quinta-feira, 23 de maio de 2013

O Consolador


E, quando ele viver, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo (Jo 16.7-14).

Quando o Espírito Santo vier, i.e., por ocasião do Pentecoste, soa obra principal no tocante ao testemunho e à proclamação do evangelho, será a de “convencer” do pecado. Este termo “convencer” (gr. Elencho) significa “expor”, “reprovar”, “refutar” e “convencer” (do pecado).

A obra de convicção realizada pelo Espírito Santo opera em três aspectos em relação ao pecador:

O pecado. O Espírito Santo desmascara e reprova a incredulidade e o pecado, a fim de despertar a consciência da culpa e da necessidade de perdão. Isto, constantemente, leva o pecador ao arrependimento genuíno e à conversão a Jesus como Salvador e Senhor (At 2.37,38). A convicção não somente desmascara o pecado, como também torna claro quais serão os resultados pavorosos se os culpados persistirem na prática do mal. Uma vez convicto, necessário é que o pecador faça sua escolha.

A justiça. O Espírito Santo convence os homens de que Jesus é o santo Filho de Deus que os torna conscientes do padrão divino da justiça em Cristo. Esse padrão divino da justiça é confrontado contra o pecado e a pessoa recebe poder para vencer o mundo (At 3.12-16; 7.51-60; 17.31; 1 Pe 3.18).

O juízo. Trata-se da obra do Espírito ao convencer os homens da derrota de Satanás na cruz (Jo 12.31; 16.11), do juízo atual do mundo por Deus (Rm 1.18-32), do juízo futuro de todos os homens (Mt 16.27; At 17.31; 24,25; Rm 14.10; 1 Co 6.2; 2 Co 5.10; Jd 14).

A obra do Espírito de convencer do pecado e da justiça e do juízo será manifestada em todos os crentes verdadeiramente cheios do Espírito.
Cristo, cheio do Espírito (Lc 4.1), testificou ao mundo “que as suas obras são más” (ver Jo 7.7; 15.18) e chamava os homens ao arrependimento do pecado (Mt 4.17). João Batista “cheio do Espírito Santo” desde seu nascimento (ver Lc 1.15), expunha os pecados do povo judaico (ver Mt 11.7; Lc 3.1-20) e Pedro, “cheio do Espírito Santo” (At 2.4), convencia os corações de 3.000 pecadores, ao pregar o arrependimento e o perdão dos pecados (At 2.37-41).

Este texto deixa bem claro que qualquer pregador ou igreja que não expõe publicamente o pecado, nem a responsabilidade do pecador, nem o conclama ao arrependimento e à retidão bíblica, não procede do Espírito Santo. Em 1 Co 14.24,25 declara explicitamente que a presença de Deus na congregação é reconhecida pela manifestação do pecado do infiel (i.e., os segredos do seu coração), pela sua consequente convicção (v. 24) e pela sua salvação (v.25).

“Ele vos guiará em toda a verdade” - A obra do Espírito Santo quanto a convencer do pecado não concerne somente ao incrédulo (Jo 16.7,8), mas também ao crente e à igreja, ensinando, corrigindo e guiando na verdade (Mt 18.15; 1 Tm 5.20; Ap 3.19).

O Espírito Santo falará ao crente concernente ao pecado, à justiça de Cristo e ao julgamento da maldade com vistas a:
(a) conformar o crente a Cristo e aos seus padrões de justiça (cf. 2 Co 3.18);
(b) guiá-lo em toda verdade (v.13); e
(c) glorificar a Cristo (v.14).

Deste modo, o Espírito Santo opera no crente para reproduzir no seu viver a vida santa de Cristo.

Se o crente cheio do Espírito Santo rejeita a sua direção e sua operação de convencer do pecado, e se o crente não mortifica as obras da carne mediante o Espírito Santo, morrerá espiritualmente (Rm 8.13a).
Somente os que recebem a verdade e são “guiados pelo Espírito de Deus” são filhos de Deus (Rm 8.14), e assim podem continuar na plenitude do Espírito Santo.

O pecado arruína a vida espiritual e igualmente a plenitude do Espírito Santo no crente (Rm 6.23; 8.13; Gl 5.17; cf. Ef 5.18; 1 Ts 5.19).

Fonte: Bíblia de Estudo Pentecostal

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