelas que, do nosso ponto de vista, ainda são futuras) abrange o ensinamento bíblico a respeito do estado interme­diário, as ressurreições, o arrebata­mento da Igreja, a Segunda Vinda de Cristo e o milênio.
III. O DESENVOLVIMENTO DA ESCATOLOGIA
O estudo pode ser feito de diversas maneiras. Uma delas seria separar o futuro do indivíduo do futuro do mundo. Outra seria catalogar o futuro para a Igreja, o futuro para Israel, o futuro para os gentios e o futuro para o mundo. Outra ainda seria estudar os vários ensinamentos em sua ordem cronológica. A abor­dagem da teologia bíblica estuda a escatologia do Antigo Testamento, a escatologia de Jesus, a escatologia de Paulo, a escatologia de João, etc.
Nenhum método é necessaria­mente superior a outro. A maioria dos autores parece combinar várias perspectivas, e comigo não será diferente. Alguns dos tópicos, como a ressurreição, por exemplo, serão discutidos do ponto de vista individual. Outros, como a tribulação, serão detalhados cronologicamente. As três interpretações básicas da escatologia - pré-milenismo, pós-milenismo e amilenismo - precisam ter um tratamento mais sistemático para que possamos entender sua maneira distinta de ver essa questão. Devido ao debate contemporâneo sobre o relacionamento do arrebatamento da Igreja com a tribulação, daremos uma atenção especial a essa questão.
IV. A IMPORTÂNCIA DA ESCATOLOGIA
Como existem divergências nessa área doutrinária, e porque algumas coisas não estão muito claras, alguns supõem que a escatologia deveria ter uma importância menor que outras áreas da verdade bíblica. Existe alguma área da doutrina ainda não debatida? Pense sobre a Trindade, a natureza da Pessoa de Cristo, o governo da Igreja, a predestinação, a segurança eterna ou, ainda, os efeitos do pecado de Adão. Pense sobre alguns conceitos difíceis de interpretar nessas áreas, como a triunidade de Deus, Deidade e humanidade unidas em uma única Pessoa, o significado de "Filho unigênito", o conceito de pecado imputado, etc. Embora não possamos nem devamos esquivar-nos de fazer um estudo detalhado desses ensinamentos, tampouco devemos ignorar o que a Bíblia diz a respeito do futuro.
Para o cristão, o conhecimento da profecia: (a) oferece alegria em meio à aflição (2 Co 4:17); (b) limpa e encoraja a vida em santidade (1 Jo 3:3); (c) é útil, como todas as Escrituras, para muitas necessidades importantes da vida cristã (2 Tm 3:16,17);(d) apresenta fatos sobre a vida após a morte (2 Co 5:8); (e)mostra a verdade sobre o fim da história; (f) dá provas da confiabilidade de todas as Escrituras - pois o número de profecias que veio a cumprir-se precisamente como foi profetizado não pode ser considerado obra do acaso, mas obra de Deus; e (g) eleva nosso coração em louvor a Deus, que está no controle total e que cumprirá sua vontade na história. Ignorar a profecia é perder esses benefícios.
Fonte: Charles C. Ryrie – Teologia Básica

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